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Actos normativos da UE

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Actos normativos da U.E
E. Cláudio Camacho – Aluno nº 20130051
Tatiana Neto – Aluna nº 20131101
Turma: TCNIN41
Curso: Comércio e Negócios Internacionais
Data: 13-05-2015
Direito Europeu
  28 Estados Membros
450 milhões de pessoas
União das Vontades dos E.M.
Resultado do diálogo e equilibrio
 institucional, vertical e horizontal, 
entre
 órgãos da EU e nacionais.
Autonomia Normativa
Princípio da cooperação leal
Hierarquia:
Primário
Secundário
Terciário
 
O direito da U.E
O direito da União Europeia constitui uma ordem jurídica própria, é distinto da ordem jurídica internacional e está integrado no sistema jurídico dos Estados-Membros. A ordem jurídica da União baseia-se em fontes de direito autónomas. Sendo essas fontes de natureza diferente, foi necessário estabelecer uma hierarquia entre elas. No topo encontra-se o direito primário, constituído pelos Tratados e pelos princípios gerais do direito, seguido dos tratados internacionais celebrados pela União e do direito derivado, decorrente dos Tratados. 
Características do Sistema Juridico
 Características do Sistema Juridico
Ordem juridica: 
1- Intermédia entre Direito Internacional e Direito Federal
2- Autónoma
3-Uniforme
4-Integrada
Estados Membros 
soberania condicionada
aplicadores do Direito Europeu
europeização progressiva das 
Ordens Juridicas dos EM
Particulares/individuos 
condicionados na Autonomia 
Sujeitos do Direito Europeu
Caracteristicas do Sistema Juridico
Estruturas Normativas
Fontes de direito primário
Define os parametros, controla e valida o direito secundário ou derivado 
Bloco de constitucionalidade da EU
Direito derivado da soberania dos EM
As fontes do Direito da Uniao e a sua Hierarquia
— Tratado da União Europeia (TUE); Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE); Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia;
 — Acordos internacionais; 
— Princípios gerais do direito da União;
— Atos de direito derivado.
Os Tratados, bem como os princípios gerais, ocupam a primeira posição na hierarquia das normas (direito primário); com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, foi reconhecido valor idêntico à Carta dos Direitos Fundamentais. 
Os acordos internacionais celebrados pela União Europeia estão-lhes subordinados. 
Segue-se, a um nível inferior, o direito derivado, cuja validade depende da compatibilidade com as normas hierarquicamente superiores. Criação de uma ordem jurídica da União que permita a realização dos objetivos fixados nos Tratados.
Objectivos
Criação de uma ordem jurídica da União que permita a realização dos objetivos fixados nos Tratados.
Os actos delegados
O Tratado de Lisboa cria uma nova categoria de actos jurídicos: os actos delegados. O legislador delega assim na Comissão o poder de adotar actos que alteram os elementos não essenciais de um acto legislativo.
Os actos delegados podem incluir certos pormenores técnicos ou constituir uma modificação posterior de determinados elementos de um acto legislativo. O legislador poderá assim concentrar-se na orientação política e nos objectivos sem entrar em debates demasiado técnicos.
No entanto, esta delegação tem restrições rigorosas, pois só a Comissão pode ser autorizada a adoptar actos delegados. Para além disso, o legislador fixa ascondições nas quais esta delegação pode ocorrer. O artigo 290.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE determina assim que o Conselho e o parlamento podem revogar uma delegação ou atribuir-lhe uma duração limitada no tempo.
Actos de execuçao 
O Tratado de Lisboa reforça também as competências de execução da Comissão. A aplicação da legislação europeia no território dos Estados-Membros incumbe, por princípio, aos Estados-Membros. No entanto, determinadas medidas europeias necessitam de uma aplicação uniforme na UE. Nestes casos, a Comissão pode então adoptar os actos de execução relativos à aplicação de tais medidas.
Até à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a competência de execução cabia ao Conselho que delegava, então, à Comissão, a adopção dos actos de execução. Agora, o artigo 291.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE reconhece a competência de princípio da Comissão. Assim, as medidas europeias que necessitem de uma aplicação uniforme nos Estados-Membros autorizam directamente a Comissão a adoptar os actos de execução.
Paralelamente, o Tratado de Lisboa reforça igualmente os poderes do Parlamento em relação ao controlo das competências de execução da Comissão. Com efeito, enquanto asMODALIDADES deste controlo eram, anteriormente, decretadas pelo Conselho, elas são agora adoptadas pelo processo legislativo ordinário, em que o Parlamento está em pé de igualdade com o Conselho.
A diminuiçao do numero de actos juridicos 
Antes da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, as instituições europeias podiam adoptar catorze tipos de actos jurídicos. Esta imensidão de actos justificava-se nomeadamente pela antiga estrutura em pilares da UE, pois cada pilar possuía os seus próprios instrumentos jurídicos.
O Tratado de Lisboa acaba agora com esta estrutura em pilares e prevê uma nova classificação para os actos jurídicos. As instituições europeias passam a poder adoptar apenas cinco tipos de actos:
o regulamento;
a directiva;
a decisão;
a recomendação;
o parecer .
Segundo o artigo 288.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE, o regulamento, a directiva e a decisão são actos vinculativos. Pelo contrário, a recomendação e oPARECER não vinculam juridicamente os seus destinatários.
Para além disso, já não é necessário que a decisão designe um destinatário. Adquire assim uma dimensão mais lata, substituindo nomeadamente todos os instrumentos que eram antigamente utilizados no domínio da PESC.
Regulamento 
O regulamento é um acto normativo enunciado no artigo 288.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE). Tem carácter geral e é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.
O regulamento faz parte do direito derivado unilateral, ou seja, é atribuível unicamente à vontade da autoridade da União Europeia. Está mencionado no artigo 288.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE) que estabelece que o regulamento “tem carácter geral. É obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros”.
O regulamento tem carácter geral
O regulamento destina-se a categorias abstractas de pessoas e não a destinatários identificáveis. É o que o diferencia da decisão, definida no artigo 288.º do TFUE.
O Tribunal de Justiça precisou que o regulamento visa categorias gerais de pessoas, podendo no entanto ser limitado a círculos de categorias de pessoas. Está-se em presença de um regulamento ainda que, no momento da publicação do acto, seja possível determinar o número ou mesmo a identidade das pessoas em questão.
O regulamento é obrigatório em todos os seus elementos
O regulamento é obrigatório em todos os seus elementos, não podendo portanto ser aplicado de modo incompleto, selectivo ou parcial. Trata-se de um acto jurídico vinculativo para:
as instituições;
os Estados-Membros;
os particulares a que se destina.
O regulamento é directamente aplicável em todos os Estados-Membros 
Isto significa que este:
não está sujeito a qualquer medida de recepção no direito nacional;
atribui direitos e obrigações independentemente de uma medida nacional de execução. Os Estados-Membros podem todavia adotar medidas de execução. Devem aliás fazê-lo, se tal se revelar necessário e com vista a respeitar o dever de lealdade definido no artigo 4.º do Tratado da União Europeia (TUE);
pode ser utilizado como referência pelos particulares nas suas relações com outros particulares, os Estados-Membros ou as autoridades europeias.
É aplicável em todos os Estados-Membros a partir da sua entrada em vigor, ou seja, vinte dias após a sua publicação no Jornal Oficial. Os seus efeitosjurídicos prevalecem sobre todas as legislações nacionais de forma simultânea, automática e uniforme.
Regulamento de execução
Tal como os Estados-Membros, as autoridades europeias também podem adoptar medidas de execução: os regulamentos de execução. Este tipo de regulamento está definido nos artigos 164.º e 178.º do TFUE, relativos aos regulamentos de execução do Fundo Social Europeu e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Trata-se de actos jurídicos cuja validadeDEPENDE do “regulamento de base”. Enquanto o regulamento de base prevê as regras essenciais, o regulamento de execução define as disposições técnicas.
A directiva
A directiva faz parte dos instrumentos jurídicos de que as instituições europeias dispõem para aplicarem as políticas europeias. Trata-se de um instrumento utilizado principalmente no âmbito da harmonização das legislações nacionais. A directiva é caracterizada pela sua flexibilidade de utilização: estabelece uma obrigação de resultado, mas deixa aos Estados-Membros a liberdade de escolherem os meios para o alcançar.
A directiva faz parte do direito derivado da União Europeia. É adoptada pelas instituições europeias com base nos tratados fundadores. Depois de ter sido adoptada a nível europeu, a directiva deve ser transposta pelos Estados-Membros para o seu direito interno.
Um acto obrigatório de âmbito geral
O artigo 288.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE estabelece que a directiva é obrigatória. Tal como o regulamento europeu e a decisão, a directiva é vinculativa para os Estados-Membros seus destinatários. É obrigatória em todos os seus elementos, não podendo portanto ser aplicada de modo incompleto, selectivo ou parcial.
No entanto, a directiva distingue-se da decisão e do regulamento. Enquanto o regulamento é aplicável no direito interno dos Estados-Membros logo após a sua entrada em vigor, a directiva deve primeiro ser transposta pelos Estados-Membros. Assim, a directiva não inclui modalidades de aplicação; impõe apenas uma obrigação de resultado aos Estados-Membros, que têm a liberdade de escolherem a forma e os meios para aplicar a directiva.
Para além disso, a directiva também se diferencia da decisão por ser um texto de âmbito geral destinado a todos os Estados-Membros.
O artigo 289.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE especifica ainda que a directiva é um acto legislativo quando é adoptada após um processo legislativo. Em princípio, a directiva é então objecto de proposta da Comissão, sendo depois adoptada pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu de acordo com oprocesso legislativo ordinário ou um processo legislativo especial.
A directiva entra em vigor uma vez notificada aos Estados-Membros ou publicada no Jornal Oficial.
A decisão europeia
A decisão é um instrumento jurídico à disposição das instituições europeias para a implementação das políticas europeias. A decisão é um acto obrigatório que pode ter um alcance geral ou estar dirigida a um destinatário específico.
A decisão é um acto jurídico que pertence ao direito derivado da União Europeia (UE). É, portanto, adoptada pelas instituições europeias com base nos tratados fundadores. Em função das situações, a decisão pode estar dirigida a um ou vários destinatários, podendo também não designar qualquer destinatário.
Um acto obrigatório em todos os seus elementos
O artigo 288.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE define a decisão como sendo um acto obrigatório em todos os seus elementos, não podendo portanto ser aplicada de forma incompleta, selectiva ou parcial.
A decisão é adoptada após um processo legislativo. É, então, um acto legislativo adoptado pelo Conselho e o parlamento de acordo com o processo legislativo ordinário ou um processo legislativo especial.
Por oposição, a decisão é um acto não legislativo quando é adoptada unilateralmente por uma das instituições europeias. A decisão remete então para uma norma decretada pelo Conselho Europeu, pelo Conselho ou pela Comissão em casos específicos que não sejam da competência do legislador.
Decisão com destinatário
A decisão pode estar dirigida a um ou vários destinatários. Tem então um alcance estritamente individual, sendo apenas vinculativa para os seus destinatários.
Os destinatários de uma decisão podem ser os Estados-Membros ou particulares. Por exemplo, a Comissão utiliza as decisões para aplicar sanções às empresas que tenham participado em cartéis ou cometido abusos de posição dominante.
Para entrar em vigor, a decisão deve ser notificada ao interessado. Em princípio, este procedimento consiste no envio de uma carta regista com aviso de recepção. A decisão pode também ser publicada no Jornal Oficial, apesar de esta publicação não dispensar a notificação que é a única possibilidade de tornar o acto oponível ao destinatário.
Decisão sem destinatário
Desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a decisão deixou de designar necessariamente um destinatário. A decisão passou assim a ter uma definição mais lata, tornando-se no instrumento de base no domínio da Política Externa e de Segurança Comum. O Conselho e o Conselho Europeu podem assim adoptar decisões relativas:
aos interesses e aos objectivos estratégicos da União;
às acções a levar a cabo pela União a nível internacional;
às posições a tomar pela União acerca das problemáticas internacionais;
Às modalidades de aplicação das acções e das posições da União.
Recomendaçoes e Pareceres
As recomendações e os pareceres não criam quaisquer direitos ou obrigações para os destinatários, mas podem fornecer indicações sobre a interpretação e o conteúdo do direito da União.

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