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UNIVERSO FILOSOFIA JURÍDICA DIREITO NATURAL EM ROMA 5 -Marcus Tullius Cícero (106-43 a.C) Difundiu a Filosofia Grega entre os Romanos. Mediador entre o Pensamento Grego e o Direito Romano. Os juristas romanos: - Roma não teve uma Filosofia original. - Correntes filosóficas derivaram da Grécia. - Cícero: - tornou popular a Filosofia em Roma. - sofreu influência do Sofismo, Platonismo, Aristotelismo, e principalmente do estoicismo. Estoicismo – Corrente de pensamento do Período helenístico. -Período helenístico: conquista da Grécia pelos macedônios (322 a.C.); Período de interação entre a cultura grega clássica e a cultura dos povos orientais conquistados. - O estoicismo, de Zenão de Cítio (336-263 a.C.) – os estóicos. - Também chamado de “Pórtico”; - Atitude de completa austeridade física e moral. Resistência aos sofrimentos e aos males do mundo; - Ideal de vida: apathéia (apatia): impassibilidade, ausência de paixão – alcançar a serenidade através da aceitação da “lei universal do cosmos” - lei natural. - A lei natural que domina o mundo: - Reflete-se na consciência individual (Leis morais – Dever ser) - É a essência do Direito (leis jurídicas – opiniões) arbitrárias). 5.3 - Cícero: a) Pretende: demonstrar o movimento do cosmos ( lei natural) com relação ao Direito. - Tese principal: o direito não é um produto do arbítrio (resolução que depende só da vontade, opinião), mas é dado pela natureza. A essência do direito deve ser procurada pelos homens na natureza. - Direito Natural: Comum a todos os homens (a Reta razão). É uma lei conforme a natureza, difusa em todos, constante, eterna, existe para todas as pessoas em todos os tempos, eterna, imutável. Quem não lhe obedece foge de si mesmo. ( para os romanos a lei natural está submetida à sua própria noção de direito positivo) - Direito natural, (jus naturale) mais alto critério teórico. Dele deduzem-se as máximas mais gerais. Mesmo não havendo leis escritas, percebe-se a presença da lei natural que a tudo governa. Exemplos: Todos os homens são iguais e livres por natureza (Fil. Estóica). Pode-se mesmo cometer um crime que não esteja previsto em leis humanas, mas será repudiada a conduta que é desconforme ao bem. A noção do bem precede a qualquer convenção humana e a qualquer ato do legislador. (Bittar, 2004: 148). - Direito positivo - Leis humanas – (jus civile). - É uma modificação do direito natural, com elementos de acidentalidade, vigente para cada povo em particular. - As leis humanas surgem da inspiração das leis naturais. - A razão suprema da natureza divina é confirmada pela mente humana. - A lei natural é fonte do Direito. - Direito das gentes: elementos comuns que se encontram nos vários direitos positivos. (Escravidão entre todos os povos) - Não há contradição entre os três direitos expostos. São determinações graduais de um mesmo princípio. 5.4- Observações finais: - Para os romanos o lícito moral não se confunde com o lícito jurídico: muitas atitudes gozam de garantia de juridicidade, e, no entanto, sofrem necessária condenação perante a instância de ordem moral: Exemplo do sócio que no final do exercício financeiro se julga no direito de receber igualmente na proporção de seu capital, embora durante o ano não tenha querido ou sabido dar igual contribuição ao progresso da empresa. - Para o Direito Romano, os conceitos jurídicos foram sendo burilados graças ao exame das questões concretas e das instituições jurídicas que se modelaram através da contribuição dos administradores, dos doutrinários, e dos juizes. Não havia a preocupação de delimitar teoricamente os campos da atividade humana. Eles faziam jurisprudência “como se” tivesse feito uma distinção entre o direito e a moral, mas não cuidaram desse problema, nem de resolvê-lo no âmbito de uma indagação filosófica específica. - Faltou aos romanos, pela natureza de sua formação jurídica, o senso filosófico. Os romanos deixaram um monumento jurídico à espera de uma interpretação filosófica. Escapou aos gregos a formação jurídica. Estes não elaboraram um mundo jurídico com configuração autônoma.
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