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1- crimes contra a pessoa (11.08.2014) (1)

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1- CRIMES CONTRA A PESSOA
- bens jurídicos inerentes ao ser humano.
1.1- Crimes Contra a Vida
- vida sendo protegida pelas normas penais incriminadoras.
- estabelece o modelo de conduta.
- tribunal do júri julga crimes dolosos contra a vida.
Início da gravidez 	 	início do parto 	 		morte (ocorre a morte quando
 |______________________|____________________| há a cessação da
 | atividade cerebral)
 		o crime seria
 aborto
- quando o parto for iniciado, já não há crime de aborto (ex: grávida, tendo contrações, introduzir uma agulha na vagina para matar o bebe).
a) Homicídio
- destruição da vida de um homem praticada por outro.
- doloso e culposo.
- art. 121, cp.
a1- Doloso:
- simples (caput): ausência de circunstancias qualificadoras e privilegiadoras – simplesmente matar.
- privilegiado (parágrafo 1): causas de diminuição da pena.
- relevante valor social, relevante valor moral e sob o domínio de violenta emoção.
- valor social-> ex1: morar em um bairro onde, depois de uns anos, começam a traficar. Assim, você mata o traficante para o bem de todos / coletividade – ex2: alguém esta em coma e você o mata para que ele pare de sofrer e vá “para um lugar melhor logo” (eutanásia); não é doloso.
- violenta emoção-> não é influencia; “logo em seguida” – ex: você esta na rua na velocidade permitida adequada, e seu filho está no banco de trás. Mas, outro motorista passa o sinal vermelho e bate no seu carro, e ainda diz que foi a sua culpa que seu filho se machucou. Ao ouvir isso, você da 4 socos no rosto da vítima, o joga no chão e acaba matando o homem logo em seguida. Isso é considerado privilegiado.
- vontade do agente, motivação do agente – circunstancias subjetivas.
- qualificado (parágrafo 2): quando a ação de matar ocorre quando presentes uma dessas circunstancias (aumenta a pena).
- mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe:
- motivo torpe: motivo abjeto que causa repugnância, nojo, sensação de repulsa pelo fato praticado pelo agente (de reprovação social).
- motivo fútil: insignificante, evidentemente desproporcional ao resultado produzido (ex: matar alguém porque está te devendo 2 carteiras de cigarro).
I e II -> motivos -> subjetivas (a pessoa que mandou matar não será condenado por homicídio qualificado - art. 29, cp).
III -> meios -> objetivas
- meio insidioso: aqueles constituídos de fraude, clandestinos, desconhecidos da vítima, que não sabe estar sendo atacada. O que qualifica o homicídio não é propriamente o meio escolhido ou usado para a prática do crime, e sim o modo insidioso com que o agente o executa, empregando, para isso, recurso que dificulte ou torne impossível a defesa (ex: uma armadilha; a sabotagem de um motor de automóvel ou de aeroplano; o carregar um objeto de uma corrente elétrica de alta tensão, fazendo-o tocar na vítima).
- quando o agente possui a vontade de matar, será homicídio doloso qualificado, caso o agente só quiser torturar, sem ter a morte como finalidade, será 9455/97.
- perigo comum: fogo, explosivos, inundação (tentar atingir uma pessoa, mas acabar gerando perigo para outras pessoas).
IV -> modos -> objetivas
- difícil ou impossível defesa do ofendido.
- traição: o agente, utilizando a confiança que o ofendido possui sobre ele, o mata, por exemplo.
- emboscada: o agente espera num lugar onde a vítima vai passar, e mata a mesma (o ofendido não está esperando o ataque) – não tem como a vítima se defender.
- dissimulação: o maníaco do parque, por exemplo.
V -> finalidade/conexão -> subjetivas
- para assegurar a execução: permitir que ele possa executar um outro crime (o agente quer estuprar a mulher, e para isso, mata o marido da mesma).
- assegurar a ocultação: o agente já praticou outro crime (sem ninguém saber), e ele mata alguém que o crime seja conhecido por terceiros (ex: matar testemunhas de outros crimes).
- assegurar a impunidade: alguém já sabe que um crime anterior aconteceu, mas para não correr o risco de ser descoberto, o agente mata quem sabe.
- assegurar a vantagem: o agente mata o “companheiro de crime” para ele ser o único que recebe algo obtido com o crime feito, por exemplo.
- a pena aumenta 1/3 quando: a vítima for menor de 14 anos e maior de 60 anos.
a2- Culposo
- parágrafo 3.
- art. 18, inciso II.
- imprudência, negligência ou imperícia.
- não existe compensação de culpa.
- a pena aumenta 1/3 se: não prestar socorro, não tentar diminuir as consequências do seu ato, fugir do flagrante delito, etc.
- ex: art. 302, C.T.B - L. 9.503/97
- perdão judicial: só é concedido na sentença (ex: uma mãe da ré no carro e, sem querer, passa em cima de seu filho, assim, o matando).
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1- Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2- Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II – por motivo fútil;
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível à defesa do ofendido;
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Homicídio culposo
§ 3- Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
§ 4- No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço se o crime é praticado contra pessoa menor de quatorze ou maior de sessenta anos.
§ 5- Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
§ 6- A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
b) “Participação” em Suicídio
- não admite forma culposa.
- art. 122, cp.
- induzir (dar a ideia) ou instigar (colaborar; incentivar) alguém a se suicidar.
- só se puni caso a vítima de fato morrer ao praticar o suicídio ou sofrer lesão corporal de natureza grave (se não houver nenhum desses resultados, não terá punibilidade na participação do suicídio).
- não há condições de ser punida a “tentativa de participação em suicídio”.
- lesão corporal grave: art. 129, parágrafo 1 e 2.
- o suicídio tem que se consumar ou o resultado terá de ser lesão corporal grave.
- a pena será duplicada (art. 122, parágrafo único): se o crime é praticado por motivo egoísta / inciso I (ex: fazer seguro de vida para sua mulher, e logo depois a influenciar para que ela se mate); se a vítima é menor (maior que 14 e menor que 18 anos) ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência / inciso II (se o menor for doente mental, retardado mental ou desenvolvimento mental incompleto, o agente será responderá por homicídio).
- a norma só tipifica como crime se o fato for determinado; a pessoa determinada; e não em relação a forma genérica (ex: o escritor diz que em tal dia todos devem se suicidar para conseguiram fazer tal coisa e várias pessoas se matam. Ele não responderá por participação em suicídio).
Induzimento, instigaçãoou auxílio a suicídio
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar‑se ou prestar‑lhe auxílio para que o faça:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único. A pena é duplicada:
Aumento de pena
I – se o crime é praticado por motivo egoístico;
II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
c) Infanticídio
- matar, sob a influencia do estado puerperal (depressão profunda durante esse tempo), o próprio filho, durante o parto ou logo após.
- não admite forma culposa.
- art. 123, cp.
- hipótese atenuada do crime de homicídio, que se aplica em uma situação especifica.
- ato da mãe que mata o próprio filho, durante ou logo após o parto, e sob a influência do estado puerperal (sem essas circunstancias, será apenas homicídio).
- quando alguém participa do infanticídio, o mesmo será punido como participe do crime de homicídio de acordo com o art. 29 e 30, cp referente ao concurso de crimes. Já quando alguém ajuda no ato (age) de matar o filho, o mesmo será condenado por infanticídio também.
Infanticídio
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena – detenção, de dois a seis anos.
d) Aborto
- interrupção da gravidez com a consequente morte do feto.
- não admite forma culposa.
- art. 124, cp.
d1- Natural
- não constitui crime.
- há a interrupção espontânea da gravidez.
d2- Acidental
- não constitui crime.
- provocado por culpa de alguém, sem intenção.
- geralmente ocorre em consequência de traumatismo (ex: interrupção da gravidez causada por uma queda).
d3- Doloso (criminoso)
- auto-aborto: (art. 124, 1ª parte) – sujeito ativo é a gestante; provocar aborto em si mesmo (de qualquer modo – remédio, golpes, choque, etc) – detenção de um a três anos.
- consentimento p/ 3º: (art. 124, 2ª parte) – sujeito ativo é a gestante; a gestante consente para que terceiro provoque aborto nela (pedir alguém, contratar alguém, aceitar que alguém faça o aborto nela); a vontade e praticar o aborto é da gestante – detenção de um a três anos.
- provocação com consentimento da gestante: (art. 126) – se a gestante é menor de 14 anos, com fraude (ex: pai combinar com o médico, e assim enganar a mulher dizendo que é melhor ela abortar porque corre risco de morte), violência ou grave ameaça, o consentimento não será válido; o agente que quer praticar o aborto, a gestante só concorda (consentimento; permissão; anuência; acordo e tolerância) – reclusão de um a quatro anos.
- provocação sem consentimento da gestante: (art. 125) – o terceiro é quem executa, sem o consentimento da gestante, as manobras para que o aborto aconteça – reclusão de três a dez anos.
- art. 127, cp: lesão grave, art. 129, parágrafo 1 e 2 (+1/3) – morte (x2) – aborto qualificado – as penas dos crimes de aborto provocado com e sem o consentimento da gestante são aumentadas de um terço se, em consequência do fato ou dos meios empregados para a provocação, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
- no aborto qualificado pelo resultado (127), o crime é preterdoloso: há dolo no antecedente (aborto) e culpa no consequente (lesão grave ou morte).
- é admissível a tentativa quando, provocada a interrupção da gravidez, o feto não morre por circunstancias alheias a vontade do sujeito.
d4- Legal
- o CP só permite duas formas de aborto legal: o denominado aborto necessário ou terapêutico (hipótese em que o fato, quando praticado por médico, não é punido, desde que não haja outro meio de salvar a vida da gestante) e o aborto da gravidez resultante de estupro (chamado também de aborto sentimental ou humanitário).
- se a gravidez da gestante é gerada por estupro.
- se o aborto é necessário salvar a vida da gestante.
- é essencial que um médico faça o aborto, só assim será legal.
- terapêutico: empregado para salvar a vida da gestante ou para afastá-la de mal sério e iminente, em decorrência de gravidez anormal.
- eugenésico ou eugênico: permitido para impedir a continuação da gravidez quando há a possibilidade de que a criança nasça com taras hereditárias.
- social ou econômico: permitido em casos de família numerosa, para não lhe agravar a situação social.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque:
Pena – detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica‑se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma qualificada
Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provoca‑lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
1.2 – Das Lesões Corporais
- art. 129, cp.
- ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
- cometido o fato doloso contra vítima menos de 14 anos de idade incide uma causa de aumento de pena (parágrafo 7).
- lesão corporal simples (art. 129, caput); lesão corporal privilegiada (parágrafo 4 e 5); lesão corporal qualificada (parágrafo 1, 2 e 3); lesão corporal culposa (parágrafo 6 e 7); perdão judicial (parágrafo 8); causas de aumento da pena (parágrafo 10).
a) Dolosa
a1- Simples ou leve (caput): se a ação não for capaz de causar um dano á integridade moral ou a saúde da vítima, não é considerado como lesão corporal (ex: tapa na cara -> vias de fato art. 21, lei 3688/41 CPC) – pena de 6 meses a 1 ano (quando não há agravantes, não está acompanhada de consequências de 1 a 3).
a.2- Grave (parágrafo 1): pena de 1 a 5 anos.
I- quando o agente agride a vítima e a mesma não pode exercer suas atividades habituais durante 30 dias.
II- perigo de vida concreto experimentado pela vítima (ex: o agente da uma paulada na vítima e quase morre (esse perigo de vida não pode ser desejado pelo agente, caso contrário, será tentativa de homicídio); só culposo; precisa causar efetivo perigo – o médico deverá listar que houve intervenção pra salvar a vida da vítima.
III- debilidade / perda permanente de membro, sentido ou função (ex: a vítima tem 1 rim retirado – quando houver perda de órgãos duplos, há duplicidade).
IV- aceleração de parto.
a.2- Gravíssima (parágrafo 2): pena de 2 a 8 anos.
I- incapacidade para trabalhar de maneira permanente (ex: violinista toma uma pancada no dedo que o impede de tocar o violino).
*há uma grande divergência – as ideias só se aplicam caso não haja possibilidade de trabalhar “em geral”. A segunda corrente já diz que o que importa é o trabalho atual, pois todos podem trabalhar.*
II- provocar enfermidade incurável.
III- perda ou inutilização de membro, sentido ou função.
IV- a deformidade precisa ser permanente e que provoque prejuízo, causando algum constrangimento (ex: queimadura).
V- não atua com a intenção de provocar o aborto, ou seja, culposa.
- seguida de morte
- art. 129, parágrafo 3, cp.
- se resulta morte e as circunstancias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo.
- dolo na ação e culposo no resultado.
- forma consumada
- violência doméstica- art. 129, parágrafo 9, 10, 11.
- parágrafo 9, caput: lesão corporal leve (hipótese qualificadora).
- parágrafo 10: + 1/3
- parágrafo 11: deficiente físico – 1/3
- causa de aumento da pena
- art. 129, parágrafo 10, cp.
- se causada dentro de um ambiente doméstico.
- ex: irmão que agride o outro, consequentemente o irmão (vítima) ficará afastado por + 30 dias de suas funções = aumento de 1/3 da pena.
- ou se for deficiente físico = parágrafo 11.
b) Culposa
- art. 129, parágrafo 6 – pena 2 meses a 1 ano.
- parágrafo 1: ninguém irá preso por lesão corporal culposa.
- parágrafo 2: se for por acidente de carro: 303, CTB.
- parágrafo 3: possibilidade de eventual evolução do crime (ex: acidente limpando arma de fogo, complicou-se e posteriormente ele morre = homicídio culposo -> 121, parágrafo 3).
- causa superveniente culposa: não tem nexo causal; o agente não responde pela lesão; o crime culposo não há concurso de pessoas, não se admite.
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1- Se resulta:
I – incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II – perigo de vida;
III – debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV – aceleração de parto:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
§ 2- Se resulta:
I – incapacidade permanente para o trabalho;
II – enfermidade incurável;
III – perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
IV – deformidade permanente;
V – aborto:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3- Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena
§ 4- Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5- O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa:
I – se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II – se as lesões são recíprocas.
Lesão corporal culposa
§ 6- Se a lesão é culposa:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
Aumento de pena
§ 7- Aumenta‑se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código.
§ 8- Aplica‑se à lesão culposa o disposto no § 5o do artigo 121.
Violência doméstica
§ 9- Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo‑se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena – detenção, de três meses a três anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta‑se a pena em um terço.
§ 11 Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.
1.3- Da Rixa
- art. 137, cp.
- é a briga entre mais de duas pessoas, acompanhada de vias de fato ou violências físicas recíprocas.
- participar de rixa (salvo para separar os contendores).
- pena de 15 dias á 2 meses e multa.
- rixa = + de duas pessoas = 3 ou + pessoas.
- tumulto violento, indistinto, crime de perigo – não há dois lados distintos.
- não é um crime de dano, e sim de perigo (não precisa provocar dano algum; o importante é o perigo que a rixa pode causar para a sociedade).
- confusão generalizada, onde é impossível saber exatamente quem fez o que (ex: briga de bar).
- troca de agressões, não podendo ser apenas verbais, e sim físicos.
- mais de 3 pessoas (pluri-subjetivo); 
- quem separa a briga não pratica rixa, porém, se você for separar e acabar levando um soco e revidar, você estará na rixa.
- se houver lesão corporal grave ou morte, todo mundo que participou da rixa será responsável (todos responderá pela forma qualificada, tendo sidas pretendidas ou não).
- se houver vítima de lesão corporal grave, ele também responderá pela rixa.
- participar da rixa significa ser coautor da rixa.
Rixa
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena – detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica‑se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
1.4- Dos Crimes Contra a Honra
- art. 138, cp.
 |---- calúnia
 |---- objetiva -|
Honra -| |---- difamação
 |
 |---- subjetiva - |----Injúria
Objetiva: reputação no meio em que vive; meio social; reputação; aquilo que os outros pensam a respeito do cidadão.
Subjetiva: sentimento de alto estima; o que a pessoa pensa sobre si mesma.
Calunia e Difamação: ligado à reputação; meio social.
Injúria: sobre si mesmo.
*Cód. Da Imprensa não vale mais.
* Não é uma coisa só, são diferentes.
* Não existe crime de calúnia e difamação (diferentes entre si, mas com aspectos semelhantes).
- os art. 138 a 141, protegem a honra, conjunto de atributos morais, físicos, intelectuais, morais e demais dotes do cidadão, que o fazem merecedor de apreço no convívio social.
Calúnia			Difamação			Injúria
- fato criminoso 	- fato ofensivo (caput).		- atributos negativos.
- art. 138, cp.		- art. 139, cp.			- art. 140, cp.
- podem ser praticados contra qualquer pessoa (e vice e versa).
- eles não admitem tentativa (ou fala, ou não fala).
- pode ser feita por escrito.
- estão expressamente no código.
a) Calúnia
- art. 138, cp.
- é a falsa imputação de fato descrito como crime (o sujeito atribui falsamente a terceiro a pratica de delito) – deve ser descrito em lei como crime.
- imputando-lhe fato criminoso.
- ex: diz que a vítima pratica crime (afirmação falsa). O agente afirma; acusa em falso; mente.
- tem que ser dolosa – não pode ser culpa.
- é preciso que o agente queira fazer aquela ação de ofender a honra (necessário o desejo; vontade).
- intenção de prejudicar a vítima.
- ação que o agente tem de descrever um fato criminoso falto, mentir dizendo que a vítima praticou um crime.
- precisa ser sério.
- pode ser feito contra uma pessoa morta (art. 138, parágrafo 2 – difamação e injúria não pode).
- ex: divulgar uma informação errada (caso o agente agir achando que é verdade, não imputa).
- uma terceira pessoa tem que tomar conhecimento, se não, não haverá ofensa.
-- imputar falsamente a alguém um fato definido como crime (ex: alguém sair dizendo por ai que tal pessoa praticou assalto).
- imputação falsa de um crime.
- sujeito ativo: autor (qualquer um pode praticar o crime de calúnia); sujeito passivo: pessoa física.
- caso a calúnia for para com alguém morta, a calúnia será dirigida para a família do morto.
- só dolosa.
- o dolo: despreza, minimiza a pessoa perante o conceito social.
- honra objetiva: honra externa; honra que o cidadão tem perante a sociedade.
- a consumação se dá quando a ofensa chega ao conhecimento de uma terceira pessoa que não seja a vítima.
- se admite tentativa (principalmente a conduta escrita).
- exceção da verdade (defesa processual): admite-se.
b) Difamação
- art. 139, cp.
- é a imputação de fato ofensivo à reputação da vítima (o agente atribui a terceiro ter praticado fato que não constitui delito, porém é ofensivo a sua honra objetiva) – macular sua reputação.
- pela imputação de um fato ofensivo.
*fato definido como crime: calúnia.
*fato que não imputa crime: difamação.
- tanto faz se o que disseram é falso ou verdadeiro.
- quando muda um fato; dizer que a vítima fez tal coisa.
- contravenção penal; qualquer fato pode ser imputado.
- não é necessário ser verdade (ex: traição).
- se alguém imputar um fato que ofenda a “fama” de outra pessoa,está difamando-a.
- sujeito ativo: qualquer pessoa; sujeito passivo: pessoa física E pessoa jurídica (pois os dois possui fama, imagem a proteger, etc).
- só dolosa – ofendendo sua honra externa.
- a consumação se dá quando a ofensa chega ao conhecimento de uma terceira pessoa que não seja a vítima.
- a tentativa se admite, em especial na forma escrita;
- exceção da verdade: como regra não é admitido, se admite só se for contra o funcionário público e que tenha sido rogada em relação ao seu trabalho.
c) Injúria
- art. 140, cp.
- é a ofensa á honra-dignidade ou á honra-decoro da vítima (o sujeito não atribui a outrem prática de fato, mas lhe atribui qualidade negativa).
- ofender a dignidade; xingamento.
- diferente de desacato (ex: se alguém xingar um policial na frente dele, será desacato. Se alguém xingar sem a presença do policial, será injúria) – funcionário público.
- dignidade é o sentimento próprio a respeito dos atributos morais do cidadão; decoro é o sentimento próprio a respeito dos atributos físicos e intelectuais da pessoa humana.
- ofender a dignidade (honra interna do cidadão, mas em relação aos seus atributos éticos e morais) ou decoro (atributos físicos ou intelectuais da vítima) de alguém.
- só doloso.
- protege a honra subjetiva; interna.
- só há consumação se chegar ao conhecimento do próprio ofendido.
- a tentativa só é possível na forma escrita.
- exceção da verdade: não se admite.
- perdão judicial: o perdão se dá pela desnecessidade da pena – art. 140, parágrafo 1.
- injuria real (art. 140, parágrafo 1): quando resulta vias de fato ou lesão leve.
- injúria racial ou discriminatória (art. 140, parágrafo 3).
c.1) Simples (caput):
c.2) Real (parágrafo 1): é a que consiste em violência ou vias de fato que, pela sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes (art. 140, parágrafo 2).
c.3) Preconceituosa (parágrafo 3): diferente da L. 7716/89.
	
	Calúnia
	Difamação
	Injúria
	Exceção da verdade
	regra geral: sim (admite-se a exceção da verdade).
	regra geral: não; tanto faz se a difamação é sobre uma verdade ou mentira – excepcionalmente para funcionário público.
	regra geral: não pode usar a exceção da verdade.
- ex: alguém vê a Dilma roubando um liquidificador em uma loja. Sabendo disso, a Dilma processa esse alguém e o mesmo usa a exceção da verdade para provar que ele estava certo.
- não pode usar a exceção da verdade caso a situação já estiver transitado em julgado (já está decidido, não teria como mudar).
- crimes contra honra -> Ação Penal Privada (regra geral).
- exceções: Injúria Real da qual resulte lesão corporal (ação penal pública incondicionada).
	 Contra Presidente, chefe, governador (ação penal pública condicionada à requerimento ministro da justiça).
	 Crime contra funcionário público – súmula 714/STF.
	 Injúria Preconceituosa – (ação penal pública condicionada).
d) Exclusão do Crime	
- art. 142, cp.
- não constituem injúria ou difamação punível.
- não se referem a calúnia (se alguém caluniar, mesmo nessas circunstancias, será considerado crime).
e) Retratação
- art. 143, cp.
- retratar-se significa desdizer-se, retirar o que foi dito, confessar que errou.
- desdizer que não fez nada, e confessar que fez.
- não usado para injúria – só é cabível na calúnia e na difamação.
- querelado: ação penal privada (em todos os casos, tirando as exceções) / autor da ofensa.
- aceito só quando for ação penal privada, pois não cabe retratação penal quando for ação penal pública.
Calúnia
Art. 138. Caluniar alguém, imputando‑lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1- Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2- É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3- Admite‑se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no I do artigo 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Difamação
Art. 139. Difamar alguém, imputando‑lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Injúria
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo‑lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1- O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2- Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3- Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena – reclusão, de um a três anos e multa.
Disposições comuns
Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo aumentam‑se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;
IV – contra pessoa maior de sessenta anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Parágrafo único. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica‑se a pena em dobro.
Exclusão do crime
Art. 142. Não constituem injúria ou difamação punível:
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III – o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único. Nos casos dos nos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Retratação
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Art. 144. Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá‑las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do artigo 140, § 2o, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede‑se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
1.5- Dos Crimes Contra a Liberdade Individual
 |--- violência propriamente dita
Violência ---|--- grave ameaça
(lato sensu) |--- violência imprópria
a) Constrangimento Ilegal
- art. 146, cp.
- constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
- para que haja constrangimento ilegal é necessário que seja ilegítima a pretensão do sujeito ativo.
- é diferente do art. 158 e 213.
- violência: própria (emprego de força física); imprópria (emprego de outro meio – ex: embriaguez); física (emprego de força bruta); moral (emprego de grave ameaça); direta (empregada contra a vítima); indireta (empregada contra coisa ou terceira pessoa ligada ao ofendido).
- implicitamente subsidiário:constrangimento é ilegal elementar típica de muitos outros delitos; pode ser elemento de outro crime.
- obrigar, compelir, forçar a pessoa a fazer algo que ela não queria.
- violência, grave ameaça ou reduzir a possibilidade de resistência da vítima (soníferos, entorpecentes, etc).
- obrigar alguém fazer o que a lei não manda ou fazer o que a lei não permite.
- ex: alguém está fumando em lugar aberto, onde não é proibido fumar, e você a força a parar de formar, fazendo assim obrigar ela a fazer algo que a lei não manda.
- atipicidade: o constrangimento para impedir suicídio e o constrangimento caracterizado pela intervenção médica ou cirúrgica quando existe grave perigo de vida para o paciente -> não são considerados crimes.
b) Ameaça
- art. 147, cp.
- é diferente do art. 157 e 344.
- fato de o sujeito, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, prenunciar a outro a pratica de mal contra ele ou contra terceiro.
- é obrigatório que o agente atue com seriedade (ele realmente tem o desejo de ameaçar).
- - ameaçar alguém de um mal injusto e grave.
- pode ser praticada por qualquer meio (palavras, gestos ou por meios simbólicos).
- é preciso da intenção séria ao ameaçar.
c) Sequestro e Cárcere Privado
- art. 148, cp.
- diferente do art. 159.
- o sequestro e cárcere privado são meios de que se vale o sujeito para privar alguém, total ou parcialmente, de sua liberdade de locomoção.
- o agente não priva a vítima de sua liberdade com o fim de obter o pagamento/vantagem como condição ou preço pelo resgate.
- quando se consolida a privação da liberdade da vítima.
- sequestro: ambiente maior (ex: trancar alguém no campus de uma universidade) / cárcere privado: ambiente menor (ex: trancar alguém dentro de um banheiro).
- qualificadoras.
- grau de confinamento é o que diferencia o sequestro do cárcere privado.
- crime contra a organização do trabalho.
- é de competência da justiça federal.
d) Redução a Condição Análoga a de Escravo
- art. 149, cp.
Constrangimento ilegal
Art. 146. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1- As penas aplicam‑se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2- Além das penas cominadas, aplicam‑se as correspondentes à violência.
§ 3- Não se compreendem na disposição deste artigo:
I – a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II – a coação exercida para impedir suicídio.
Ameaça
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar‑lhe mal injusto e grave:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.
Sequestro e cárcere privado
Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 1- A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de sessenta anos;
II – se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III – se a privação da liberdade dura mais de quinze dias;
IV – se o crime é praticado contra menor de dezoito anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2- Se resulta à vítima, em razão de maus‑tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Redução a condição análoga à de escravo
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo‑o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando‑o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 1- Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê‑lo no local de trabalho.
§ 2- A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

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