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Reprodutor masculino

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1 
DISCIPLINA: HISTOLOGIA DE SISTEMAS 
Profa. Dra. Maria Luiza Ozores Polacow 
 
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 
 
Constituído pelos testículos, ductos genitais (intra-testiculares e extra-testiculares: 
epidídimo e ducto deferente), glândulas acessórias e pênis. 
 
TESTÍCULO: é envolvido por uma cápsula fibrosa rica em fibras colágenas, chamada 
albugínea. Desta cápsula partem septos de tecido conjuntivo, que dividem o testículo em 
muitos lóbulos: aproximadamente 250 por testículos – lóbulos testiculares . 
Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos, e entre esses túbulos tem 
tecido conjuntivo rico em vasos, nervos e células intersticiais (ou de Leydig). Estes tubos 
são retorcidos, finos e muito longos (30 a 70 cm) e terminam na porção posterior do 
testículo, nos túbulos retos. 
O epitélio que reveste os túbulos seminíferos é especial – epitélio germinativo ou 
seminífero (onde se originam os espermatozoides) são as células da linhagem 
espermatogênica, e entre estas células tem também as células de Sértoli. 
 As células da linhagem espermatogênica dispõem-se em quatro a oito camadas 
que ocupam quase que toda a luz do tubo. Estas células se dividem várias vezes 
e se diferenciam em espermatozóides (estimuladas pelo hormônio Folículo estimulante -
FSH, da hipófise). 
 O processo de divisão que leva à formação de espermatozóides chama-se 
espermatogênese e começa com a célula germinativa – espermatogônia, célula fonte 
localizada próximo à membrana basal. As espermatogônias se dividem por mitose e as 
células recém-formadas podem seguir 2 caminhos: 1º - continuam semelhantes à célula 
mãe, sendo portanto uma fonte de espermatogônias porque se dividem por mitose ou 2º 
– param de se dividir e crescem, transformando-se em espermatócitos de primeira ordem 
ou cito I . 
 A cito I entra agora em meiose (1ª divisão da meiose) – onde ocorre síntese de 
DNA, mas o número de cromossomos é 46. Desta 1ª divisão vão resultar 2 células 
menores que são os espermatócitos de segunda ordem ou citos II, os quais tem 23 
cromossomos por célula, mas com a quantidade de DNA típica da espécie isto é: 2n, 
porque os cromossomos são duplos. Entram logo na segunda divisão da meiose, onde 
ocorre divisão dos cromossomos – 23 cromossomos com apenas metade do DNA da 
espécie - n quando são chamadas de espermátides. 
 As espermátides são pequenas e se localizam quase na luz do tubo seminífero. 
Com elas, termina a fase de divisões celulares e começa aqui uma série de 
 2 
transformações celulares chamadas de espermiogênese que leva à formação de 
espermatozóides. 
 Na espermiogênese ocorre: 
- o complexo de Golgi produz uma vesícula (chamada acrossômica) rica em enzimas. 
Esta vesícula se posiciona acima do núcleo do espermatozóide e passa a se chamar 
capuz acrossômico. Posteriormente, na fecundação, estas enzimas são liberadas para 
romper os envoltórios do folículo, permitindo a penetração do espermatozóide para a 
união com o ovócito (reação acrosômica). 
- Os centríolos dão origem ao flagelo que formará a cauda do espermatozóide. 
- Parte do citoplasma se destaca, restando uma fina camada ao redor do núcleo. 
- As mitocôndrias se dirigem ao redor do flagelo fornecendo energia para o seu 
batimento. 
 Células de Sertoli – São muito altas e se apóiam sobre a lâmina basal do tubo. Os 
espermatozóides que passam pela espermiogiênese ficam “encaixados” nesta célula, que 
tem várias funções: 
1 – Fornecem suporte e nutrição para os espermatozóides. 
2 – Fagocitam e digerem os restos de citoplasma que se despregam dos 
espermatozóides em formação. 
3 – Secretam fluidos cuja correnteza levam os espermatozoides para fora do testiculo. 
 
Entre os túbulos seminíferos encontram-se tecido conjuntivo, nervos, vasos sanguíneos e 
linfáticos e a partir da puberdade as células intersticiais (ou de Leydig) que estavam 
quiescentes (em repouso) começam a aparecer, redondas, claras e são elas que 
produzem o hormônio masculino- testosterona, responsável pelas características 
masculinas. A síntese de testosterona pelas células intersticiais é estimulada pelo 
hormônio luteinizante (LH) da hipófise. 
 Os espermatozóides são levados por uma corrente de líquido secretado pelos 
túbulos dos testículos. Assim, dos túbulos seminíferos eles passam por vários outros 
tubos dentro dos testículos: túbulos retos, rede testicular e túbulos eferentes, que saem 
do testículo e entram no epidídimo, ou seja, no ducto epididimário. 
 O ducto epidídimário é um tubo único, longo (4 a 6 metros), muito enovelado, 
formando o epidídimo. Este ducto é revestido por um epitélio pseudo-estratificado. Estas 
células fagocitam e digerem fragmentos citoplasmáticos eliminados durante a 
espermiogênese (que não foram fagocitados pelas células de Sértoli). Absorvem também 
99% do fluido que deixa o testículo. São também secretoras, criando condições 
favoráveis para a sobrevivência dos espermatozóides. Aqui eles se tornam móveis e 
férteis. No entanto, o deslocamento dos espermatozóides no epidídimo em direção ao 
ducto deferente, ocorre por contrações musculares (músculo liso) da parede deste ducto. 
 3 
Ducto deferente - é um tubo reto que se dirige à uretra prostática, onde 
desemboca. Apresenta luz estreita (revestida por epitélio pseudo estratificado) e parede 
muito espessa constituída principalmente por várias camadas de músculo liso. Antes de 
penetrar na próstata, ele se dilata e forma a ampola. É aí que desemboca a vesícula 
seminal e daí para diante o ducto deferente penetra na próstata, terminando na uretra. 
Glândulas: Vesículas seminais – são pares e cada uma é formada por um tubo 
de 15 cm de comprimento, muito enovelado, com epitélio também pseudo-estratificado. 
Secretam um líquido viscoso, amarelado, que contém substâncias ativadoras ( nutrem ) 
dos espermatozóides como frutose, citrato, proteínas e etc. 
Próstata: É um conjunto de 30 a 50 glândulas, ramificadas, cujos ductos 
desembocam na uretra. Produz o líquido prostático e também o armazena, para expulsá-
lo na ejaculação. Apresenta 3 zonas distintas. A periférica é a mais volumosa e contém 
as glândulas principais, que são responsáveis pela maioria dos tumores malignos. As 
glândulas da zona intermediária chamadas de glândulas da submucosa, com muita 
freqüência sofrem hiperplasia benigna, que causa dificuldade na micção. A zona interna é 
a menor das zonas e localiza-se próximo à uretra, e contém glândulas da mucosa. 
A próstata sintetiza uma secreção rica em enzimas (fosfatase ácida, amilase, e 
fibrinolisina) que torna o líquido ejaculado mais fluido. 
As glândulas bulbouretrais são pares (do tamanho de uma ervilha) e desemboca 
na uretra, antes que ela penetre no pênis. São túbulo-alveolares com células mucosas e 
o muco secretado atua como lubrificante. 
Pênis - é constituído por 3 massas cilíndricas de tecido eréctil: 2 corpos 
cavernosos dorsais e corpo cavernoso da uretra (porque envolve a uretra) que se dilata 
formando a glande. Os corpos cavernosos contém espaços sanguíneos (capilares 
sinosóides) que se comunicam. Durante a erecção o sangue preenche estes espaços e 
comprime os canais venosos de drenagem e com isto o sangue fica retido, causando a 
erecção.

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