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Aula 10 Impermeabilização • Impermeabilização são técnicas de aplicação de produtos específicos visando à proteção de diversas áreas de um imóvel contra águas da chuva, lavagem, banhos ou demais origens. A seguir serão apresentados, dentre outros detalhes, técnicas e classificações das coberturas impermeabilizadas. • Na NBR 9575, os tipos de impermeabilizações são classificados de acordo com o material principal da camada impermeável. • a) Cimentícios • argamassa com aditivo impermeabilizante; • argamassa modificada com polímero; • argamassa polimérica; • cimento modificado com polímero. Argamassa com aditivo impermeabilizante Argamassa polimérica • b) Asfálticos • membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; • membrana de asfalto elastomérico; • membrana de emulsão asfáltica; • membrana de asfalto elastomérico, em solução; • manta asfáltica. Aplicação de emulsão asfáltica Execução de manta asfáltica • c) Poliméricos • membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado; • membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.l.R), em solução; • membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (S.B.S.); • membrana elastomérica de estireno-butadieno-eçtireno-ruber (S.B.R.); • membrana de poliuretano; • membrana de poliuréia; • membrana de poliuretano modificado com asfalto; • membrana de polímero acrílico com ou sem cimento; • membrana acrílica para impermeabilizaçáo; • A NBR 9575 reparte em três os sistemas de impermeabilização quanto à aderência ou capacidade de criar uma ligação entre as camadas, sendo descritos a seguir, de acordo com o seu conceito. • Os sistemas de impermeabilização aderidos são aqueles onde o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas são totalmente aderidos à camada suporte, logo, não há camada de separação inferior. • Sua característica mais importante é que as deformações ocorridas na camada suporte são refletidas a camada impermeável, onde há maiores exigências. • Aquelas que estão aderidas em parte do substrato são as impermeabilizações parcialmente aderidas. Em pontos com acúmulos de tensões, como juntas de dilatação e zonas de fissuração, não são aderidos, sendo necessária camada separadora. • As impermeabilizações não aderidas são sistemas de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas totalmente independentes do substrato. Há total camada separadora, fixados apenas nas extremidades, por isso, qualquer deformação sofrida na camada suporte não será distribuída ao longo da camada impermeável, baixando as exigências necessárias. • Conforme a NBR 9575 (ABNT, 2010), quanto à flexibilidade os sistemas podem ser divididos em impermeabilização flexível e impermeabilização rígida. a) Impermeabilização rígida: • conjunto de materiais ou produtos sem características de flexibilidade, compatíveis e aplicáveis às partes da construção em que não há movimentação do elemento. • Conforme a NBR 9575 (ABNT, 2010), quanto à flexibilidade os sistemas podem ser divididos em impermeabilização flexível e impermeabilização rígida. a) Impermeabilização rígida: • conjunto de materiais ou produtos sem características de flexibilidade, compatíveis e aplicáveis às partes da construção em que não há movimentação do elemento. • os sistemas rígidos estão entre os mais difundidos e utilizados no Brasil, recebendo a nomenclatura de Sistemas contínuos de impermeabilização com emprego de argamassas. Este tradicional processo de impermeabilização é normalizado pela ABNT na NBR 9574 “Execução de impermeabilização” e denominado Argamassa Impermeável. • CRISTALIZANTES • São compostos químicos de cimentos aditivados, resinas e água, aplicados diretamente sobre a estrutura a ser impermeabilizada; quando há contato com água de infiltração, cristaliza-se e preenche os vazios do concreto, formando uma barreira impermeável; seu uso é indicado para áreas onde há umidade, como reservatório enterrados, baldrames, piscinas enterradas, dentre outros • ARGAMASSA IMPERMEÁVEL • Adquirem as propriedades impermeáveis na mistura das argamassas de cimento e areia com aditivos repelentes a água (hidrofugantes), líquidos ou em pó; deve ser aplicada em locais não sujeitos a trincas e a fissuração, assentamento de alvenarias que terão contato com o solo e no emboço de revestimento de baldrames e paredes; indicada para baldrames, piscinas, subsolos, pisos em contato com o solo, argamassa de assentamento de alvenaria, dentre outros. • CIMENTO POLIMÉRICO • Sistema composto de pó com fibras e componente líquido que forma uma pasta cimentícia resistente à umidade que sobe pelas paredes e fundação; tal revestimento impermeabilizante é semiflexível, aplicado com trincha ou broxa e ideal para áreas enterradas; dentre as aplicações indicadas estão os reservatórios enterrados, baldrames, floreiras sobre a terra, muro de arrimo e poço de elevador • Epóxi • Revestimento com grande resistência mecânica e química, impermeável à água e ao vapor, a base de resinas epóxi, bicomponente, com ou sem adições e indicado para afastar a ação corrosiva em estruturas de concreto, metálicas e argamassas; seu uso é indicado, além de outros, a tanques de armazenamento de produtos químicos e tubos metálicos • b) Impermeabilização flexível: • conjunto de materiais ou produtos com características de flexibilidade, compatíveis e aplicáveis às partes da construção em que há movimentação do elemento. Para receber essa classificação, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico. • Os sistemas flexíveis podem apresentar-se como membrana, “em camadas simples ou múltiplas, estruturadas ou não, de execução local, aderentes ao substrato ou flutuantes, conforme necessidade de projeto”; e como manta, “em camadas simples ou múltiplas, estruturadas ou não, de aplicação local dos elementos pré-fabricados, semiaderentes ao substrato ou flutuantes, conforme a necessidade de projeto”, indicada para o uso em locais com grandes deformações • Manta asfáltica • Constitui-se de um sistema pré-fabricado a base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais, componentes que irão determinar seu desempenho; o responsável pela impermeabilização da manta é o asfalto modificado presente em sua composição. • Trata-se de um dos materiais mais utilizados para impermeabilizações • As mantas asfálticas são produtos impermeabilizantes recomendados para coberturas não transitáveis ou transitáveis unicamente por pedestres. • EXECUÇÃO DE MANTA ASFÁLTICA Detalhe executivo de ancoragem na alvenaria. Precisa de uma ancoragem de 50 cm. A manta vai estar engastada a 40cm e ainda tem mais 10 cm de tela galvanizada para a proteção mecânica • EXECUÇÃO DE MANTA ASFÁLTICA Aplicação de manta asfáltica para impermeabilização em rodapés • EXECUÇÃO DE MANTA ASFÁLTICA Preparação de superfícies para impermeabilização de soleiras • MANTA ELASTOMÉRICA • A manta de espuma elastomérica é um isolante térmico produzido a partir de borracha sintética de alta densidade (60 +/- 6 kg/m³) com excelente coeficiente de condutividade térmica (0,025 kcal/m.h ºC). • As mantas elastoméricas são produtos impermeabilizantes recomendados para coberturas não transitáveis ou transitáveis unicamente por pedestres. • Membrana de poliuretano • Impermeabilizante bicomponente com grande estabilidade química, aderência nas mais variadas superfícies, elástica, resistente a altas temperaturas e com aplicação feita a frio; as características deste material são adequadas para ambientes mais agressivos, como lajes e áreas molháveis, tanques de efluentes industriais e esgotos ereservatório de água potável • TELHADOS • Entende-se por telhado a cobertura composta por um ou mais planos inclinados, que compreende estrutura (madeira, metálica) junto à vedação de telhas, podendo assumir diversas formas. A NBR 15575, define os componentes do telhado de acordo com a Figura. • A NBR 15575 define: • Estrutura principal: conjunto resistente apoiado diretamente na estrutura da edificação habitacional; • Estrutura secundária: conjunto de componentes de sustentação do telhado apoiada na estrutura principal; • Trama: estrutura secundária integrada pelas terças, caibros e ripas; • Tesoura: elemento da estrutura principal de sustentação da trama. • Com o passar do tempo e muitas vezes também pela falta de manutenção anual, acumulam-se nos telhados de telha de barro, telha de cimento ou telha de fibrocimento, detritos de origem mineral, trazidos pelos ventos e pelas chuvas e outros que se desprendem das próprias telhas, e de origem orgânica devido, por exemplo, a dejetos de aves e insetos. Telhado, em telha de barro, com fungos e musgos • Se existir ainda a temperatura adequada e a proximidade com zonas de vegetação exuberante, então estão reunidas todas as condições para o aparecimento de fungos, algas, musgos e líquenes, que apresentam cores avermelhadas, verdes ou negras, confundindo-se por vezes com sujeira, que conferem aos telhados, um aspecto bastante degradado e envelhecido. Telhado, em telha de barro, com fungos e musgos • As goteiras no telhado são um problema muito comum e aparecem justamente em um momento de difícil acesso para o conserto, nos dias de chuva. Pode ocorrer devido a telhas quebradas, trincadas ou mal fixadas, pouca sobreposição, baixa inclinação, calhas defeituosas, dentre outros fatores. Corrosão do acabamento do rufo Telhas desencaixadas • Para prevenir que goteiras prejudiquem o interior do imóvel e o forro da residência, uma alternativa é que no momento da instalação seja colocada uma camada impermeabilizante entre o telhado e o forro, impedindo a passagem da água. Telhado, em telha de barro, com fungos e musgos • Também é possível a aplicação por sobre o telhado pronto, com resinas especiais ou mantas asfálticas, que inclusive contribuem para o conforto térmico e acústico. Colocação de pedaço de manta asfáltica nas emendas das telhas • PARA LAJES DE COBERTURA • PARA LAJES DE COBERTURA • Existem alguns fatores que devem ser levados em consideração na elaboração de um projeto de impermeabilização: • Problemas de impermeabilização em lajes Figura 1 - Problema de transpasse em manta asfáltica Figura 2 • Problemas de impermeabilização em lajes • Problemas de impermeabilização em lajes • Problemas de impermeabilização em lajes Figura 5 apresenta erro de projeto. Existe desnível pequeno entre a área coberta e a descoberta. E possui um encaixe inferior a 50 cm na parte coberta, para a impermeabilização. • Apouca importância dada pelas construtoras aos sistemas de impermeabilização traz como consequência manifestações patológicas, tais como:
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