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Química ambiental do mercúrio ( pag 35 em diante) Transformações na atmosfera Slide1: Química ambiental do mercúrio Transformações na atmosfera Hg0 : na fase de vapor Inorgânicos: HgCl2 e Hg(OH)2 Com grupos metila: CH3HgCl, CH3HgBr, CH3HgOH e Hg(CH3)2 Na fase particulada de aerossol: todas as formas químicas ( HgO, HgS, HgCl2 e HgSO4) Aparece na atmosfera na forma elementar (no estado de oxidação zero (Hg0).- Mais importante. E Se apresenta somente na forma de vapor, devido suas propriedades físicas( temperatura e pressão de vapor) E na forma de vários outros compostos, como inorgânicos (HgCl2) e hidrato de mercúrio ( Hg(OH)2. Compostos com um ou dois grupos metila, como monometilmercúrio e dimetilmercúrio. Na fase particulada de aerossol : todas as formas químicas. E também dentro das gotículas :todas as formas químicas Solução coloidal em que a fase dispersora é gasosa e a fase dispersa é sólido ou líquido. Compostos oxidados(HgCl2 e HgO) são mais solúveis, não voláteis e tem maior velocidade de deposição. Slide 2 Reações na fase gasosa Reações de oxidação: Hg0 e seus compostos orgânicos podem ser oxidados por ozônio, hidroxila e cloro. Hg0 (aq) + O3(aq) → Hg2+ (aq) + produtos Reações na fase aquosa Reações de oxidação e redução: Oxidantes: ozônio, cloretos e hidroxila. Redutores: complexos de sulfito e radical hidroperóxido. HgSO3(aq) → Hg0 (aq) + produtos As transformações do mercúrio na atmosfera incluem transições entre as fases gasosa, aquosa e sólida e as reações químicas nas fases gasosas e aquosas. Na atmosfera existem substâncias capazes de oxidar o Hg0 e seus compostos orgânicos. Os oxidantes mais importantes são ozônio, hidroxila e cloro(Cl2). É difícil definir os produtos formados na oxidação do Hg por ozônio, o mais provável é o óxido de mercúrio. O produto da reação é imediatamente adsorvido por partículas de aerossol, passando, então a se comportar de acordo com as propriedades do aerossol. A oxidação por cloro parece ser mais importante na atmosfera sobre os oceanos A oxidação do Hg0 pela hidroxila apensar de possível, tem dados contraditórios na literatura. As transformações químicas na fase aquosa sofrem ação simultânea de dois mecanismos, um de redução e outro de oxidação. Os principais oxidantes são ozônio, cloretos e hidroxila. Os agentes redutores podem ser complexos de sulfito e radical hidroperóxido. Na fase aquosa as reações de oxidação do mercúrio pelo ozônio e pelo radical hidroxila competem entre si, sob concentração de ozônio, no ar, menor que 4 ppb há prevalência do radical hidroxila, em concentrações de ozônio 10 ppb e 20 ppb a participação da OH na oxidação do mercúrio é, respctivamente, 20% e 10%. Em certas ocasiões a oxidação do Hg0 pelo cloreto dissolvido por ser importante. Em solução hipocloridrico HOCl e ion hipoclorito OCl- . Slide 3 Tempo de vida do mercúrio na atmosfera em função de suas reações químicas. Oxidante Concentração do oxidante ( molec/cm3) Tempo de vida do mercúrio Produto da reação O3 7,5x1011 Cerca de dois anos HgO Radical OH (para Hg0) 106 < 1 ano HgO e HO2(radical peroxila) Radical OH para dimetilHg 106 Algumas horas Hg0 Cl2 3 x 109 Alguns dias HgCl2 H2O2 2,5 x 10 10 30 anos Hg(OH)2 Fonte: Extraído de Travnikov e Ryaboshapko ( 2002). Slide 4 As especiações do mercúrio Solo A maior parte do mercúrio presente no solo está fixada à matéria orgânica sobretudo ao material húmico, e pode sofre processos de eluição. As condições do solo são favoráveis à formação de compostos inorgânicos do Hg2+e o cátion mercúrio pode originar complexos com ânions orgânicos. As condições do solo são tipicamente favoráveis à formação de compostos inorgânicos do Hg2+ ( como Hg(OH) e HgCl), e o cátion mercúrio pode originar complexos com ânions orgânicos. A maior parte do mercúrio presente no solo está fixada à matéria orgânica. Sobretudo ao material húmico. E pode sofrer processos de eluição.Eluição = é o processo de separação dos constituintes (eluente e eluato) através da utilização do liquido Por essa razão , o tempo de retenção do mercúrio no solo é longo, resultando em acúmulo do metal. O que pode implicar seu lançamento para a superfície das águas e para outros meios, por longos períodos, possivelmente centenas de anos. Slide 5 Na superfície da água A distribuição varia de acordo com a época do ano e com a profundidade da coluna de água: formas de Hg0 e espécies complexadas e orgânicas, principalmente metilmercúrio e dimetilmercúrio. A redução do Hg2+ para Hg0 pode ser efetuada por processos biológicos e químicos. Águas anaeróbicas e sedimentos Alta afinidade do íon mercúrio por sulfeto controla a química do mercúrio em águas anóxicas e em sedimentos. O sulfeto de mercúrio é a espécie particulada do mercúrio que se encontra enterrada em sedimentos e controla a solubilidade do Hg(II) em águas anóxicas. Nas águas em aerobiose, a distribuição do mercúrio dissolvido varia de acordo com a época do ano e com a profundidade da coluna de água. O mercúrio dissolvido distribuído nas formas de Hg0 , que é volátil, mas relativamente não reativo e em espécies de mercúrio divalente( complexadas) e orgânicas, principalmente metilmercúrio e dimetilmercúrio. Próximo a interface ar-agua a concentração de Hg0 é alta, já a concentração total de mercúrio inorgânico e metilmercúrio é alta próximo ao sedimento. Em águas anoxicas, a redução do mercúrio, pode ser dar por atividade bacteriana, quando os níveis de mercúrio estão suficientemente altos. Slide 6 Metilação do mercúrio inorgânico O mercúrio inorgânico pode ser metilado, principalmente, por dois mecanismos: biológico, por microrganismos e fungos, e químico ou abiótico. A metilação por microrganismos pode se dar por duas vias: uma anaeróbica e outra aeróbica. Slide 7: http://agq-old.educacao.ws/index.php?&ds=1&acao=quimica/ms2&i=21&id=345 Nas camadas superiores do sedimento, que são biologicamente ativas, o mercúrio bivalente é, em parte, metilado por bactérias bênticas a metilmercúrio e depois a dimetilmercúrio, o que eleva sua capacidade para vencer membranas biológicas. Nas camadas inferiores do sedimento o mercúrio é inativo, principalmente sob forma de sulfeto. Já o metilmercúrio irá se integrar nas cadeias tróficas, ou se as condições de pH forem apropriadas, dará origem ao dimetilmercúrio, o qual por ser insolúvel e volátil passará à atmosfera e sera recolhido nas águas das chuvas. Se estas forem acidas, o dimetilmercúrio irá se transformar no metilmercúrio, retornando ao meio aquático e , assim, contemplando o ciclo.
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