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Modelo de Capa CM 3 CM Modelo de Folha de Rosto Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Maykon Soares Gomes Da Silva Planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva. São Paulo Abril/2018 CM 3 CM Maykon Soares Gomes Da Silva Planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva. Monografia apresentada como exigência parcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação MBA Excelência em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, sob a orientação do Professor Dr. Nelson Ludovico. São Paulo Abril/2018 Eu, Maykon Soares Gomes Da Silva, autorizo o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza a publicar minha monografia em versão eletrônica, além do email, no site da Instituição e na Biblioteca da Fatec-SP. São Paulo, 18/04/2018 ________________________________ Maykon Soares Gomes Da Silva CM 3 CM Modelo de lombad Termo de Aprovação Maykon Soares Gomes Da Silva Monografia apresentada e aprovada em 18/04/2018 São Paulo Abril/2018 Prof. Dr. Nelson Ludovico Profa. Dra. Eliane Antônio Simões Prof. Me. Eduardo Vilela Vasconcelos Montes Dedico este trabalho ao ser supremo que rege este universo, minha mãe, ao centro Paula Souza e a todos professores ou pessoas que de alguma forma me apoiaram e me incentivaram AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus, primeiramente, pela minha vida e por ter me direcionado, pois é nele que tudo posso e sem ele nada me seria possível. A minha mãe que sempre me incentivou a fazer as escolhas corretas. A minha família por terem compreendido minhas ausências e destemperos. Ao meu orientador Prof. Dr. Nelson Ludovico, por ter aceitado a responsabilidade de me mostrar o melhor caminho para a elaboração deste trabalho. "Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade." (Albert Einstein) RESUMO SILVA, M. S. G. Planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva. Monografia (MBA Excelência em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2017. O presente trabalho tem por objetivo principal apontar as vantagens e a importância do planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva, para tanto, utilizar se a de pesquisa de campo e abordagem dos resultados pelo modo qualitativo, onde espera se à partir da complexidade do problema e suas variáveis, relacionar os principais problemas encontrados no projeto, identificar a causa raiz dos problemas, gerar informação para a correta tomada de decisão, apontar as melhores práticas, e de que forma evitar estes problemas no futuro. A complexidade dos projetos e suas muitas variáveis, podem abrir margens para o negligenciamento da área logística, resultando em aumento de custos e atrasos. O desconhecimento das dificuldades e a falta de informação em tempo hábil para a tomada de decisão, faz com que o problema seja percebido quando já é tarde para resolver, a consequência é a perda de foco no desenvolvimento, ficando presos em problemas do dia a dia, o resultado é não fidelização do cliente e a perda de confiabilidade. Tendo isto como pressuposto, foram analisadas as respostas de 28 colaboradores que participaram diretamente ou indiretamente no projeto. De acordo com a análise dos dados, o principal problema do projeto que é a falta de peças, pode ser atrelado a falta de planejamento adequado no início do projeto, ao prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, e ao contrato aberto ou mal detalhado. Foi evidenciado a existência de apuração incorreta quanto a causa real do problema, pois até então o que se tinha por verdade era que o principal problema do projeto, era consequência da gestão ineficiente do profissional de logística. Palavras-chave: Planejamento. Sucesso. Logística. Desenvolvimento. Testes. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Maximização da lucratividade ................................................................... 14 Figura 2 - Essência da Logística ............................................................................... 15 Figura 3 - Atividades fundamentais da logística ........................................................ 15 Figura 4 - Elementos básicos da Logística ................................................................ 16 Figura 5 - Fluxos logísticos........................................................................................ 16 Figura 6 - Responsabilidade e objetivos conflitantes típicos em atividades logísticas em firmas tradicionais e algumas contemporâneas. ................................................. 17 Figura 7 – Atividades Primárias. ................................................................................ 19 Figura 8 - Distribuição média dos custos logísticos ................................................... 19 Figura 9 - Distribuição dos modais no Brasil e em outros em países. ....................... 20 Figura 10 - Movimentação Cargas Outubro 2017 ..................................................... 21 Figura 11 - Cadeia de suprimentos ........................................................................... 24 Figura 12 - Vantagem competitiva e os três "Cs". ..................................................... 25 Figura 13- Aliance Venture ........................................................................................ 27 Figura 14 - Movimentos possíveis em assentos dianteiros ....................................... 30 Figura 15 - Diferença entre os modelos de assentos traseiros ................................. 31 Figura 16 - União de vários componentes para a formação de um subconjunto....... 31 Figura 17 - União vários subconjuntos para a formação de uma estrutura de assento. .................................................................................................................................. 32 Figura 18 - Movimentação de peças no projeto para a fabricação de uma estrutura. .................................................................................................................................. 33 Figura 19 - Célula de solda onde é realizado o processo de solda MIG dos componentes. ............................................................................................................ 34 Figura 20 - Visão lateral da célula de solda, robô soldando componentes. .............. 34 Figura 21 - Tabulação respostas do questionário. .................................................... 35 Figura 22 - Etapas projeto de desenvolvimento de ferramentais para a fabricação de assentosautomotivos ................................................................................................ 40 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 10 1.1 Questão de pesquisa ...................................................................................... 10 1.2 Justificativa ...................................................................................................... 11 1.3 Objetivo geral da pesquisa ............................................................................. 11 1.3 Metodologia ..................................................................................................... 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 13 2.1 História da logística ......................................................................................... 13 2.2 Definição de logística....................................................................................... 15 2.3. Logística empresarial...................................................................................... 19 2.4 Atividades Primárias ........................................................................................ 20 2.4.1 Transportes ..................................................................................................... 21 2.4.2 Manutenção de estoques ............................................................................... 23 2.4.2 Processamento de pedidos ............................................................................ 24 2.5 Cadeia de suprimentos .................................................................................... 25 3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 28 3.1 A empresa ......................................................................................................... 28 3.2 O Cliente ............................................................................................................ 28 3.2.1 Cliente 1 .......................................................................................................... 29 3.2.2 Cliente 2 ......................................................................................................... 29 3.2.3 Cliente 3 .......................................................................................................... 29 3.3 Fornecedores .................................................................................................... 30 3.3.1 Fornecedor 1 ................................................................................................... 30 3.3.2 Fornecedor 2 ................................................................................................... 30 3.3.3 Fornecedor 3 ................................................................................................... 30 3.3.4 Ferramentarias ................................................................................................ 31 3.3.5 OUTROS ......................................................................................................... 31 3.4 Projeto H60 ....................................................................................................... 31 3.4.1 Fabricação de assentos .................................................................................. 31 3.4.1.1 Assentos dianteiros ...................................................................................... 32 3.4.1.2 Assentos traseiros ........................................................................................ 32 3.5 Fabricação de estruturas ................................................................................. 33 7 3.5.1 Etapa de testes ............................................................................................... 35 3.6 Análise e resultados ........................................................................................ 36 3.6.1 Impactos logísticos observados durante a etapa de testes ............................. 37 3.6.1.1 Falta de planejamento e prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores ............................................................................................................ 38 3.6.1.2 Contrato aberto ou mal detalhado ................................................................ 39 3.6.1.3 Contratação tardia do professional de logística ............................................ 40 3.1.6.4. Outros problemas identificados no projeto .................................................. 41 3.7.1 Importância e vantagens do planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva......... 42 3.8.1 Boas práticas para que os problemas identificados neste projeto sejam evitados no futuro ................................................................................................................... 43 4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 45 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 47 8 1 INTRODUÇÃO No mundo globalizado e extremamente competitivo que se vive hoje, a logística deixou de ser vista apenas como uma simples aérea de apoio em atividades locais de operação de transporte e armazenagem, segundo Ballou (2006), a logística têm importância numa escala global, na economia mundial, um sistema logístico eficiente permite que uma região geográfica explore suas vantagens (custos logísticos e de produção), tornando se competitiva perante seus concorrentes. A complexidade dos projetos e suas muitas variáveis, podem abrir margens para o negligenciamento da área logística, resultando em aumento de custos, atrasos, o desconhecimento das dificuldades e a falta de informação em tempo hábil para a tomada de decisão. Isso faz com que o problema seja percebido quando já é tarde para resolver, a consequência é a perda de foco no desenvolvimento, ficando presos em problemas do dia a dia, o resultado é não fidelização do cliente e a perda de confiabilidade. 1.1 Questão de pesquisa Quais são os impactos logísticos observados durante a etapa de testes em um projeto de desenvolvimento de células de solda para a fabricação de assentos automotivos? 1.2 Justificativa Este trabalho se justifica pelo fato de existir questões operacionais que prejudicam o processo, o desconhecimento das dificuldades e a falta de informação em tempo hábil para a tomada de decisão, fazem que o problema seja percebido quando já é tarde para resolver, a consequência é a perda de foco no 9 desenvolvimento, ficando presos em problemas do dia a dia, o resultado é não fidelização do cliente e a perda de confiabilidade. 1.3 Objetivo geral da pesquisa Identificar a importância e as vantagens que o planejamento na logística pode proporcionar para o sucesso nas etapas de testes, divididas em: Objetivo especifico 1. Relacionar os principais problemas encontrados no projeto, identificar a causa raiz dos problemas, e, apontar de que forma esses problemas podem ser evitados no futuro. Objetivo especifico 2. Gerar informação para a correta tomada de decisão, apontar as melhores práticas, de modo evitar possíveis atrasos e prejuízos no projeto. 1.3 Metodologia O método de pesquisa utilizado é o qualitativo, apoiando-se em técnicas de coleta de dados. De acordo com Neves(1996), a pesquisa qualitativa não busca enumerar ou medir eventos, ela serve para obter dados descritivos que expressam os sentidos dos fenômenos, sendo assim, espera se poder analisar à partir da complexidade do problema e suas variáveis as melhores práticas para o sucesso nas etapas de testes, o método a ser utilizado será a realização de pesquisa de campo, o qual será conduzida pelo próprio pesquisador no âmbito do seu trabalho, as entrevistas serão realizadas através de perguntas abertas de natureza exploratória com os envolvidos no processo, que utilizar se a de formulário eletrônico criado a partir do software Google Form, esta ferramenta consiste em um aplicativo que possibilita a criação de formulários eletrônico, como também a sua disponibilização através de endereço eletrônico e, quando preenchido, as respostas aparecem imediatamente na página do usuário que o criou. A escolha, desta ferramenta se deu a sua facilidade de uso, pois não requer conhecimentos em programação, possui interface amigável, é 10 gratuito e ainda oferece ferramentas estatísticas que possibilitam a análise dos dados coletados. Além da pesquisa de campo, será utilizado também o método de revisão bibliográfica com o objetivo de conhecer e analisar as contribuições científicas do passado existente sobre o assunto, tema e problema (CERVO e BERVIAN, 1996). 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 História da Logística Não se sabe ao certo a origem da logística, porém é possível identificar ao longo da história a sua participação e importância, exemplos como a construção de Quéops construída entre 2.500 a. C. à mais famosa pirâmide do Egito, com 140 metros de altura, onde foram utilizados 2,3 milhões de blocos de rocha, pesando 2,5 toneladas cada uma, e mão de obra de aproximadamente 100.000 trabalhadores livres, (SILVA, 2018). É possível afirmar que este projeto que exigiu muito planejamento logístico e organização, visto que vários conceitos discutidos na atualidade, já estavam envolvidos naquela época, como movimentação de materiais, aquisição de materiais, e mão de obra. Outro exemplo interessante está na história dos Hebreus, em 1700 a.C., Faraó teve um sonho, que segundo a interpretação e sugestão de José, o Egito passaria por 7 anos de fartura e 7 anos de muita fome, e por este motivo Faraó deveria colocar um homem sábio no comando da terra do Egito, este deveria comandar vários supervisores, aos quais seriam responsáveis por armazenar 1/5 da colheita de cada ano, e também o excedente durante o período de fartura. Faraó escolheu José para esta tarefa, armazéns foram construídos em todas as cidades do Egito, o trigo foi armazenado, e quando a fome chegou, os armazéns foram abertos, e o trigo armazenado foi vendido para o povo egípcio, e para os povos circunvizinhos, mão de obra, gado e terras foram aceitos como moeda de troca. O Egito sobreviveu ao período de fome, e prosperou, adquiriu grande riqueza neste período, mas isto só foi possível graças a gestão logística eficiente de José, embora a Bíblia não relate no detalhe, mas é possível imaginar que para o trigo sobreviver a 7 anos armazenado com qualidade, se fez necessário embalagens apropriadas para transporte e armazenagem, vedação e controle de praga e infestações, controle de umidade, controle de temperatura através de processo de aeração, outra questão é a construção de armazéns, estes foram construídos próximos aos centros produtores, e de consumo, ou seja, as 12 cidades, esta estratégia minimizou os custos com transportes, e consequentemente ajudou a garantir a integridade dos grãos, (BÍBLIA, 2001). Alexandre, o grande, (310 a. c) possuía tropas extremamente organizadas, entre o seu exército, havia soldados chamados de “Logistikas”, aos quais eram responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra, nada faltava aos soldados, mantimentos, munições, água, tudo era perfeitamente distribuído a todos os pontos da tropa (PAURA, 2012). Napoleão Bonaparte, destacou se na história, tendo atuado entre o fim do século XVIII e início do século XIX, teve sua trajetória marcada por grandes batalhas e reformas sociais e políticas, porém seu fim, deu se a uma logística ineficiente visto a má distribuição de recursos, onde boa parte eram obtidos através do saqueamento de vilas e cidades que seu exército atacava, porém na guerra contra Rússia as coisas tiveram um rumo diferente, à medida que seu exército atacava as vilas e cidades, os moradores fugiam para regiões cada vez mais remotas, porém antes destruíam suas casas e cidades, incendiavam suas plantações a fim de não deixarem mantimentos e nem condições favoráveis aos intrusos, esta estratégia aliada ao grande inverno russo, resultou na baixa de boa parte do exército francês, contribuindo para a sua derrota (FERNANDES, 2017). Segunda guerra mundial, o berço da logística moderna. Hitler, invade a Rússia no inverno de 1941 e comete o mesmo erro que Napoleão, seu exército inicialmente obteve sucesso com os ataques, porém assim que iniciaram as nevascas, desacostumados com o frio rigoroso, sem mantimentos devido a uma logística ineficiente e equipamentos inadequados para enfrentá-lo, logo sucumbiram (SOUZA, 2017). No Brasil o conceito de logística ainda é um pouco recente, prova disso é que há 20 anos ainda não existia um curso especifico de logística, para atuar na área, bastava ser engenheiro ou formado em administração, pode se dizer que os primeiros passos foram dados pelo setor automobilístico na década de 70 em função da complexidade do setor, e sua evolução pode ser atribuída ao surgimento da tecnologia da informação na década de 90, ao qual possibilitou o desenvolvimento de software para o gerenciamento de armazéns (WMS - Warehouse Management System), leitura de códigos de barras, roteirização e rastreamento de entregas e intercâmbio eletrônico de dados (EDI - Electronic Data Interchange). 13 Com base no histórico da logística, pode se afirmar que os conceitos de logísticas têm sido praticados, pela a humanidade há séculos, mesmo que de forma subjetiva, ela tem sido a responsável pelo o sucesso ou fracasso das grandes civilizações. 2.2 Definição de Logística A palavra “logística” têm origem no Grego, “logistikós” ou “logos”, este era o antigo nome dado a parte da Álgebra que trata das quatro regras: adição, subtração, multiplicação e divisão (HOLANDA, 2017). Logística pode ser definido também como organização e gestão de meios e materiais para qualquer atividade, seja ela uma atividade uma ação, ou um evento. De acordo com a definição militar, logística, é a parte que oferece apoio as tropas no que se refere à previsão, provisão dos recursos e dos serviços necessários à execução das missões das forças armadas (MINISTÉRIO DA DEFESA, 2018), já Christopher (1997), define a logística no contexto corporativo, como: [...] o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e os fluxos de informações correlatas através da organização e seus canais de marketing, de modo a maximizar as lucratividades presente e futura (p. 137). Bowersox, Closs e Cooper (2006), complementam o autor anterior, definindo que logística é mais que um processo de gerenciamento estratégico para a maximização da lucratividade presente e futura, ela é também o processo de planejamento eficaz e eficiente tendo que estar de acordo com as necessidades do cliente, veja abaixo: [...]é o processo de planejamento, implementação e controle da Eficácia, da Eficiência do fluxo e estocagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem ao ponto de consumo pela razão de estar de acordo com as necessidades do cliente (p.22). Ballou (2006), reafirma tudo o que foi citado pelos autores anteriores, porém ele é apenas mais especifico no que se refere a maximização da lucratividade, ele cita 14 a necessidade de otimizar os recursos, aumentando a qualidade nos serviços, ou seja, otimização de recursos e qualidade de serviços estão intimamente ligados, para efeito mais didático, vou citar um exemplo voltado para a área de transportes, vamos supor que faltou matéria prima em uma fábrica, atrasando o pedido de um cliente especifico, após a chegada da matéria prima, o pedido foi produzido, porém devido ao atraso o mesmo não embarcou no transporte fracionado, sendo necessário a contratação frequente de um frete dedicado (possui custo superior), para garantir o prazo de entrega e a qualidade no serviço, pode se afirmar que o prazo de entrega foi cumprido e a qualidade no serviço garantido, porém o custo do frete será superior ao planejado, impedindo a maximização de lucros, conforme demonstrado na figura 1: Figura 1 - Maximização da lucratividade. Fonte: Elaborada pelo autor. De uma forma geral, as definições anteriores se tangenciam nas questões relacionadas ao gerenciamento do fluxo de materiais e informações nos processos de aquisição, movimentação e armazenagem de materiais para o atendimento das necessidades dos clientes, e se complementam nas questões relacionadas a eficiência, eficácia, qualidade desejada, tempo certo e otimização de recursos para a maximização de lucros, Taboada (2009), simplifica descrevendo que a essência da logística trata se de um fluxo material coordenado, de movimento único e integrado que vai desde o fornecedor até o cliente final, conforme demonstrado na figura 2: 15 Figura 2 - Essência da Logística. Fonte: (Taboada, 2009 p.14). Para que o fluxo ocorra de forma eficiente, Taboada (2009), destaca que a administração logística deve se atentar para algumas atividades as quais ele considera como fundamentais, sendo, transporte, armazenagem, gerenciamento de estoque e processamento das informações, conforme demonstrado na figura 3: Figura 3 - Atividades fundamentais da logística. Fonte: (TABOADA, 2009 p.15). Novaes (2007), é um pouco mais especifico no que se refere a esses elementos, além do fluxo de materiais (ponto de origem consumidor) ele ainda incorpora o fluxo de dinheiro, que segue o fluxo inverso dos materiais (ponto de origem consumidor), detalha também o fluxo de informações, que percorre toda a cadeia seguindo os dois sentidos,(ponto de origem Consumidor), ou seja, no sentido ponto de origem ao ponto de destino, informa a evolução do material, já no inverso, que é do ponto de destino (consumidor) até o ponto de origem, informa demanda, 16 preferências, alterações de hábitos, de compras e alteração no perfil socioeconômico, veja na figura 4 os elementos as quais ele considera conceituais, e na figura 5 o fluxo logístico: Figura 4 - Elementos básicos da Logística. Fonte: (NOVAES, 2007 p.36). Figura 5 - Fluxos logísticos. Fonte: (NOVAES, 2007 p. 37). 17 2.3. Logística empresarial Segundo Ballou (1993), até 1950 nos EUA, os conceitos de logística no âmbito empresarial, ainda não estavam muito bem definidos, as empresas fracionavam a gestão das atividades estratégicas da logística entre várias áreas, geralmente a parte de transporte era comandado pela área de produção, estoques por marketing, finanças ou produção, já o processamento de pedidos por finanças ou vendas, tendo como consequência, o conflito de interesses entres estes departamentos, conforme demonstrado na figura 6: Figura 6 - Responsabilidade e objetivos conflitantes típicos em atividades logísticas em firmas tradicionais e algumas contemporâneas. Fonte: Adaptado de (BALLOU 1993, p. 28 apud STOLLE, 1967, p.95). Segundo BALLOU (1993), após a segunda guerra, os conceitos de logística empresarial passaram a amadurecer, depois de anos de depressão, a economia norte americana, experimentou um rápido crescimento, estimulando o consumo, e o crescimento do mercado, o que desencadeou a alteração no comportamento dos consumidores, o aumento da competitividade pressionou as empresas a buscarem a redução de custos, estimulando o investimento em novas tecnologias, esta pressão externa, provocou naturalmente algumas alterações dentro do ambiente organizacional, a área de administração mudou seu foco de produção, para marketing, tendo como foco o consumidor, ou seja, logística empresarial é um campo 18 relativamente novo onde se é estudado a integração das atividades das principais áreas, finanças, marketing, e produção, de modo agregar valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação, seu intuito é promover de forma eficiente, a lucratividade, e, o melhor nível de serviço ao cliente, visto que os recursos e os clientes estejam alocados em uma área muito ampla, o desafio é grande, o maior desafio da logística é minimizar os impactos provenientes do distanciamento, entre a produção e a demanda, o objetivo principal é garantir que os clientes finais possam usufruir dos bens e serviços quando e onde quiserem nas melhores condições possíveis, segundo BALLOU (2006), regiões como Europa, Estados Unidos e Japão, já superaram estes obstáculos, o que lhes possibilitam gozar de um alto padrão de vida devido a uma logística eficiente que possibilita a troca livre de mercadoria entre si, diferente do que se observa em países asiáticos, africanos ou sul americanos, que devido a uma logística ineficiente, com altos custos, são forçados a viver a base de uma economia de autossuficiência, resultando em um padrão de vida baixo, ou seja, sistema logísticos eficazes significam melhor padrão de vida para todos A eficiência logística de uma empresa é o que vai definir se ela é competitiva ou não, seus objetivos devem estar direcionados para prover ao cliente o nível de serviço esperado, ou seja, providenciar bens ou serviços corretos, no local certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível, que deverá ser obtido através da gestão eficiente de todo o processo, tendo foco principal nas atividades primárias, que são embalagem, estoque e transporte. 2.4 Atividades primárias Segundo (GALHARDI, 2016) a logística é composta por uma série de atividades, porém três delas são de suma importância para o alcance dos objetivos logísticos, visto que a maior concentração de custos e resultado de nível de serviço estão relacionados a elas, essas atividades são chamadas de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos, na figura 7 é demonstrado como estas se relacionam entre si: 19 Figura 7 – Atividades Primárias. Fonte: Adaptado de (GALHARDI, 2016 p.22). Figura 8 - Distribuição média dos custos logísticos. Fonte: Elaborada pelo autor. 2.4.1 Transportes Segundo Holanda (2017), transporte é o “ato ou efeito de transportar ou de transporta-se”, em outras palavras, é a área da logística responsável pelo deslocamento de materiais e pessoas, estando inserido em toda a cadeia, ou seja, da aquisição de insumos a distribuição e entrega ao consumidor final, segundo (BULLER, 45% 35% 3% 17% Transportes Estoque Processamento de pedidos Outros20 2012), o transporte é responsável pela maior parte dos custos logísticos e está diretamente relacionado ao estágio de desenvolvimento da nação, modais desenvolvidos e integrados, significam menos custos, o que cria condições superiores de concorrência, possibilitando o alcance a locais isolados, ou antes inacessíveis, estabelecendo se preços mais globais, no gráfico de figura 9 é possível comparar a distribuição dos modais no Brasil em relação a outros países: Figura 9 - Distribuição dos modais no Brasil e em outros em países. Fonte: Adaptador de (Dias, Introdução Á Logística: Fundamentos, Práticas e Integração, 2017). Segundo Dias (2012), os números demostrados, só comprovam o que todos já sabem: a infraestrutura no Brasil é péssima e em nada combina com o anseio e o discurso de potência econômica, nossa matriz de transportes é desequilibrada e desintegrada, nossos portos, aeroportos e rodovias são pouco eficientes e com um custo operacional elevado, “de acordo com um relatório de competividade do Fórum Econômico Mundial em 2010, os portos brasileiros estão numa lamentável 123ª posição entre os 139 países avaliados. Nossas rodovias estão em 105º lugar, e, as ferrovias, em 87º” (p.16). No gráfico de figura 10, é possível ver o quanto o Brasil sofre com o desequilíbrio da matriz de transporte, pode se afirmar que uma das questões deste problema é a extensão do país, e outra é a falta de políticas públicas voltadas para 21 este setor, o que acaba apresentando a predominância para o setor rodoviário, o que prejudica a competividade internacional. Figura 10 - Movimentação Cargas Outubro 2017. Fonte: (CNT, 2017). 2.4.2 Manutenção de estoques Segundo Holanda (2017), estoque, é o local, ou a quantidade de qualquer mercadoria ou valor, que se encontrem acumuladas ou armazenadas em algum depósito, Galhardi (2016), complementa, definindo que ‘estoque é a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”, segundo ele, os principais tipos de estoques são de: • Matéria-Prima: materiais a serem processados que farão parte do produto final (chapas de aço, tinta, plástico, madeira, tecido, borracha). • Bens semiacabados: componentes já processados, mas que ainda não foram incorporados ao produto final. (para-brisa, roda, pneu, motor, chassi, assento). 61,1% 20,7% 13,6% 4,2% 0,4% Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo 22 • Produto Final: produtos acabados à espera do consumidor (automóveis, eletrônicos). • Processo: material em processo de fabricação, ou a espera (automóvel, eletrônicos, na linha de montagem). • Insumos Administrativos: produtos que não farão parte do produto final, mas são necessários a qualquer empresa, (papel, toner, etiquetas canetas, lâmpada, produtos de limpeza). Segundo Buller (2012), o estoque é uma ferramenta importante para as empresas, pois é a partir dele que se é possível reagir de modo imediato as solicitações do cliente, Paura (2012), afirma que essa velocidade, traz vantagem competitiva, agrega valor ao produto, visto que “uma vez que a empresa tenha o produto à disposição do cliente em um menor tempo, em relação aos seus concorrentes, pode levar o consumidor a optar por pagar um pouco mais para ter o produto em menor tempo” (p.40). Na mesma proporção que a existência de estoque traz vantagens competitivas, sua ausência produz o efeito contrário, a falta de estoque pode resultar em aumento de custos operacionais, o resultado final é claro, atrasos no pedido, aumento de set- up’s, prejuízos com mão de obra parada, aumento de custos com transporte (necessidade de frete dedicado) ou atrasos na entrega o que significa perdas imensuráveis, como a falta de confiabilidade por parte dos clientes. Um estoque eficiente precisa ter seu saldo seja balanceado, pois seu excesso acarreta em prejuízos também, conforme visto na figura 7, o estoque é o segundo maior responsável pelos custos logísticos em uma empresa, para Ballou (1993), um grau razoável de estoque é aquele que age “amortecedores” entre a oferta e a demanda, sua administração deve envolver a manutenção de níveis mais baixos possíveis, porém não deve deixar de disponibilizar a quantidade desejada pelos clientes. 2.4.3 Processamento de pedidos Segundo Ayres (2009), processamento de pedidos é a capacidade das organizações fornecedoras processarem de maneira eficiente os pedidos dos clientes, 23 entende se por eficiente, a transmissão rápida e consistente das informações, de modo possibilitar a entrega do produto no prazo acordado e conforme solicitado no pedido, ou seja, na quantidade e características escolhidas, embora, processamento de pedido seja uma atividade com custo relativamente baixo, quando comparado com as outras atividades primarias (transporte e manutenção de estoque), não deixa de ser menos importante, pois é através do processamento de pedidos que os processos logísticos são abastecidos de informações necessárias para o planejamento (PAURA, 2012). 2.5 Cadeia de suprimentos Cadeia de suprimentos pode ser definido como um conjunto de empresas que trabalham em parceria para transportar materiais ou serviços dos fornecedores aos seus clientes, que é composto segundo Ballou (2006), por “um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor” (p.28), ou seja, este fluxo contem contempla todo o processo, desde o estágio de matéria prima (extração), até o usuário final, Novaes (2007), descreve que a definição da cadeia de suprimentos vai além dos processos logísticos, ela “é a integração dos processos industriais e comerciais”(p. 40), ele detalha os estágios deste processo, que são: extração de matéria-prima, fabricação de componentes1, manufatura do produto, distribuição, e revenda ao varejista, e finalmente chegada ao consumidor, conforme demonstrado na figura 11: 1 Fabricação de componentes não especificado no fluxo. 24 Figura 11 - Cadeia de suprimentos Figura: O Autor Segundo Cristopher (2012), cadeia de suprimentos trata se de “uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias- primas e informações dos fornecedores para os clientes finais” (p. 4), a gestão eficiente da cadeia de suprimentos proporciona vantagem competitiva, cria uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, que fideliza os clientes, porém para que isso seja possível, se faz necessário a busca por uma vantagem sustentável e defensiva, ou seja, a companhia têm se que destacar diante dos olhos dos clientes, operar a custos mais baixos que os concorrentes, obtendo assim mais lucros, conforme ilustrado na figura 12: 25 Figura 12 - Vantagem competitiva e os três "Cs". Fonte: Adaptado de (OHMAKE, 1983 apud CRISTOPHER, 2012 P. 5). Cristopher (2012), destaca que o desafio de se destacar diante dos olhos dos clientes, e, operar a custos mais baixos que os concorrentes, é grande visto que há muitas variaveis, há momentos que o interesse próprio de uma das partes deve ser incluido em beneficio de toda a cadeia, outra questão é que hoje já não é possível afirmar que oferecer bons produtos trazem garantia de liderança no mercado, também não é possível afirmar queo sucesso de hoje é garantia de sucesso amanhã, visto que o perfil socioeconômico, preferências e hábitos dos consumidores estão em constantes mudanças, e, a cada dia surgem novas tecnologias e novos concorrentes. 26 3 ESTUDO DE CASO 3.1 A empresa Devido à solicitação de sigilo quanto a sua identidade a empresa analisada será chamada de empresa X, que trata se de uma companhia Canadense de capital aberto desde 1962, considerada o fornecedor automotivo mais diversificado do mundo, projeta, desenvolve e fabrica sistemas automotivos, módulos e componentes, constrói e monta veículos completos, é a principalmente fabricante de equipamentos e acessórios para carros e caminhões na América do Norte, Europa, Ásia e América do Sul. O alcance da empresa X é global, suas operações abrangem quatro continentes e 29 países, contando com 327 operações de fabricação e 100 centros de desenvolvimento, de engenharia e vendas, o que proporciona uma presença global para apoiar todos os fabricantes de automóveis no mundo, seu foco de investimento está voltado para países como China, América do Sul, Europa Oriental e a Índia, já que prevê que nos próximos anos, a maior parte do crescimento da produção de automóveis e das vendas de veículos virá de mercados não tradicionais, sendo assim, ela busca não estar apenas presente, mas sim crescendo ativamente. 3.2 O Cliente O cliente em questão são três montadoras do setor automobilístico compostas de uma Aliance Venture formado por três empresas, para estas será utilizado codinomes, aos quais serão chamadas de Cliente 1, Cliente 2 e Cliente 3, conforme demonstrado na figura 13. Segundo Basso (apud SCHOPPE, 2008), este tipo de união visa a colaboração para fins comerciais e tecnológicos, o que possibilita a superação de barreiras em um novo mercado, a seguir, um breve resumo da história de cada uma delas. 27 Figura 13- Aliance Venture. Fonte: Elaborada pelo autor. 3.2.1 Cliente 1 Empresa francesa, com mais de um século de história, fundada, está presente em 128 países, e em cinco continentes, possui mais de 122 mil colaboradores no mundo, no Brasil conta com mais de 300 pontos de vendas. 3.2.2 Cliente 2 Empresa japonesa, com mais de um século de história, fundada em 1933, possui industrias em 45 países, e revendas em 160 países, no Brasil, conta com mais de 164 pontos de vendas e mais de 122 mil colaboradores no mundo. 3.2.3 Cliente 3 Empresa alemã, com mais de um século de história, criada em 1902, é a responsável pela construção do primeiro ônibus, do primeiro caminhão com motor a gasolina e do primeiro caminhão a diesel no mundo, no Brasil, conta com mais de 50 pontos de vendas. 28 3.3 Fornecedores 3.3.1 Fornecedor 1 Empresa Suíça, líder no fornecimento de serviços e produtos elétricos (disjuntores, chaves, produtos para controle, tomadas e interruptores, caixas e sistemas de cabeamentos de baixa tensão), robótica e motores, automação Industrial e redes elétricas (transformadores, produtos de alta tensão e sistemas de transmissão de energia), no projeto é a responsável em fornecer células de solda, ou seja, equipamentos que realizam solda MIG através do processo de automação. 3.3.2 Fornecedor 2 Empresa brasileira que a partir de tecnologia Suíça, tornou se referência na fabricação e manutenção de rebitadeiras industriais, no projeto é a responsável pelo fornecimento de rebitadeiras, como também pelo processo de rebitagem de componentes e subconjuntos. 3.3.3 Fornecedor 3 Empresa brasileira referência na projeção e fabricação de equipamentos de solda ponto para linha de montagem e produção, no projeto, é a responsável pela fabricação e automação dos equipamentos de solda ponto (união de componentes a partir da fundição de materiais). 29 3.3.4 Ferramentarias Total de sete empresas brasileiras, distintas, que de modo geral, são responsáveis pela fabricação das ferramentas, ou seja, equipamentos que formam peças apartir do processo de corte, furo e prensagem da chapa de aço contra um molde. 3.3.5 Outros Fornecedores nacionais e internacionais de parafusos, rebites, tubos, chapas de aço. 3.4 Projeto H60 Este capitulo propõe se a descrever o projeto, como também o processo logístico necessário para a realização dos testes de ferramentais na indústria automotiva em um projeto de fabricação de assentos automobilísticos, sendo o objeto deste trabalho a subdivisão de assentos automotivos da empresa X, o qual ganhou uma licitação para fornecer assentos automotivos para três modelos de SUV, que serão montadas na fábrica do Cliente 1 em Córdoba, Argentina. 3.4.1 Fabricação de assentos A fabricação de assentos é composta pelas etapas de fabricação de capa, injeção de espuma, fabricação de estrutura e montagem final (união das etapas anteriores), este estudo terá como único foco a etapa de fabricação da estrutura, tendo como palco, o Fornecedor 1, o qual foi responsável pela automação do processo de solda, e, é também onde foi realizado a produção para os testes dos ferramentais. 30 3.4.1.1 Assentos dianteiros Há vários modelos de assentos dianteiros diferentes no mercado, conforme demonstrado na figura 14, o que lhes diferencia é a quantidade de movimentos aos quais são capazes de realizar, o projeto H60 contemplou a fabricação de três modelos de assentos dianteiros diferentes, sendo o primeiro modelo composto por 6 movimentos (quadrado 3, 4 e 6), o segundo por 8 movimentos (quadrado 1, 3, 4, 5), e o terceiro modelo por 10 movimentos (quadrado 1, 3, 4, 5 e 6), veja: Figura 14 - Movimentos possíveis em assentos dianteiros. Fonte: Elaborada pelo autor. 3.4.1.2 Assentos traseiros O projeto H60 contemplou dois modelos diferentes de assentos traseiros, basicamente o que os diferencia é que um possui suporte para apoiar o braço e o outro não, conforme demonstrado na figura 15: 31 Figura 15 - Diferença entre os modelos de assentos traseiros. Fonte: Elaborada pelo autor. 3.5 Fabricação de estruturas A fabricação de estruturas é composta pelos processos de estampagem, rebitagem, solda ponto e solda MIG, cada etapa do processo da origem a um novo produto que passa a ter um novo código, este novo produto, pode ser um subconjunto (união de vários componentes) ou um conjunto (união de vários subconjuntos) que é o produto final, ou seja, a estrutura do assento, conforme demonstrado nas figuras 16 e 17: Figura 16 - União de vários componentes para a formação de um subconjunto. Fonte: Elaborada pelo autor. 32 Figura 17 - União vários subconjuntos para a formação de uma estrutura de assento. Fonte: Elaborada pelo autor. Em uma fábrica, onde ocorre a produção em série, as diferentes etapas da fabricação de uma estrutura ocorrem em um único ponto, porém tratando se do projeto, os processos foram realizados em locais diferentes, ou seja, dentro do respectivo fabricante do equipamento de beneficiamento, sendo: • Ferramentarias: Responsável pelo processo de estampagem (consiste em cortar a chapa de aço, furar e prensar contra um molde dando origem a um componente). • Fornecedor 1: Ponto central do projeto, responsável por gerar o produto final, ou seja, soldar todos os subconjuntos e componentes recebidos dos demais Fornecedores, através do processo de solda MIG, conforme demonstradona figura 18: • Fornecedor 2: Responsável pela rebitagem de componentes e subconjuntos. • Fornecedor 3: Responsável pelo processo de solda ponto (união de componentes a partir da fundição de materiais). 33 Figura 18 - Movimentação de peças no projeto para a fabricação de uma estrutura. Fonte: Elaborada pelo autor. 3.5.1 Etapa de testes Após a fabricação dos equipamentos de estampagem, rebitagem, solda, existe a etapa de testes de ferramentais, uma das mais importantes no projeto, esta consiste em si, na verificação do perfeito funcionamento dos equipamentos, é nesta etapa onde se é identificado a necessidade ou não de ajustes nos dimensionais dos componentes estampados, necessidade de ajustes na programação dos robôs, e validação da qualidade da solda efetuada, é aí que entra o papel da logística, que é garantir o abastecimento continuo de insumos e componentes (cerca de 350 produtos diferentes) nos fornecedores para a execução continua dos testes. 34 Figura 19 - Célula de solda onde é realizado o processo de solda MIG dos componentes. Fontes: Elaborada pelo autor. Figura 20 - Visão lateral da célula de solda, robô soldando componentes. Fontes: Elaborada pelo autor. 3.6 Análise e resultados A análise dos resultados foi orientada pelas respostas obtidas através de questionário online, direcionado aos colaboradores que participaram diretamente ou indiretamente no projeto, dentre estes há integrantes da área de suprimentos, processos, engenharia de produto, qualidade, fiscal. 35 Dos 48 colaboradores aos quais foram enviados o questionário, apenas 28 se disponibilizaram se a responder, ou seja 58%, o resultado regular de participação, pode ser atribuído a necessidade do respondente ter que se identificar. 3.6.1 Impactos logísticos observados durante a etapa de testes Conformo demonstrado no gráfico de figura 21, dos 28 colaboradores que responderam ao questionário, 21 (75%), atribuem os principais problemas do projeto a falta de recursos sejam eles mão de obra, embalagens e peças necessárias para produção na etapa de testes, 4 colaboradores, ou seja,14,7%, atribuem os principais problemas do projeto a falta de planejamento no inicio do projeto, e, 3 colaboradores (10,7%), atribuem os principais problemas a motivos diversos, como, falta de um gerente de projetos centralizador, claro, objetivo, responsável e colaborativo para documentar os problemas e auxiliar nas tratativas, prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, falta de reuniões para o alinhamento da estratégia. Figura 21 - Tabulação respostas do questionário. Fonte: Elaborada pelo autor. Uma análise detalhada dos problemas evidenciou que a causa raiz destes problema em sua maioria podem ser resumidos em três principais fatores, sendo, falta de planejamento adequado no inicio do projeto, prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, e contrato aberto ou mal detalhado. 75,0% 14,3% 10,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Falta de recursos 21 colaboradores Falta de planejamento 4 colaboradores Outros motivos 3 colaboradores 89,3% 25 colaboradores 10,7% 3 colaboradores 36 3.6.1.1 Falta de planejamento e prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores A primeira impressão que se têm é que a falta de peças é oriunda de má gestão do responsável pela logística, visto que este foi designado para a realização de follow- up de modo garantir o abastecimento continuo, a análise aprofundada do problema demonstra que de modo geral, a raiz do problema está na falta de planejamento no início do projeto, como também o prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, a falta de peças, é apenas a consequência disso, o follow-up, em si, não seria o bastante para mudar a realidade dos problemas abaixo identificados : • Falta de controle dimensional no fabricante: Registro de vários casos onde as peças chegavam na Fornecedor 1, e, após análise do dimensional2, eram reprovadas e descartados como sucata, penalizando toda a programação. Impacto: Atrasos no projeto devido ao tempo necessário para o fornecedor produzir um outro lote dentro das especificações técnicas requeridas, desperdício de recursos (colaboradores parados devido à falta de peças para a produção), e desperdícios de fretes. • Falta de capacidade do fornecedor: Devido ao prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, muitos foram nomeados tardiamente, e, ou sem a correta verificação quanto à capacidade para atender as quantidades e prazos exigidos pelo projeto. Impacto: Mudança de fornecedor e atrasos no projeto. • Falta de matéria prima: Registro de vários casos onde as ferramentarias deixavam de estampar os componentes necessários devido à falta de matéria prima. Tratando se de ferramentarias, empresa X era responsável em fornecer matéria prima, e, esta por sua vez, era responsável em produzir os componentes necessários. Impactos: Atrasos no projeto, envio de lotes pequenos de peças, custo excedente com transportes. • Falta de previsibilidade quanto a data real de chegadas das importações: Processos tardios de importação, resultaram em prazos muito curtos para a realização do desembaraço, o tempo maior nos processos de conferência aduaneira que caíam em canal vermelho (conferência física e fiscal), 2 Controle dimensional é o processo de se averiguar se as dimensões das peças, estão de acordo com as medidas existentes no projeto técnico. 37 reforçavam os atrasos, necessitando por muitas vezes a contratação de carro dedicado, para importação de peças, fora dos canais legais, ou o envio de algum colaborador ao fornecedor, para que este trouxesse o mínimo de peças necessárias em sua bagagem. Impactos: Custos excedentes com fretes, atrasos no projeto, recebimento de materiais sem nota fiscal, dificultando o controle. 3.6.1.2 Contrato aberto ou mal detalhado Profissional de logística foi contratado sob duas grandes responsabilidades, sendo a primeira, follow-up para a garantia da entrega dos produtos nas datas pré acordadas, e, segunda, orquestrar todo o processo de transporte de peças e equipamentos (recebimento e envio). No contrato, o Fornecedor 1 tinha por responsabilidade não só de fornecer as células de solda MIG mas também de operacionalizar todas as atividades relacionadas ao processo de produção para testes, ou seja, deveriam produzir estruturas com a finalidade de testar os equipamentos por eles desenvolvidos, estando o cliente (empresa X) responsável em fornecer peças e aprovar os equipamentos. Devido a contrato aberto ou pouco detalhado, não havendo clareza sobre o que se esperava do fornecedor, atividades operacionais relacionadas a movimentação, armazenagem e abastecimento de células, tiveram que ser operacionalizadas pelo próprio cliente dentro do fornecedor, os impactos foram: • Falta de mão de obra no início do projeto para a realização das atividades operacionais, como recebimento e conferência de mercadorias, movimentação de materiais, abastecimento de células, inventário, embalagem de peças para os processos de expedição, e exportação. • Conflito de interesse entre os colaboradores da empresa X3 versus fornecedor 1, visto que estes possuíam, outras atividades ou outras prioridades 3 Tratando se de carregamento e descarregamento de caminhões, colaboradores da empresa X, eram totalmente dependentes da disponibilidadede mão de obra e equipamentos do fornecedor. 38 relacionados a outros projetos. • Sobrecarga de atividades sobre o professional de logística, sendo este não mais responsável apenas pelas atividades de follow-up de fornecedores (puxada de material) e orquestração do processo de transporte de peças e equipamentos, mas também pelo recebimento de mercadoria (conferência físico versus nota fiscal), controle de saldo de peças (entrada, inventário e baixa de peças), armazenagem (movimentação, identificação e acondicionamento de materiais), abastecimento de células de solda, descarte, pesagem e solicitação de remoção de sucatas, programação da produção com base na quantidade de peças disponíveis, coordenação de equipe nas atividades operacionais. 3.6.1.3 Contratação tardia do professional de logística O professional de logística foi contratado tardiamente no projeto, não tendo a oportunidade de participar do processo de planejamento para a antecedência das necessidades ou dimensionamento de recursos para a perfeita execução das etapas de testes, os impactos foram: • Falta de embalagens de papelão para o acondicionamento e movimentação de peças, falta de caixa de madeira fumigada para exportação, falta de palhetes, falta de impressora ou etiquetas para a identificação dos materiais. Impactos: Atrasos nos processos de armazenagem e exportação. • Falta de colaboradores para atuar nas movimentações, controle e armazenagem de peças dentro das empresas Fornecedor 2 e Fornecedor 3. • Reação lenta aos problemas: A falta de conhecimento do produto ou do processo4, gerou desconhecimento das dificuldades, tendo como consequência a falta de informação em tempo hábil para a tomada decisão. Impactos: Percepção do problema quando já é tarde para resolver, tendo como consequência a perda de foco no desenvolvimento, ficando presos em • 4 O ideal é que o professional de logística tivesse sido treinado em uma das fábricas da empresa X. 39 problemas do dia a dia. • Falta de sistema MRP, visto que trata se de um projeto onde se é utilizado as instalações do fornecedor, não havendo um sistema MRP, fez se necessário o controle de entrada e saída de peças através de sistema desenvolvimento em Microsoft Excel, utilizando se a plataforma de programação V.B.A (Visual Basic Applications), porém ao longo do projeto, várias versões foram criadas até que se contemplasse todas as particularidades necessários no processo logístico do projeto. Impactos: Até que se teve o perfeito alinhamento, entendimento do processo e do produto, controle de movimentações de saldo eram ineficientes, não oferecendo informações confiáveis para a programação da produção de testes com base nos saldos existentes. • Falta de mão de obra, o dimensionamento incorreto, previu a necessidade de apenas uma pessoa para as atividades de logística, porém a necessidade de mais recursos, permitiu ao projeto finalizar com atuação direta ou indireta de 8 pessoas, sendo, o analista sênior de logística responsável pela gestão de 4 colaboradores para atividades operacionais, de recebimento, movimentação e armazenagem, expedição e exportação de estruturas e gestão de todo o fluxo de transporte, suporte indireto ou direto de mais 3 colaboradores nas atividades de follow-up e programação de produção com base na quantidade de peças disponíveis. 3.1.6.4. Outros problemas identificados no projeto • Falta de suporte: As respostas dos questionários concordam entre si, sobre a falta de um gerente de projetos centralizador, claro, objetivo, responsável e colaborativo para documentar os problemas e auxiliar nas tratativas, o que pode ser resultado de três trocas consecutivas de gerente de projeto ao longo do projeto. • Processo fiscal burocrático e oneroso: A falta de uma figura fiscal dedicada ao projeto, por muitas vezes resultava na falta da devida atenção, ou na geração de conflitos, visto que estes possuíam outras prioridades não relacionadas ao projeto. • Dificuldade para controlar o consumo de peças: Conflito de interesses entre as 40 áreas de engenharia e logística, um preza pelo controle de entrada e saída de peças, o outro burla o procedimento em nome da urgência. • Falta de identificação: Subconjuntos sem um código pré-definido e peças sem identificação ou com o código do fornecedor, tornavam o processo oneroso, visto a dificuldade de se identificar o código correto. • Dificuldade para monitoramento de coleta ou entrega: Cooperativa não possui sistema de rastreamento (Autotrac, Omnilink), o que torna o processo de monitoramento oneroso, toda a informação é obtida a partir de contato feito por telefone ou WhatsApp com um dos responsáveis pela cooperativa. 3.7.1 Importância e vantagens do planejamento na logística para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva. O sucesso de um projeto de desenvolvimento de ferramentais para a produção de assentos automotivos está ligado diretamente a capacidade da implementação dentro do prazo requerido e de acordo com o orçamento aprovado, e conforme os requisitos definidos pelo cliente, neste contexto, é possível afirmar que a etapa de testes, é o ponto chave do projeto, visto que a implementação só ocorrerá após a finalização desta etapa, conforme demonstrado na figura 22: Figura 22 - Etapas projeto de desenvolvimento de ferramentais para a fabricação de assentos automotivos. Fonte - Elaborada pelo autor. Daí a importância e vantagens do planejamento na logística, para o sucesso nas etapas de testes, é através deste que são obtidos o correto dimensionamento com economia de recursos e a mobilização para a tomada de decisões adequadas para o alcance dos objetivos e consequentemente sucesso. O planejamento na logística, têm por base os recursos disponíveis, sendo assim, algumas questões devem ser respondidas e analisadas, pois, é partir daí é que são definidas as linhas de ações para a execução dos objetivos propostos, sendo: o 41 quê, como, quem, quando e onde. Não mais importante que o planejamento que compreende a estratégia, é a implementação desta estratégia, ou seja, a correta estratégia sem a correta ação não proporciona bons resultados. Para uma boa formulação da estratégia se faz necessário que todos envolvidos no processo ou que irão compor o projeto já estejam contratados e treinados. Nesta etapa, um estudo aprofundado de cada etapa, deverá ser feito, lições aprendidas de outros projetos deverão ser aproveitadas, precisa haver bem definido o que se é esperado de cada um no projeto, com metas claras e tangíveis. 3.8.1. Boas práticas para que os problemas identificados neste projeto sejam evitados no futuro. A consequência de uma série de falhas identificadas neste trabalho, resultou em atrasos no projeto e custos excedentes com fretes, sendo assim, sugere que seja seguido o manual de boas práticas a seguir, que têm por finalidade evitar que os problemas aqui identificados se repitam no futuro: • Gerente de projeto: Deverá possuir perfil centralizador, claro, objetivo, responsável e colaborativo para documentar os problemas e auxiliar nas tratativas. • Etapa de planejamento: Deve ser detalhado, com a participação de todos os envolvidos no projeto, para o correto dimensionamento e previsão de necessidades. • Recursos: Devem ser contratados e treinados antecipadamente. • Lições aprendidas: Devem ser utilizadas para que não seja repetido os mesmos erros dos projetos anteriores• fornecedores: Devem ser nomeados antecipadamente, e que seja realizado previamente uma análise de capacidade de modo comprovar a disponibilidade para o atendimento dos prazos do projeto. • Análise de dimensional: Devem ser feitas ainda no fornecedor, peças precisam estar aprovadas antes do envio, deste modo recursos com transportes não serão desperdiçados com peças fora das especificações. 42 • Metas: Deve estar bem definido o que se é esperado de cada participante do projeto, estes deverão possuam metas claras e tangíveis. • Contrato: Deve ser fechado e muito bem detalhado, deverá estar claro ao fornecedor o que se é esperado dele. • Engajamento: Cada departamento envolvido no projeto deve estar muito bem engajado, deverá haver uma pessoa dedicada ao projeto e responsável pelo status no projeto • Subconjuntos e peças: Todos os subconjuntos deverão possuir códigos pré- definido, fornecedores deverão enviar peças identificadas com o código do projeto. 43 4 CONCLUSÃO O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou identificar a importância e as vantagens que o planejamento na logística pode proporcionar para o sucesso nas etapas de desenvolvimento e testes de ferramentais na indústria automotiva, além disso permitiu relacionar os principais problemas encontrados no projeto, identificar a causa raiz dos problemas, gerar informação para a correta tomada de decisão e apontar as melhores práticas, e, a forma que esses problemas podem ser evitados no futuro. A análise dos resultados foi orientada pelas respostas obtidas através de questionário online, direcionado aos colaboradores que participaram diretamente ou indiretamente no projeto, dos 48 colaboradores aos quais foram enviados o questionário, apenas 28 se disponibilizaram se a responder, ou seja 58%, do total de respostas obtidas, 21 (75%), atribuem os principais problemas do projeto a falta de recursos sejam eles mão de obra, embalagens e peças necessárias para a etapa de testes, 4 colaboradores, ou seja,14,7%, atribuem os principais problemas do projeto a falta de planejamento no inicio do projeto, e, 3 colaboradores (10,7%), atribuem os principais problemas a motivos diversos, como, prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, falta de reuniões para o alinhamento da estratégia, falta de um gerente de projetos centralizador, claro, objetivo, responsável e colaborativo para documentar os problemas e auxiliar nas tratativas. Uma análise detalhada permitiu evidenciar a causa raiz dos principais problemas do projeto que é a combinação de três fatores, falta de planejamento adequado no início do projeto, prazo apertado para negociar e nomear os fornecedores, e contrato aberto ou mal detalhado, outra questão não menos importante, foi o esclarecimento quanto aos seus reais motivos, que levavam a falta de peças (principal problema do projeto), pois até então acreditava se equivocadamente que o problema era oriundo da má gestão do responsável pela logística. Dada a importância deste assunto, este trabalho evidenciou as vantagens e a Importância do planejamento na logística para o sucesso na etapa de testes, que é o correto dimensionamento com economia de recursos, informação correta para a 44 tomada de decisão, cumprimento dos prazos requeridos de acordo com o orçamento, e conforme os requisitos definidos pelo cliente. Sugere se como proposta de estudos futuros, a análise das vantagens da utilização de uma planta protótipa para a execução das atividades de testes, pressupõe se que a utilização de uma planta protótipa represente grande redução de custos, já que não se haverá a necessidade de se realizar os traslados de peças de um fornecedor a outro para a realização de beneficiamento (Fornecedor 1, Fornecedor 2 e Fornecedor 3). 45 REFERÊNCIAS AYRES, A. d. Gestão de Logística e Operações. 1ª ed. Curitiba, ISDE. 2009. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração De Materiais, Distribuição Física 1ª ed. São Paulo. Atlas. 1993. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5ª Ed. Porto Alegre: Bookman. 2006. BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento 3ª ed. Saraiva. 2016. BÍBLIA. Gênesis 41:1-56. 3ª Ed. São André: Geográfica, 2011. 1867 p. Nova Versão Internacional. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER M. B. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. 1ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BULLER, L. S. Logística Empresarial. 1ª ed. Curitiba, IESDE Brasil S.A. 2012. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 1996. CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para redução dos custos e melhorias de serviços. 4ª ed. São Paulo: Editora Pioneira,1997. CRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 4ª ed. São Paulo, SP, Brasil: Cengage Learning. 2012. CNT, C. Boletim Estatístico. 2017. Disponível em: < http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/BOLETIM%20ESTAT%C3%8DSTICO/BOLE TIM%20ESTAT%C3%8DSTICO%202017/Boletim%20Estat%C3%ADstico%20- %2006%20-%202017.pdf>. Acesso em: 18 fev.2018. DIAS, M. A. Logística Transporte e Infraestrutura. 3ª ed. São Paulo, SP: Atlas.2012. DIAS, M. A. Introdução Á Logística: Fundamentos, Práticas e Integração 1ª ed. São Paulo, SP, Brasil: Atlas. 2017. ELER, G. (26 de 9 de 2017). Super interessante. Acesso em 19 de 02 de 2018, disponível em https://super.abril.com.br/historia/encontrado-papiro-que-descreve-a- construcao-da-grande-piramide-do-egito/ FERNANDES, Cláudio. Napoleão Bonaparte. 2017. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biografia/napoleao-bonaparte.htm>. Acesso em 22 de outubro de 2017. 46 GALHARDI, Antônio César. Logística e Distribuição. 1ª Ed. Rio de Janeiro: SESES. 2016. 136 p. HOLANDA, Aurélio de Buarque. Aurélio: O Dicionário da Língua Portuguesa 8ª ed. São Paulo, SP: Positivo. 2017. HOLANDA, Aurélio de Buarque. Dicionário Aurélio De Português Online, Disponível em ‹https://dicionariodoaurelio.com/transporte›. Acesso em: 18 fev. 2018 HOLANDA, Aurélio de Buarque. Dicionário Aurélio De Português Online, Disponível em: ‹https://dicionariodoaurelio.com/estoque›. Acesso em: 20 fev. 2018 Ministério da defesa. Disponível em: <http://www.defesa.gov.br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md42_m_02_d out_log_mil_2a_ed2002.pdf>. Acesso em 19 de 02 de 2018, MOURA, Benjamim do Carmo. Logística: Conceito e Tendência, Centro Atlântico. 1ª edição. Lisboa. 2006. NEVES, José Luís. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 1996. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/C03-art06.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2018. NOVAES, A. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: Elsevier. 2007. PAURA, G. L. Fundamentos da Logística. Curitiba, PR, Brasil: e-Tec/MEC. 2012. 112 p. RINA, Roberto. História da Logística. 2017. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/historia-da-logistica/24829/ >. Acesso em: 22 Out 2017. SCHOPPE, J. H. Fatores de sucesso para implementação de joint ventures teuto- brasileiras no Brasil. Santa Catarina, 2008. Disponível em <http://tcc.bu.ufsc.br/Adm291033>. Acesso em: 22 de fev. 2018. SILVA, T. F. (18 de 02 de 2018). 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Você está satisfeito do modo como foi conduzido o projeto? 13. Quando comparado o projeto atual com os anteriores, você observa alguma mudança ou evolução no que se refere aos problemas observados anteriormente?
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