Métodos de Depreciação de Ativos

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Métodos de Depreciação
Sabe-se que a Depreciação de um ativo se dá pelo tempo de uso, por uma ação da natureza, e por obsolescência. No Ativo Imobilizado, é necessário um cálculo da depreciação do mesmo, visto que esse ativo é um bem inescusável da entidade, sendo máquinas, equipamentos, terrenos, instalações, móveis e utensílios. O Comitê de Terminologia do American Institute of Accountants (AIA), em 1942, definiu depreciação como método sistemático e racional de alocação de custos aos períodos nos quais os benefícios são recebidos. Onde a CPC 27 (2009, p.11) diz que Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade, corresponde à parcela pertencente ao período do total da diferença entre o valor do custo do ativo (ou outro valor que substitua o custo) menos o valor residual esperado ao final de sua utilização.
Onde a mesma CPC 27 (2009, p.3) salienta, que, o Ativo Imobilizado é todo item tangível que é utilizado para uso na produção, serviços, abastecimentos de mercadorias, locação ou administrativos e são mantidos por mais de um ano. 
Segundo Marion (2009, p.217), “entende-se por Ativo Imobilizado todo ativo de natureza relativamente permanente, que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa, e que não se destina à venda”. Logo, Ativo Imobilizado, também pode ser entendido como um conjunto de bens que são necessários na realização de manutenção de atividades da empresa.
Conforme o item IV do art. 179 da Lei 6.404/76:
 As contas serão classificadas do seguinte modo:
 (...) 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
De acordo com a CPC 27 (2009, p.13) Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, o método da soma dos dígitos e o método de unidades produzidas. Sendo o método linear, o mais utilizado no Brasil.
O Método Linear tem se destacado entre os outros por sua simpleza. Segundo Iudicíbus (2004, p.206) “Justifica-se pela simplicidade e aceitabilidade fiscal, haja vista as seguintes premissas: a depreciação é função do tempo; não se leva em conta o fator custo de capital; e a eficiência do equipamento é constante durante anos”. Ou seja, além de ser o mais simples, é válido ressaltar, que, é muito utilizado por ser o único aceito pela Receita Federal para o IRRF (Imposto sobre a Renda Retido na Fonte).
O método de depreciação é escolhido pela própria organização, onde esta é responsável por analisar qual o método mais viável que irá ser utilizado, onde Mello, Bittencourt e Magalhães (2007, pag. 328) ressalta que o método usado deve refletir o padrão no qual a entidade espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo. Vários métodos podem ser utilizados para ajustar as despesas de depreciação, e cabe à organização definir qual o método que se adequa melhor com o proposito de gerar benefícios econômicos futuros causados pelo bem. Dentre estes métodos Iudícibus et. al. (2004, p.206) destacam que os mais utilizados são:
1) Depreciação Linear ou das Quotas Constantes: método que utiliza para a depreciação do bem o mesmo valor, em toda a sua vida útil, estimada conforme tabela do regulamento do Imposto de Renda ou pelo fabricante do equipamento (neste último caso, baseia-se no critério de horas trabalhadas); divide-se o valor depreciável pelo tempo de vida útil do bem;
2) Depreciação pela Soma dos Dígitos: método que permite uma depreciação maior no início da vida útil do bem; a soma dos valores compreendidos na vida útil sendo inferior ao total do bem, o valor restante é o valor residual; somam-se os algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem; a depreciação de cada ano é uma fração em que o numerador é variável para cada ano e o denominador, a soma do número de anos de vida útil; 
3) Método das Unidades Produzidas: método baseado na estimativa do número total das unidades que devem ser produzidas pelo bem a ser depreciado; consiste em estimar o número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem durante sua vida útil; a cota de depreciação de cada período será obtida pela divisão do número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Disponível: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=58> Acessado em 26/05/2018.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MELLO, G.; BITTENCOURT, A. C.; MAGALHÃES A.; O Conceito de Depreciação na Contabilidade: uma análise nos livros de contabilidade para iniciantes. Ravisla Faz Ciência, v. o, n. 9, Jan./Jul. 2007, pp. 323-338
https://pt.slideshare.net/RicardoNbrega6/depreciao-e-mtodos
https://coad.jusbrasil.com.br/noticias/2280815/a-depreciacao-do-ativo-imobilizado-metodos
https://www.dicionariofinanceiro.com/depreciacao/