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IDADE MEDIEVAL.docx

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FILOSOFIA NA IDADE MEDIEVAL - SÉCULO V A SECULO XV
PRIMEIRO: 
Alexandre O Grande, expande a Grécia, tenta fazer uma “fusão” da cultura dos Helenos (gregos) com as demais culturas do mundo, com isso se faz necessárias explicações para uma nova ordem social, cai o pensamento de cidades-estados, de Pólis, nesse contexto, nascem as correntes filosóficas do período Helenístico:
Todas essas teorias têm em comum o fato de que elas desprezam as convenções sociais:
TODAS BUSCAM A ATARAXIA – PAZ DE ESPÍRITO
1ª – EPICURISMO – filósofo EPICURO – viva de maneira a satisfazer seus prazeres, mas não todos, apenas os simples prazeres e com moderação – ficou conhecida também como HEDONÍSMO – os prazeres como fama, riqueza, não trazem a ataraxia – vida em paz. Essa é a chave para a felicidade.
2ª – ESTOICISMO – Zenão de Cício, descorda de Epicurismo – dizem que devemos desprezar todo e qualquer tipo de prazer, a atenção deve ser voltada na busca pela sabedoria para entender a ordem do cosmos. Isso porque eles entendem que o homem não pertence a lugar nenhum, o homem é um ser do universo, um ser cosmopolita.
3ª – CETICISMO – Pirro de Élis – Sempre para uma ideia existia uma razão oposta. Pirro acompanha Alexandre em várias viagens e se depara com vários costumes, culturas, povos, assim ele percebe que não da pra dizer o que é certo o que é errado, não da pra dizer o que é justo ou injusto, bem ou mal, e se eu quero ser um sábio eu tenho que aceitar o fato de que não da pra ter certeza de nada. – o Homem não é o centro de tudo – suspensão do juízo – epoché. 
4ª – CINISMO – Antístenes e Diógenes de Sínope – Chaves...morava em um barril – prega o desprezo à todas as convenções sociais. Não tem apego por nada. Uma vida totalmente simples. Nosso dia a dia é conturbado, deve-se buscar uma maior naturalidade. 
PLATÃO X PLOTINO – PLATONISMO X NEOPLATONISMO
PLATONISMO: O Platonismo reúne as diversas abordagens da teoria de Platão: metafísica, retórica, ética, estética, lógica, política, dialética e da dualidade (corpo e alma), sendo classifica em três períodos: Platonismo Antigo (século IV a.C. até a primeira metade do século I a.C.); Médio Platonismo (séculos I e II d.C.) E Neoplatonismo (séculos III d.C. e VI d.c)
NEOPLATONISMO: O filósofo mais importante desta escola foi Plotino. Os neoplatônicos rejeitavam o conceito do mal, e acreditavam apenas em graus de imperfeição, na carência da prática do bem. Contrariamente aos ensinamentos cristãos, não era necessário transpor as fronteiras da morte, caminhar para estágios de uma vida na espiritualidade, a fim de se conquistar uma alma perfeita e feliz. Estas virtudes podiam ser obtidas através do exercício constante da meditação filosófica.
O monismo do neoplatonismo contrasta com o dualismo de Platão, que distingue entre o universo das idéias e o dos sentidos. A fusão completa da alma humana com Deus, a qual pode ser vivenciada por algumas pessoas em determinados momentos da existência, dá origem ao que se chama de experiência mística, experimentada inclusive por Plotino. Esta vivência reafirma, portanto, que tudo existe em Deus, tudo é Deus, a plenitude.
FILOSOFIA MEDIEVAL
QUESTÃO CENTRAL – FÉ X RAZÃO
Com a queda do Império Romano, que devido a sua grande extensão, não consegue mais se sustentar e se defender das invasões dos Bárbaros. 
E em uma tentativa desesperada de manter o Império, o Imperador Teodósio, torna a religião Cristã como religião oficial do Império Romano. O Cristianismo se mescla ao Estado através da Igreja, assim cria-se a maior Instituição que se tem até hoje. 
Trata-se de um período de expansão e consolidação do Cristianismo e da Igreja Católica – no período medieval a mais importante instituição social e a maior representante da fé cristã.
A Igreja com todo o poder que tinha passou a dizer para as pessoas como elas iam viver, e definia e justificava as regras sociais, organização social entre o senhor feudal e seu vassalo. A Igreja criou um sistema desigual. 
Para a igreja a relação entre a fé e Razão e que a Fé que detém a verdade, a razão serve apenas para justificar essas verdades que já são possuídas pela fé.
A Igreja tem que estabelecer e equacionar essa relação entre a razão e a fé, porque Jesus disse a seus discípulos levai a Boa Nova a todos. A Igreja queria evangelizar o povo tudo, inclusive os filósofos, pensadores, intelectuais.
Com isso os primeiros padres tendem a adaptar a filosofia com a religião, assim os cristãos foram empurrados para a metafísica e para os sistemas que estavam em voga nessa época: Neoplatonismo, Estoicismo e Gnosticismo.**
**Gnosticismo: pregava que o mundo havia sido criado por uma divindade imperfeita e que, por isso, a vida na Terra era apenas uma forma maléfica usada para aprisionar o espírito humano e que o bem só seria alcançável em um nível espiritual. Também por isso, eles acreditavam que não havia porque nos culparmos pelos males existentes na Terra, uma vez que tudo isso era propiciado pela prisão material da qual deveríamos nos libertar e que fora criada pelo deus mal que criara a Terra.
Para os gnósticos o Deus bom, um ser espiritual e supremo, havia apenas interferido no processo de criação ao inserir em cada ser humano uma centelha divina que nos tornava capazes de despertar e conhecer a verdade. Então, Cristo, para os gnósticos era um mensageiro desse Deus que veio com o objetivo de nos ensinar a despertar.
ESCOLA PATRÍSTICA – Século V a VII - GRANDE FILÓSOFO SANTO AGOSTINHO
Escola Patrística foi um movimento empreendido pelos padres da Igreja, tinham por objetivo a conversão dos infiéis, levar a Boa-Nova. Nessa tarefa eles esbarram com os povos acostumados com a filosofia, uma visão do mundo pela razão, assim eles tentam equacionar a relação entre a fé x a razão para assim converter esses pagãos para a fé Cristã.
Porque? Porque para implantar o Evangelho eles inserem na cultura desses povos vários dogmas, novas ideias. Ex. Criação do Mundo, Pecado original, Trindade, Juízo Final, ressureição, etc.
SANTO AGOSTINHO – De Hipona, norte da África, considerado um filosofo medieval e um dos doutores da Igreja Católica. Deu uma linha dogmática para a Igreja. – Nasceu séc. V, no final do Império Romano. Tinha uma vida errante, desregrada, depressivo, estava sempre em busca de um conforto para a alma, assim, buscava o conhecimento porque acreditava que lhe faltava algo em sua vida, vive diversas correntes filosóficas. Foi também bispo, escritor, teólogo, filósofo, além, de ter testemunhado acontecimentos históricos de primeira ordem, tal como o fim da antiguidade clássica e a invasão de Roma pelos visigodos.
Inicialmente começa com a filosofia nas obras de Cícero – Hortêncio, mesmo assim, ele não encontrava aquele “algo” que preenchesse seu vazio.
Assim volta-se para a Bíblia, a fim de estudar o Cristianismo, ao ver o estilo literário – estilo pobre em comparação ao estilo dos filósofos, ele não segue o Cristianismo, não se convence.
Ele se depara com o Maniqueísmo – o Bem e o Mal como princípios ontológicos – o pecado é fruto do mal, que é constitutivo desse nosso mundo, sendo assim, o mal estaria na nossa essência. A razão explica todo o sistema no maniqueísmo, não utilizando em nada a fé para explicar a sua teoria.
Santo Agostinho, quando conhece Fausto – grande nome do maniqueísmo – faz diversas perguntas acerca do dessa teoria, porém Fausto diz que o maniqueísmo é insuficiente para um sistema de crenças compreender a realidade. Não responde as indagações de Santo Agostinho.
Em certo momento, Santo Agostinho parte para o Ceticismo – corrente Helenística – não existe verdade, nem certeza nenhuma, tudo é relativo. – teoria que refuta a política de Aristóteles Pólis -, nessa época ele conhece o Bispo Ambrósio, um excelente orador.
Bispo Ambrósio fazia grandes sermões e um dia Santo Agostinho vai assistir um desses sermões e assim se converte em Cristo, não necessariamente nas palavras do Bispo Ambrósio e sim nas epístolas de Paulo.
Santo Agostinho é bastante influenciado porPlatão e pelo Neoplatonismo – assim consegue equalizar a questão da fé x razão. A fé como substância de vida e pensamento. “Creio para entender. Entendo para crer.”
Não existe um pensamento correto sem a fé. Para ele razão e fé são conciliáveis, mas sempre a razão é submissa à fé, a razão serve para reforçar a palavra, a fé.
Seu primeiro tema é a questão do homem – o grande problema é o homem, mas não o homem abstrato dos gregos, do Sócrates, o homem do cotidiano, o homem pecador, para ele que se faz necessário olhar. Olhar para si.
Foi responsável por reforçar o conceito de 'pecado original' e desenvolver o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus, distinta da cidade material dos homens.
Também afirmou que a origem do mal estaria no livre-arbítrio, concedido por Deus, donde todo mal seria o resultado do livre afastamento do bem. Era também defensor da predestinação divina.
Curiosamente, pregava que o caminho para a verdade estava na fé, contudo, seria a razão o melhor caminho para provar a validade das verdades.
ESCOLA ESCOLÁSTICA
A Escolástica foi uma filosofia que esteve inspirada nos ideais dos filósofos gregos Aristóteles e Platão, além de ter uma fundamentação cristã.
Lembre-se que na Idade Média (V-XV), a Igreja possuía grande poder e comandava diversos aspectos sociais, políticos e econômicos.
São Tomás de Aquino foi o principal filósofo dessa corrente. Segundo ele, o segredo era racionalizar o pensamento cristão, ou seja, refletir sobre a aproximação entre a fé e a razão. - Sua filosofia ficou conhecida como Tomismo. 
Veio com o objetivo de unir a filosofia racional à fé cristã. Tinha na dialética, e também, na Summa Theologica – obra de São Tomás de Aquino – dois grandes pontos de referência para suas teorias. Além disso, tal doutrina buscava respostas que pudessem justificar a fé no Cristianismo e os ensinamentos do próprio clero.
Diferente do que se pensa, havia no ambiente católico uma divergência muito viva em questões teológicas. Foi esse espírito do debate que acabou dando origem à corrente de atividades intelectuais, artísticas e filosóficas a que se convencionou chamar de Escolástica.
SÃO TOMÁS DE AQUINO: São Tomás de Aquino, considerado o "Príncipe da Escolástica", foi um importante filósofo e padre italiano da Idade Média, intitulado Doutor da Igreja Católica, em 1567. Na Alemanha, que Aquino escreve suas primeiras obras, sendo discípulo do bispo, filósofo e teólogo alemão Santo Alberto Magno. Foi um dos defensores da Escolástica, método dialético que pretendia unir a fé a razão em prol do crescimento humano. Uma de suas maiores obras, Summa Theologica, é o maior exemplo da Escolástica, na qual apresenta relações entre a ciência, razão, filosofia, fé e teologia. Segundo Aquino, “Nada há no intelecto que antes não tenha passado pelos sentidos.”
Inspirado nas ideias do filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), o trabalho de São Tomás de Aquino esteve pautado no realismo aristotélico, em detrimento dos seguidores de Santo Agostinho, inspirados no idealismo de Platão.
Por isso, Aquino foi um dos pensadores mais destacados desse período, defensor da filosofia escolástica, método cristão e filosófico, pautado na união entre a razão e a fé. Assim, Tomás de Aquino escreveu inúmeras obras, donde privilegiou a razão e a vontade humana formulando assim, um novo pensamento filosófico cristão.
Uma das contribuições mais importantes de São Tomás foi ter realizado uma releitura da obra de Aristóteles dentro de uma perspectiva cristã”, afirma o filósofo Marcelo Perine, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Com essa releitura, o pensador italiano tentou conciliar razão e fé, acreditando que não havia contradição entre elas, pois ambas vinham de Deus. Essa concepção é muito bem expressa por uma velha máxima sua: “Crer para poder entender e entender para crer.” São Tomás de Aquino dividiu o conhecimento humano em dois. O conhecimento sobrenatural seria aquele ensinado pela fé, como a aceitação da Trindade Divina, ou seja, Deus como Pai, Filho e Espírito Santo. Já o conhecimento natural viria à luz da razão, como os teoremas matemáticos.
SANTO AGOSTINHO X SÃO TOMÁS DE AQUINO
Tanto Santo Agostinho como Santo Tomás de Aquino afirmam que Deus, sendo eterno, transcendente, criou a matéria do nada e, depois, tudo o que existe no universo. Para Agostinho, as ideias ou formas estavam no Espírito de Deus. Santo Tomás de Aquino acrescenta a noção dos universais em seus raciocínios. Dizia que Deus é a causa da matéria e dos universais.
Nenhum deles colocava em dúvida a imortalidade da alma. Santo Agostinho dizia que alma e corpo são distintos, mas não soube explicar como a alma se liga ao corpo. De acordo com Santo Tomás, a alma humana — princípio imaterial, espiritual e vital do corpo — foi criada por Deus. Acreditava que a alma espiritual é agregada ao corpo por ocasião do nascimento, e continua a existir depois da morte do corpo, formando, pois, por si mesma, um novo corpo, um corpo espiritual, por meio do qual atua por toda a eternidade.
Em suas teorias, reportam ao "desprezo do mundo". Contudo, Santo Agostinho mostra-se incapaz de decidir entre o mundo e desprezo por ele. A despeito dessa dúvida, apega-se firmemente à ideia de que a Igreja, como a encarnação mundana da cidade de Deus, deve ter supremacia sobre o Estado. Santo Tomás de Aquino, da mesma forma que Aristóteles, doutrinava que o homem é naturalmente um ser político e procura estar em sociedade. Este homem deve tributar lealdade à Igreja e a Deus, mas tem, também, que obedecer ao Estado porquanto este, por sua vez, recebeu o seu poder da Igreja. 
Fé, Razão e Revelação são os pontos fundamentais de suas teorias. Santo Agostinho demonstra claramente sua vocação filosófica na medida em que, ao lado da fé na revelação, deseja ardentemente penetrar e compreender com a razão o conteúdo da mesma. Santo Tomás consegue, por seu turno, estabelecer o perfeito equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão, a teologia e a filosofia, distinguindo-as mas não as separando necessariamente. Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da razão divina manifestada na revelação.

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