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Aline Araújo, Agatha Pinheiro, Isabella, Lucas Freitas, Lynda Maria Clara, Nathália Sobrinho, Noemi Oliveira, Paula e Samara Menezes. Niterói, Rio de Janeiro 2018 Educação dos Negros no Brasil Educação dos Negros no Brasil e História da Educação Preto Cosme Liderou a revolta da Balaiada em 1839 Ex-escravo alfabetizado Abriu uma escola de primeiras letras na fazenda da Lagoa Amarela, alfabetizando cerca de 3.000 negros Intitulava a si mesmo como “Tutor e imperador da liberdade” Morreu enforcado Através do seu posicionamento, proporcionou o levantamento da quantidade de negros letrados no Brasil oitocentista. Educação dos Negros no Brasil e História da Educação Experiências de educação festas rituais Oficinas agrícolas Oficinas urbanas Instituições asilares internatos senzalas famílias Educação dos Negros no Brasil e História da Educação saber ler e escrever carta de alforria liberdade Escravo não é cidadão Os processos de independência das américas fizeram surgir debates a respeito da manutenção da escravidão nas sociedades. Nesses processos, a escravidão foi abolida em grande parte dos territórios afro-americanos, com exceção de países como Cuba/Porto Rico, Estados Unidos e Brasil, devido ao vigor da economia escravista; De acordo com a Constituição de 1824, teoricamente todos os cidadãos eram livres e iguais, porém, a escravidão, instituição social e jurídica, era a base econômica das regiões agroexportadoras; A propriedade dos escravos representava uma importância econômica e também um status social; Não era incomum que indivíduos pardos, mestiços, negros livres e até mesmo ex-escravos tivessem escravos; Desse modo, o regime de escravidão continuou inalterado. Escravo não é cidadão Revoltas, conflitos e leis – Linha do Tempo Conjuração Baiana Revolta dos Malês Lei Eusébio de Queiróz Lei do Ventre Livre Lei dos Sexagenários Abolição da Escravatura 1798 1835 1850 1871 1885 1888 Projeto de José Bonifácio 1821 Escravo não é cidadão O projeto de José Bonifacio tinha como objetivo a invenção de uma identidade para o Brasil, por meio da constituição de uma utópica sociedade racial, social, política e culturalmente homogênea. Ele propunha o estabelecimento de providências para que os escravos fossem instruídos na religião e moral, assim como indivíduos de outros grupos sociais, como os índios; O projeto não foi colocado em prática pois se dissolveu juntamente com a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1825, ele foi publicado em Paris, França. Escravo não é cidadão Ambiguidade da condição jurídica do escravo Escravo não é cidadão Não só o escravo era coisa e pessoa ao mesmo tempo, mas era também uma coisa que podia virar pessoa, caso conseguisse a liberdade, e uma pessoa que podia voltar a ser coisa, caso não cumprisse com as obrigações de todo o liberto, como o reconhecimento da devida gratidão ao seu senhor, e fosse reescravizado. GRINBERG, 2001, p. 55 Nem todo negro é escravo No Império, as leis educacionais quanto as normas jurídicas, tinham como lei para os negros escravizados, o não direito a instrução pública. Constituição de 1824: Crioulos livres: ex-escravos, quando alforriados, e seus filhos nascidos no Brasil, faziam parte da população de livres, descendentes de africanos. Os libertos e nascidos no Brasil eram cidadãos brasileiros, e não usufruíam dos seus direitos, como voto e atuação nos cargos públicos, onde era exigido que nascessem sem a “mancha de sangue” (nascimento de ventre livre). Nem todo negro é escravo REESCRAVIZAÇÃO Para que os negros exercessem seus direitos, eles tinham que comprovar constantemente a sua liberdade, e caso não houvesse comprovação de seu estado de liberdade, eles poderiam ser novamente escravizados. 7 de novembro de 1831 art. º 1 “Todos os escravos que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres” PERÍODO COLONIAL Os negros escravos eram identificados pelo porto ou local de onde haviam embarcado, como Moçambique, Angola, congo, Mina, Benguela, funcionando como uma reconstrução de identificações e identidades. A presença de negros na escola imperial Designação por “cor” Pretos: usado de maneira pejorativa, referia-se a forros recentes, africanos livres ou escravos Pardos: designava os libertos ou descendentes livres de ventres escravos. Usada para configurar uma nova realidade, sem que recaísse sobre ela o estigma de escravidão, mas também sem que se perdesse a memoria dela e as restrições civis que implicava. “Expressão da mancha de sangue” Era necessário que a escolarização atendesse a toda sociedade, sem exceção. Porém, algumas questões impediam a presença de determinadas crianças na escola Questões como condição jurídica, designação de cor nos documentos etc eram fatores de impedimento a educação Mattos (1998) denomina de “sumiço de cor” A presença de negros na escola imperial Escolarização nas províncias Província de Minas Gerais Na medida em que também promoveu o “sumiço da cor”, pode ter representado, para parcela da população mestiça que conseguiu ingresso nas escolas, a possibilidade de “desfazer-se” do estigma que relacionava a ascendência africana à escravidão, aproximando cada vez mais os negros, mestiços e os pardos das experiências de liberdade. Província de São Paulo Vidal e Souza (2006) encontraram séries documentais contínuas contendo mapas de matrícula escolar e relatórios de professores e inspetores, nos quais havia o registro detalhado a respeito da cor e condição civil dos alunos. Presença de crianças negras nas escolas públicas primárias e nas escolas profissionais, técnicas e tecnológicas, criadas pelos negros ou pelo Estado. Província do Rio de Janeiro Escolas nas fazendas do Comendador Souza Breves e na Fazenda Vista Alegre, em Valença, e Asilo Agrícola de Santa Isabel, criado em 1886. A presença de negros na escola imperial A necessidade de ser liberto ou de usufruir a cidadania quando livre, tanto durante os períodos do Império quanto nos primeiros anos da República, aproximou as camadas negras da apropriação do saber escolar (...) embora não de forma massiva, camadas populares negras atingiram níveis de instrução, quando criavam suas próprias escolas; recebiam instrução de pessoas escolarizadas; ou adentravam a rede pública, os asilos de órfãos e as escolas particulares. Cruz (2005, p. 27) A presença de negros na escola imperial Professores negros Ernesto Carneiro Ribeiro Biomédico, linguista, professor e filólogo Fundou uma escola na Bahia com ajuda do Império Desenvolveu um dos primeiros planos nacionais para combater a miséria na qual se encontrava a educação A presença de negros na escola imperial Cruz e Souza Poeta brasileiro, conhecido como Dante ou Cisne Negro Defendia a causa abolicionista A presença de negros na escola imperial Luiz Gama Advogado sem diploma (rábula) Atuou ativamente nos tribunais, libertando mais de 500 escravos Reconhecido também por sua produção literária A presença de negros na escola imperial Carolina Maria de Jesus Escreveu o best-seller Quarto do despejo: Diarios de uma favelada Seu livro tornou-se best-seller em apenas 2 semanas. A presença de negros na escola imperial Machado de Assis Um dos maiores nomes da literatura brasileira Suas obras refletiam o cenário atual, o que abriu espaço para diversos debates. Bibliografia Os negros no Brasil Colonial, Brasil Escola. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/o-negro-1.htm> Acesso em 08 de junho de 2018. FONSECA, Vínícius; BARROS, Surya. 2016. A História da Educação dos Negros no Brasil. SCHUELER, Alessandra; GONDRA, (2018). Educação, poder e sociedade. p. 222-256 <https://spotniks.com/>
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