Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário 1. Aristóteles: .......................................................................................................... 2 2. Jusnaturalismo .................................................................................................... 3 3. Positivismo Jurídico (Hans Kelsen) ..................................................................... 3 4. Direito e Moral .................................................................................................... 4 5. Equidade ............................................................................................................. 5 6. Hermenêutica Jurídica ........................................................................................ 5 7. Nova Hermenêutica ............................................................................................ 7 8. Questões de Concurso ........................................................................................ 8 Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br 1. Aristóteles: Aristóteles foi preceptor de Alexandre Magno. Suas ideias não convergiram totalmente com as ideias do Platão e Sócrates. Aristóteles não ficou restrito à Grécia, como os outros filósofos. Aristóteles conheceu a Ásia, outras partes da Europa. Enquanto Platão trabalhou em termos de diálogo, Aristóteles sistematizou suas ideias em termos de dissertações. Além da filosofia, Aristóteles é estudado na matemática, biologia. Ele possui grande importância na sistematização de áreas do conhecimento que vão além da filosofia. Aristóteles revaloriza o mundo das opiniões. Para ele, o conhecimento é indutivo, decorre das opiniões, das situações concretas. O conhecimento adviria do particular para o geral (abertura às conclusões científicas). Par a o conhecimento indutivo, dos objetos sensíveis, a inteligência abstrai a essência. O conhecimento advém de experiências concretas, da vivência, portanto. O conhecimento é criado a partir de troca de experiências. Tal visão difere dos sofistas para os quais a verdade advém do discurso, das ideias. O máximo de realidade se encontra nos sentido para Aristóteles, o que difere de Platão. Para Aristóteles não existiria nada na consciência que não teria sido experimentado pelos sentidos. Não se nega a razão, mas está é vazia quando não se percebe o mundo. A ideia e a forma não existiriam antes da experiência vivida pelos sentidos, portanto não são transcendentes. Para Aristóteles, tudo na vida seriam ato e potência. Ato seria a ação, ao passo que potência seria as condições para algo acontecer. Tudo na vida seria uma conjugação entre ato e potência. Há pessoas que não tem potencial, mas tem muito ato, atitude. E vice versa. Para Aristóteles, há a necessidade de conjugação entre ato e potência, o que gera capacidade de mudança. Para Aristóteles Deus é causa de tudo, a causa incausada e causa primeira e necessária de todas as coisas. Deus seria o motor da vida. Buscar as ações justas deve ser um hábito. A justiça seria uma virtude, isto é, um modo de agir constante e deliberado. Diferente de Platão, a Aristóteles defende a propriedade privada, a família e o direito privado. Quanto ao homem, este seria propenso a se relacionar do ponto de vista político, social e cultura. Logo, seria um animal político. Partindo-se da ideia de potência e ato, Aristóteles defende que todo homem tem potência para a política, mas nem todo tem ato para a mesma (ou seja, atua na política). Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br Para Aristóteles, o estado não seria uma realidade substancial, mas uma síntese de indivíduos substancialmente distintos. A finalidade do estado seria a virtude e a formação moral dos cidadãos. A sociedade seria dividida entre homens livres e escravos (pessoas sem direitos políticos). 2. Jusnaturalismo O enfoque aqui será dos autores modernos do jusnaturalismo (direito natural) moderno, sobretudo a partir do século XV. Parte-se da ideia de que existe um direito natural, isto é, um conjunto de direitos anteriores ao próprio estado e, portanto, válidos em qualquer lugar, por dizerem diretamente à natureza humana. Não dependem, pois, de normas estatais. Contrastam com o direito positivo. Trata-se de uma reação racionalista à cultura teocêntrica, segundo a qual o direito adviria de Deus. Alguns doutrinadores a abordaram, como Tomás de Aquino, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, Samuel Pufendorf e John Locke. Exerceu influencia profunda no movimento do racionalismo jurídico do século XVII coma noção dos direito fundamentais. A finalidade do estado civil seria justamente a de proteger os direitos naturais que correriam grande perigo nos estados de natureza, por encontrarem-se desprotegidos. Para os teóricos do contrato social, os indivíduos abririam mão de parte de sua liberdade para que o estado pudesse tutelar direitos naturais. Para os jusnaturalistas, se os juízes não tutelarem os direitos naturais, cabe ao cidadão o direito de resistência. As constituições modernas abandonaram o direito de resistência. Se, por outro lado, o cidadão descumpre o contrato social, exsurge o direito do Estado de descumprir os direitos naturais deste cidadão. 3. Positivismo Jurídico (Hans Kelsen) O positivismo se verificou em vários campos do conhecimento. No direito, o principal jurista foi Kelsen. Caracteriza o positivismo a busca por criar elementos que singularize tal campo do conhecimento dos demais. O positivismo jurídico busca elementos no próprio direito para definir o direito. Assim, abre-se mão de outras ciências para explicar o direito, como a sociologia, antropologia, assim como aspectos religiosos, sociais. O direito busca seu fundamento no próprio direito. Por isso fala-se em teoria pura do direito. No positivismo não há espaço para o direito natural. Todo direito é decorrente de norma jurídica. AS grandes contribuições de Kelsen são a hierarquia das leis e quanto à aplicação do direito. Aqui se insere a ideia de pirâmide de Kelsen, quanto á hierarquia das normas. Haveria uma norma fundamental pressuposta, a partir da qual advém outras normas. A partir disto, uma norma é fundamento de validade da outra, dentro do uma ideia Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br de hierarquia formal (não entra a ideia de conteúdo, pois daí seria necessário usar outros campos do conhecimento). Assim, a norma seria válida se seguisse o procedimento legislativo ditado na lei acima dela, independentemente do seu conteúdo. O nazismo se valeu desse positivismo, ao sustentar que as normas que autorizaram o genocídio,o racismo, eram válidas (aprovadas segundo o procedimento legislativo à época). O fundamento de validade da norma fundamental pressuposta é a pressuposição de que ela seja válida. É uma condição lógico transcendental da validade do sistema jurídico. Para Kelsen, a norma jurídica será parecida com uma moldura, um quadro. A aplicação dos fatos deveria se adequar a essa moldura. Conforme esse pensamento, cada instância jurisdicional teria um campo de aplicação de normas, dentro de uma moldura. A do STF seria maior do que a do STJ, que seria maior do que as dos tribunais regionais. E uma estaria contida dentro da outro, em ordem crescente. Com essa ideia, os juízes singulares teriam pouquíssima atividade criativa ao aplicar o direito, o que lhes conferiu o apelido de boca do direito por somente declararem aquilo que está previsto na norma. Kelsen tinha grande preocupação com a ideia de unidade do sistema jurídico, o qual deveria ser visto como uma unidade de autoridade, com objetivo final de garantir estabilidade e previsibilidade. 4. Direito e Moral O debate destas ideias gira em torno de quatro perspectiva: a) todo direito é moral, posição jusnaturalista; b) toda moral está inserida no Direito, posição constitucional; c) moral e direito são distintos, perspectiva positivista; d) moral e direito possuem um campo de interdição, perspectiva pós positivista.. Atualmente prevalece a ideia de que moral e direito possuem pontos de contatado, devendo-se discutir o conteúdo valorativo dos direitos. A palavra moral significa costumes. A ética é a moralidade positivada, em ato. Para kant, a moral significa um conjunto de princípios, sendo a ética sua aplicação concreta. A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Não existe homem amoral, pois todos os homens possuem um padrão de conduta, no qual foi socializado. Se o homem age de forma contrária a esse padrão, é outra coisa, não será ética. Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br Pode ocorrer comportamento éticos dentro de uma imoralidade, como é o caso do grupo criminoso PCC, o qual possui valores e padrões de comportamentos que são contrários à moral da sociedade (autorização para matar, torturar etc). O integrante deste grupo, ao matar, age eticamente, segundo o código do PCC, mas para sociedade age de forma imoral. Também pode ocorrer de um comportamento ser anti-ético, mas moral. Os preceitos éticos e morais são imperativos, de observância obrigatória pelos cidadãos. Para serem cumpridos, as pessoas devem acreditar que tais princ ípios decorrem de um justificativa consciente. Sobre este tema, há duas correntes. A primeira, de cunho absoluto ou apriorista, segunda a qual estes princípios são de validade atemporal, são normas éticas a priori. Logo todos deveriam seguir. Já a segunda corrente, relativista, defende que tais princípios são mutáveis e decorrem de ajustes constantes, seria uma norma ética empírica. Os EUA ao invadirem países sob a alegação de defesa da democracia, se valem do discurso de que tal valor seria universal e obrigatório a todos. As correntes podem sempre ser criticadas, se houver radicalismo, como é o caso de grupos que praticam atos desumanos, sob a alegação de que aquela prática, dentro do grupo é aceita. 5. Equidade As vezes a aplicação do direito pode ser imoral. A equidade é um instrumento de aplicação do direito. No Brasil, é vista como fonte secundária de aplicação do direito. A filosofia do direito defende que há casos em que o justo é não aplicar a norma, com base na equidade, que visa a busca da justiça (alto padrão de moralidade). Para tanto, sempre deverá ser analisado caso a caso. A equidade pode ser usada para preencher a lacuna do direito também. Mas há discussão na filosofia do direito segundo a qual, quando houver lei expressa para o caso concreto, não é dado ao juiz deixar a aplicar a lei, para decidir por equidade. 6. Hermenêutica Jurídica Normalmente, a interpretação do direito segue a regra linear, com base no silogismo, que leva em consideração a premissa maior (norma), a premissa menor (fato) e a síntese (aplicação do direito). Todavia, há casos complicados, como a hipótese em que não há norma aplicável ao caso concreto. Por outro lado, há casos em que há duas ou mais normas para aquele caso. Há , ainda, hipóteses em que os fatos são imprecisos, o que dificulta a interpretação. Em todas essaas hipóteses, haverá dificuldade de aplicar-se o direito segundo o silogismo lógico. Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 6 www.cursoenfase.com.br O direito buscou sempre padronizar as pessoas, pouco se importando com as diferenças, com grupos diferenciados. Atualmente o direito vem deixando de contemplar normas lineares para toda a sociedade, para prever normas de diferença, que alcançam determinado grupo de pessoas, como é o caso das normas que regulam o sistema de cotas para acesso a concursos. Da mesma forma, observa-se que a separação do direito em temas, como direito civil, administrativo, eleitoral, vem desaparecendo. Há normas na atualidade que dificilmente se enquadram na ideia de um ramo estanque do direito. As fronteiras do direito são mais ténues. Outro aspecto da atualidade gira em torno da dificuldade das normas jurídicas de acompanharem as mudanças da sociedade, o que não acontecia no passado. Assim, muitas situações não são reguladas por lei, de forma que cabe ao intérprete solucionar eventuais questões por meio de princípios, equidade, face à ausência legislativa. O Poder Legislativo somente vem votando projetos midiáticos, como são exemplos lei Maria da penha. O Poder Judiciário, por sua vez, vem se mostrando mais apto a acompanhar as mudanças da sociedade, ainda que também não a acompanhe totalmente. Não é por outra razão que em provas de concurso são cobrados informativos. A linguagem jurídica é muito conceitual e importante para a hermenêutica jurídica. Busca-se o convencimento por meio dos argumentos. Ela permite a interpretação do direito de forma mais adequada. Deve-se evitar palavras de significado dúbio, impreciso, parábolas. A interpretação jurídica objetiva três pontos: a) buscar o sentido, razão de ser, da norma; b) determinar o conteúdo da norma; c) determinar o alcance da norma. As fontes de interpretação podem ser: a) legislativa ou autêntica; b) doutrinária ou científica; c) judicial ou judiciária. A hermenêutica tradicional atribui um peso enorme aos códigos legais. Dentro desta concepção, afirmou-se que não caberia ao juiz interpretar o direito, bastando somente falar o direito previsto na lei (ele é o boca da lei). São concepções defendidas por Montesquieu e Beccaria. Trata-se de hermenêutica muito difundida pelo positivismo formal. A hermenêutica tradicional criou um método de interpretação que se vale dos seguintes elementos: Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 7 www.cursoenfase.com.br Os elementos de hermenêutica são:a) gramatical ou literal, por meio da qual se interpreta lei usando aspectos gramaticas; b) lógico-sistemática, por meio da qual se interpreta lei usando aspectos dos sistema normativo como um todo, partindo-se da premissa de que é um todo harmônico; c) histórico, por meio da qual se interpreta lei usando aspectos do contexto histórico; d) teológica, por meio da qual se interpreta lei usando aspectos da finalidade do legislador ao editar tal lei. Cada um possui suas características. Não há predominância de uns sobre os outros. A interpretação devem ser usados os quatro. Não se deve optar somente por um. No caso de lacuna na lei, a hermenêutica tradicional defende a aplicação da analogia, costumes, princípios gerais do direito e equidade, nessa ordem. 7. Nova Hermenêutica Atualmente há dois novos elementos não previsto pela hermenêutica tradicional, quais sejam as mutações constitucionais e os chamados hard cases. Esses casos complicados, difíceis quer dizer aquele caso que para sua resolução há duas ou mais normas possíveis. As mutações constitucionais ocorrem quando a constituição é modificada por mudança da interpretação de seu texto e não por emendas que mudem seu texto. Mas o que caracteriza essa nova hermenêutica? a) Reconhecimento da forma normativa da constituição; b) Expansão da jurisdição constitucional; c) O desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional; d) Substituição dos códigos pela constituição em termos de força normartiva; e) Substituição da legalidade pela constitucionalidade; f) Substituição da lógica formal pela lógica do razoável; g) Valorização dos princípios; h) Entronização da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamentais com participacinismo. Não há princípio mais importante do que o outro. Muito menos são absolutos. Todos são passíveis de relativização. Há alguns princípios que são aplicáveis à nova hermenêutica. a) Princípio da Supremacia da constituição; b) Princípio da presunção de constitucionalidade de leis e atos do poder público. Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 8 www.cursoenfase.com.br c) Princípio da interpretação conforme a constituição; d) Princípio da unidade da constituição e) Princípio da razoabilidade ou da proporcionalidade; f) Princípio da reserva do possível; Um ponto importante dessa nova hermenêutica gira em torno da diferenciação de regras e princípios. De forma resumida, há as seguintes diferenças: REGRAS PRINCÍPIOS 1 Refletem texto Refletem valores 2 Concretas Abstratas 3 Topográficas Não-Topográficas 4 Colisão gera exclusão Colisão gera ponderação 8 Questões de Concurso A sofística é uma arte e uma ciência. Além de um modo de ensinar, ela designa uma doutrina, tal qual a dos filósofos, diferindo da destes apenas por seus desdobramentos práticos e por suas implicações políticas. Item errado. "Muitas têm sido as explicações das causas históricas para a origem da filosofia na Jônia. Alguns consideram que as navegações e as transformações técnicas tiveram o poder de desencantar o mundo e forçar o surgimento de explicações racionais sobre a realidade. Outros enfatizam a invenção do calendário (tempo abstrato), da moeda (signo abstrato para a ação de troca) e da escrita alfabética (transcrição abstrata da palavra e do pensamento), que teriam propiciado o desenvolvimento da capacidade de abstração dos gregos, abrindo caminho para a filosofia. Sem dúvida, esses fatores foram importantes e não podem ser desconsiderados e minimizados, mas não foram os principais" (CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia - dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Brasiliense, 1994 - p. 35). Tendo como base o texto acima, julgue o item: Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 9 www.cursoenfase.com.br A formação da polis, a cidade estado, é a principal determinação histórica para o nascimento da filosofia – item correto. 2-Aristóteles, o mais ilustre discípulo de Platão, traz grandes contribuições para o pensamento ocidental. Sobre este pensador marque o que for falso: a)Passados quase quatro séculos de filosofia, Aristóteles apresenta no período sistemático, uma verdadeira enciclopédia de todo saber produzido e acumulado pelos gregos. b)Para Aristóteles, nosso conhecimento vai sendo formado e enriquecido por acumulação das informações trazidas por todos os graus, de modo que há continuidade entre conhecimento sensível e intelectual. c)Aristóteles, não se preocupou com a busca da verdade para fazer ciência e superar o domínio da opinião ( do grego, doxa). Item errado d)Aristóteles retomou uma questão vital e polêmica instaurada por dois filósofos pré- socráticos: Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo (...). Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da justiça considerada como (A) simetria, dentro da filosofia estética de Platão. (B) valor, no tridimensionalismo de Miguel Reale. (C) medida, dentro da concepção rigorista e positivista de Hans Kelsen. (D) virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. (E) contradição, na oposição dialética entre justo e injusto, no pensamento de Karl Marx. “A Ciência do Direito(...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de Filosofia do Direito O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 10 www.cursoenfase.com.br sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade”. Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, evoca elementos essenciais do a) Jusnaturalismo moderno; b) Historicismo; c) Realismo crítico; d) Positivismo jurídico e) Humanismo renacentista
Compartilhar