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Semiologia Radiologica do Abdome1

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RADIOLOGIA DO ABDOME
Prof. Lucas Gennaro
RADIOLOGIA DO ABDOME
OBJETIVOS:
1) Semiologia radiológica do abdome. 
- Terminologia utilizada na descrição radiológica
- Métodos de imagem para avaliação do abdome
2) Análise da radiografia simples de abdome
- Conhecer padrões normais e principais alterações
3) Avaliação do conteúdo abdominal
- Anatomia radiológica
- Principais indicações dos métodos de imagem
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA:
1- DENSIDADE:
- RADIOLOGIA CONVENCIONAL
a) Radiotransparente ou radioluscente
b) Hipotransparente
c) Radiopaca
- TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
a) Hipodensa (atenuação baixa e negativa)
b) Hiperdensa
c) Isodensa
d) Se utilizado meio de contraste: Hipercaptante / hipervascular ; hipocaptante / hipovascular ; 
Espontaneamente densa 
Densidade mista
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA:
2- CONTORNOS / FORMATO / MEDIDAS
3- LIMITES
*Nota: em relação a estruturas tubulares (TGI, vasos, ureteres, árvore 
traquiobrônquica, cavidade uterina e tubas) preenchidas por meio de 
contraste (bário / iodo), podemos acrescentar:
Trajeto / perviedade
Calibre 
Falha de enchimento
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA:
(De acordo com a transmissão sonora)
- Anecóico
- Hipoecóico / hipoecogênico
- Ecogênico / Hiperecóico / Hiperecogênico
Obs: Cálculos, calcificações, ossos e gases são ecogênicos com grande redução do som, produzindo sombra 
acústica posterior, que não permite a visualização de imagens abaixo dessas estruturas. 
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
- Isointensa
- Hipointensa
- Hiperintensa
Obs: Calcificações e gases, pelas propriedades físicas em geral, produzem imagens que se caracterizam pela 
ausência de sinal.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples
- Radiografia contrastada
2) ULTRASSONOGRAFIA
3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- Conhecer os padrões de - Identificar alterações radiológicas 
uma radiografia normal
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples de abdome:
a) Ampla disponibilidade, baixo custo e fácil realização.
b) Métodos seccionais (CT, US, MRI) x Método bidimensional 
3D 2D
c) 4 densidades básicas: gás, gordura, líquido e cálcio (metal*).
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples de abdome:
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples de abdome:
Imagens obtidas preferencialmente em apneia ou fim da expiração
Tipos de incidência variam conforme indicação
• Radiografia panorâmica em decúbito dorsal
• Radiografia em posição ortostática
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples de abdome:
Incide na crista ilíaca e deve incluir 
sínfise púbica, polo superior dos
Rins e flancos.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples de abdome:
Utilizada na rotina para abdome 
agudo. Identificação de 
pneumoperitônio e níveis hidro-
aéreos.
**Radiografia de tórax
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Avaliação limitada de órgãos sólidos: forma e tamanho (exceto tumores 
grandes com efeito de massa).
- Rins: tamanho e localização com técnica adequada (3 – 3,5 corpos 
vertebrais). Bexiga identificada se em repleção adequada.
- Planos de gordura do retroperitônio delimitam contornos de órgãos 
abdominais (exceto pacientes magros / crianças ou líquido).
- Trato gastrintestinal: identificado quando há gás no interior (útil na 
identificação de obstrução e diferenciação entre cólon e delgado –
localização e padrão mucoso).
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Indicações frequentes: 
A) Pesquisa de cálculos 
(preparo intestinal prévio). 
Aproximadamente 90% radiopacos 
Sensibilidade de 50%
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Indicações frequentes: 
B) Avaliação de dor abdominal:
Em geral conjunto de incidências 
(rotina para abdome agudo) 
que inclui: 
Radiografia de tórax ortostático. 
Radiografias de abdome: 
ortostático e decúbito dorsal
(pelo menos 2 incidências)
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Indicações frequentes: 
B) Avaliação de dor abdominal:
Apesar de fornecer informações limitadas, existem principais situações 
úteis:
• Suspeita clínica de obstrução intestinal
• Suspeita de abdome agudo perfurativo
• Localização de corpo estranho ingerido
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
Radiografia de tórax ortostático:
- Afastar causas torácicas de dor abdominal
- Melhor incidência para identificação 
de pneumoperitônio
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
- Radiografias de abdome:
Ortostático e decúbito 
dorsal.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL 
PELA RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais 
e padrão de distribuição dos gases intestinais.
- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).
- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste 
existente entre estruturas contíguas.
Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.
Pancreas – calficiações
Rins – gordura perirrenal
Bexiga
Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais 
e padrão de distribuição dos gases intestinais.
- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).
- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste 
existente entre estruturas contíguas.
Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.
Pancreas – calficiações
Rins – gordura perirrenal
Bexiga
Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais 
e padrão de distribuição dos gases intestinais.
- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).
- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste 
existente entre estruturas contíguas.
Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.
Pancreas – calficiações
Rins – gordura perirrenal
Bexigo
Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais 
e padrão de distribuição dos gases intestinais.- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).
- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste 
existente entre estruturas contíguas.
Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.
Pancreas – calficiações
Rins – gordura perirrenal
Bexiga
Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
Jejuno-ileo: 3cm
Cólon: 6 cm
Ceco: 9 cm
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- DISTRIBUIÇÃO DOS GASES 
Pontos de referência (bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática e 
esplênica do cólon e ampola retal) – localiza estruturas e identifica 
deslocamentos.
Alças de delgado em condições não patológicas, geralmente tem pouco gás.
Cólon contem gás e fezes
- CALCIFICAÇÕES
Em alguns casos são bastante específicas (apendicolito / apendicite). 
Granulomas baço e fígado. Miomas calcificados. Calcificações vasculares. 
Cálculos renais e de vesícula biliar. Calcificações da pancreatite crônica.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:
- DISTRIBUIÇÃO DOS GASES 
Pontos de referência (bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática e 
esplênica do cólon e ampola retal) – localiza estruturas e identifica 
deslocamentos.
Alças de delgado em condições não patológicas, geralmente tem pouco gás.
Cólon contem gás e fezes
- CALCIFICAÇÕES
Em alguns casos são bastante específicas (apendicolito / apendicite). 
Granulomas baço e fígado. Miomas calcificados. Calcificações vasculares. 
Cálculos renais e de vesícula biliar. Calcificações da pancreatite crônica.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia simples
- Radiografia contrastada
2) ULTRASSONOGRAFIA
3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia contrastada:
Avaliação do TGI e GU: contraste opacifica interior de alças ou sistema 
coletor.
Meios de contraste: bário (oral e retal) e iodo (oral, E.V. ou injetados 
diretamente arvore biliar ou trato genitourinário).
Radiografias seriadas documentando progressão do meio de contraste.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
- Radiografia contrastada:
Como regra geral, para exames do trato digestivo utiliza-se contraste 
baritado e avaliação do trato urinário com contraste iodado. 
Nota: em casos de perfuração de víscera oca ou fístula para o interior 
da cavidade abdominal o uso de contraste baritado está contraindicado 
pelo risco de peritonite por bário, de difícil tratamento (substituir por 
iodados). 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Deglutograma / videodeglutograma: 
• Avaliação dinâmica da deglutição com fluoroscopia. 
• Constraste baritado em diversas consistências. 
• Identificação de alterações funcionais / anatômicas
• Indicações: Disfagia orofaríngea, pneumonia aspirativa, dças
neurológicas, massas cervicais afetando deglutição.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Deglutograma / videodeglutograma: 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Esofagograma / Seriografia Esôfago, Estômago e Duodeno (SEED)
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Transito intestinal
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Enema / Clister opaco
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Urografia excretora / Urografia intravenosa
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Uretrocistografia retrógrada / miccional:
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL (Radiografia contrastada):
- Uretrocistografia retrógrada / miccional:
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
2) ULTRASSONOGRAFIA
- Ferramenta auxiliar na investigação de dor abdominal
- Útil na avaliação da vesícula biliar (melhor método para avaliação de 
pequenas alterações), litíase urinária (maior sensibilidade para 
cálculos > 5mm e identificação de dilatação pielocalicinal).
- Estudo de fluxo com utilização de doppler
- Guiar procedimentos percutâneos (bióspias, punções, drenagens)
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
2) ULTRASSONOGRAFIA
- Imagem seccional por meio de ondas sonoras.
- Ampla disponibilidade, menor custo, fácil mobilização do equipamento 
(beira de leito ou intraoperatório) e seguro 
- Método dinâmico (avaliação em tempo real) e permite correlacionar com 
sinais e sintomas.
- Técnica FAST (focused abdominal sonogram for trauma) – detecção de 
líquido (sangue) na cavidade abdominal em pacientes 
hemodinamicamente instáveis vítimas de trauma abdominal fechado.
- Preparo: jejum mínimo de 4 horas (exceto urgência/emergência)
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
2) ULTRASSONOGRAFIA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
2) ULTRASSONOGRAFIA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
- Atualmente um dos principais métodos para avaliação da estruturas abdominais.
- Maior dose de radiação comparado aos estudos convencionais porem maior 
resolução espacial (maior redução de dose em equipamentos multidetectores).
- Melhor método para pesquisa de cálculos urinários e grande acurácia na 
investigação de pacientes com dor abdominal e vítimas de trauma.
- Contraste iodado endovenoso para avaliação da vascularização e detecção de 
lesões focais. Em alguns casos, contraste oral ou retal.
- Sem contraste pesquisa de cálculos ou na identificação da causa na maior parte 
dos casos de abdome agudo. 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
- Contraste iodado: reações adversas e nefrotoxicidade
- Reações leves (maioria) e reações graves (0,04%)
- Pacientes sabidamente alérgicos ao contraste e com história de atopia são 
os mais propensos (preparo antialérgico). No entanto, podem ocorrer em 
pacientes sem nenhum fator de risco.
- Evitar uso em pacientes com função renal alterada (pode precipitar ou 
agravar quadro) – nefropatia pelo contraste.
- Dilisavel
- Protocolos devem sempre considerar indicação clínica de modo a expor o 
paciente à menor quantidade de radiação e menor uso de contraste.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
- Em geral não requer preparos especiais. Recomendação de jejum 3 / 4 
horas (reduz peristaltismo e mantem vesícula biliar distendida).
- Raro uso de contraste oral (reservado a casos específicos – enteroRM).
- Uso de antiespasmódicos (Buscopan).
- Gadolínio: contraste endovenoso (não é nefrotóxico nas dosesusuais e 
menor incidência de reações adversas comparada ao contraste iodado). 
Não deve ser usando em pacientes com IRC com TFG<30 ml/min.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
- Importante papel na avaliação de lesões parenquimatosas focais (método 
multiplanar).
- ColangioRM: avaliação da árvore biliar e investigação de icterícia obstrutiva
- Avaliação de órgãos pélvicos (estadiamento tumoral)
- Abdome agudo inflamatório em gestantes.
- Limitações: baixa sensibilidade para detecção de calcificações (não é 
indicado na pesquisa de cálculos urinários) e uso restrito em pacientes com 
dispositivos contraindicados no campo magnético (implantes cocleares / 
maracapasso cardíaco / alguns clipes de aneurisma).
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
4) RESSONANCIA MAGNÉTICA
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME
MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:
- Radiografia simples pode fazer parte da avaliação inicial de patologias abdominais agudas 
(procurar por pneumoperitônio e distensão intestinal);
- Ultrassonografia : disponível e conclusivo em grande parte dos casos;
- Tomografia Computadorizada : Melhor método para avaliação de urolitíase e identificação da 
causa de abdome agudo. Desvantagem -> Radiação
- Ressonância Magnética : Melhor método para avaliação de lesões em órgãos parenquimatosos 
(especialmente fígado, baço e pâncreas).
CONCLUSÕES
RADIOLOGIA DO ABDOME 2
Prof. Lucas Gennaro
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
1) FÍGADO: 
- Órgão intraperitoneal (5º EIC ao rebordo costal direito)
- 12 – 15 cm coronal e 15 – 20 cm transversal
- 2 lobos e 8 segmentos (Lobo direito ~ 70% volume hepático)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
1) FÍGADO 
- Radiografia : avaliar dimensões (lobo de Riedel ≠ hepatomegalia)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
1) FÍGADO 
- Ultrassom: permite boa avaliação do parênquima (alterações difusas 
e focais) e contornos.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
1) FÍGADO 
- Tomografia Computadorizada: boa avaliação principalmente com uso 
do contraste endovenoso (detecção de alterações focais e 
traumáticas).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
1) FÍGADO 
- Ressonância magnética: principal método para avaliação do 
parênquima (alterações por depósito) e lesões focais (contraste 
hepatoespecífico).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
2) VESÍCULA BILIAR
- Método inicial de eleição: US (Ideal jejum 6 horas)
- Situada na projeção central do rebordo inferior do lobo direito do 
fígado (IV-b).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
2) VESÍCULA BILIAR
- Condições patológicas: lama biliar, cálculos (alterações crônicas e agudas), 
neoplasias, corpo estranho (áscaris), alterações reacionais.
- Cálculos : 
Desequilibrio nos componentes (alteração na solubilidade colesterol / cálcio)
Cálculos amarelos 80% (de colesterol – associados ou não a sais biliares, 
colesterol e proteínas) e pigmentados 20% (bilirrubina e sais de cálcio –
Pretos: dças hemolíticas e cirrose ; castanhos ou marrons: fora da vesícula, 
associados a infecção)
70 – 80% assintomáticos
Complicações: colecistite aguda, coledocolitíase, colangite, pancreatite. 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
2) VESÍCULA BILIAR
- ColangioRM ou CPRM:
Alternativa não invasiva a CPRE para estudo da vesícula biliar e das vias 
biliares intra e extra-hepáticas (avaliação da causa e origem da 
obstrução)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
2) PANCREAS
- US e TC modificaram consideravelmente a avaliação.
- Órgão retroperitoneal (pode limitar avaliação por US). 
- TC método mais amplamente utilizado.
- Avaliação de doenças agudas e crônicas (inflamatórias e tumorais).
- RM método auxiliar na avaliação de lesões e principal método na caracterização de alterações 
císticas pancreáticas e variações da anatomia.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
2) PANCREAS
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
4) BAÇO
- Maior órgão do sistema reticulo-endotelial
- Sítio comum de comprometimento secundário por doenças 
sistêmicas (infecciosas e neoplásicas). Frequente acometimento no 
trauma abdominal fechado.
- Medida média 12 x 7 x 4 (L x T x AP).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
4) BAÇO
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- Localização retroperitoneal. Polo superior (T12) e polo inferior ( L4)
- Dimensões média 12 x 6 cm
- Pelve (extra e intra-renal)- cálices - papila
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Revisão de anatomia)
Loja renal inclui: rins + espaço peri-renal (composto de gordura e glândulas 
supra-renais), delimitada pela fáscia renal (Fascia de Gerota).
Aderido aos rins está a cápsula verdadeira.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Revisão de anatomia)
Hilo renal – porção medial, formado por vasos, nervos e a pelve renal / ureter. O hilo se conecta 
com o espaço intra-renal chamado seio renal que contem os cálices, vasos e gordura.
Parênquima renal – camada externa (córtex) que contém túbulos e glomérulos e camada interna 
(pirâmides). Córtex envolve as pirâmides, estendendo-se em direção ao seio renal formando as 
colunas de Bertin. O ápice das pirâmides convergem para o seio renal formando as papilas.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Métodos diagnósticos disponíveis)
- Radiografia simples
- Exames radiológicos contrastados (urografia excretora, pielografia ascendente, uretrocistografia, 
histerossalpingografia)
- Ultrassonografia
- Tomografia computadorizada
- Ressonância magnética 
- Métodos de medicina nuclear
Identificação e manejo de alterações das vias urinárias, fornecendo informações sobre parênquima, 
perfusão e função renal (diferenciar lesão, demonstrar dilatação, determinar margens dos rins e 
espaços perirrenais).
Nota: Urografia deixa de ser exame de referência no diagnóstico urológico. Utilizada ainda para 
identificar sinais de uropatia obstrutiva e fornecer visão geral do trato urinário.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- Radiografia simples : pesquisa de cálculos
- Urografia excretora: estudo da anatomia do sistema coletor, inferir 
alterações da função renal
- Pielografia retrografa / ascendente (urografia não conclusiva – rim 
excluso, tumores de urotélio, fistula ureteral)
- US: estudo da anatomia renal, padrões de nefropatia, massas e cistos.
- CT: caracterização lesões, trauma e cálculos (UroTC)
- RM: caracterização de lesões renais, baixa sensibilidade para 
detecção de cálculos (UroRM).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- Radiografia simples :
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- Urografia excretora:
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- Pielografia retrografa / ascendente
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- US
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- CT: caracterização lesões, trauma e cálculos (UroTC)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
5) RINS
- RM:
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Presença de cálculo no interior do sistema coletor, podendo causar obstrução do 
trato urinário, hematúria e cólica renal.
Incidência na população geral 12% (cerca de 2,3 % serão sintomáticos)
Início por volta de 20 – 30 anos. Masc (2X) >Fem
Objetivo dos exames de imagem: 
- Confirmar se os sintomas são causados por cálculo urinário (e diagnósticos 
diferenciais).
- Determinar características do cálculo : Tamanho, localização, grau de dilatação do 
sistema coletor e eventualmente composição / densidade do cálculo (tomografia)AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Embora 90% dos cálculos sejam radiopacos, apenas 50 % podem ser vistos na 
radiografia simples de abdome (tamanho / sobreposição de estruturas).
Nota: cálculos compostos puramente de ácido úrico (10%) não são radiopacos 
ao exame convencional.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Urografia excretora
Fornece visão panorâmica do trato urinário (pode ser útil para planejamento pré-operatório.
Índices de falso-negativo: 31-48% (detecção de cálculos).
Necessita contraste iodado
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Ultrassonografia
Método útil na avaliação do paciente com suspeita de urolitíase (baixo custo, disponível, isento de radiação ionizante) 
– em geral usada como primeiro método em pacientes com quadro clínico de uropatia obstrutiva
Menor sensibilidade para detecção de cálculos não obstrutivos < 5 mm (cálculos > 5mm – sensibilidade de 96% e 
especificidade próxima a 100%) e cálculos localizados no segmento médio do ureter (localização mais profunda no 
retroperitônio e sobreposição de alças intestinais). 
Ao US, a demonstração não depende da composição (densidade) do cálculo – Imagens altamente ecogênicas com 
sombra acústica posterior.
Importante também para identificação e quantificação da dilatação do sistema coletor (hidronefrose).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Tomografia computadorizada
Exame de melhor acurácia para identificação de urolitíase (especificidade de 96 – 100% e 
sensibilidade de 95 – 98%).
2 técnicas utilizadas: 
- Sem contraste endovenoso: suficiente para identificação de cálculos (menor dose de radiação; evita 
riscos inerentes ao uso do contraste) – método de escolha na emergência, porém não fornece 
visualização 3D da via excretora
- Urotomografia: utilização do meio de contraste com aquisição de imagens na fase tardia (fase 
excretora – contraste excretado nos ureteres e armazenado na bexiga) – Utilizada quando, além do 
cálculo, avalia-se a possibilidade de lesões inflamatórias / infecciosas do parênquima renal 
(pielonefrites) e neoplasias. 
De forma geral, exame de tomografia permite ainda avaliar alterações extra-urinárias que possam 
simular cólica renal em uma apresentação atípica: apendicite, diverticulite, pancreatite aguda. 
Importante que a avaliação por imagem não se limite apenas a demonstração do cálculo!
NOTA: Necessário pesar sempre a real necessidade ao solicitar exame tendo em vista a exposição a 
radiação ionizante, principalmente em crianças e pacientes jovens.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Tomografia computadorizada
2 técnicas utilizadas: 
- Sem contraste endovenoso
- Urotomografia
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Tomografia computadorizada
Todos os cálculos, inclusive os de ácido úrico, aparecem densos na TC, existindo apenas 1 exceção, embora extremamente rara: cálculos 
formados por Indinavir.
Por meio da medida da densidade dos cálculos em Unidades Hounsfield (U.H.) é possível avaliar a dureza do cálculo (e sugerir a 
composição). Assim, cálculos de oxalato de cálcio apresentam em geral alta densidade (>1000 U.H.) enquanto cálculos de ácido úrico 
apresentam densidade menor (< 500 U.H.).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO:
Urolitíase: 
Ressonância magnética
Não é indicada para esse fim. Baixa sensibilidade para identificação de urolitíase.
Técnicas de RM com urorressonância podem ser úteis na avaliação de malformações, neoplasias e, 
eventualmente, na avaliação de uropatia obstrutiva em pacientes que se deseja evitar o uso de TC.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
Grande variedade de lesões produzindo alterações difusas ou localizadas (infecções/ 
neoplasias).
Neoplasias benignas e malignas: os cistos são as alterações benignas mais comuns 
(abrangendo condições hereditárias ou adquiridas).
1) Lesões císticas: 
Muito frequentes e podem ser confundidas com neoplasias.
Cistos renais simples – lesões mais comuns nos adultos (únicos ou múltiplos), de 
localização geralmente cortical e com paredes finas (composição semelhante a urina)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
1) Lesões císticas: 
Classificação de Bosniak
Introduzida em 1986 inicialmente para tomografia. 
Utilizada na avaliação de cistos renais, visando auxiliar na tomada de decisões clínicas 
(sobretudo se conduta conservadora / expectante ou cirúrgica).
Cistos simples: categoria I
Cistos complexos: lesões que contenham hemorragia, septações ou calcificações . São 
incluídos nas categorias II a IV (definir risco de malignidade e necessidade ou não de 
acompanhamento).
São consideradas benignas as lesões incluídas na categoria I e II. 
Categoria III são lesões indeterminadas e Bosniak IV são fortemente suspeitos para 
malignidade, devendo ser abordados cirugicamente.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
1) Lesões císticas: 
Classificação de Bosniak
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
1) Lesões císticas: 
Classificação de Bosniak
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
1) Lesões císticas: 
Classificação de Bosniak
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
1) Lesões císticas: 
Classificação de Bosniak
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
2) Lesões sólidas:
Benignas – angiomiolipoma (hamartoma renal). Diagnóstico quando 
demonstrado a presença de gordura no interior da lesão por TC ou RM (o 
exame de US pode sugerir mas não é suficientemente diagnóstico, 
existindo em alguns casos sobreposição de achados com carcinoma de 
células renais).
Outros tipos de lesões sólidas benignas (adenomas e oncocitomas) não é 
possível diferenciação precisa por imagens das lesões malignas.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
2) Lesões sólidas:
Angiomiolipoma (hamartoma renal). 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GENITOURINÁRIO: (Lesões do parênquima renal)
2) Lesões sólidas:
Tumores malignos mais frequentes são primários do parênquima renal (carcinoma de 
células renais / hipernefroma).
Idade adulta: lesão mais frequente é o carcinoma de células renais.
Infância (2 – 5 anos): Tumor de Wilms
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
6) TRATO GASTRINTESTINAL:
Estudo por métodos radiológicos e não radiológicos:
RADIOLÓGICOS NÃO-RADIOLÓGICOS
SEED EDA
TRÂNSITO INTESTINAL
ENTEROTC
ENTERORM
CÁPSULA ENDOSCÓPICA
ENEMA / CLISTER OPACO
COLONOGRAFIA POR TC
COLONOSCOPIA
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL (Estudos contrastados)
- SEED, trânsito intestinal, clister / enema opaco
- Meio de contraste baritado (sufato de bário)
- Aparelho de fluoroscopia com intensificador de imagem
- SEED e trânsito intestinal: contraste via oral
- Enema / clister opaco: via retal
- Trajeto do contraste acompanhado por fluoroscopia. Radiografias são obtidas para 
documentação.
- Meio de contraste molda a cavidade do órgão (duplo contraste – alterações mais sutis de mucosa 
e distensibilidade).
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL (Estudos contrastados)
- Contra-indicação ao meio de contraste baritado: 
1) Obstrução colônica
2) Megacólon tóxico, diverticulite aguda e doenças inflamatórias 
intestinais quando há risco de perfuração.
3) Presença de fístula entérica para o interior dacavidade abdominal
4) Pacientes debilitados / desidratados
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
- Trato digestório superior (esôfago, estômago e duodeno até o ângulo de 
Treitz)
- Preparo: jejum / preferencialmente manhã (evitar acúmulo de secreção)
- Técnica: contraste único ou duplo 
- Indicações: 
EDA – avaliação da superfície mucosa com alta acurácia, possibilidades de 
biópsia e terapêutica
SEED – atualmente método complementar a EDA. Indicado para estudo pré e 
pós-operatório de doenças gatroesofagianas; avaliação dinâmica 
(fluoroscopia) e estática da deglutição, contrações esofagianas, 
esvaziamento gástrico e peristaltismo de alças. 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
- Trato digestório superior (esôfago, estômago e duodeno até o ângulo 
de Treitz)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Anatomia Radiológica – Esôfago
3 segmentos: cervical, torácico e abdominal
Esôfago torácico: pregas mucosas longitudinais 
(análise cheio e vazio)
Transição esofagogástrica (refluxo e hérnia). 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
Manifestam-se por meio de 6 lesões fundamentais: estenose, dilatação, 
divertículos, falhas de enchimento, desvio e úlceras.
1) Estenose
2) Dilatação
3) Divertículos
4) Falhas de enchimento
5) Desvios
6) Úlceras
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
1) Divertículos:
Zenker (faríngeo): mais comum. Decorre do aumento da pressão intraluminal
durante a fase faríngea da deglutição (distúrbio do esfíncter esofágico superior) -
herniação da mucosa pela área de maior fragilidade entre a porção inferior do m. 
constritor da faringe e o m. cricofaríngeo (triângulo de Killian)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
1) Divertículos:
Tração (terço médio) – complicação de TB
Epifrênico (terço inferior) – Dilatação da porção inferior por aumento 
persistente da pressão intra-luminal.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
2)Distúrbios motores do esôfago:
Primários – acalasia, espasmo esofagiano difuso (contrações simultâneas não peristálticas) 
e variantes (presbiesôfago, esôfago em quebre-nozes, EEI hipertônico.)
Secundário – Doenças do colágeno (esclerodermia, LES, polimiosite), doenças musculares 
(m. gravis), doenças neurológicas, doenças infecciosas e metabólicas (DM, hipotireoidismo) 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
3) Hérnia do hiato esofagiano
Passagem de segmento gástrico para região acima do diafragma 
(3 tipos)
- Deslizamento (JEG e fundo gástrico herniados)
- Paraesofágica (fundo gástrico)
- Mista
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (SEED)
Doenças – Esôfago
5) Hérnia do hiato esofagiano
- Deslizamento (JEG e fundo gástrico herniados)
- Paraesofágica ou deslizamento ( fundo gástrico)
- Mista
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (TRÂNSITO INTESTINAL, ENTEROTC, ENTERORM)
- Avaliação do duodeno, jejuno, íleo e transição ileo-cólica.
- Segmento do trato gastrintestinal menos acessível por estudo 
endoscópicos, o que torna a avaliação por métodos de imagem 
especialmente importante.
- Transito intestinal: Bário e iodo
- Enterotomografia: contrastes positivos (bário e iodo); contrates neutros
- Enterorressonancia: contrastes neutros (ou negativos).
Nota: Estudos endoscópicos > sensibilidade para identificação de inflamação 
leve restrita a mucosa. Não identifica alterações extra-entéricas.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (TRÂNSITO INTESTINAL)
- Avaliação do duodeno, jejuno, íleo e transição ileo-cólica.
- Preparo: mesmo indicado para SEED
- Técnica: contraste baritado ingerido, feitas radiografias seriadas, 
acompanhando a progressão a partir do duodeno até válvula ileocecal. 
Tempo de transito variável (30 min – 6 horas). Eventualmente pode ser 
usado duplo contraste.
- Indicações: dor abdominal inexplicada, diarreia crônica, suboclusão jejuno-
ileal, hemorragia digestiva (após excluir lesão alta ou colônica), pós-
operatório.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (TRÂNSITO INTESTINAL)
Anatomia Radiológica – Jejuno e íleo
Diferenciação pelo tipo de relevo mucoso e topografia 
1) Jejuno - pregas transversais (coniventes ou Kerckring), com relevo mucoso mais 
proeminente localizado no QSE
2) Íleo – pregas longitudinais, de aspecto tubular, com relevo menos proeminente, 
localizado no QID.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENTEROTC, ENTERORM)
- Técnica: Utilização de grande volume de contraste oral para distensão 
intestinal + imagens de alta resolução (multiplanar)
- Indicação: avaliação e acompanhamento em casos de suspeita ou com 
diagnóstico confirmado de DII (especialmente Crohn); sangramento 
gastrintestinal oculto, suboclusão intestinal, angina mesentérica e pesquisa 
de neoplasias de delgado.
- Principal diferença para exames convencionais de CT e RM: distensão de 
alças por contraste oral antes do inicio do exame.
- Uso de contraste endovenoso (iodo e gadolínio): demonstram alterações 
vasculares, aumentando a sensibilidade do método.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENTEROTC, ENTERORM)
- Tipos de contraste via oral:
TC: positivos (iodados e baritados) – deixam o conteúdo denso; 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENTEROTC, ENTERORM)
- Tipos de contraste via oral:
TC: neutros (PEG e manitol) – densidade de água (preferíveis, pois não 
obscurecem realce da mucosa após injeção de contraste E.V.)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENTEROTC, ENTERORM)
- Tipos de contraste via oral:
RM: neutros (PEG e manitol) – intensidade de sinal semelhante a água 
+ sequências rápidas para aquisição
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
Principais manifestações radiológicas incluem falhas de enchimento, perda 
do pregueado mucoso, estenoses, dilatações, divertículos, espessamento de 
pregas mucosas e fístulas
De modo geral, lesões de delgado apresentam-se de modo semelhante. 
Forma e topografia da lesão podem orientar para investigação etiológica. 
(Ex: infecção por E. stercoralis predomina no delgado proximal; Crohn, 
linfoma, TB, infeccões – Salmonella e Campylobacter, comprometem com 
maior frequência o íleo terminal.
Diagnóstico final Biópsia
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT / EnteroRM x trânsito intestinal: apresentam maior sensibilidade 
especificidade
EnteroCT / EnteroRM x cápsula endoscópica: sensibilidade semelhante, 
porém mais especificidade para caracterização das lesões.
Combinação enterografia (pode subestimar doença mucosa) + estudo 
endoscópico convencional (ileoscopia com biopsia): melhor estratégia para 
diagnóstico e acompanhamento
Nota: cápsula endoscópica contraindicada na suspeita de suboclusão por 
estenose
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT x EnteroRM
Sensibilidade semelhante para identificar doença em atividade e eventuais 
complicações. Atividade inflamatória é caracterizada por espessamento parietal 
com acentuação do realce mucoso.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT x EnteroRM
Sensibilidade semelhante para identificar doença em atividade e eventuais 
complicações. Atividade inflamatória é caracterizada por espessamento parietal 
com acentuação dorealce mucoso.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT x EnteroRM
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT x EnteroRM
EnteroCT: 
Rápido tempo de aquisição / alta resolução espacial X radiação 
EnteroRM:
Ausência de radiação ionizante (pacientes jovens) / melhor identificação de 
fibrose (decorrente de inflamação crônica) / superior para avaliação de 
fístulas X alto custo / maior tempo de exame (artefatos de movimento)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: 
Doenças – Jejuno e íleo
EnteroCT x EnteroRM
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (CLISTER / ENEMA OPACO E COLONOCT)
- Estudo radiológico do cólon.
- Enema / clister opaco: uso de bário único ou com duplo contraste (injeção 
de ar). Utilização de ar > para detecção de pequenas lesões como pólipos 
erosões superficiais e úlceras.
- Colonografia por tomografia: utilizado injeção de ar por meio de sonda até 
obter distensão adequada, semelhante ao enema com duplo contraste 
(porem sem a utilização de bário)
Nota: Estudo de colonoscopia convencional > sensibilidade para identificação 
de pequenas lesões (< 5mm) e inflamação leve restrita a mucosa. Não 
identifica alterações extra-colônicas.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENEMA / CLISTER OPACO)
- Avaliação do cólon.
- Preparo: inclui dieta leve na antevéspera, sem resíduos e com grande ingesta de 
líquido, associado ao uso de laxantes. Jejum a partir da noite anterior ao exame. 
Nota: fundamental preparo adequado para um bom exame. A presença de resíduos 
alimentares prejudica o estudo da mucosa. 
- Técnica: radiografia simples em AP (avaliação do preparo intestinal e visualização 
de outras alterações) – introdução de bário de baixa densidade (diluído) com 
mudança de decúbito para a progressão do contraste – retirada do excesso de 
contraste e acompanhamento da progressão do meio de contraste até o ceco –
infla-se lentamente com ar – obtidas radiografias seriadas com mudança de 
decúbito.
- Indicações: rastreamento e diagnóstico de câncer colorretal, avaliação de doença 
diverticular, magacólon, doença inflamatória intestinal (RCUI) e sangramento 
intestinal baixo
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENEMA / CLISTER OPACO)
Anatomia radiológica – Cólon
O cólon faz o “emoldurado” das alças intestinais.
Os segmentos possuem um pregueado mucoso mais largo e com haustrações
Divisões: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, sigmoide e reto. 
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (ENEMA / CLISTER OPACO)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (COLONOGRAFIA POR TOMOGRAFIA)
- Preparo: (semelhante ao clister / enema opaco)
- Técnica: por meio de sonda retal procede-se insuflação do cólon até obter distensão 
adequada – adquirida imagens em decúbito ventral e dorsal (necessário para melhor 
diferenciar resíduos sólidos X pólipos; e avaliação de toda circunferência do cólon) –
imagens são processadas com software específico para navegação no lúmen colônico
(simulando colonoscopia óptica)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (COLONOGRAFIA POR TOMOGRAFIA)
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
TRATO GASTRINTESTINAL: (COLONOGRAFIA POR TOMOGRAFIA)
- Indicação: rastreamento do câncer colorretal (detecção de pólipos), avaliação de cólon 
proximal em pacientes com tumor estenosante já diagnosticado no cólon distal (afastar 
tumores sincrônicos); complementar a colonoscopia convencional inconclusiva 
(alterações que impedem a progressão do aparelho: acentuada tortuosidade do cólon ou 
doença diverticular)
Nota: este exame não permite avaliação adequada do comprometimento da superfície 
mucosa por DII.
- Procedimento rápido (10 min), reprodutível e com elevada acuraria para pólipos > 5 mm.
Minimamente invasivo e com possibilidade de avaliar todo o cólon, mesmo em caso de 
lesões estenosantes. Permite avaliação de lesões extra-intestinais e em geral é bem 
tolerado sem sedação. 
- Desvantagem em relação a colonoscopia convencional: impossibilidade de realizar 
biópsia. Além disso, em condições inadequadas de preparo, resíduos podem simular 
pólipos ou obscurecer lesões
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL
FIM

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