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A reflexão filosófica sobre a arte nasceu na Grécia, no século VI a.C. No século V a.C. Sócrates foi o primeiro a indagar a respeito do que seria uma pintura. Livro República – Platão: Platão problematizou em seu livro A república, a existência e a finalidade das artes, ligando- as ao problema mais geral da realidade e do conhecimento, do sentido da beleza e da vida psicológica e moral. Aristóteles – Poética: desenvolveu em seu livro Poética ideias relativas à origem da poesia e à conceituação dos gêneros poéticos, representando uma primeira teoria da arte. A doutrina de Platão condensou a experiência do Belo, alcançada pela cultura antiga: O princípio da imitação, para definir a natureza da arte, o estético para estabelecer as condições necessárias de sua existência e o moral para julgar seu valor. Princípios da Beleza Clássica: 1. Equilibrio 2. Respeito às proporções 3. Harmonia 4. Simetria Para Platão: Ideia = conhecimento verdadeiro Imagem (obra de arte) = não devia pretender alcançar uma categoria mais elevada do que a da “imagem” por se opor ao conceito de “ideia”. Linha do Tempo Histórica Idade Média: Com a queda do Império Romano e com a dispersão do pensamento, não se discutiu a questão estética. O belo era considerado pertencente a Deus e não era considerado nas discussões sobre as artes, que tinham por função transmitir a doutrina cristã para os que não sabiam ler. Renascimento: Surgiu com o fim da “Idade Média” conjuntamente à filosofia denominada Humanismo. Nesse período, o belo retorna à esfera das artes por meio do conceito de natureza. Passa a ser tarefa do artista, identificar e destacar da natureza os belos aspectos da criação divina. Conceito de Estética: O conceito de estética surge como uma disciplina filosófica com A. G. Baumgarten, no século XVIII, conceituada como ciência do belo e da arte, mas vai ganhar importância com a contribuição de Kant. Evolução da Estética Estética Kantiana: A reflexão sobre a beleza assume a forma de uma descrição da consciência estética, da impressão produzida pela obra. O entendimento estético passa a ser considerado ligado à imaginação e contrasta agora o belo com o sublime. A ideia do sublime funda uma estética nova, que supera a definição clássica do belo. A obra de arte em vez de imitar a natureza, passa a tornar visível um mundo desconhecido. Pensamento Pós-Kantiano: Categorização da estética como uma ciência, substituindo a palavra “belo” por “estético”, passando a incluir todas as categorias pelas quais os artistas e pensadores haviam refletido, assim como o trágico, o sublime, o gracioso, o risível e o humorístico, reservando para a denominação de belo aquele modelo clássico definido pela harmonia e pelo senso de proporção. Idealismo Hegeliano: O conceito de estética passou a considerar o belo da arte como sendo superior ao belo da natureza, nascido duas vezes do espírito. E, como consequência, a arte passou a ser percebida como uma forma de manifestação do pensamento visual. Pop Art: Representou um tratamento de choque que indicou a onipotência da atitude "criadora pura". O vulgar, o medíocre e o cotidiano são retratados. Ex. Andy Wahrol. Antiguidade A Grécia produziu os conceitos de história, filosofia, arte e tentou explicar o conceito da vida, por meio dos mitos e do destino. No campo da arte surgiu o teatro e há um notável desenvolvimento técnico da arquitetura, da pintura - segundo os textos - e da escultura. Cultura Greco-romana: Após Roma ter invadido a Grécia, os romanos adotaram seus hábitos e costumes criando a cultura Greco-romana. A Roma Imperial “importou” os artistas gregos e desenvolveu a arte dos retratos. Se na Grécia os deuses recebiam a forma de homens ideais, em Roma os homens eram idealizados para se tornarem deuses na figura dos governantes. Idade Média Arte Cristã Primitiva - a arte dos povos romanos convertidos ao cristianismo, junto com o Imperador Constantino. O estilo gótico: Esse estilo desenvolveu-se pelos séculos seguintes e culminou na construção de igrejas altíssimas como a de Notre Dame, em Paris. É cheia de arcobotantes e contrafortes, que caracterizam a arquitetura desse período. O Renascimento - ou Renascença - é marcado por uma corrente de pensamento chamada de Humanismo, que traz uma valorização do ser humano e da natureza, em oposição ao sobrenatural cultuado na Idade Média. Idade Média – Economia: artesanal, agrária e urbana. – Arte: formas góticas Idade Moderna – Economia: manufatureira mercantilista e nacional. – Arte: formas renascentistas. No século XVII inicia-se o período conhecido como Barroco. Ocorreram então grandes mudanças na estrutura do pensamento ocidental com a revolução científica. O mais influente filósofo foi René Descartes. Com esse espírito os pensadores passaram a aceitar apenas aquilo que podia ser experimentado ou compreendido racionalmente. Há então uma mudança da concepção aristotélica - defendida pela Igreja - de um mundo ordenado, limitado e imóvel, para a de um mundo em constante movimento. Arte Barroca: É caracterizada por suntuosidades, exageros ornamentais, efeitos de claro/escuro, de movimento, de contrastes e de cores. A origem da palavra barroco é irregular, contorcido e grotesco. A arte barroca no Brasil: A arte populariza- se por meio das Igrejas, principalmente em Minas Gerais, com destaque para Antonio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”. Em oposição ao estilo oficial que seria trazido pela Corte, o Barroco brasileiro apresenta traços de arte ingênua, destacando-se a liberdade de representação. Com a despreocupação das relações de proporções corretas das obras neoclássicas, criam-se trabalhos de forte apelo emocional e de grande expressão. Período Rococó – A predileção por cores e decorações delicadas que sucederam ao gosto mais robusto do período barroco e se expressou em alegre frivolidade. A Arte Neoclássica - O Neoclássico foi o estilo oficial do Absolutismo, mas novas condições surgiram durante o seu predomínio: Durante a Revolução Industrial: Destruiu a tradição do artesanato e progressivamente vai transformando a vida, principalmente nas grandes cidades. Na Revolução Francesa: A França vivia o Absolutismo, mas a burguesia já era fundamental para a economia. Filósofos como Rousseau e Voltaire pediam liberdade e respeito à vontade do povo. Na Independência Americana: Serviu como modelo para as independências das colônias da Europa e para o fim da escravidão. O Iluminismo - A era da razão: desenvolve-se na França, há uma inerente ideia de progresso, e foi um movimento intelectual do século XVIII, com base nas ideias de progresso, liberdade e valorização do homem. As ciências desenvolviam-se dando continuidade ao racionalismo proposto por Descartes. O Romantismo - Foi uma reação contra a Idade da Razão; os artistas confiavam no instinto, opondo-se ao racionalismo. Perseguiam a paixão e cultuavam a natureza e a imaginação. Theodore Géricault: pintava corpos em luta e realidades contemporâneas suas, mas sua ênfase na emoção o leva a ser considerado um dos precursores do movimento. Eugène Delacroix: tornou-se o líder do movimento romântico depois da morte de Géricault. Caracteriza-se por cores voluptuosas, curvas exuberantes, tons intensos, contrastes vívidos, formas turbulentas e amplas pinceladas. O impressionismo – Paris, entre 1860 e 1870. A primeira apresentação ao público incluiu artistas “independentes” em 1874, no estúdio do fotógrafo Nadar. Conceitos estéticos do impressionismo: Necessidadede redefinir a essência pictórica diante da fotografia como novo modo de apreensão da realidade. A fotografia era, até então, uma das formas privilegiadas para se reproduzir (captar) a realidade através do olhar do artista visual. O impressionismo, mesmo estando estreitamente vinculado à divulgação social da fotografia, tendeu a competir com ela em três aspectos: Na compreensão da tomada de imagem; Na instantaneidade da imagem; Na vantagem da cor. Descobriu-se que a fotografia, que era mais exata na reprodução da imagem, não utilizava a linha, base de toda a arte desde o Renascimento. Os impressionistas passaram a formar suas imagens através de manchas. O simbolismo, séc XIX – Os simbolistas, ao contrário, recusaram qualquer relação com a fotografia, reconhecendo que esta superava a pintura quanto à apreensão e representação das aparências da realidade. Procuraram apelar para a imaginação, argumentando que o pintor podia imaginar e criar o que a câmera fotográfica não poderia registrar. O pós-impressionismo – nome dado hoje às diversas tendências que buscaram superar o Impressionismo, ou seja, encontrar outros caminhos possíveis para o desenvolvimento da arte, após a compreensão e aceitação do Impressionismo. Os artistas pós- impressionistas não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas sim levá-los mais adiante, no sentido de uma intervenção estética-política na realidade burguesa. Principais tendências do final do século XIX: Pontilhismo – Técnica foi desenvolvida por Serrat e buscava estrutura e forma. Fragmentou a pincelada impressionista em pontos coloridos, transformando manchas em pequenos pontinhos com intensidade graduada para criar profundidade, assim buscando a mistura de cores pelo cérebro. Substituiu os resquícios românticos dos impressionistas por termos científicos. Simbolismo – Os simbolistas queriam trazer à realidade algo que pertence ao espírito, valorizando a imaginação, pintando o sensível, sem ter necessariamente uma correspondência com o real. Alguns artistas importantes: Gauguin: Inicialmente era um simbolista. Defendia que se pintasse de memória, com isso, favorecendo a sensação, a dimensão da imaginação. Cézanne: Deu importância à estrutura, à essência. Modulou pela cor pura e expôs com os impressionistas. Van Gogh: Por influência de Gauguin, alguns dos seus quadros do início da carreira tinham cores lisas. Posteriormente foi assumindo suas pinceladas que foram ficando mais marcadas, densas e vibrantes, tornando-se sua marca pelo frêmito que transmitem. O expressionismo – No início do século XX, o expressionismo presente em diversas tendências do período pós-impressionista vai se desenvolver como uma das primeiras vanguardas de modos distintos em países distintos. A valorização da expressão em detrimento do belo clássico vai ressaltar o grotesco, o primitivo e o espontâneo e acelerar o desenvolvimento do modernismo. Movimentos de caráter expressionista: Os expressionistas são deformadores sistemáticos da realidade, fugindo às regras tradicionais de equilíbrio, regularidade e harmonia da estética clássica, com objetivo de expressar emoções. No início do século XX, a tendência a valorizar a expressividade vai dominar com o desenvolvimento dos movimentos do Fauvismo na França e do Expressionismo na Alemanha. O Fauvismo – começou em Paris. O nome fauve - fera em francês - foi utilizado como referência ao modo como esses artistas liderados por Matisse “atiravam” as cores sobre as telas. Ou seja, como feras, como selvagens. A ideia de cores não convencionadas vai ser desenvolvida por esse grupo que faz da cor seu principal veículo de expressão. O fauvismo é o principal responsável pelo desenvolvimento do gosto pelas cores puras. Os artistas fauvistas e seus trabalhos caracterizavam-se, de maneira geral, pela liberdade de expressão, através do uso de cores puras e pelo exagero do desenho e da perspectiva. Não havia uma doutrina ou programa. Técnicas da Arte Expressionista: Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas; Textura áspera, devido à grande quantidade de tinta empregada nas telas. Técnica violenta provocando inesperadas “explosões". Uso do empaste ou empasto, formado por uma massa grossa de pintura a óleo, a qual era martelada e áspera. O expressionismo vs. O Impressionismo: Embora sendo movimentos antitéticos, foram movimentos realistas que exigiam a dedicação total do artista à questão da realidade. Expressionismo – do interior para o exterior; é o sujeito que, por si, se imprime ao objetivo. Precursor: Vincent Van Gogh; atitude: volitiva/ agressiva; se resolveu no plano da ação. Impressionismo – do exterior para o interior; é a realidade (objeto) que se imprime na consciência (sujeito). Precursor: Edouárd Manet; atitude: sensitiva; se resolveu no plano do conhecimento. Pablo Picasso, pintor e escultor espanhol, é considerado um dos artistas mais importantes do século XX. Artista multifacetado foi único e genial em todas as atividades que exerceu: Inventor de formas; Criador de técnicas e estilos; Artista gráfico; Escultor. Foi o artista mais produtivo e mais constante revolucionário do século passado. Do tratamento clássico e representacional dos temas evoluiu ele para as abstrações do Cubismo, e do Cubismo para as técnicas de colagem mais tarde utilizadas no dadaísmo. Picasso empregou igualmente elementos de fantasia e imaginação, em suas cerâmicas e esculturas. O Cubismo – era uma arte formalista preocupada com a reavaliação e reinvenção de procedimentos e valores pictóricos. Era uma arte de conteúdo intelectual elevado e, em geral, calmo e reflexivo. Exemplo de artistas: Georges Braque, Picasso, Fernand Léger; Robert Delauney, Juan Gris. Seus principais focos de resistência foram as artes decorativas e a arquitetura do século XX. Considerado como um ato de percepção individual, o movimento inspirou- se na arte africana e na geometrização das figuras iniciada por Cézanne, que resultou em uma arte intuitiva e bastante abstrata, derivada da experiência visual baseada na luz e na sombra. Em 1907, começa o cubismo; em 1914, termina o cubismo, como movimento, com a eclosão da 1ª Guerra Mundial, tendo boa parte dos artistas sido recrutada e partido para o campo de batalha; em 1925, persistiu como parte das discussões e pesquisas. O Cubismo rompeu com o conceito de arte como “imitação da natureza”, que vinha desde o Renascimento, bem como com os principais cânones clássicos de pintura tradicional: A perspectiva, consistindo na ilusão de profundidade em uma superfície plana, base da pintura europeia por mais de 500 anos seguintes à Renascença. O chiaroscuro ou luz-e-sombra, indicando uma nova técnica criada no Renascimento para criar a ilusão de relevo escultural no plano. A pirâmide ou configuração piramidal e tridimensional do espaço da tela, tendo como clímax uma imagem central que substituiu os retratos em perfil e o agrupamento de figuras em grade horizontal. Elementos formais do Cubismo: Abandono da iluminação “naturalista” de suas telas e das relações moduladas entre elementos formais; Ênfase nas formas planas de contornos bem marcados; Ênfase em relações espaciais condicionadas por relações de cor - e não no desenho; Ênfase no contexto de uma composição, que permite a leitura de um espaço consistente ou fechado; Ênfase no espaço inteiramente ocupado por formas e planos- como, principalmente, em Gris e Léger; Ênfase em umespaço real semelhante a uma caixa - como em Picasso, Gris ou Braque; Ênfase em um espaço identificado com a própria superfície da tela, através da aplicação de uma base completamente pintada, suave e/ou opaca. O futurismo – Foi influenciado e retroalimentou o Cubismo. Iniciado na Itália, a partir da concepção de civilização e expressou-se inicialmente em palavras. Logo, partiu de uma ideia geral. Rejeitou todas as tradições, instituições e os valores consagrados pelo tempo. Propagou suas ideias muito rapidamente pela Europa e embora tenha durado pouco, teve longa influência. (Marinetti escreveu o primeiro manifesto futurista.) A arte no inicio do século XX no Brasil Nas exposições da Semana de Arte Moderna, além dos trabalhos de Anita Malfatti, de Vitor Brecheret, de Di Cavalcanti e de Rego Monteiro, pouca coisa havia de moderno no Saguão de entrada do Teatro Municipal de São Paulo. Contudo, a polêmica pública predominou, principalmente pela publicação de manifestos que se seguiram: o Manifesto Pau Brasil e Antropofágico. O manifesto Pau Brasil apoiava-se nas pinturas de Tarsila do Amaral. O segundo manifesto, chamado Antropofágico, foi publicado na primeira Revista de Antropofagia. Irônico, provocativo, destruidor e cheio de novas propostas, tal os manifestos europeus, principalmente o futurista. Se entre 1917 e 1922, a preocupação modernista era afirmar à arte moderna no Brasil, a partir de 1923 a preocupação passa a ser uma postura nacionalista. Na visão antropofágica, será devorado o pai Totêmico –a cultura europeia – para incorporar suas virtudes reforçando o próprio organismo – a cultura brasileira. Dadaísmo, Surrealismo e Anti-arte O Dadaísmo e o Surrealismo representam respostas culturais, articuladas de modos diversos, mas tendo em vista uma mesma situação: a falência de valores estéticos, filosóficos, morais do século XIX e o confronto com a nova realidade que superou os limites do racionalismo no século XX, evidenciada com a guerra. Marcel Duchamp é chamado de “pré- dadaísta”, afirmando seu aspecto precursor e não totalmente redutível aos conceitos estético-filosóficos do movimento dadá. Por meio de seus ready-mades, Duchamp pretendeu iniciar o debate em torno da relação obra/artista, ao enfatizar um repúdio à “criação artística”, ao afirmar não acreditar na função criativa do artista. O Dadaísmo: Contestava o conceito do que seja obra-prima, expressando que o objetivo da atividade artística não era a arte, mas a “antiarte” como postura revolucionária contra um esteticismo gasto, propondo atividades de “destruição” das noções de bom gosto e de libertação da arte dos projetos de racionalização; Destacava o papel do sujeito-artista como crítico, como sujeito que reflete sobre a experiência do mundo e expõe, pela sua ação crítica, o sentido de crise e de falência dos valores estéticos, filosóficos e morais. O Surrealismo – movimento artístico que se baseava no inconsciente, ou seja, além dos limites racionais do ser humano, fora de toda a preocupação estética e moral. Reconheceu o poder do “ato de criação espontânea"; Aboliu o veto que o Dadá havia aplicado à arte e eliminou a necessidade da posição irônica dadaísta; Devolveu ao artista a sua razão de ser sem impor, ao mesmo tempo, um novo conjunto de regras estéticas. Exemplos de artistas surrealistas: Salvador Dalí, Joan Miró, Pablo Picasso. Surrealismo Heroico – 1924: O tema do sonho foi representado, pelos surrealistas, por obras de natureza simbólica obtida pelo método do automatismo, as quais revelavam ainda um certo figurativismo. Fase Política – 1928: Seus líderes filiaram- se ao Partido Comunista, vinculando a arte surrealista a uma postura estético- ideológica de vanguarda. Fase de Difusão – 1930-1950: O Surrealismo expandiu-se internacionalmente com grupos de surrealistas, tendo mesmo se formado no Brasil. André Breton – 1924 e o Manifesto Surrealista: Defendeu a ideia de que os artistas e escritores deveriam expressar seu pensamento de maneira totalmente livre, espontânea e irracional, sem qualquer controle de ordem estética, racional ou moral. Técnicas surrealistas: Automatismo, associações livres, fotomontagem, jogos de criação coletiva, assemblagem, colagem. O Construtivismo não estava ligado a arte política, mas a socialização da arte, incluindo satisfazer as necessidades materiais, expressar as aspirações, organizar e sistematizar os sentimentos do proletariado revolucionário. Exemplo de artista: El Lissitzky, Naum Gabo, Anton Pevsner, Wassilly Kandinsky, Alexander Rodchenko. O Construtivismo repudia o conceito de gênio - intuição, inspiração e autoexpressão; É didático, tem intimidade com a ciência e a tecnologia, é concreto; A ideia construtiva não pretende unir arte e ciência, explorar as condições do mundo físico, mas captar sua verdade. Artistas do movimento: Jackson Pollock, Willem De Kooning, Clyfford Still, Barnett Newman e Mark Rothko. O expressionismo abstrato – Movimento de pintura norte-americana afirmado no final da década de 1940, em Nova York, consistindo em uma das mais extraordinárias conjunções de radicalismo técnico (“action painting” e automatismo na pintura) e de radicalismo ideológico. Técnicas da arte expressionista abstrata: Pintura de caráter violento; A adoção da técnica de tinta respingada e jogada, e de pincéis completamente secos, varetas e colheres de pedreiro como ferramentas; O ritmo natural tornou-se inevitavelmente mais expansivo, envolveu movimentos mais amplos e mais demorados da mão que controla a aplicação da tinta; A noção de “ação no caos” impregna a ideologia abstrato- expressionista; POP-ART – A arte pop colocou em questão a importância crescente no período pós- Guerra dos meios de comunicação de massa e sua influência nas categorias mais elevadas da cultura ocidental, que pareciam questionar as distinções culturais tradicionais que pareceram subitamente superados por uma nova estética. O crítico britânico Lawrence Alloway defendia que uma área de cultura visual nova estava mudando o mundo moderno e desafiava as hierarquias tradicionais da expressão artística. As artes visuais precisavam então responder aos gostos do público ou se tornariam irrelevantes. Surgia uma estética do descartável, baseada no interesse em estimular o consumo por meio da mudança estilística e da obsolescência planejada. A arte moderna ligava-se então a complexas possibilidades de expressão visual. Principais artistas: Richard Hamilton, Peter Blake, David Hockney, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, George Segal. A criação do SPAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - representou um esforço no sentido da restauração de nossas tradições, no mesmo momento em que se construía um sentido moderno de nação. Procurava, através da cultura, eclodir na população um sentido de patriotismo, lealdade e dever. Para Mário de Andrade, a tradição não se podia importar, mas cultura importava-se, ressalvando que se devia importar aqueles elementos em que a cultura estrangeira não fosse estragar a cultura nacional, e sim, ajudar no seu desenvolvimento estratégico. A questão da implantação de uma arte moderna no Brasil – a qual devia estar totalmente comprometida com a autonomia da arte, independente de quaisquer outros fatores ideológicos – esbarrou, desde o início, com a necessidade de tematização da realidade física e social do país como forma de afirmação da própria identidade nacional, a qual havia sido renegada pelos brasileiros devidoao seu passado colonial e escravagista. Movimentos artísticos do século XX, como a antropofagia modernista dos anos de 1920 e o Tropicalismo do final dos anos de 1960, abordaram criticamente a questão nacional refletida pela mestiçagem. As manifestações ambientais que Oiticica desenvolveu nos anos de 1960-1980 supõem uma visão de mundo Parangolé, trabalho-síntese de sua obra. Tropicália (1967), Apocalipopótese (1967), Crelazer (1968) e Éden (1969) lidaram com uma reformulação do conceito de arte. Exploraram vivências que libertavam o indivíduo não só de uma rigidez estética, mas também de condicionamentos culturais. Nesse sentido, a Tropicália foi um emblema do questionamento de referências artísticas e culturais por meio da explosão do óbvio. Minimal Art – surgiu nos Estados Unidos, na década de 1960, e consistiu no trabalho que teve a especificidade de utilizar materiais reais, cores reais e espaço real, além de estetizar a tecnologia. Eram trabalhos que não eram esculpidos, nem construídos pelo artista, tampouco pareciam significar algo além de afirmar sua existência. Transmitiam uma noção de perfeito equilíbrio e produziam uma simetria visual que nunca se desvia de seu campo planejado, porém com unidades modulares cuja monotonia é, em certo sentido, o oposto da liberdade. Principais artistas minimalistas: Donald Judd, Dan Flavin, Carl Andre, Robert Morris, Frank Stella. Arte conceitual – foi a primeira brecha na infalibilidade abstrata. Ao lado de uma influência renovada da Pop Art, a Arte Conceitual ajudou a revitalizar o uso do humor e da ironia na arte, das imagens fotográficas, da figura humana, de temas e etc. Pós-Modernismo – é avesso à definição. Pode ser entendido como uma reação aos ideais do Modernismo; são ideias que dão uma sensação de instabilidade inerente à realidade. Grafite – 1980: diferencia-se da Pop Art e se contrapõe a movimentos intelectualistas da arte americana, como a Arte Conceitual e o Minimalismo. Os grafites representam uma das mais importantes contribuições dos representantes de uma subcultura às artes visuais. Artista importante: Jean Michael Basquiat.
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