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Autonomia Contratual

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Autonomia privada.
De acordo com autores Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald uma conceituaçâo inicial de autonomia privada e de que ela está "exclusivamente atrelada ao princípio da liberdade contratual,a autonomia privada pode ser definida como 'o poder concedido ao sujeito para criar a norma individual nos limites definidos pelo ordenamento juridico."(2013, p.141)
No negocio juridico antigamente era preciso ser reconhecido a autonomia da vontade,que é uma manifestação de uma vontade de se obrigar,independentemente de uma obrigação creditoria,tambem conhecida como uma autonomia do querer. Faria e Rosenvald também classificar a automia da vontade em três princípios.
"a) liberdade contratual, como livre estipulação do conteúdo do contrato, sendo suficiente á sua perfectibilidade a inexistência dos vícios subjetivos do consentimento; b) intangibilidade do pactuado - o pacta sunt servanda exprimia a ideia da obrigatiriedade dos efeitos contratuais pelo fato de o contrato ser justo pela mera razão de emanar do consenso entre pessoas livres; c) relatividade contratual, pautada pela noção da vinculatividade do pacto, restrita às partes, sem afetar terceiros, cuja vontade é um elemento estranho á formação do negócio jurídico. "(2013, p.142)
Porém com as constantes transformações no direito,que causa grande impacto no negocio juridico nasceu a necessidade de uma correta formulação deste conceito de autonomia,trazendo então o conceito atual de autonomia privada.
A autonomia privada garante que além do sujeito ter que respeitar os limites legais ele possa incluir sua vontade,desde que ela seja consiente .Ao falarmos em autonomia privada temos que buscar entender que seria ela a regulação dos interesses particulares.
Orlando Gomes em seu livro de transformações gerais do direito das obrigações,diz que: 
"Encontra-se, pois =, na autonomia privada, o substrato do negócio jurídico. Ele é o instrumento que o direito oferece aos particulares para que disciplinem seus interêsses e travem relações com objetivo de compô-los." (1967, p.67)
A autonomia privada é a atividade que regula a relação contratual de individuo e individuo cuja as regras já estão disciplinadas pelo ordenamento juridico já existente.Deve incluir-se tambem no entenimento de autonomia privada relações simples e pessoais com uso da liberdade consciência e os fatos psicologicos.Orlando Gomes também enfatiza que:
"Dois fatôres concorrem, diferentemente, para as limitações da autonomia privada: a concentração de capitais e a intervenção do Estado. Em essência porém,conserva-se incolume o princípio. As limitações sempre existiram, apenas se apertaram na atualidade, apanhando o campo econômico e se tornando tanto mais numerosas quanto mais compenetra o Estado da necessidade de intervir com objetivo de realixar supeior justiça social.(1967, p.69)
Como autonomia privada da as partes a liberdade de disciplinarem seus interesses mediante o contrato,fazendo assim que o contrato se torne fonte nomantiva.Os contratos não tratam mais somente de regular interesses dos contratantes isoladamente,mas como interesses socias e gerais .
Dirigismo contratual.
O dirigismo contratual seria a possibilidade de intervenção do Estado atráves das normas da Constituição criando formas de controle ao negocio contratual a sua legitimidade, autorizando o poder estatal a proteger os economicamentes mais vulneráveis, resultando no sacrificio, as vezes de interesses particulares em prol da coletividade, respeitando a dinidade da pessoa. FARIAS e ROSENVALD, trás o seguinte:
"Vale dizer, sendo o direito um meio de promoção de determinadas finalidades, o negócio jurídico somente tera juridicidade e justificativa social quando o concreto interesse das partes realizar os fins a que se propõe o direito, basicamente a harmônica convivência entre justiça, segurança jurídica e diginidade da pessoa humana."(2013, p.144)
Então seja apesar de ter a autonomia para criar normas para o contrato o individuos tem que observar as regras do ordenamento jurídico e não os seus interesses individuais. Em uma linha de ponderação de interesses.
Jurisprudênia trazida no livro:
O que parece obvio para os consumidores hoje, nem sempre foi assim.No ano 2000, chegou ao STJ um recurso de um associado à seguradora Golden Cross. Com uma filha ainda bebê, internada na UTI de um hospital, ele precisou recorrer à Justiça para que não cessasse o tratamento. Ha uma cláusula no contrato que limitava as despezas - somente 60 dias de internação a 12 meses. No STJ, ficou reconhecida a abusvidade da cláusula(Resp 251024). Após decisões reiteradas com o mesmo teor, foi aprovada a Samúla 302. É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado. Atualmente, o Superios Tribunal de Justiça expandiu o controle funcional do conteudo das cláusulas em contratos de planos de sáude, não apenas no que tange aos limites de internação como também às carências excessivas. Afinal, qual é a finalidade deste tipo de contrato, senão a tutela do direito fundamental à integridade psicofísica?
STJ -Informativo n° 0340 Período: 26 a 30 de novembro de 2007. Quarta Turma PLANO. SAUDE. CLAUSULA.CARÊNCIA. 
Referências: FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Teoria Geral e Contratos em Espécie. 3 ed. Salvador: JusPODIVM, 2013.
GOMES, Orlando. Transformações Gerais do Direito das Obrigações. São Paulo: Revista dos Tribunais Ltda, 1967.

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