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Densidade de Fluxo Elétrico Prof Thiago Coelho Introdução Objetivo – Introduzir o conceito de fluxo – Relacionar estes conceitos com o de campo elétrico – Introduzir os conceitos de fluxo elétrico e densidade de fluxo elétrico – Relacionar estes conceitos com o de campo elétrico Conceito de Fluxo Φ =(v.cosθ)A Φ =v∙A Fluxo volumétrico= Vazão (volume por unidade de tempo) do ar através da espira por área A) Incidência perpendicular B) A componente perpendicular é v.cosθ C) O vetor área A é perpendicular ao plano da espira e faz um ângulo θ com v Fluxo de um campo É possível associar um vetor velocidade do vento a cada ponto do interior da espira O conjunto de todos esses vetores é um campo de velocidades A equação Φ =v∙A pode ser interpretada como uma expressão para o fluxo do campo de velocidades através da espira Interpretando desta forma, fluxo seria o produto de uma área pelo campo que existe no interior dessa área Introdução Michael Faraday (1791-1867) – Autodidata, com apenas educação primária – Grandes contribuições na química e na física – Habilidade com experimentos – Descobriu algumas leis que regem a eletricidade e o magnetismo – Propôs a representação do campo elétrico através de linhas de força • Recusado pelos matemáticos da época • Provado posteriormente por Maxwell Fluxo Elétrico Experimento de Faraday – Seja uma esfera metálica com carga +Q – Colocando esta esfera no interior de outra esfera metálica • Carga –Q induzida na parte interna • Carga +Q induzida na parte externa Fluxo Elétrico Experimento de Faraday – Ligando a esfera à terra • Carga positivas se deslocarão para a terra • Esfera externa com carga negativa Fluxo Elétrico Experimento de Faraday – Faraday interpretou o fenômeno como um fluxo de deslocamento de cargas da esfera interna para a externa – Este fluxo deve ser igual à carga total – As trajetórias de deslocamento de carga são denominadas linhas de fluxo Q Densidade de Fluxo Elétrico Densidade de Fluxo Elétrico ( ) Medida de quantidade de linhas de fluxo por unidade de área Grandeza vetorial que aponta na direção das linhas de fluxo D Densidade de Fluxo Elétrico Esferas concêntricas – Considerando uma esfera de raio r entre as duas esferas – A carga total, i.e. o fluxo, dentro da esfera é Q e a área total é 4r 2 – não depende do “corpo”, desde que r seja maior que este D Densidade de Fluxo Elétrico Carga pontual na origem – Considerando esfera interna centrada na origem com e esfera externa com – Se a carga estiver localizada em râ r Q D 24 0r r 'r ' ' '4 2 rr rr rr Q rD Densidade de Fluxo Elétrico Carga pontual na origem – Comparando com a equação do campo para uma carga pontual – No espaço livre – Da mesma forma, para uma distribuição volumétrica de carga râ r Q E 2 04 ED 0 vo l v rr rr rr dv rD ' ' '4 ' 2 Densidade de Fluxo Elétrico Exemplo 3.1) – Calcular densidade de fluxo ao redor de uma linha de carga uniforme de 8nC/m no eixo z no espaço livre E3.1) – Dada uma carga pontal de 60C na origem, determine o fluxo elétrico total que passa através de • Porção da esfera de r =26cm limitada por 0<</2 e 0<</2 • Superfície fechada definida por z =26cm e =26cm • Plano z =26cm Densidade de Fluxo Elétrico E3.2) – Calcular densidade de fluxo em coordenadas cartesianas no ponto P(2,-3,6) produzido por • Uma carga pontual QA=55mC em Q(-2,3,-6) • Uma linha de cargas uniforme com L=20mC/m no eixo x • Um plano em z =-5m com S =120C/m2 Aplicações da Lei de Gauss Introdução Lei de Gauss Vamos usá-la para determinar a densidade de fluxo se a distribuição de cargas for conhecida O fluxo elétrico que atravessa uma superfície fechada é igual à carga total dentro da superfície S S SdDQ Introdução Solução se torna simples se escolhermos uma superfície fechada em que – é normal ou tangente à superfície gaussiana • se torna ou zero – Quando não for zero, deve ser constante SdDS SD SdDS dSDS SD Aplicações da Lei de Gauss Carga pontual: superfície esférica de raio r em torno da carga Q, será sempre perpendicular à superfície e constante SD esfera S esfera S S S dSDdSDSdDQ 0 2 0 2 0 2 sen2sen drDddrDQ SS 24 rDQ S 24 a Q DS rS â a Q D 24 Aplicações da Lei de Gauss Distribuição uniforme linear de carga L – Superfície cilíndrica de raio com tampa em z=0 e z=L – A carga total então será Q=LL basetopolado S S SL dSdSdSDSdDLQ 00 2 L SD aD LS 2 LDL SL 2 A integração geralmente se limita à área da superfície onde D é normal Aplicações da Lei de Gauss Distribuição superficial de cargas S – Superfície cilíndrica, uma base em cada lado da placa – é perpendicular à placa – A carga total então será Q=SA 2 S SD E AADADSdDQ SSS S S ... Aplicações da Lei de Gauss Cabo coaxial de comprimento infinito – Cilindros condutores – Raio interno interno= a – Raio interno externo= b – Temos S na superfície externa do condutor interno – Achar o campo elétrico pela lei de Coulomb é complicado Aplicações da Lei de Gauss Cabo coaxial de comprimento infinito – Para < a • Como o condutor é metálico, a carga na está na superfície • A superfície gaussiana não envolve nenhuma carga – Para > b • A carga total envolvida é zero 000 SS S S DDSdDQ 0SD Aplicações da Lei de Gauss Cabo coaxial de comprimento infinito – Para a < < b • A superfície envolve a carga contida no condutor interno para 0<z<L Pela lei de Gauss SaLQ 2 LDaL SS 22 S S a D â a D SS S L z S aLdzadQ 2 0 2 0 LDQ S 2 Aplicações da Lei de Gauss Cabo coaxial de comprimento infinito – Para a < < b • Se o condutor interno for um fio com distribuição de carga L LQ L âD LS 2 SL a 2 S S a D Forma idêntica a da linha infinita de cargas! Aplicações da Lei de Gauss Cabo coaxial de comprimento infinito – Como a carga total nos dois condutores tem o mesmo módulo ba QQ SaSb b a SbSa bLaL 22 Aplicações da Lei de Gauss Exemplo 3.2) – Seja um cabo coaxial com L=50cm, a=1mm, b=4mm e Qa=30nC • Ache a densidade de carga em cada condutor • Determine e D E Lei de Gauss E3.3) – Seja nC/m2 no espaço livre. Determine: • Campo elétrico em • Carga total dentro da esfera r = 3 • Determine o fluxo total que deixa a esfera r = 4 rârD 23,0 90,25,2 rP Lei de Gauss E3.4) – Calcule o fluxo total saindo de uma superfície cúbica formada por seis planos x,y,z =5, para • Duas cargas pontuais 0,1C em (1, -2, 3) e 1/7C em (-1,2,-2) • Linha uniforme de carga C/m em x=-2 e y=3 • Superfície uniforme de carga 0,1C/m2 no plano y=3x Aplicações da Lei de Gauss E3.5) – Uma carga pontual de 0,25Cestá localizada em r=0 e superfícies uniformes de carga estão dispostas da seguinte forma: 2mC/m2 em r=1cm, -0,6mC/m2 em r=1,8cm. Calcule a densidade de fluxo elétrico em • r=0,5cm • r=1,5cm • r=2,5cm – Que densidade de carga superficial uniforme deve ser colocada em r=3cm para que a densidade de fluxo elétrico em r=3,5cm seja nula Divergente Relaciona um campo vetorial com um campo escalar O divergente do campo vetorial é o produto escalar entre e zzyyxxzyx âDâDâDâ z â y â x D D D z D y D x D DD z yx div Divergente Em coordenadas cilíndricas Em coordenadas esféricas z DDD D z 11 D r D rr Dr r D r sen 1sen sen 11 2 2 Divergente A divergência de um campo vetorial dá como resultado o fluxo líquido (fluxo que sai menos fluxo que entra) por unidade de volume O resultado é um escalar vD Carga por unidade de volume 0 D 0 D 0< D Divergência Exemplos – Fluxo líquido de água através de qualquer superfície fechada é zero • Água que entra, sai • Divergência de velocidade é nula – Ar se expande quando a pressão cai • Divergência é maior que zero Aplicações da Lei de Gauss Lei de Gauss Vamos aplicar a lei de Gauss a um elemento diferencial de volume em problemas que não possuem simetria Isto servirá para determinar a divergência de um campo vetorial e para enunciar a primeira equação de Maxwell na forma diferencial O fluxo elétrico que atravessa uma superfície fechada é igual à carga total dentro da superfície Divergência Divergência informa quanto fluxo está deixando um volume por unidade de volume – Fonte de densidade de fluxo positiva – Fonte de densidade de fluxo negativa – Não há fonte de densidade de fluxo 0 D 0 D 0< D Primeira Equação de Maxwell Sabemos que então A primeira equação de Maxwell estabelece que o fluxo elétrico por unidade de volume que deixa uma unidade de volume infinitesimal é igual a sua densidade volumétrica de carga v SdD D S v 0 lim QSdD S v v v Q D 0 lim vD Primeira Equação de Maxwell (Eletrostática) Teorema da Divergência A integral da componente normal a qualquer campo vetorial sobre uma superfície fechada é igual à integral da divergência desse campo vetorial através do volume limitado por uma superfície fechada Relação entre uma integral dupla de superfície com uma integral tripla de volume volS dvDSdD Teorema da Divergência Fisicamente, podemos analisar este resultado como sendo preferível se preocupar com as consequências do que ocorre na superfície de um volume sem se importar com o fenômeno que está se desenvolvendo dentro deles – O que diverge em uma célula converge na adjacente – Só contribui para o total o que diverge na superfície Teorema da Divergência Exemplo 3.5 – Calcule ambos os lados do teorema da divergência para o campo C/m2 e um paralelepípedo 0<x<1, 0<y<2, 0<z<3 yx âxxyâD 22 Teorema da Divergência Exemplo proposto – Calcule ambos os lados do teorema da divergência para o campo C/m2 e um paralelepípedo 5, 0 0,1, 0 z 10 zââsenâD 222 2525cos2 Lista de Exercícios Capítulo 3 – 3.3, 3.4, 3.5, 3.9, 3.13, 3.17, 3.19, 3.21, 3.23, 3.27, 3.29
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