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Sabor e Aroma Definição da legislação Brasileira (Resolução nº 104, de 14 de maio de 1999 da ANVISA): “Aromatizantes são as substâncias ou as misturas de substâncias com propriedades odoríferas e/ou sápidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e/ou sabor dos alimentos. Excluem-se desta definição os produtos que conferem exclusivamente sabor doce, salgado ou ácido; e as substâncias alimentícias ou produtos normalmente consumidos como tal, com ou sem reconstituição”. SABOR E AROMA Aquilo que chamamos de sabor é uma combinação de odores e gostos percebidos por nossos narizes e papilas gustativas, com as contribuições adicionais da temperatura, da ardência (o "picante" dos temperos) e da textura (a estrutura e a sensação da comida na boca). SABOR E AROMA Função: Os aromatizantes são utilizados com uma ou mais das seguintes funções: caracterização do aroma/sabor, melhoramento do aroma/sabor, padronização do aroma/sabor, reconstituição do aroma/sabor, mascaramento de aromas/sabores indesejáveis. SABOR E AROMA Classificação: os aromatizantes são constituídos por uma parte ativa (as substâncias e produtos aromatizantes), veículos ou suportes (solventes) e substâncias auxiliares. Os materiais componentes da parte ativa podem ser classificados como pertencendo a uma das seguintes categorias: Matéria prima aromatizante natural: Produto de origem animal ou vegetal, utilizado para consumo humano. Ex: frutas, suco de frutas, vinhos, vinagres carnes, queijos, castanhas, ervas especiarias, favas de baunilha. SABOR E AROMA Produto aromatizante natural: Preparação concentrada de composição complexa, obtida a partir de matérias primas aromatizantes naturais por processos físicos adequados. Ex: infusões, extratos, óleos essenciais, óleos-resina, extrato de baunilha. Substância aromatizante natural: Substância quimicamente definida, dotada de propriedades organolépticas, obtida a partir de matéria prima ou produto aromatizante natural por processo físico adequado. Ex: citral, mentol, vanilina. SABOR E AROMA Substância aromatizante idêntica a natural: Substância quimicamente definida, dotada de propriedades organolépticas, obtida por síntese ou outro processo químico adequado, e que apresenta estrutura idêntica à da substância aromatizante natural. Ex: vanilina sintética. Substância aromatizante artificial: Substância quimicamente definida, dotada de propriedades organolépticas, obtida por síntese ou outro processo químico adequado, e que ainda não foi encontrada na natureza. Ex: etil-vanilina. SABOR E AROMA SABOR E AROMA Aromatizantes/Aromas naturais - São obtidos exclusiva- mente mediante métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos, a partir de matérias primas aromatizantes/aromas naturais. Os aromatizantes/aromas naturais compreendem: Óleos Essenciais - produtos voláteis de origem vegetal Extratos - produtos de origem animal ou vegetal extraídos com solventes permitidos, que posteriormente podem ser eliminados ou não. SABOR E AROMA Os extratos devem conter os princípios sápidos aromáticos voláteis e fixos correspondentes ao respectivo produto natural. Podem ser: Extratos líquidos, sólidos, Bálsamos, oleoresinas e oleogomaresinas, Substâncias aromatizantes/aromas naturais isolados (substâncias naturais com os seguintes cátions: Na+, K+, Ca2+ e Fe3+ e ânions: Cl-, SO4 2-, C03 2- se classificam como aromatizantes/aromas naturais.). Aromatizantes/Aromas sintéticos - obtidos por processos químicos. Aromatizantes/aromas idênticos aos naturais - apresentam uma estrutura química idêntica à das substâncias presentes nas referidas matérias primas naturais (processadas ou não). Aromatizantes/aromas artificiais - São compostos químicos obtidos por síntese, que ainda não tenham sido identificados em produtos de origem animal ou vegetal utilizados por suas propriedades aromáticas, em seu estado primário ou preparados para o consumo humano. SABOR E AROMA O OH OH CH 3 O SABOR E AROMA Aromatizantes/aromas de reação ou de transformação - São produtos obtidos segundo as boas práticas de fabricação, por aquecimento a temperatura não superior à 180ºC, durante um período não superior a quinze minutos (podendo transcorrer períodos mais longos a temperaturas proporcionalmente inferiores). O pH não poderá ser superior a 8. As matérias primas habitualmente utilizadas na fabricação destes aromatizantes/aromas de reação ou transformação são listadas a seguir: Fontes de nitrogênio protéico; Fontes de carboidratos; Fontes de lipídeos ou de ácidos graxos Aromatizantes/Aromas de fumaça - São preparações concentradas utilizadas para conferir aroma/sabor de defumado aos alimentos. Submetendo madeiras não tratadas: combustão controlada. destilação seca a temperatura compreendida entre 300 e 800ºC. → arraste com vapor de água reaquecido à temperatura entre 300 e 500ºC Flavor é um termo de origem inglesa empregado como sinônimo de sabor e aromatizante. Nesta classe de aditivos é onde existe o maior número de substâncias, uma vez que os aromas são muito complexos. Alguns produtos podem apresentar naturalmente mais de mil substâncias que, em conjunto, conferem um aroma característico. Ex.: Aroma Natural de Café. O café torrado apresenta um aroma tão complexo que já se identificaram mais de mil componentes na sua constituição. Os aromatizantes aumentam a aceitabilidade dos alimentos, melhorando o seu aroma; desde o século XIX são sintetizados numerosos aromatizantes químicos. A cumarina foi sintetizada em 1868; O aroma de baunilha em 1874; Em 1884 sintetizou-se o aroma de canela Século XX → descobertos quase 1000 agentes químicos aromatizantes. Estão catalogadas mais de 3.000 substâncias simples voláteis que podem ser utilizadas para compor os mais variados aromas que existem na natureza. aroma composto de mais de 200 aromas individuais; aroma mais de 130 componentes individuais, voláteis. Aditivos Alimentares. CH H H C H H OH Etileno-glicol é um diálcool utilizado como agente umectante em doces, solvente e como aditivo anti-congelante em radiadores de automóveis localizados países frios. Cafeína pertence ao grupo de compostos químicos denominados metil-xantinas, presente em uma grande quantidade de vegetais como café, guaraná, cola, cacau ou chocolate, mate. N N N N O CH 3 O CH 3 CH 3 Ácido benzóico é utilizado como reagente orgânico e como conservante de alimentos, por possuir ação bacteriostática (inibidora do crescimento de população bacteriana). OH O Ácido ascórbico é conhecido como vitamina C podendo ser encontrado em frutas cítricas, acerola, tomate e outras fontes naturais, oxida-se quando exposto ao ar, perdendo suas propriedades terapêuticas. OHOH OH OH OH C OH O Acetato de etila é um éster proveniente da reação entre o ácido acético e o álcool etílico. Utilizado na fabricação de vernizes, o acetato de etila possui odor agradável, semelhante ao de frutas sendo comercializado com o nome de acetila. C H H H C O O C H C H H H H Acetato de isopentila é utilizado para produzir sabor artificial de banana. O O Antranilato de metila estápresente nas uvas, sendo responsável pelo seu aroma característico. NH 2 COOCH 3 Biacetila é o nome usual da butano-2,3-diona, principal ingrediente do aroma de margarina. C C C C O OH H H H H H Benzaldeído é o ingrediente ativo do aroma de amêndoas, em forma de um glicosídio, o qual tem o nome de amigdalina. C O H Butanoato de etila é o flavorizante para sabor característico de abacaxi. CH 3 CH 2 CH 2 C O O CH 2 CH 3 Etanoato de etila é o flavorizante para sabor característico de maçã. Etanoato de octila é o flavorizante para o sabor característico de laranja. CH 3 C O O CH 2 CH 3 CH 3 C O O CH 2 CH 37 Propanoato de isobutila é utilizado como flavorizante para sabor característico de rum. Etanoato de isobutila ou acetato de isobutila é o flavorizante para sabor característico de morango. O C C CH 3 CH 3 HH H CH 3 C C H H O CH 3 C O O CH 2 CH CH3 CH 3 Butanoato de butila é o flavorizante para sabor característico de damasco. Etanoato de butila é o flavorizante para sabor característico de framboesa. CH 2 C O O CH 2 CH 2 CH 2 CH 2CH3 CH 3 CH 3 C O O CH 2 CH 33 Capsaicina é a substância responsável por uma sensação picante em várias espécies de pimenta. Gingerol é uma substância encontrada no gengibre, responsável pela sensação picante e refrescante. N C O OCH 3 OH H O OH OH CH 3 O Cinamaldeído é o nome usual de 3-fenil-propenal. Trata-se da substância responsável pelo odor característico da canela. CH CH C O H Vanilina utilizado na forma de cristais aciculares incolores, com aroma agradável de baunilha em produtos alimentícios, como chocolate e doces OH OCH 3 C O H Mentol é uma substância extraída da hortelã-pimenta, utilizada em balas, gomas de mascar e medicamentos, sendo responsável pelo aroma de menta. Citral é o componente do óleo de capim-limão, sendo responsável pelo aroma característico de limão. OH CH 3 CH CH 3 CH 3 CH 3 C CH 3 CH CH 2 CH 2 C CH 3 CH C O H Eugenol é um composto aromático presente no cravo, canela e mirra. OH CH 2 CH CH 2 OCH 3 Acetato de pentila é o flavorizante para sabor característico de pêra. CH 3 C O O CH 2 CH 2 CH 2 CH 2 CH 3 Dissulfeto de diatila é o responsável pelo aroma característico de alho e cebola. Óxido de tiopropionaldeído é o responsável pela irritação dos olhos ao cortar uma cebola. S S O S Furfuril-mercaptan é um constituinte importante do aroma natural de café. O CH 2 SH Timol é o constituinte do flavorizante para o sabor de tomilho. CH 3 OH CH CH 3 CH3 Formiato de etila é o flavorizante para sabor característico de groselha. C O O H CH 2 CH 3 Emulsificantes e Espessantes Mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. Ex. manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo. Emulsão As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através de agitação, de homogeneizadores, ou de processos de spray. Os agentes emulsificantes (ou surfactantes) são substâncias adicionadas às emulsões para aumentar a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e homogêneas. Ex. gema de ovo é um alimento emulsificante que contém o fosfolipídeo lecitina que estabiliza a emulsão do azeite na água. + = A estrutura química de um agente emulsificante, em geral, inclui uma porção hidrofóbica (cadeia alquílica) e uma parte hidrofílica (iônica ou polar). São surfactantes: a porção hidrofóbica do agente se dissolve no óleo e a hidrofílica na fase aquosa, formando uma dispersão de micro-gotas deste óleo. São usadas para facilitar a dispersão de aromatizantes hidrofóbicos, prevenir a formação de cristais de gelo em produtos congelados (sorvete), e melhorar o volume e uniformidade de produtos assados. O estabilizantes e expessantes tem muitas funções nos alimentos. A grande maioria é formada por polissacarídeos, como amido, ou ainda por proteínas, tais como a gelatina. A principal função é aumentar a viscosidade do produto final, bem como estabilizar emulsões. A formação e estabilização de espuma em vários produtos também é um efeito destes aditivos. Coloides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões coloidais) são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm. • Sol (suspensóide) - a fase dispersante domina largamente a fase dispersa. Dispersão de um sólido em um líquido. • Gel - a fase dispersa domina largamente a fase dispersante • Pasta ou massa - predominância da fase dispersa de modo que representa, praticamente, a massa do sistema Classificação dos Colóides Aerosol: consiste em um sólido ou um líquido dissolvido em um gás. Espuma: consiste em um gás disperso em sólido ou líquido. Emulsão: são colóides formados por líquido disperso em outro líquido ou sólido. ex: maionese, queijo e manteiga. Sol: formados pela dispersão de um sólido em um líquido. Gel: sólido aparentemente, de material gelatinoso formado de uma dispersão coloidal, em que o disperso apresenta-se no estado líquido e o dispersante no estado sólido. Tipos de estabilizantes • Alginatos: geléias artificiais; pós para sorvetes, flans, mingaus. • Fosfolípides: margarina, leite em pó instantâneo, sorvetes. • Goma xantana: coberturas para salada, pós para pudins. ESPESSANTES - São substâncias químicas que aumentam a consistência dos alimentos, são hidrossolúveis e hidrofílicas, usadas para dispersar, estabilizar ou evitar a sedimentação de substâncias em suspensão. Emprega-se em tecnologia de alimentos e bebidas como agentes estabilizadores de sistemas dispersos como suspensões. Principais Espessantes • Gomas de sementes: goma guar, goma, jataí; • Derivados de celulose: celulose microcristalina; carboximetilcelulose sódica (cmc) • Amidos: amilose, amilopectina; • Goma microbiana: xantana, gelana; Ex. No creme de leite tem: “creme de leite”, leite em pó desnatado, espessante goma xantana e estabilizantes fosfato dissódico e citrato de sódio. ESCOLHA DE ESPESSANTE Esse tipo de aditivo é usado em pequenas proporções (menos que 0,5%), devendo apresentar as seguintes características: • ter sabor neutro; • ser de fácil dispersão; • ser termoestável; • conferir mais corpo e maior resistência às variações de temperatura; • ter baixa relação custo/benefício. AMIDOS MODIFICADOS E PRÉ-GELATINIZADOS Amido Amido Amilose (%) Amilopectina (%) Milho Trigo Batata Mandioca 26 25 24 17 74 75 76 83 + calor 1. Dilatância O amido em estado natural não é solúvel em água fria. Em certas concentrações torna-se um fluido dilatante ou seja, o fluxo desse fluido é inversamente proporcional à pressão que é exercida;quanto maior a pressão, menor a fluidez. 2. Gelatinização É a quebra das pontes de hidrogênio, através da ação do calor ou pela ação de agentes químicos como álcalis. 1ª. Fase: o grânulo é aquecido e entumecido levemente e o efeito é reversível. A viscosidade praticamente não se altera. 2ª. Fase: o grânulo entumece, aumentando várias vezes seu tamanho, a viscosidade aumenta rapidamente, ocorre ainda nesta fase à perda de birrefringência do grânulo de amido. 3ª. Fase: com o aumento da temperatura, o grânulo perde por completo sua forma para transformar-se em hidrogel uniforme. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 3. Retrogradação Processo de cristalização das moléculas de amido. Esta cristalização ocorre pela forte tendência de formação de Pontes de Hidrogênio (que são formadas pelos grupos OH das unidades de glicose). • Os amidos de origens diferentes retrogradam a taxas diferentes, devido à porcentagem de amilose presente nos grânulos. • Gradativo aumento de viscosidade (dependendo da concentração até a forma cristalina seca); • Alteração de cor de transparente / translúcido para opaco leitoso pesado. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 1. A amilopectina, por aquecimento em água, proporciona soluções claras, de alta viscosidade, filamentosas e coesivas. 2. Possui menor tendência a retrogradação, não forma géis mesmo a altas concentrações. 3. A viscosidade decresce, em meio ácido, em tratamentos a altas temperaturas ou por altas agitações mecânicas. PROCESSOS DE MODIFICAÇÃO DE AMIDOS 1. Genéticos 2. Físicos 3. Químicos 4. Enzimáticos Novas exigências do processamento de alimentos . Alimentos instantâneos: capacidade espessante a frio . Bebidas: Solubilidade a frio . Alimentos infantis: estabilidade a altas temperaturas . Molhos para salada, maionese, temperos: estabilidade ao baixo pH . Alimentos congelados: estabilidade a congelamento / descongelamento . Alimentos a serem aquecidos em fornos de microondas: - resistência a tratamento térmico - baixa sensibilidade à migração de água - Alimento fritos: regulador de absorção de óleo. Por que modificar amidos? MODIFICAÇÃO DO AMIDO POR PROCESSO GENÉTICO 75% de amilopectina Amido de cereais 25% de amilose amido ceroso (waxy) 80 - 100 % de amilopectina amido com alto teor de amilose 50 - 70% de amilose PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODIFICAÇÃO GENÉTICA Amidos cerosos - menor temperatura de gelatinização - maior viscosidade a quente - baixa estabilidade em alta temperatura - baixa retrogradação - perda de água(rearranjo da amilose e amilospectina) Amidos com alto teor de amilose - maior temperatura de gelatinização (podem não gelatinizar) - alta estabilidade a tratamento térmico - alta retrogradação - baixa absorção de óleo - alta capacidade de formação de filmes APLICAÇÃO DE AMIDOS GENETICAMENTE MODIFICADOS AMIDOS CEROSOS - alimentos conservados sob refrigeração - em produtos em que se necessita pastas claras - base para modificação química AMIDOS COM ALTO TEOR DE AMILOSE - produtos fritos - snacks MODIFICAÇÃO DO AMIDO POR PROCESSOS FÍSICOS 1. PRE-GELATINIZAÇÃO - Amido após gelatinizado é seco e pulverizado; - Pode formar gel com água fria → a secagem não elimina totalmente a água, as moleculas de amilose e amilopectina estão separadas → facilita a entrada de água sem aquecimento; - Extrusão - Secagem por Rolos 2. Amidos granulares que intumescem em água fria CWS (cold water swelling starch) Vantagens: - são instantâneos - são recomendados para alimentos especiais para microondas - melhor palatabilidade e brilho que os pré- gelatinizados b) Tratamento térmico de amido em solução água- álcool PROCESSOS DE PRODUÇÃO a) amido + água ( 15-50 %) atomização (150 C) amido pré-gelatinizado atomização CWS O amido é assim gelatinizado sem sofrer ação mecânica e sem dano térmico, preservando a estrutura granular. Indicado principalmente para pudins: maior brilho, melhor palatabilidade, textura lisa amido solução alcoólica (75 %) 150-170C/ minutos secagem CWS Álcoois usados: metanol, etanol, propanol. Melhor etanol características: - maior viscosidade a quente que o amido natural - modificação da estrutura interna do grânulo Comparação do amilograma de um amido pré-gelatinizado () e de um amido CWS() Tempo (minutos) Viscosidade (BU) Comparação entre amidos solúveis em água fria. Propriedades e aplicações dos amidos fisicamente modificados Principais características: - viscosidade a frio - solubilidade a frio - absorção de água a frio Principais aplicações: AMIDOS MODIFICADOS POR ÁCIDOS AMIDO (suspensão 35 - 40%) fluidez viscosidade solubilidade a quente capacidade de formação de filme estrutura granular claridade Principal aplicação = balas de goma HCl, H2SO4 (0,5 - 3%) (40 - 60°C) Amido modificado Maltodextrinas são polímeros de glucose. São produzidas por hidrólise enzimática parcial do amido. MALTODEXTRINAS Suspensão de Amido (30 - 40% p/p; pH = 6,5; Ca++; alfa-amilase) Gelatinização 110 - 140°C; 5 - 10 min vapor Liquefação (alfa-amilase; 90 - 95°C; 90 - 120 min) Inativação da Enzima (pH 3,5; 5 min; ebulição Filtração Maltodextrina Spray Drying PROPRIEDADES - baixa higroscopicidade - sabor suave - baixo poder adoçante - alta viscosidade (menor que a do amido) - poder de retardar o crescimento de cristais de gelo APLICAÇÕES - produtos com redução de calorias, como substitutos de gordura - bebidas lácteas - sucos - balas duras - encapsulador de aromas PROPRIEDADES E APLICAÇÕES AMIDOS OXIDADOS • Grânulos com aparência similar aos nativos, mas com fissuras. • Coloração mais clara que a do amido nativo (ação branqueadora do hipoclorito). • Menor viscosidade. • Maior estabilidade de pastas em baixas temperaturas. • Maior claridade. • Formação de filmes claros, pouco quebradiços e mais solúveis em água. • Maior fluidez das pastas quentes. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES • Ligante em massas e recheios. • Emulsificante. • Condicionador de massa, em panificação. • Formador de filme, em cobertura de alimentos. • Em balas de goma. PRINCIPAIS APLICAÇÕES Tripolifosfato de sódio ou Amido + trimetafosfato de sódio ou ortofosfato de sódio AMIDOS MONOESTER - AMIDOS FOSFATADOS pH < 10 100 - 160°C Amido monofosfatado Tripolifosfato de sódio Fosfato de amido As propriedades dependem da fonte de amido, do processo de produção e do grau de substituição (G.S.) Quanto maior o grau de substituição > a claridade > a estabilidade a ciclos de congelamento / descongelamento > poder emulsificante > viscosidade < capacidade de formaçãode gel Aplicações - alimentos armazenados sob refrigeração ou congelados PROPRIEDADES E APLICAÇÕES DOS AMIDOS FOSFATADOS tripolifosfato de sódio ou AMIDO + trimetaforsfato de sódio AMIDO – R – AMIDO ou ortofosfato de sódio • a reação ocorre dentro do grânulo • a gelatinização posterior é dificultada • pequenas quantidades de reagente (0,005 – 0,1% em relação ao amido) provocam substanciais alterações na gelatinização e intumescimento do grânulo. AMIDO COM LIGAÇÕES CRUZADAS PROPRIEDADES • manutenção da estrutura do grânulo • aumento da temperatura de gelatinização • resistência a altas temperaturas, a baixos pH e à ação mecânica. • pastas com texturas curtas ( pouco coesivas) • menor solubilidade • maior viscosidade a quente que o amido sem modificar (com poucas ligações) • menor viscosidade a quente que o amido sem modificar (com muitas ligações) • menor adesividade APLICAÇÕES • molhos ácidos • alimentos esterilizados • alimentos submetidos a processos de preparação drásticos (alta temperatura ou alto cisalhamento). PROPRIEDADES E APLICAÇÕES DE AMIDOS COM LIGAÇÕES CRUZADAS • Todos os amidos modificados são considerados ingredientes e devem constar na rotulagem como tal. Quanto às especificações, estas devem obedecer às normas do Codex Alimentarius. • Por exemplo, amidos fosfatados podem conter, no máximo, 0,04% de fósforo. • Amidos modificados por via física ou enzimática são rotulados apenas como amidos. LEGISLAÇÃO INGREDIENTE farinha de trigo amido amido modificado amido goma xantana Amido Polissacarídeos Polissacarídeos • Macromoléculas (carboidratos) de alta massa molar; Ex: amido, alginatos, goma arábica, goma guar e goma algaroba • Normalmente obtidos de produtos vegetais e de algas marinhas; • Aplicação na indústria de alimentos, farmacêutica e química; • Xantana • Escleroglucana • Zanflo • Gelana • Goma PS-7 • Curdlana • Alginato bacteriano • Dextrana • Glucanas de leveduras de panificação Polissacarídeos microbianos • Possuem uma grande e crescente importância no mercado • Larga aplicabilidade na industria de alimentos, industria petrolífera, farmacêutica, têxtil, tintas • Importância da pesquisa: descoberta de novos biopolímeros e otimização de processos de produção Polissacarídeos microbianos - Vantagens • Propriedades similares aos tradicionais • Produção independente das condições climáticas, contaminação marinha, falha nas colheitas • Utilização matérias-primas regionais • Menos suscetíveis a variabilidade na qualidade • LPS – lipopolissacarídeos constituintes PC • CPS – polissacarídeos capsulares covalentemente PC • EPS – exopolissacarídeos secretado extracelular Alimentícia, farmacêutica, petrolífera, cosmética, têxtil, tintureira Características - EPS • São polissacarídeos de cadeia longa • Provenientes de bactérias, microalgas, leveduras e fungos • Superfície celular microbiana • Aderência em superfícies sólidas • Formação de biofilmes Aplicações - EPS Espessantes; Estabilizantes; Emulsificantes; Coagulantes; Formadores de filmes; Gelificantes; Agentes de suspensão; Dispersantes; Lubrificantes Beneficios à saude – bactérias láticas • Atividade imuno- estimulatória • Atividade anti-tumoral • Reduzir níveis de colesterol Aplicações - EPS Função Uso (%) Estabilizador, agente de suspensão e dispersante 25 Espessante 23 Agente formador de filmes 17 Agente de retenção de água 12 Coagulante 7 Colóide 6 Lubrificantes 5 Outros 5 Propriedade Função Aumento de viscosidade Espessante, suspender sólidos, estabilizar emulsões Formação de géis Formar géis, suspender sólidos Ligação de água Afetar solubilidade, facilitar a secagem, facilitar a precipitação, evitar a separação Inibição de cristalização Melhorar textura, melhor transparência, induzir maciez Tensoativo Melhorar a formação de espumas, melhorar emulsões, estabilizar espumas Formação de filmes Fixar aromas, encapsulação Reatividade com proteínas Suspender sólidos, melhorar textura, estabilizar espumas, evitar separação de soros Mistura de propriedades Evitar mascaramento de aromas, melhorar clarificação, promover floculação EPS - Microrganismos • Xantana – Xanthomonas campestris • Dextrana – Leuconostoc mesenteroides • Curdlana – Alcaligenes faecalis • Gelana – Sphingomonas paucimobilis Síntese - Dextrana Crescimento do microrganismo Síntese e excreção de dextrana-sacarase Síntese de dextrana pela ação da enzima Precipitação dextrana por metanol/etanol Área Uso Alimentícia Estabilizante e agente de viscosidade Biomedicina Agentes de contraste para imagiologia Fotografia Emulsões de prata para revelação Farmacêutica Componentes de géis em colírios, anticoagulantes Veterinária Estabilizantes Aplicações - Dextrana Goma Gelana • Polissacarídeo de cadeia linear, formado por glicose, ramnose e ácido glicurônio • Gel termorreversível quando sofre alteração de temperatura • Boa estabilidade – pH e calor • Produção relacionada ao crescimento do microrganismo • Sphingomonas paucimobilis, Pseudomonas elodea Área Uso Alimentícia Retenção de umidade, estabilidade geléias, iogurtes, produtos gelados Microbiologia Substituição do ágar, maior pureza e translucidez Papel Resistência interna do papel e melhor impressibilidade Farmacêutica Pílulas, cápsulas e produtos de higiene pessoal Aplicações - Gelana Goma Curdlana • Goma de cadeia linear, unidade ß-D-glicose • Características variam de acordo com grau de acetilação • Alcaligenes faecalis, Agrobacterium radiobacter • Produz gel termorreversível quando submetidos a calor/frio Área Uso Alimentícia Modificador de textura, melhorando a retenção de água (hambúrguer –maciez e textura; sorvete - viscosidade Farmacêutica Medicamentos contra infecções viróticas e bacterianas, agente anticoagulante e antitrombótico Aplicações Goma Xantana • Constituída por glicose, manose e ácido glicurônico Xanthomonas sp; • Sua estrutura altamente ramificada e alto peso molecular confere alta viscosidade; • Completamente atóxica, usada como aditivo de alimentos; • Boa estabilidade em ampla faixa de pH e T; • Produção industrial: Kelco, Pfizer, Mero-Rousselot-Satia, Área Uso Alimentícia Controlar viscosidade, textura, retenção de aromas, suspensão de sólidos e estabilização de emulsões Higiene Suspensão e espessante de pasta de dente, desodorantes em gel Agricultura Suspensão de compostos químicos Petrolífera Aumento da recuperação de petróleo Aplicações Carboidratos Estruturais de Plantas Aquáticas Agar – polissacarídeo extraído de algas → galactonana com ligações 1-4 e 1-3 - Forma gel com viscosidade estável entre pH 4 e 9; - Usos: confeitaria, produtos cárneos e lácteos; Alginato – Extraído de algas marrons → D-manurônico e L-glurônico ligada por 1-4 - Autodegradável no aquecimento; - Viscosidade ↑ pH abaixo de 4 e na presença de íons de Ca e polivalentes; - Usos: sorvetes, queijos, molhos, sucos (propriedade semelhante à pectina) Carragenana – Extraído dealgas vermelhas → D e L- galactose e 3,6-anidro-D- galactose - Solúvel em água → forma soluções altamente viscosas (afetada pelo pH e T); - Usos: lácteos, sorvetes e sopas Carboidratos Estruturais de Exsudados de Plantas Terrestres Goma arábica – Exsudado de plantas do gênero Acacia → heteropolissacarídeo → L-arabinose, L-ramnose, D-galactose e ácido D-glucorônico; - Soluções pouco viscosas e diminuem com a presença de íons; - Usos: espessante e estabilizante de emulsões - Agente encapsulador de corantes e aromas. Goma Karaya – Exsudado da Sterculia urens → heteropolissacarídeo → L-ramnose, D-galactose e ácido D-galacturônico; - Forma solução viscosa com a água – diminui com a presença de íons e pH baixo; - Usos: Estabilizante de emulsões e agente encapsulante; Goma tragacante – Exsudade da Astragalus gummifer → heteropolissacarídeo → L-arabinose, L-ramnose, D-galactose, D-xilose e ácido D-galacturônico; K, Ca Mg. - Altamente viscosa, estável a pH 2 - Usos: estabilizante de emulsões RÓTULOS DE EMBALAGENS • Os aditivos químicos usados nos alimentos, no brasil, são identificados por códigos, ou seja, deve ser discriminado no rotulo do produto a sua composição, relacionando os ingredientes e os aditivos por categoria. • Porem hoje, por acordo no mercosul, a legislação já determina o abandono dos códigos e obriga as empresas a declararem após a categoria do aditivo, o nome químico. Os aditivos mais comumente encontrados nos alimentos industrializados podem ser identificados na lista de ingredientes nos rótulos dos produtos. Alguns fabricantes utilizam no seu produto o próprio nome do aditivo outros utilizam o código numérico INS (International Numbering System), que é permitido por lei. Este Sistema foi elaborado pelo Comitê do Codex Alimentarius sobre aditivos alimentares e contaminantes de alimentos, para estabelecer um sistema numérico internacional de identificação dos aditivos utilizados nos alimentos nas listas de ingredientes como alternativa à declaração do nome específico do aditivo. TIPO DE CORANTE NÚMERO DO INS ALIMENTOS UTILIZADOS Amarelo INS 101 i Queijos processados Verde INS 140 i Gorduras, óleos, vegetais enlatados Preto INS 153 Geléias, Gelatinas Amarelo laranja INS 160 ii Margarinas, Bolos Amarelo INS 102 Bebidas não-alcoolicas Amarelo INS 110 Bebidas de Laranja(liquida ou pó) Vermelho INS 123 Produtos de Groselha, Bebidas de Morango, Uva Vermelho INS 127 Cerejas em Caldas Azul INS 132 Gelatinas, Molho, Refrescos de Uva Verde INS 143 Ervilhas enlatadas, Flan, Geléias e Gelatinas 1- Corantes Sintéticos e Naturais CONSERVANTE NÚMERO DO INS ALIMENTOS UTILIZADOS Ácido Ascórbico INS 300 Queijo. Iogurte, Bebidas não alcoolicas Ácido Acético INS 260 Picles, Molhos, Legumes em conservas Ácido Lático INS 270 Fermento em Pó, Maionses, Margarinas Ácido Propiónico INS 280 Margarinas, Doces, Farinhas Benzoato de Sódio INS 210 Pães, Farinhas, Doces, Condimentos Preparado Dióixido de Enxofre INS 220 Bebidas não alcoolicas, picles, Derivados de Frutas Nitritos INS 249 e 250 Carnes Curadas e Cozidas e produtos de Carnes Nitrato de Sódio INS 251 Bacon, Presunto, Queijos(não cheddar) Nitrato de Potássio INS 249 Bacon, Presunto Sorbato de Potássio INS 202 Molhos Cremosos, Condimentos e Pastas Alimentícias 2- Conservantes ANTIOXIDANTES NÚMERO DO INS ALIMENTOS UTILIZADOS Ácido Ascórbico(Vit.C) INS 300 Bebidas não alcoolicas, Leite em Pó, Sucos de Frutas Tocoferol (Vit. E) INS 307 Óleos Vegetais em geral Galatos INS 310,311 e 312 Margarinas, Gorduras Vegetais, Óleos Vegetais BHA INS 320 Margarinas, Bolos, Tortas e Pães BHT INS 321 Torradas, Margarinas, Óleos Vegetais e Gorduras 3- Antioxidantes EMULSIFICANTES ESTABILIZANTES NÚMERO DO INS ALIMENTOS UTILIZADOS Leticinas INS 322 Chocolates, Margarinas Ácido Cítrico INS 330 Picles, Laticínios, Bolos, Refrigerantes, Xaropes de Frutas Ácido Tartárico INS 334 Fermento em Pó Ácido Algínico INS 400 Sorvetes, Sobremesas instantâneas, Flans Gomas INS 414 e 415 Sorvetes, Sopas, Doces, Geléias Fosfatos INS 341 iii Creme de Leite, Pós para mistura cremosa, Refrescos em Pó, Massas Alimentícias, Biscoitos Ágar INS 406 Presunto Enlatado, Sorvetes Nitrato de Sódio INS 251 Bacon, Presunto, Queijos(não cheddar) Pectina INS 440 Sorvetes, Sopas, Doces, Molhos Cremosos 4- Emulsificantes e Estabilizantes
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