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UNIVERSIDADE NORTE PARANÁ SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA ANA PAULA LOPES PINHEIRO CARLA FRAGA CURY JULIANA DA SILVA CAETANO JULIANA TEIXEIRA MACHADO DA SILVA MARIA PATRÍCIA SILVA ESTEPHANELI A DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA – “LER, OUVIR, CONHECER E PRODUZIR” TRABALHO INTERDISCIPLINAR DE GRUPO Itaperuna-RJ 2014 1 ANA PAULA LOPES PINHEIRO CARLA FRAGA CURY JULIANA DA SILVA CAETANO JULIANA TEIXEIRA MACHADO DA SILVA MARIA PATRÍCIA SILVA ESTEPHANELI A DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA – “LER, OUVIR, CONHECER E PRODUZIR” TRABALHO INTERDISCIPLINAR DE GRUPO Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNO- PAR – Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Educação Inclusiva e Libras; Pedagogia em Espaços Es- colares e Não Escolares; Educação e Tecnologia em Edu- cação e Cidadania, Diversidade. Professores: Edilaine Vagula, Sandra Vedoato, Vilze Vi- dotti, Cyntia Simioni, Fábio Luiz e Carlos Eduardo Gonçal- ves. Tutora eletrônica: Silvana Regina Tavares de L. Jardim. Tutora de sala: Olga Amélia Alves dos Bragança. Itaperuna-RJ 2014 2 Crianças são como borboletas ao vento. Algu- mas voam rápido, algumas voam pausada- mente, mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial. (Autoria desconhecida 3 INTRODUÇÃO A inclusão escolar não é a formação de uma classe especial para cri- anças com necessidades específicas (físicas, mentais e ou sociais), nem mesmo um currículo diferenciado para tal criança dentro da mesma turma que ela está inserida. Incluir é proporcionar um ambiente saudável, acolhedor, isento de preconceitos e discriminações, tendo foco na valorização humana, que pro- porcione o bom desenvolvimento do aluno com necessidades específicas e especiais, pois seu aprendizado não é decorrente do professor, mas também do bem ser aceito e respeitado di- ante do grupo.1 FORMAS GRÁFICAS QUE DEFINEM EXCLUSÃO, SEGREGAÇÃO, INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO. Portanto, a prática pedagógica deve procurar não olhar para o aluno com deficiência de modo diferenciado, mas procurar construir uma sequência de en- sino que não exclua tal criança, além de proporcionar seu desenvolvimento escolar. Seguindo o que foi proposto pelo curso de Pedagogia, segue-se uma sequência didática interdisciplinar realizada na disciplina de português e colocada em prática na Escola Municipal Professora Iracema Seródio Boechat, localizada em Pira- petinga, 5º Distrito de Bom Jesus do Itabapoana, RJ. 1 RIBEIRO, Marcia Cristina; BERGAMO, Regiane Banzzatto. Inclusão escolar: avanços e desafios. In: Conhecimento Prático – Geografia. Escala Educacional. Número 38. São Paulo, SP. Julho/2011. 4 ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA IRACEMA SERÓDIO BOECHAT – BOM JESUS DO ITABAPOANA-RJ. A prática pedagógica foi realizada com os alunos de 2º ano do ensino fundamental, onde está matriculado Estevão da Silva Souza (deficiente auditivo) que utiliza aparelho auditivo e aprendeu a ler fluentemente. Em todas as atividades ele foi influenciado a participar, onde o profes- sor procurou atendê-lo sempre que questionava algo. Isso fez com que ele se sentisse participante de todas as atividades propostas, tanto que manuseou livros, escreveu textos e leu histórias com facilidade. Até mesmo na questão da avaliação, a atividade proporcionou uma avaliação equânime, ou seja, todos puderam ser avaliados do mesmo modo, sem haver diferenciação por quesitos específicos. Isso promoveu ainda mais a inclusão do Estevão não apenas na disciplina trabalhada, mas também no ambiente escolar. ESTEVÃO DA SILVA SOUZA – DEFICIENTE AUDITIVO DO 2º ANO FUNDAMENTAL. 5 A DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA – “LER, OUVIR, CONHECER E PRODUZIR” • O que o aluno poderá aprender com esta aula? o Ler textos dos gêneros previstos para o ano, ajustando estratégias de leitura. o Utilizar a linguagem oral com eficácia, expressando sentimentos e opiniões. o Produzir textos escritos com coerência, considerando o leitor e o objetivo da mensagem, começando a identificar o gênero e o suporte que melhor atenda a intenção comunicativa. o Escrever textos dos gêneros previstos para o ano, utilizando escrita alfabética e preocupando-se com as normas ortográficas. • Ano o 2º / Fundamental I. • Carga Horária o 5 aulas de 1 hora de duração para cada gênero. • Conteúdo o A Diversidade de Gêneros Textuais na Sala de Aula O trabalho com a diversidade de gêneros textuais tem se expandido em meio às práticas pedagógicas de muitos professores, pois oferecem ricas e variadas oportunidades de explorar o texto, como unidade de ensino da leitura e da es- crita. Aprender com a variedade de gêneros textuais garante ao aluno a oportu- nidade de conhecer textos que circulam socialmente e, através de suas análises, sistematizar convenções ortográficas e gramaticais, bem como aperfeiçoar o uso de recursos coesivos. o Sequência Didática O professor deve ter bem definido quais gêneros textuais pretende trabalhar com sua turma antes de dar início à sequência, para que possa explorar as quatro 6 competências previstas para este trabalho, ou seja, ler, ouvir, conhecer e produ- zir diferentes gêneros textuais. Esta sequência será desenvolvida em cinco au- las, como se apresenta no exemplo a seguir. O gênero textual estudado será o CONTO DE FADAS. - 1ª aula: PRÁTICA DE LEITURA. Esta aula inicial tem a finalidade de ampliar o repertório textual da turma em relação ao gênero textual escolhido. Antes de iniciar a leitura, o professor deve sondar os conhecimentos prévios que os alunos têm em relação ao gênero es- tudado. No caso do conto, é preciso identificar quais histórias a turma já conhece, quais são suas preferidas etc. 1) Leitura feita pelo professor, que deve organizar a sala de aula de modo que ela se torne agradável, proporcionando momentos mágicos de leitura. Os alunos podem ser organizados em um semicírculo, para que todos tenham acesso às imagens. O contador de histórias deve ser dinâmico e fazer uso de diferentes estratégias para a contar a história (teatro de fantoches, caixa mágica, avental, bonecos etc.). Estes recursos serão fundamentais para que a turma desenvolva o prazer pelo mundo da leitura. 2) Leitura feita pelos alunos, onde o professor deve organizar um varal literário, apresentando livros de contos infantis, permitindo assim que cada aluno faça sua própria escolha de leitura. - 2ª aula: LÍNGUA ORAL. Após a leitura de diversos contos pela turma, deve-se promover uma roda de conversa, onde os alunos possam expressar pensamentos relativos às histórias lidas. O professor deve apresentar uma breve biografia sobre os principais auto- res infantis (Hans Christian Andersen, Irmãos Grimm, Machado de Assis etc.) e permitir que a turma faça perguntas sobre os mesmos. Por último, deve-se pro- mover uma discussão sobre as características do gênero, para que os alunos consigam concluir que um mesmo gênero pode possuir características diferen- tes. 7 - 3ª aula: LÍNGUA ESCRITA. Para esta aula será necessário organizar situações para que os alunos sejam convidados a utilizar a escrita.Algumas atividades com elementos de história podem ser significativas, como: lista de personagens, títulos de contos preferi- dos, descrição das características dos personagens e do ambiente onde se passa a história, interpretação de texto, atividades lúdicas (cruzadinha, caça-pa- lavras, jogo da forca, jogo da memória etc.). - 4ª aula: PRÁTICA DE PRODUÇAÕ DE TEXTO. Após a leitura e o estudo de alguns contos, os alunos terão subsídios básicos necessários para a produção de textos de própria autoria, atendendo as carac- terísticas do gênero escolhido (conto). Os desenhos da criança não devem ser esquecidos nessa etapa, devendo ser incentivados e valorizados, para que o aluno também compreenda a ilustração como um gênero textual extraverbal. - 5ª aula: ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA. O professor deve orientar os alunos sobre a estrutura adequada do texto e nor- tear atividades que os façam refletir sobre a melhor apresentação possível de suas produções. o Sistematização Os textos produzidos pela turma devem ser expostos e compartilhados em um mural, na sala de aula. Ao final de cada sequência didática com um gênero tex- tual, o professor deverá arquivar em um portfólio individual o material produzido pela turma. As cinco aulas aqui apresentadas podem ser trabalhadas com vários gêneros previstos no planejamento anual do professor. É importante aproximar as produções textuais às práticas sociais de leitura e escrita vivenciadas pelos alunos, como a escrita de uma lista de compras, um bilhete ou uma carta, sempre evidenciando a funcionalidade do gênero. o Avaliação Ocorrerá de forma continuada, analisando as competências (ler, ouvir, conhecer e produzir) desenvolvidas pelos alunos durante a sequência didática. O portfólio 8 também se constitui em um rico instrumento de avaliação, pois apresenta os avanços de cada aluno em relação às práticas de leitura e produção de texto. RODA DE LEITURA CAIXA MÁGICA CONCLUSÃO Pela sequência didática acima proposta e sua aplicação na Escola Municipal Iracema Seródio Boechat, pode-se concluir que a inclusão pode ser efeti- vada de modo eficaz, quando procura-se olhar a classe toda como heterogênea e não apenas um indivíduo apenas como diferente. 9 REFERÊNCIAS BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. MEC. SEF. Bra- sília, 1998. KAUFMAN, Ana M. RODRIGUES, Maria Helena. Escola, leitura e produção de texto. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artemed, 2002. RIBEIRO, Marcia Cristina; BERGAMO, Regiane Banzzatto. Inclusão escolar: avan- ços e desafios. In: Conhecimento Prático – Geografia. Escala Educacional. Nú- mero 38. São Paulo, SP. Julho/2011.
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