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Patologias na construção civil

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DEFEITOS CAUSADOS PELAS PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM ÊNFASE EM UMIDADE E FISSURAS
Sumário
Resumo	3
3Introdução	�
4As patologias	�
4Umidade	�
51) Umidades provindas do solo:	�
62) Umidades provindas da atmosfera:	�
63) Umidades provindas da própria construção:	�
7Fissuras	�
8Conclusão	�
8Referências bibliográficas	�
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Resumo
Estudo referente aos defeitos causados pelas patologias na construção civil com ênfase nas patologias oriundas da umidade e das fissuras. Patologia vem da junção de duas palavras gregas: pathos (doença) e logia (ciência), podendo ser entendido como o estudo da doença. Voltado para a construção civil, é o estudo de diversos fenômenos que atingem a construção civil, tais como infiltrações, e umidade excessiva na estrutura. Trataremos mais a fundo desses fenômenos e suas possíveis soluções.
Palavras-chave: estudo; patologias; construção civil;
Introdução
“As estruturas de concreto não são eternas, pois se deterioram com o passar do tempo e não alcançam sua vida útil se não são bem projetadas, executadas com esmero, utilizadas com critério e, finalmente, submetidas a uma manutenção preventiva” (SOUZA e RIPPER, 1998: prefácio)
Devemos entender que, inicialmente, a fim de evitar tais transtornos em obras é imprescindível que os materiais escolhidos tenham a maior qualidade, bem como os profissionais responsáveis pelo recebimento do material saibam manuseá-lo, mantendo o controle de recebimento dos materiais em obra, a correta armazenagem e transporte dos mesmos, uma prévia seleção e avaliação de da matéria prima e das lojas especializadas, bem como os equipamentos usados, gerando assim um controle de qualidade que certamente fará a diferença no decorrer da obra. Cabe aqui dizer que o profissional responsável por inspeção predial tem como objetivo e função prevenir a edificação desse tipo de adversidade. É interessante salientar que os materiais de má qualidade compõem uma das maiores causas de desperdício na construção civil. Numa obra os materiais podem ser vistoriados da seguinte maneira:
Inspeção 100%: Nesse tipo verificasse todas as unidades do produto do lote. Seu ponto positivo é a assertividade do método a fim de garantir total qualidade dos produtos, em contrapartida se torna trabalhoso e dispendioso.
Inspeção ao acaso: Nesse tipo é verificado uma pequena parte, ou amostra, ao acaso, do produto. Faz-se ensaios de qualidade e com tais resultados é decidido aceitar ou não o lote total do produto/material. Esse método é recomendado para lotes de materiais de menor importância na obra, se é que podemos considerar algo menos importante numa obra. Está sujeito a erros.
Inspeção por amostragem estatística: É tomada uma amostra pequena, de um lote, com base em fundamentos estatísticos. É verificada a qualidade do material e comparado a um número de unidades defeituosas criando assim uma estatística de qualidade usada para decidir a aceitação ou não do lote completo.
Após o filtro de qualidade na escolha dos materiais, o ponto chave é o bom manuseio do material e sua boa utilização pelos profissionais responsáveis pela obra. Pode-se utilizar do círculo de Deming, ou ciclo PDCA (do inglês PLAN-DO-CHECK-ACT), sendo o PLAN a parte de padronização de execução da obra, o DO sendo a maneira que os funcionários executarão a obra de acordo com procedimentos pré-estabelecidos, o CHECK é a parte de inspeção de qualidade de tais serviços e o ACT é a parte de agir de forma a corrigir possíveis erros em caso de má qualidade dos serviços.
As patologias 
Umidade 
	
Umidade causada pela má instalação de tubulações
Uma das maiores causadoras de patologias nas edificações é a umidade. Por isso é importante trabalhar de forma a prever e garantir a integridade do edifício em sua vida útil quanto a esse problema.
“Nas construções, os defeitos de impermeabilização podem causar os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, ferrugem, eflorescências, criptoflorescências, gelividade e deterioração” (VERÇOZA,1985:11)
	
Umidade causada pela má instalação de tubulações 
São os seguintes problemas (que podem ser facilmente detectados) iniciadores dos problemas causados pela umidade: 
Manchas na parede, que são resultado da saturação de água na região da parede.
Mofo, ocasionado pela umidade e que deterioram os materiais da edificação. Juntamente com o bolor, são “cultivados” nos tijolos que recebem umidade excessiva e ocasionam a perda de cor do material.
Goteiras, que são ocasionadas pela má construção ou junção do telhado.
Devido a ação desses principais efeitos, além de outros, causa-se a deterioração do patrimônio de forma mais acelerada que o natural. Esses problemas podem ocorrer em todos os setores de uma edificação, sejam no piso, parede, fachada, elementos estruturais em geral (concreto, aço, madeira).
	Conforme Verçoza explica em seu livro Patologias das Edificações, a umidade pode ser classificada em três tipos:
1) Umidades provindas do solo: Todo solo contém umidade, até mesmo o rochoso. Em muitos casos essa umidade tem pressão suficiente para romper a tensão superficial da água. Nesta hipótese, se houver uma estrutura porosa (terra, areia), a água do subsolo sobe por capilaridade e permeabilidade até haver equilíbrio. A pressão é tanto maior quanto mais próxima do lençol freático do terreno. Se uma parede porosa (tijolos, argamassa de cal) entrar em contato com esse terreno, a capilaridade também se faz sentir na parede, que umedece. Por esta razão, nunca se deve encostar terra diretamente nos tijolos ou rebocos. Até mesmo o concreto absorve umidade. A umidade do subsolo tem o agravante de trazer consigo sais perniciosos, que podem desagregar as argamassas e tijolos, e também manchá-los. 
2) Umidades provindas da atmosfera: As umidades devidas à atmosfera manifestam-se em duas formas principais: infiltração das águas de chuva e condensações. As águas de chuva penetram nos prédios e outras construções por pressão hidrostática e percolação. É comum, por exemplo, que a água penetre por goteiras em telhados e calhas, por má vedação das esquadrias, etc. Nestes casos a solução geralmente é mecânica; não é problema de impermeabilização. Ou então atravessam os terraços e paredes por percolação, quando essas paredes não são impermeáveis, ocasionando manchas no interior das peças. Mesmo que não apareça umidade no lado oposto, sempre há prejuízo. A condensação é muito comum em peças enterradas. Nesse tipo de peças as paredes geralmente estão bastante frias e há pouca ventilação. Então a água condensa-se nas paredes e não há ventilação para secá-las. Estas peças devem ser feitas deixando-se aberturas permanentes, de preferência em disposição tal que force a circulação de ar. Então haverá uniformidade de temperatura entre paredes e ambiente e também evaporação mais rápida.
3) Umidades provindas da própria construção: Nem todas as manchas são decorrentes das chuvas ou umidade do solo. Reservatórios e canalizações, por exemplo, também causam infiltrações. Por isso eles devem ser absolutamente impermeáveis. Também os materiais da própria construção podem causar problemas de umidade. Um metro cúbico de alvenaria nova, contém de 130 a 230 litros de água. A madeira nova tem de 15 a 40% de seu peso em água. É normal que a água de assentamento de pisos manche as paredes durante uns seis meses após a aplicação; é normal que o capeamento de parquês com resinas sintéticas impermeáveis retenha a água das argamassas por muitos meses, podendo levar até o apodrecimento, descolamento e, mais comumente, ao fissuramento do verniz. Por isso também é preciso levar em conta esse tipo de formação de umidade. Recomenda-se, por exemplo, só pintar a madeira depois de perfeitamente seca; só colocar verniz sintético em parque com mais de seis meses de colocação; procurar deixar os revestimentos para o final do verão ou princípio de outono,
etc. (VERÇOZA,1985:20).	
	A impermeabilização dos ambientes, tal como telhado, revestimento cerâmico, parede e elementos estruturais deve ser o método a fim de evitar tal problema nas edificações, podendo ser evitado com uso de mantas impermeabilizantes, tintas e outros materiais, conforme NBR 9575: 2010 – Seleção de Projeto e NBR 9574: 2008 – Execução de impermeabilização.
Fissuras
	As fissuras são aberturas finas ao longo de um material, mais comumente encontrado em paredes e vedações. Elas apresentam vários estágios de gravidade, podendo evoluir para trincas e rachaduras. Também podem ser classificadas pela sua origem:
Fissuras provocadas pela movimentação das fundações: provocadas por cisalhamento, quando por alguma razão a fundação apresenta pequenos “tremores”, descolando parte das vedações e causando a trinca.
Fissuras por dilatação térmica: são aquelas provocadas pelo efeito de dilatação e contração dos materiais provocados pela variação de temperatura do local.
Fissuras por tensão: é aquela oriunda de grande acúmulo de tensões sobre o material. É mais perceptível em estruturas de concreto.
Fissura causada pelos materiais: aquela que ocorre quando o uso excessivo de outro material junto ao cimento, fazendo o mesmo perder suas propriedades de ligação, “movendo” dentro dele mesmo causando o aparecimento de fissuras.
Previne-se esse fenômeno tratando de escolher bem os materiais, bem como os profissionais a trabalhar na obra, a correta medição de quantidades de materiais usados, calcular uma previsão de juntas de dilatação térmica. A correta escolha e preparação do terreno a ser implantada a edificação também previne as fissuras provocadas pela movimentação das fundações.
Conjunto de fissuras e rachaduras numa parede
Conclusão
	Se não tratados da forma correta, prevenindo-os, esses problemas podem evoluir, podendo causar na pior das hipóteses acidentes graves como desabamentos e perca total ou parcial da edificação. Umidade, causada pela má impermeabilização das vedações, infiltrações, pela má montagem ou pelo mal encaixe de peças e partes da edificação, tal como o mal uso e junção de materiais que podem gerar fissuras, trincas, rachaduras, põem em risco o trabalho e reputação de empreiteiras e construtoras, bem como põe em risco a vida de quem vai habitar o ambiente, por isso é crucial o zelo e bom trabalho de forma a assegurar uma construção que siga um padrão de alta qualidade.
Referências bibliográficas
OLIVEIRA, Daniel. Levantamento de causas de patologias na construção civil. UFRJ. 2013.
SOUZA, Marcos Ferreira de. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações. UFMG. 2008.
VERÇOZA, Ênio José. Patologias das edificações. Editora Sagra. 1991.

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