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Oração aos Moços

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FICHAMENTO – 8º PERÍODO 2015-2
COLEGIADO DE DIREITO – Faculdade AGES
COLEGIADO DE DIREITO
“DIREITO ELEITORAL”
	ALUNO
Joelliton dos Santos Guedes
	TURMA
8° período/ cal
FICHAMENTO
“ORAÇÃO AOS MOÇOS”
PARIPIRANGA/2015-2
OLIVEIRA, Rui Barbosa. Oração aos moços: o dever do advogado. 5° edição. Edições Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro, 1999.
RESUMO DA OBRA
Escrita por Rui Barbosa, Oração aos moços, é tida como um clássico da literatura brasileira, especialmente, ainda, um clássico para a literatura jurídica, pois discorre sobre a ética do profissional do Direito. Embora tenha sido redigido pelo próprio Rui Barbosa, o mesmo não fora lido por este em decorrência de circunstâncias exteriores, sendo isto incumbido à Renato Porchart. Ao longo da obra se observa uma descrição sobre o que fora vivenciado durante os cinquenta anos de carreira atuando na seara da advocacia. Demonstrando, destarte, desde conselhos para os que objetivam adentrar a este meio e aos que estão iniciando. A fim de promover uma relação mais intimista entre o autor e os leitores, Rui Barbosa “apadrinha” estes como “moços”, o que, por conseguinte, justifica a intitulação “Oração aos moços” sob o intuito de chama-los de filhos. No mais, discute-se na obra sobre o dever do magistrado frente à promoção da justiça e ética em seu exercício e que o “operador” do Direito deve ter a consciência de que este é a ferramenta mais concreta para consolidação da justiça e, para tanto, não se devem qualificá-las conforme sua grandeza e repercussão, mas sim, quanto à justiça ou injustiça. A segunda parte da obra que é intitulada de O dever do Advogado começa com a prisão do Dr. José Mendes Tavares e demonstra sobre a premissa de que o advogado não pode negar o serviço de defesa a quem quer que seja.
CITAÇÕES POR CAPÍTULO 
“Não quis Deus que os meus cinqüenta anos de consagração ao Direito viessem receber no templo do seu ensino em S. Paulo o selo de uma grande bênção, associando−se hoje com a vossa admissão ao nosso sacerdócio [...]”. (p.11).
“Tenho o consolo de haver dado a meu país tudo o que me estava ao alcance: a desambição, a pureza, a sinceridade, os excessos de atividade incansável, com que, desde os bancos acadêmicos, o servi, e o tenho servido até hoje”. (p.17).
Quanto é pela minha parte, o melhor do que sou, bem assim o melhor do que me acontece, freqüentemente acaba o tempo convencendo−me de que não me vem das doçuras da fortuna propícia, ou da verdadeira amizade, senão sim que o devo, principalmente, às maquinações dos malévolos e às contradições da sorte madrasta. Que seria, hoje, de mim, se o veto dos meus adversários, sistemático e pertinaz, me não houvesse poupado aos tremendos riscos dessas alturas, “alturas de Satanás”, como as de que fala o Apocalipse, em que tantos se têm perdido, mas a que tantas vezes me tem tentado exalçar o voto dos meus amigos? Ami− gos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem−nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal. Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem−nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal. (p.23).
Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação moral do homem. A oração é o íntimo sublimar−se d’alma pelo contato com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar 41 coisas. – V. nota 2. 27 das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo onde labutamos. (p.26 e 27).
Mas, senhores, os que madrugam no ler, convém madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas idéias pró− prias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito49 que os assimila. Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transforma− dor reflexivo de aquisições digeridas. (p. 32).
“[...] num país onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis, as que põem, e dispõem, as que mandam, e desmandam em tudo”. (p.35).
“Deus, pátria e trabalho. Metei no regaço essas três fés, esses três amores, esses três signos santos. E segui, com o coração puro”. (p.38).
“Por derradeiro, amigos de minha alma, por derradeiro, a última, a melhor lição da minha experiência. De quanto no mundo tenho visto, o resumo se abrange nestas cinco palavras: Não há justiça, onde não haja Deus”. (p.45).
PARECER POR CAPÍTULO
Já a princípio fica demonstrado aquilo que fora mencionado no início do presente trabalho, Rui Barbosa não pôde ler seu próprio discurso por conta de uma enfermidade. A posteriori, o mesmo se dispõe a denominar os profissionais do Direito de filhos, para que assim possa promover a ideia de que o coração humano não é somente carnal, mas dele emana sentimentos, que torna mais fácil o modo de enxergar a vida, é, neste momento, que ele usa a terminologia de “corações limpos” como fontes da vida. 
Rui Barbosa considera que fora muito útil para o país, especialmente em termos pessoais e que em cinquenta anos de carreira existe, sim, um excesso de trabalho, mas é possível falar, confortavelmente, que deu ao país o que tinha de melhor e mais produtivo. 
Ao longo da dissertiva, o autor, ainda, discorre sobre o mau e o bem tendo Jesus Cristo como parâmetro; sobre a existência de amigos, bem como de inimigos e que isso é inevitável na vida de todo homem, mas que estes últimos são de extrema importância, principalmente porque podem proporcionar benefícios que os amigos não poderiam proporcionar, pois tentando fazer o mal, os inimigos acabam, por fim, propiciando o bem. 
Ao falar sobre a oração, Rui Barbosa defende a importância desta estar associada ao trabalho, pois formam o homem no que concerne aos seus valores e, por conseguinte, moral e caráter, primordiais, também, para o alcance da excelência intelectual. 
Por fim, fica demonstrado que a advocacia e a magistratura são o alicerce para a consolidação da lei. No final da obra o autor menciona que Deus, a pátria e o trabalho são três santos que ele utilizou ao longo da sua vida em consonância também com o seu coração puro. 
Em O dever do advogado, o autor demonstra a importância do advogado em promover à justiça e assegurar o direito à defesa, não podendo, portanto, escolher a sua defesa dependendo do crime que o individuo cometeu.
PARECER CRÍTICO
Inegavelmente, é uma obra imprescindível para todo profissional, pois demonstra a importância da ética na prática do trabalho e é ainda mais importante para o estudante e, também, para o operador de Direito, uma vez que nela é feita um apanhado de reflexões acerca do papel do magistrado bem como do advogado.
Construída em formato de carta, Rui Barbosa objetiva discorrer sobre a ética profissional, demonstrando incessantemente que tal texto e seus ensinamentos deveriam ser seguidos pelos profissionais. 
É feita, ainda, uma análise crítica da sua vida na condição de cientista do Direito, jornalista e também politico, atribuindo lições para os futuros profissionais. Além de nos ensinar sobre a proeminência da ética no exercício da profissão, critica as leis vigentes no país, relembrando aos estudantes a necessidade busca da concretização dos sonhos.
Quanto à relação com o campo de pesquisa do semestre, observa-se íntima correlação, especialmente porque o campo está alicerçado sobre a ética do ingressante no mercado de trabalho, mais especificamente na seara do Direito.
Destarte, fez-se importante a leitura da obra para construção de base doutrinária no que concerne à compreensão do campo de pesquisa do Projeto Integrador, já que demonstra o dever do magistrado frente à promoção da justiça e ética em seu exercício e que o “operador” do Direito, seja ele um advogado, juiz, promotor ou qualquer outro cargo que abranja o saber jurídico, deveter a consciência de que aquele é a ferramenta mais sólida para consolidação da justiça.

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