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Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Prof.: Mauro Carrión Pachás E-mail: mcarrionp@gmail.com Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Seção transversal Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. As peças de madeira utilizadas na construção apresentam uma série de defeitos que prejudicam a resistência, o aspecto e a durabilidade. Entre os principais defeitos da madeira pode-se citar: Nós – imperfeição da madeira nos pontos do tronco onde existem galhos; Fendas – abertura nas extremidades da peças produzidas pela Fendas – abertura nas extremidades da peças produzidas pela secagem mais rápida da superfície; Gretas – separação entre os anéis anuais, provocada pela tensão interna devido ao crescimento lateral, ou por ações externas como a flexão devido ao vento. Arqueamento – encurvamento na direção longitudinal, devido ao comprimento da peça. Fibras reversas – fibras não paralelas ao eixo da peça. As fibras podem ser provocadas por causas naturais ou por serragem. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. São madeiras que não apresentam defeitos na classificação visual, ou são peças classificadas como isentas de defeitos por meio de um método visual normalizado, e submetidas à classificação mecânica que garante a homogeneidade da rigidez das peças que compõem o lote. Madeiras que apresentam defeitos na classificação visual ou madeira não classificada ou de classificação inferior a descrita para madeira de primeira categoria. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. o maciça • Bruta ou roliça; • Falquejada; • Serrada. o industrializada • Laminada e colada; • Compensada; • Recomposta. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É utilizada em forma de troncos, servindo para estacas, escoramentos, postes, colunas, vigas, etc. Os roliços mais utilizados no Brasil são o pinho- do-paraná e os eucaliptos. As peças roliças de diâmetro variável, em forma de tronco de cone são comparados, para efeito de cálculo a uma peça cilíndrica de diâmetro igual ao do terço da peça. minmaxmin dd 3 1 dd Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Exemplo de estrutura Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A madeira falquejada é obtida de troncos por corte com machado, formando seções maciças quadradas ou retangulares. Dependendo do tamanho do tronco podem ser obtidas, seções maciças falquejadas de grandes dimensões como por exemplo de 30 cm x 30 cm ou mesmo de 60 cm x 60 cm. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Exemplo de estrutura Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A madeira serrada é o produto estrutural de madeira mais comum. O tronco é cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comercio. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Exemplo de estrutura Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A madeira serrada apresenta limitações geométricas em termos de comprimento quanto de dimensões da seção transversal. Para ampliar o uso da madeira na construção de estruturas, diversos produtos foram desenvolvidos na Europa e EEUU, com o objetivo de produzir peças de grandes dimensões e painéis, com melhores propriedades mecânicas que a madeira utilizada como base de fabricação. Laminas Adesivo Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Exemplo de estrutura Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Produto em forma de placas fabricados a partir de resíduos da madeira serrada e coladas sobre pressão. Em geral, estas placas de madeira não são consideradas materiais estruturais devido a baixa resistência e durabilidade. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Exemplo de uso Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Física • Anisotropia; • Umidade; • Densidade/Peso especifico; • Retração/Inchamento; • Dilatação; • Deterioração. Mecânicas Elásticas Resistência • E; • G; • n. • Compressão; • Tração; • Cisalhamento; • Flexão; •Torção. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Porque as propriedades físicas influenciam no comportamento estrutural da madeira. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É uma características que alguns materiais possuem de ter suas propriedade iguais em quaisquer direção. Exemplo, a resistência a compressão ou a tração do aço. Fβ Resistência a forças de compressão RRRyRx FαFα Fβ Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É uma características de certos materiais em que suas propriedades variam com a direção, ou que suas propriedades são diferentes para as diferentes direções. Exemplo, a resistência a compressão da madeira. Fy Fα Resistência a forças de compressão RRyRx FxFx Fy Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É uma características dos materiais de ter suas propriedade diferentes em três direções ortogonais. A madeira apresenta três direções ortogonais bem definidos, uma direção longitudinal paralela às fibras, uma direção radial perpendicular às fibras e uma direção tangencial às fibras como ilustrado pelas figuras. Sendo de interesse estudar o comportamento da madeira nestas direções, será estudado como um material ortotropico.direções, será estudado como um material ortotropico. Resistência a forças de compressão ou de tração L=x R=y Radial Longitudinal ou axial Rradial ≠ Raxial ≠ Rtangencial Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A água é importante para o crescimento e desenvolvimento da árvore, constituindo uma grande porção da madeira verde; A quantidade de água das madeiras verdes ou recém cortadas varia muito com a espécie e com a estação do ano; A água na madeira encontra-se presente de duas formas: • como água livre contida no interior das cavidades ou fibras ocas (Fig 1); • como água absorvida na parede das fibras (Fig 2); A quantidade de água presente na madeira tem grande influencia sobre as A quantidade de água presente na madeira tem grande influencia sobre as propriedades da madeira, por exemplo, tem grande influência na densidade da madeira. Figura 1 Figura 2 Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Quando a madeira é posto a secar, evapora-se primeiro a água livre contida nas fibras ocas, ficando somente com a água absorvida nas fibras ou com as fibras saturadas, então fala-se que atingiu o ponto de saturação das fibras, e isso acontece para uma umidade de 30% aproximadamente, nestas condições a madeira é conhecido como meio seco. Continuando-se com a secagem, a umidade da madeira atinge um equilíbrio com a Continuando-se com a secagem, a umidade da madeira atinge um equilíbrio com a umidade do ar, está umidade é conhecido como umidade de equilíbrio e nesta condições a madeira é conhecido como secado ao ar. Para umidade relativa do ar variando de 60% a 90%, a umidade de equilíbrio varia de 10% a 20%. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A umidade é o parâmetro que quantifica a quantidade da água presente na madeira e é determinado como peso da água contido na madeira sobre o peso seco da madeira. %100 Ps Pa U Onde: Pa = Peso da água contido na madeira Ps = Peso seco da madeira O peso da água contido na madeira pode ser determinado como: PsPPa O peso da água contido na madeira pode ser determinado como: Onde: P = Peso da madeira (úmida) Ps = Peso da madeira seca Finalmente: %100 Ps PsP U A faixa de variação da umidade das madeiras verdes tem como limite aproximado de 30% para madeiras duras e 130% para madeiras macias. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. %100 Ms Ma U Onde: Ma = Massada água contido na madeira Ms = Massa seca da madeira Sabe-se que: g.MP Onde: P = Peso M = Massa g = aceleração da gravidade Logo: Ms MsMMa A massa da água contido na madeira pode ser determinado como: Finalmente: %100 Ms MsM U Onde: M = Massa da madeira (úmida) Ms = Massa da madeira seca Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É a umidade para a qual a umidade da madeira atinge um equilíbrio com a umidade do ar, é dizer quando a umidade da madeira atinge o mesmo valor que a umidade do ar. Devido a variação da umidade de equilíbrio de madeira com a umidade relativa do ar, foi adotado no Brasil e outros países como EEUU também, uma umidade padrão de foi adotado no Brasil e outros países como EEUU também, uma umidade padrão de equilíbrio de 12%. Está umidade serve de referencia para determinar qualquer propriedade da madeira, é dizer, toda propriedade da madeira deve ser determinado para a umidade padrão. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A NBR 7190:1997 estabelece que o projeto de estruturas de madeira deve ser feito considerando o teor de umidade de equilíbrio da madeira do local onde será implantada a obra. Para isso, foram definidas as classes de umidade especificadas na Tabela. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A umidade tem uma relação inversa com a resistência mecânica da madeira. Assim, pode-se afirmar que: Umidade aumenta Resistência diminui Umidade diminui Resistência aumenta Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. A densidade depende da espécie de madeira e pode-se determinar a densidade básica e densidade aparente. A densidade básica esta dado pela relação entre a massa seca e o volume saturado, e é utilizado para fins de comparação entre diferentes espécies. sat basica V Ms entre diferentes espécies. Onde: MS = Massa seca Vsat = Volume saturado ρbasica = densidade básica Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É a densidade determinada para uma umidade padrão de referência de 12%. Esta densidade é utilizada para a classificação da madeira e para o cálculo estrutural também. %12 %12 apaparente V M Onde:M12% = Massa para 12% de umidade V12% = Volume para 12% de umidade ρap = densidade aparente Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É a propriedade da madeira de sofrer variação de diminuição (retração) no seu volume devido a perda da água impregnada nas paredes das fibras. Retração(%) Radial Tangencial R Umidade(%) Radial Axial 0,5 6,0 10 PE PS PE = Ponto de equilíbrio (madeira seca ao ar) PS = Ponto de saturação (madeira meio seca) L R Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É um processo inverso a retração, onde ocorre aumento de volume (inchamento) e que se dá quando a madeira fica exposta a condições de alta umidade, onde ao invés de perder água ela absorve, provocando um aumento nas dimensões da madeira. Nota A retração e inchamento são característica não desejável desde o ponto de vista estrutural. Por isso: • Se deve trabalhar com madeiras cuja secagem atingiu o ponto de equilíbrio. • No possível evitar a variação de umidade durante a vida útil da estrutura. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. É a propriedade que tem a madeira de variar seu comprimento, área ou volume devido à variação da temperatura. O coeficiente de dilatação linear (α) das madeiras, na direção longitudinal, varia de 3x10-6 a 4,5x10-6 por °C-1, sendo na ordem de grandeza de 1/3 de coeficiente de dilatação linear do aço. T..LoL Onde: 5 273Tk 9 32Tf 5 Tc T..LoL ΔL = variação do comprimento ΔT = variação da temperatura Lo = comprimento inicial Lf = comprimento final α = coeficiente de dilatação linear Conversão da temperatura nas diferentes escalas Onde: Tc = temperatura em escala Celsius Tf = temperatura em escala Fahrenheit Tk = temperatura em escala Kelvin LLoLf Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. • Classificação botânica; • O solo e o clima da região de origem da árvore; • Fisiologia da árvore; • Anatomia do tecido lenhoso; • Variação da composição química; Sabe-se que os seguintes fatores influenciam nas propriedades físicas da madeira: • Variação da composição química; • Etc. Devido ao grande número de fatores, os valores numéricos das propriedades físicas da madeira obtidos em ensaios de laboratório oscilam apresentando uma ampla dispersão. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. • A madeira é bom isolante térmico; • A madeira é bom isolante acústico; • A madeira é bom isolante elétrico; • A madeira é um material combustível. Estruturas de Madeira Prof. Mauro Carrión P. Calcular a variação de comprimento e o comprimento final de uma peça de madeira de 6m, num local onde a temperatura de manha é de 41 °F e na tarde chega a 86 °F. Sabe-se que o coeficiente de dilatação térmica da madeira é de 4x10-6 °C-1
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