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ATIVIDADE COMPLEMENTAR Identidade e Gênero

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR 3
A partir da leitura do texto e a partir de seus conhecimentos sobre antropologia, leia com atenção as sentenças abaixo e depois assinale a alternativa correta:
I - Uma das principais contribuições teóricas da antropologia para pensarmos na família são os estudos de parentesco, tema que inicialmente foi abordado nas monografias clássicas que buscavam compreender como sociedades sem Estado se organizavam politicamente.
II - A contribuição da antropologia para a desnaturalização e a desuniversalização da família corresponde ao exercício da antropologia em pensar nas raízes culturais e sociais da família e também no exercício de nos apartarmos de nossa própria definição de família para compreender a diversidade das famílias.
III - A família e o parentesco são diferentes porque enquanto a primeira nos remete ao núcleo básico (pai, mãe e filhos), o segundo nos refere a todo o universo de parentes com os quais a família também se relaciona e dos quais ela depende culturalmente e socialmente.
Resp. Somente I e II estão corretas.
Quando a autora afirma que ¨O parentesco e a família tratam de fatos básicos da vida: nascimento, acasalamento e morte. Mas a família é um grupo social concreto e o parentesco é uma abstração, é uma estrutura formal. Isto quer dizer que o estudo do parentesco e o estudo da família são coisas diferentes: o estudo da família é o estudo daquele grupo social concreto e o estudo do parentesco é o estudo dessa estrutura formal, abstratamente construída, que permeia esse grupo social concreto, mas que vai além dele (...).”, ela nos permite dizer que:
O estudo da família nos permite reconhecer que há diferentes formas de família em diferentes sociedades, o que não implica em dizer todas as sociedades possuem relações de parentesco.
Os estudos antropológicos de parentesco são interessantes para pensarmos nas relações que sustentam a forma da família em nossa sociedade e são mais abrangentes que o estudo da família.
O estudo da família pode ser universalizado para todas as sociedades, enquanto os estudos de parentesco devem ser desnaturalizados.
O estudo da família nuclear (mãe, pai e filhos) pode nos ajudar a compreender as relações de parentesco em diferentes sociedades.
Resp. B
No texto lido, a autora nos lembra que os estudos de parentesco tornaram-se objeto básico da antropologia quando os autores das monografias clássicas se dedicaram a investigar a importância das relações de parentesco em sociedades sem Estado.
Esses autores e suas pesquisas estão os citados nas alternativas abaixo, exceto na alternativa:
Franz Boas foi um dos primeiros autores a levar em consideração que as relações de parentesco podem regular as relações políticas e jurídicas.
Evans-Pritchard, seguindo as influências de Radcliffe-Brown, também descreveu a importância das relações de parentesco para a constituição do sistema político Nuer, um povo do atual Sudão.
Mesmo não estudando povos africanos e voltar-se mais para as relações de troca, Malinowski também notou a importância das relações de parentesco para a regulamentação jurídica das relações políticas cotidianas.
Resp. A
Gênero é uma categoria variável e plural que não pode ser confundida com sexo, ou com as categorias sexuais convencionadas para o sexo biológico (mulher, homem). As categorias sexuais são as características biológicas sexuais que definem as diferenças entre homens e mulheres, enquanto as categorias de Gênero são aquelas a partir das quais os sujeitos se reconhecem, o que pode estar relacionado ou não com a sexualidade convencional social também (hetero ou homo). Considerando o excerto acima e o texto anterior, sobre a visão da antropologia acerca da família, assinale a alternativa que responde à seguinte questão:
Por que o conceito de gênero é mais abrangente do que o de sexo e porque ele é mais adequado para a discussão da isonomia (princípio da igualdade de direitos na democracia) entre homossexuais e heterossexuais, garantida pela Constituição?
Mesmo considerando que as categorias de gênero existentes expressam melhor as identidades sexuais que as categorias de sexo, o casamento homoafetivo fere o princípio democrátivo da isonomia, que considera a vontade da maioria.
Considerando que as categorias de gênero não são idênticas às categorias sexuais biológicas, a democracia deve deixar com que homens que se identifiquem como mulheres ou mulheres que se identifiquem como homens devam ser reconhecid(a)os como tais.
Considerando que não há necessariamente uma identificação do gênero com as categorias sexuais (homem e mulher) nem com as sexualidades homo e hetero, o princípio de isonomia deve partir da definição de gênero para considerar os direitos iguais, porque ela é não é restritiva.
O princípio de isonomia não deve levar em consideração as categorias de gênero e sim as definições biológicas do sexo masculino e feminino por que o casamento e a família nuclear (pais, mãe e filhos) são instituições sociais básicas à vivência em sociedade.
Resp. D

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