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Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 1 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Aula 05 Curso: Contabilidade p/ TCE MG Professor: Feliphe Araújo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 2 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 – Ativo Imobilizado ........................................................................... 4 2.1 – Reconhecimento do Imobilizado ........................................................................................... 5 2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado ...................................................................................... 6 2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo ...................................................... 8 2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado ........................................................................................... 11 3 - Depreciação, Amortização e Exaustão .......................................... 13 3.1 - Depreciação.......................................................................................................................... 14 3.1.1 - Métodos de Depreciação .............................................................................................. 18 3.1.2 - Depreciação Acelerada ................................................................................................. 20 3.1.3 - Depreciação de bens usados ......................................................................................... 20 3.2 - Amortização ......................................................................................................................... 22 3.3 - Exaustão ............................................................................................................................... 24 3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil ................................................................................... 26 4 – Resumo da Aula ........................................................................... 33 5 – Questões Comentadas ................................................................. 39 6 – Lista de Exercícios ....................................................................... 90 7 – Gabarito ..................................................................................... 108 Aula 05 – Ativo Imobilizado (CPC 27). Tratamento das Depreciações, amortização e exaustão, conceitos, determinação da vida útil, forma de cálculo e registros. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 3 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos, tudo bem? Sejam bem-vindos à quinta aula do nosso curso. Sei que vocês estão se dedicando intensamente nos estudos para serem aprovados. E eu, além torcer por vocês, estou me dedicando e trabalhando com humildade para oferecer o melhor curso de Contabilidade. Espero contribuir para sua aprovação. Estamos avançando bem e a cada dia subimos um degrau rumo à sua aprovação. Hoje, entre outros, vamos tratar de assuntos de muita importância, pois sempre estão presentes nas provas: ativo imobilizado e depreciação. Não se preocupe com a quantidade de páginas, porque mais de 70% dessa aula é composta de exercícios e do resumo, que são utilizados para fixação da matéria e futuras revisões. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Vamos começar a nossa aula! Um forte abraço, Feliphe Araújo. 1 - INTRODUÇÃO C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 4 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Segundo o art. 179, IV, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. De acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), que está em perfeita consonância com a Lei das S.A., ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera que sejam usados durante mais do que um período. Em outras palavras, os itens classificados no ativo imobilizado precisam ter as seguintes características: bens tangíveis (existência física), utilizados pela entidade na manutenção das suas atividades e vida útil maior que um ano. Exemplos de bens classificados no ativo imobilizado: as edificações, os terrenos utilizados pela empresa, os veículos, as máquinas e equipamentos, os móveis e utensílios, o estoque de peças e partes de reposição, as benfeitorias em propriedades de terceiros (quando o custo for pago pela empresa locatária). Um item tangível que seja utilizado por menos de um ano deve ser considerado despesa do período. Meus alunos, devemos lembrar que alguns dos bens acima poderão ter diferentes classificações, dependendo da finalidade utilizada pela empresa. Por exemplo, se uma entidade tem como atividade compra e venda de máquina, esta será classificada no ativo circulante, conta estoque de mercadorias. Se a máquina for utilizada pela empresa para desenvolvimento de suas atividades, por exemplo, produção de produtos para revenda, a máquina será classificada no ativo imobilizado. Por fim, se a máquina for adquirida para ser alugada com a finalidade de obter rendimentos (desde que a empresa não tenha como atividade o aluguel de máquinas), a máquina será classificada no Ativo Investimento. Quanto às benfeitorias em propriedades de terceiros, que são benfeitorias ou construções realizadas em imóveis locados, a regra é que sejam classificados no ativo imobilizado da empresa locatária. Por isso, se a questão não mencionar nada e tiver em uma lista de contas, a conta benfeitorias em propriedades (ou imóveis) de terceiros, classifique-a como ativo imobilizado. Porém, se as benfeitorias forem gastos pequenos, como a pintura de um imóvel, a contabilização será feita diretamente como despesa no 2 – Ativo Imobilizado C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B OS A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 5 de 108 www.exponencialconcursos.com.br resultado da empresa locatária, caso ela tenha pago tal despesa. Por fim, caso haja hipótese de reembolso pelo locador ao locatário das benfeitorias realizadas, a empresa locatária do bem registará os valores como direitos a receber no ativo circulante ou no ativo não circulante realizável a longo prazo. Sobre o termo “aluguel para outros”, é necessária uma explicação. Só é considerado ativo imobilizado os bens tangíveis alugados que estejam diretamente ligados à atividade operacional da entidade. Por exemplo, um edifício alugado para os funcionários ou para alguma empresa do grupo, como está servindo aos interesses do negócio, deve ser classificado como ativo imobilizado. Ainda, os veículos de empresas de locação de veículos são exemplos de imobilizados alugados. Porém, se a empresa possui um terreno que é alugado a terceiros e o objetivo é obter renda, este bem deve ser classificado como Ativo Investimento. Esquematizando: O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: (a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e (b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado. A entidade avalia segundo esse princípio de reconhecimento todos os seus custos de ativos imobilizados no momento em que eles são incorridos. Esses custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item Bens destinados para aluguel quando estiver vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços Ativo Não Circulante Imobilizado quando estiver vinculado a um investimento em si mesmo, com o objetivo de obter renda Ativo Não Circulante Investimento 2.1 – Reconhecimento do Imobilizado C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 6 de 108 www.exponencialconcursos.com.br do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renová-lo, substituir suas partes, ou dar manutenção ao mesmo. O custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Exemplos de custos diretamente atribuíveis ao imobilizado: (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução* das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. * Vamos supor que a empresa “X” comprou uma máquina para fazer picolés. Antes de entrar em produção, a empresa gastou R$ 1.000,00 com teste para verificar se a máquina estava realmente funcionando como deveria. Durante os testes, foram fabricados 10 picolés e constataram que a máquina está 2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 7 de 108 www.exponencialconcursos.com.br pronta para produção. A empresa vendeu por R$ 8,00 (já líquido de comissões) cada picolé. Assim, o valor que deve ser incluído no custo do imobilizado não é R$ 1.000,00, mas R$ 920,00 (1.000 – 10 picolés x R$ 8,00), que é o valor dos custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após deduções das receitas líquidas provenientes das vendas de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição. Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos: (a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total; (b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e (c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade. (Cesgranrio/Contador – BNDES/2009) A Empresa X informou os seguintes dispêndios, em reais, havidos com um equipamento: Preço de aquisição 500.000,00 Imposto de importação 50.000,00 Preparação do local 30.000,00 Testes de funcionamento 20.000,00 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 8 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Honorários dos técnicos que realizaram os testes 10.000,00 Custos administrativos5.000,00 De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aprovado pela Deliberação, CVM nº 583/2009, o custo do equipamento para efeitos de imobilização, em reais, é a) 560.000,00 b) 565.000,00 c) 580.000,00 d) 610.000,00 e) 615.000,00 Resolução: Conforme acabamos de ver, o custo do equipamento é: + Preço de aquisição................................................... 500.000,00 + Imposto de importação...............................................50.000,00 + Preparação do local....................................................30.000,00 + Testes de funcionamento............................................20.000,00 + Honorários dos técnicos que realizaram os testes...........10.000,00 = Equipamento.............................................................610.000,00 Os custos administrativos não integram o custo de aquisição do equipamento. Gabarito: Letra D. Após o registro inicial, o imobilizado pode ter custos subsequentes. Estes são gastos com a manutenção do ativo, que não necessariamente irão se traduzir em despesas do exercício. A entidade fica sujeita a assumir gastos com a manutenção de ativos, a fim de aumentar a vida útil do bem ou mantê- los em pleno funcionamento. Doutrinariamente, dividimos tais gastos em duas categorias: gastos de capital ou gastos do período. Gastos de capital são os gastos relacionados ao ativo imobilizado que irão beneficiá-lo por mais de um exercício social deverão ser adicionados ao custo do ativo, desde que atendam as condições de reconhecimento de um ativo 2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 9 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Alguns itens do ativo imobilizado podem requerer paradas programadas, como por exemplo, um forno que requer novo revestimento após um número específico de horas de uso; ou as paredes internas de um edifício, que necessitam de substituição em intervalos regulares. Nesses casos, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Para demonstrar, vamos supor que um equipamento, cujo valor original seja de R$ 10.000,00, apresente um problema em sua estrutura, exigindo reparo imediato. O serviço de reforço da estrutura foi orçado em R$ 2.000,00. Quando a entidade efetuar tal reparo, o lançamento a ser realizado para registro deverá ser: Lançamento para registro dos gastos de capital: Equipamento (ativo imobilizado) Caixa .............................. 2.000,00 O saldo final bruto do ativo imobilizado ficará em R$ 12.000,00 (antes da incidência da depreciação e de eventuais perdas para ajuste ao valor recuperável). Vamos ver agora os gastos do período. De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os Gastos do período são os gastos de "manutenção e reparo", necessários para manter o imobilizado em condições operacionais, mas que se limitam a um único exercício. não deverão ser adicionados ao custo do ativo esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 10 de 108 www.exponencialconcursos.com.br custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. Conforme evidencia o Manual de Contabilidade Societária do FIPECAFI, na prática a distinção entre gastos do período e gastos de capital pode não ser das tarefas mais fáceis. Portanto, é bastante importante a atenção a princípios bem estabelecidos. Em geral, as empresas adotam o critério de materialidade e relevância dos gastos para enquadrá-los como de capital ou do período. Itens de baixo valor, como peças de reposição e insumos utilizados para a realização de reparos podem ser classificados como gastos do período. Quando, por outro lado, os dispêndios são relevantes, ou quando envolvem a adição de novas peças que trazem novas funcionalidades ao equipamento, os gastos relacionados à aquisição e instalação destas peças são adicionados ao custo do imobilizado. Segundo o CPC 27, os gastos efetuados com sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno que a entidade adquire são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera utilizá-los por mais de um período (portanto, não se prestam à venda, mas para uso sobre o ativo imobilizado). Do mesmo modo, se estes elementos somente puderem ser utilizados em conexão com itens do ativo imobilizado, eles também deverão ser contabilizados como ativo imobilizado. Em provas, normalmente a conta Peças e Conjunto de Reposição é apresentada como de ativo imobilizado, mesmo sem indicação do tempo pelo qual a entidade espera utilizá-la. Além disso, quando os estoques de peças e conjunto de reposição estiverem vinculados a outros itens de imobilizado (como, peças de máquinas ou de veículos) de maneira evidente, ela também deverá ser classificada no ativo imobilizado. Estoques e peças para reposição não devem ser depreciados, exceto se estiverem disponíveis para uso (no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração). Esquematizando: Custos Gastos Reconhecimento Manutenção e reparos Gastos do período São reconhecidos no resultado quando incorridos Peças e reposição ou paradas programadas Gastos de capital São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado (ESAF/AFRFB/2012) Os gastos com a aquisição de Peças e Materiais de Consumo e Manutenção de itens do imobilizado e o de Peças e Conjunto para Reposição em Máquinas e Equipamentos são classificados: C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 11 de 108 www.exponencialconcursos.com.br a) ambos como Ativo Circulante. b) Despesas Operacionais e Estoques. c) Conta de Resultado e Imobilizado. d) ambos comoImobilizado. e) Imobilizado e estoques. Resolução: Custos Reconhecimento Manutenção e reparos São reconhecidos no resultado quando incorridos Peças e reposição ou paradas programadas São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado Os sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno devem ser agregados ao custo do ativo imobilizado quando a empresa espera utilizá-los por mais de um exercício. Classificação: Gastos com a aquisição de Peças e Materiais de Consumo e Manutenção de itens do imobilizado: conta de resultado. Gastos com a aquisição de Peças e Conjunto para Reposição em Máquinas e Equipamentos: imobilizado. Gabarito: Letra C. De acordo com a Lei 6404/76, art. 183: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: (.........................) V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; (.........................) § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; 2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 12 de 108 www.exponencialconcursos.com.br b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. Explicando, o imobilizado deve ser registrado inicialmente pelo seu custo de aquisição. Uma vez registrado, o ativo imobilizado que estiver disponível para uso, ou seja, em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração, deverá ser depreciado. A conta de Depreciação Acumulada registra o total das despesas de depreciação incorridas ao longo da vida útil do bem, sendo conta retificadora de ativo imobilizado. Além do reconhecimento das despesas de depreciação, a entidade deverá realizar, periodicamente, teste de recuperabilidade (Impairment) para seus ativos imobilizados, com o objetivo de verificar se o valor contábil destes ativos está superior ao valor recuperável de uso ou alienação (iremos ver este tópico em aula futura). É hora de praticar! (ESAF/AFC - CGU/2008) Julgue os itens que se seguem e marque, com V para o verdadeiro e F para o falso: III. No ativo imobilizado, serão registrados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Resolução: Como visto na explicação da parte teórica, no ativo imobilizado, serão registrados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Gabarito: Verdadeiro. Vamos agora estudar depreciação, amortização e exaustão. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 13 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Inicialmente, esclareço que esse tópico está muito ligado também ao ativo intangível, por isso, este ativo será abordado de uma forma bem geral, pois iremos detalhá-lo em aula futura. Segundo o artigo 179, IV e VI, da Lei 6.404/76, classificam-se, respectivamente, no Ativo Imobilizado e no Ativo Intangível: Regra geral, os bens e direitos de natureza permanente, cuja vida útil (bens) ou prazo de exercício (direitos) seja superior a um ano, sujeitam-se a depreciação, amortização ou exaustão, conforme o caso. Não precisam ser classificados no ativo imobilizado e intangível, os quais serão debitados diretamente ao resultado do exercício, como custo ou despesa operacional, os bens e direitos: Cujo valor unitário não supere o limite de R$ 1.200,00 fixado na legislação tributária, mesmo que o prazo de vida útil seja superior a um ano; (Decreto-Lei nº 1.598/77) Cujos elementos patrimoniais de vida útil ou prazo de exercício inferior a um ano; Os bens locados ou sujeitos a arrendamento mercantil (leasing) operacional; De acordo com o § 2º, art. 183, da Lei 6.404/76, a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: Ativo Imobilizado • classificam-se os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Ativo Intangível • classificam-se os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 3 - Depreciação, Amortização e Exaustão C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 14 de 108 www.exponencialconcursos.com.br A depreciação representa a diminuição do valor dos bens corpóreos (tangíveis ou materiais) que integram o ativo imobilizado, em decorrência de desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência. O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção à atividade da empresa. São considerados bens de consumo durável, pois não são utilizados uma única vez. Depreciar significa “perder ou reduzir valor”. Vamos ver isso na prática. Por exemplo, quando compramos um carro zero, sabemos que, ao longo do tempo, ele terá perdido valor, pois ele não será mais zero, mas “usado”. Esta perda de valor é a depreciação. A depreciação é o procedimento que consiste em considerar despesa ou custo do período uma parte do valor do bem registrado pela empresa. Ela também pode ser considerada como uma parcela que se retira do lucro com o fim específico de formar uma provisão que permita substituir o bem depreciado sem a necessidade de recorrer a capitais de terceiros. São exemplos de bens classificados no Ativo Imobilizado e, portanto, estão sujeitos a depreciação: edificações, veículos, máquinase equipamentos, móveis e utensílios, computadores etc. Por exemplo, se uma empresa adquire um veículo à vista no valor de R$ 10.000,00, inicialmente, a empresa registrará o veículo como um bem, no ativo imobilizado e não como uma despesa. Lançamento: D - Veículos (Ativo Imobilizado) C - Caixa (Ativo Circulante) ........................ 10.000,00 DEPRECIAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; AMORTIZAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; EXAUSTÃO ▪ quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 3.1 - Depreciação C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 15 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Depois, quando do efetivo funcionamento do veículo, a empresa registrará uma despesa de depreciação, ao longo da vida útil do bem. Essa despesa diminuirá o lucro da empresa, refletindo em uma menor parcela de impostos que incidem sobre o lucro a pagar. Vamos supor uma despesa de depreciação no primeiro ano de R$ 2.000,00. Lançamento: D - Despesas de Depreciação (Resultado) C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) ............. 2.000,00 Como vocês podem ver, a despesa de depreciação não pressupõe a redução do valor original da conta veículo. Essa redução é contabilizada na conta Depreciação Acumulada, retificadora de ativo, integrante do grupo patrimonial ao qual pertence o bem depreciado. Segue o registro do bem com a depreciação acumulada respectiva no balanço patrimonial: ATIVO Veículo 10.000,00 (-) Depreciação acumulada (2.000,00) Total = 8.000,00 A depreciação será calculada pela aplicação da taxa de depreciação, fixada em função da vida útil do bem, sobre o valor dos bens objeto de depreciação. A vida útil de um bem é o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. A taxa de depreciação corresponde a um percentual fixado em função do prazo durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem, na produção de seus rendimentos. Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Exemplo: Se a Empresa Aprovados S/A adquire duas máquinas e estima que uma terá vida útil de 10 anos e o outra terá vida útil de 8 anos, deve depreciá-las conforme esta estimativa. No entanto, a Receita Federal do Brasil aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. Assim, as diferenças porventura existentes, entre a melhor estimativa e o critério determinado pelo fisco na vida útil do bem, devem ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 16 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Para concursos, devemos usar o que informa a questão, ainda que diferente do critério fiscal. Se não mencionar vida útil, usamos a taxa de depreciação que o fisco determina, conforme tabela abaixo: Bens (contas) Taxa anual Prazo (vida útil) Edifícios, construções e benfeitorias 4% 25 anos Máquinas, equipamentos e instalações 10% 10 anos Móveis e Utensílios 10% 10 anos Computadores e periféricos 20% 5 anos Veículos 20% 5 anos Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens: a. Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos, benfeitorias e construções; b. Prédios ou construções não alugados e nem utilizados na produção de bens ou serviços destinados a manter a atividade da empresa; c. Bens que aumentam de valor com o tempo como as antiguidades e as obras de arte; d. Bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou exaustão. Conceitos importante que você deve levar para sua prova: 1) Valor original: É o valor pelo qual o bem é inicialmente registrado na contabilidade da entidade. Está intrinsecamente relacionado ao princípio do registro pelo valor original. Normalmente, equivale ao custo de aquisição dos veículos, máquinas, imóveis, etc. O valor original não deve ser alterado para registro da depreciação. Iremos utilizar a conta retificadora de ativo “Depreciação Acumulada” para isso. 2) Valor contábil: é o montante pelo qual o ativo está registrado na contabilidade, líquido da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor recuperável. Por exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 e que já tenha acumulado despesas de depreciação de R$ 2.000,00, terá como valor contábil o montante de R$ 8.000,00. Valor original registrado no Balanço Patrimonial ...................... 10.000 (-) Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada ............. (2.000) (-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável .................. 0 = Valor Contábil ................................................................ 8.000 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 17 de 108 www.exponencialconcursos.com.br 3) Valor residual: Valor residual é o montante líquido que a entidade espera, com razoável segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil, deduzidos os custos esperados para sua venda. Esse valor não deve ser depreciado. 4) O valor depreciável é o montante que a entidade deverá utilizar como base de cálculo para lançamento das despesas de depreciação. Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. Por exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 tem vida útil de 5 anos e valor residual de 10% (1.000,00). Assim, o valor depreciável é igual a R$ 9.000,00 (10.000 – 1.000). Valor do Custo de Aquisição ............................. 10.000 (-) Valor Residual ........................................... (1.000) = Valor depreciável ...................................... 9.000 5) Um Bem só pode ser depreciado a partir do mês em que for colocado em uso. Porém, se na questão não constar a data de início de utilização, para fins de cálculo da depreciação, você considera que a empresa começou a utilizar o bem na data da compra. 6) Quando um bem for adquirido e colocado em uso durante o ano, sua taxa de depreciação deverá ser proporcional ao número de meses durante o qual for utilizado. Considera-se como mês integral a fração do mês no qualo bem foi posto em utilização, mesmo que tenha sido de apenas um dia. Ou seja, se o bem for utilizado um dia no mês (início da utilização no último dia do mês), o correto é depreciar esse mês também. Portanto, não importa se o bem começou a ser utilizado no início ou no final do mês de junho, para fins de cálculo, considera- se a depreciação do mês de junho. Porém, a FCC entende de uma maneira diferente. Por exemplo, um bem que for adquirido e iniciar sua utilização em 31/12/2014, quantos meses deveriam ser depreciados até 31/12/2015? Com base no nosso estudo, o correto seria depreciar 13 meses (1 mês de 2014 (31/12/2014) + 12 meses de 2015). Porém, a FCC considera o prazo cheio, ou seja, no exemplo dado, a FCC depreciaria 12 meses, pois entende que foi um ano. 7) Lançamento de aquisição de um bem depreciável à vista: D - Veículos (Ativo Imobilizado) C - Caixa (Ativo Circulante) C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 18 de 108 www.exponencialconcursos.com.br 8) Lançamento de registro da depreciação no período: D - Despesas de Depreciação (Resultado) C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) 9) Quando a depreciação acumulada de um bem chegar a 100% não haverá mais o cálculo nem a contabilização de depreciação. O bem permanece na contabilidade pelo valor original e a conta Depreciação Acumulada terá valor idêntico, até ser baixado. 10) Lançamento de baixa de bem totalmente depreciado: D - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) C - Veículos (Ativo Imobilizado) 11) Os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de partes ou peças de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento da vida útil superior a um ano, devem ser incorporados ao valor do bem para fins de depreciação do novo valor contábil. Vejamos alguns dos métodos utilizados para cálculo da depreciação. a) Método linear ou da linha reta (método das quotas constantes) É o método mais recorrente em provas e o mais utilizado pelas bancas. Se a questão não mencionar o método de depreciação, você irá utilizar o linear. Provavelmente, uma questão sobre depreciação será cobrada na sua prova. A depreciação é calculada dividindo-se os 100% (cem por cento) do bem ou do seu valor pelo tempo de vida útil estimada. Geralmente, é determinada de forma anual. Se quiser encontrar a taxa mensal, basta dividir a taxa anual por 12 meses. Normalmente, para efeito de cálculo de depreciação, não consideramos a fração diária de depreciação e sim no mínimo a fração mensal. Exemplo: Um veículo adquirido por R$ 10.000,00 com tempo de vida útil estimado de 5 anos possui taxa de depreciação anual de: Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% ao ano. Despesa de depreciação anual = 20% X 10.000 = R$ 2.000,00. ou Despesa de depreciação anual = 10.000/5 anos = R$ 2.000,00. 3.1.1 - Métodos de Depreciação C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 19 de 108 www.exponencialconcursos.com.br b) Método da soma dos dígitos ou método de Cole É determinada somando-se os dígitos correspondentes à vida útil do bem e dividindo cada algarismo pela soma. Se, por exemplo, um bem tiver a vida útil de 5 anos, bastaríamos somar os dígitos 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15 e estabelecermos a proporcionalidade de cada dígito em relação à soma dos mesmos, obtendo-se assim a taxa anual de depreciação. Esse método pode ser calculado da forma crescente ou decrescente. Suponha que o valor a ser depreciado será de R$ 4.500,00. Pelo método da soma dos dígitos, na forma crescente, temos que: Taxas crescentes Ano Fração Depreciação anual 1 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 2 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 4 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 5 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 Total R$ 4.500,00 Considerando o mesmo exemplo acima, pelo método da soma dos dígitos, na forma decrescente, temos que: Taxas decrescentes Ano Fração Depreciação anual 1 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 2 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 4 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 5 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 Total R$ 4.500,00 c) Método das horas de trabalho Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de vida útil previsto para o bem. A cota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas trabalhadas no período pelo número de horas de trabalho estimado durante a vida útil do bem. Este método é próprio das empresas industriais. Exemplo: Máquina com vida útil de 10.000 horas. Trabalhou 1.000 horas em X1. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 20 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Depreciação anual: 1.000 / 10.000 = 0,10 ou 10%. d) Métodos das unidades produzidas Também é utilizado por empresas industriais, e consiste em estimar o número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil. A cota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo de sua vida útil. Exemplo: uma máquina custou R$ 50.000 e com capacidade de produção total, ao longo de toda a sua vida útil, de 500.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 100.000 unidades. Portanto, a depreciação em X1 será: Taxa de depreciação = (100.000/500.000) = 0,20 ou 20%. Valor da depreciação em X1: 50.000 x 20% = R$ 10.000,00. A depreciação acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores em função do número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste pelo uso. Somente é adotada no caso de bens móveis. Coeficientes adotados: I. Coeficiente 1,0 para um turno de oito horas de operação; II. Coeficiente 1,5 para 2 turnos de oito horas de operação (16 horas); III. Coeficiente 2,0 para 3 turnos de oito horas de operação (24 horas); Exemplo: Uma máquina registrada no balanço de 19X0 por R$ 10.000,00, e que trabalhou 3 turnos diários durante o exercício de 19X1. Calcular a depreciação a ser registrada no balanço de 19X1. Por trabalhar 3 turnos - implica usar o coeficiente 2,0 sobre a taxa anual de depreciação do bem, assim: Depreciação Acelerada = (2,0 x 10%) x 10.000,00 = R$ 2.000,00 A depreciação de bens adquiridos usados possui uma regra diferente de cálculo dos bens novos. 3.1.2 - Depreciação Acelerada 3.1.3 - Depreciação de bens usados C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: ContabilidadeTeoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 21 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, o prazo de depreciação será o maior dentre os seguintes: a. metade do prazo de vida útil do bem novo; b. restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em relação à primeira instalação ou utilização desse bem. Exemplo: Aquisição de duas máquinas usadas, a primeira com dois anos de uso e a segunda com 8 anos de uso. O tempo de vida útil normal da máquina, quando nova, é de 10 anos. Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos – 2 anos = 8 anos Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos No caso 1, o veículo será depreciado em 8 anos. Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos – 8 anos = 2 anos Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos No caso 2, o veículo será depreciado em 5 anos. Vamos praticar!!!! (CESPE/Contador - FUB/2015) Determinado bem imobilizado foi adquirido ao custo de R$ 100.000, sendo sua vida útil estimada em dez anos, sem valor residual. Em 2014, após oito anos de uso, foram realizados gastos de R$ 1.000 para manutenção e reparos nesse imobilizado. Nessa situação, o valor líquido desse imobilizado, no final de 2014, é igual a R$ 20.000. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: 1. Cálculo da depreciação anual com base no tempo de vida útil: Depreciação anual = Valor depreciável / Vida útil Depreciação anual = 100.000 / 10 anos = R$ 10.000 por ano 2. Agora, vamos calcular a depreciação acumulada até a data da análise, ou seja, após 8 anos de uso, mediante a multiplicação do valor da depreciação anual pelo período em que o bem esteve em uso na empresa: Depreciação Acumulada =Depreciação anual x 8 anos Depreciação Acumulada = 10.000 x 8 = R$ 80.000,00 Por fim, calculamos o Valor Contábil do imobilizado na data da análise: C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 22 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Valor Contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas Valor Contábil = 100.000 – 80.000 = R$ 20.000,00 De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. Esquematização: Custos Gastos Reconhecimento Manutenção e reparos Gastos do período São reconhecidos no resultado quando incorridos Peças e reposição ou paradas programadas Gastos de capital São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado Portanto, os gastos de R$ 1.000 para manutenção e reparos no imobilizado devem ser classificados, no período em que foram incorridos, como despesa. Gabarito: Certo. A amortização representa a diminuição do valor de bens intangíveis, ou em outras palavras, a recuperação econômica do capital aplicado nesses bens. São bens classificados no Ativo não Circulante, subgrupo Intangível: Marcas e Patentes, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto Comercial, fundo de Comércio, Benfeitorias em prédios de terceiros (Ativo Imobilizado), desenvolvimento de produtos etc. Normalmente, os bens do Ativo Intangível são amortizados. Excetua-se alguns itens do Imobilizado, como a Benfeitoria em Propriedade de terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada. AMORTIZAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 3.2 - Amortização C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 23 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Esquematizando: Por exemplo, se uma entidade X aluga um imóvel por 30 anos, sendo realizado benfeitorias de valores relevantes classificados no ativo imobilizado. Se a vida útil do imóvel for de 25 anos, as benfeitorias em propriedades de terceiros serão depreciadas no prazo de 25 anos, pois o prazo do contrato de aluguel é maior que a vida útil do bem. Ao contrário, se uma entidade X aluga um imóvel por 20 anos, sendo realizado benfeitorias de valores relevantes classificados no ativo imobilizado. Se a vida útil do imóvel for de 25 anos, as benfeitorias em propriedades de terceiros serão amortizadas no prazo de 20 anos, pois o prazo do contrato de aluguel é menor que a vida útil do bem. OBSERVAÇÃO: O montante acumulado da amortização não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem ou direito, corrigido monetariamente. O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido do valor que será amortizado. A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas Benfeitoria em Propriedade de Terceiros Prazo do Contrato de aluguel > Vida útil do bem Depreciação com base na vida útil do bem Prazo do Contrato de aluguel < Vida útil do bem Amortização com base no prazo do contrato Ativo Intangível vida útil definida deve ser amortizado vida útil indefinida não deve ser amortizado C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 24 de 108 www.exponencialconcursos.com.br condições necessárias para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. O processo de amortizar é o mesmo que depreciar. Exemplo: Marcas e Patentes = R$ 1.000.000,00 Prazo de utilização = 10 anos Taxa Anual = 100%/10 anos = 10% a.a. Amortização Anual = 10% x 1.000.000,00= 100.000,00 Contabilização: Despesa de Amortização a Amortização Acumulada ......................... 100.000,00 Corresponde à perda de valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais ou de bens aplicados nessa exploração. Exaurir, segundo o dicionário, significa “gastar”, “esgotar inteiramente”. Observação: A exaustão pode ser aplicada em bens do Ativo Imobilizado (Ex: florestas próprias), ou no Intangível (concessões obtidas - exploração de recursos minerais). Os recursos florestais podem ser destinados ao corte (ex.: seringueira) ou à produção de frutos (ex.: plantação de manga e abacaxi). Quando as florestas forem próprias, os recursos florestais destinados ao corte serão exauridos. Já os recursos florestais próprios destinados a produção de frutos serão depreciados. No caso dos recursos minerais, somente se sujeitam à exaustão as minas que estiverem sob o regime de concessão, ou seja, prazo contratual superior ao prazo de esgotamento dos recursos minerais ou prazo indeterminado de exploração dos recursos minerais. Quando o prazo contratual for inferior ao prazo de esgotamento dos recursos minerais, deve ser aplicada a taxa de amortização, uma vez que são minas arrendadas (propriedade de terceiros). Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para 3.3 - Exaustão C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 25 de 108 www.exponencialconcursos.com.br esgotar os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão. Possança, na contabilidade, é o tamanho (ou capacidade) de um recurso mineral, medida em toneladas ou metros cúbicos. Lembrar que o processo de exaustão é idêntico ao de depreciar e amortizar, diferenciando-se dos bens a que se aplicam. Não estão sujeitos à exaustão os recursos minerais inesgotáveis ou de exaustão indeterminada, como as fontes de água mineral. Exemplo: Custo de Obtenção dos Direitos de Lavra = R$ 100.000,00 Reserva Potencial de Exploração (possança) conhecida = 20.000.000 t Minério extraído por ano = 2.400.000 toneladas Taxa de exaustão = 2.400.000 X 100 = 12% 20.000.000 Despesa de Exaustão = 12% x 100.000,00 = R$ 12.000,00 Lançamento: Despesa de Exaustão a Exaustão Acumulada .................... 12.000,00 (ESAF/AFRE-MG/2005) A mina Etereal, após a aquisição e instalação, custará R$ 300.000,00 aos cofres da nossa empresa, mas tinha capacidade estimada em 500 mil metros cúbicos de minério e foi instalada com capacidade de exploração em 8 anos, mantendo-se o residual de proteção de 20% da capacidade produtiva. Ao fim do 5º ano de exploração bem-sucedida, a mina foi alienada por R$ 200.000,00, com quitação em vinte duplicatas mensais. Analisando essas informações, assinale a única alternativa que não é verdadeira: a) A exploração anual será de 50 mil m³ de minério. b) A taxa de exaustão será de 10% do custo total por ano. c) A taxa de exaustão será de 12,5% ao ano. d) Ao fim do 5º ano, a exaustão acumulada será de 50% do custo da mina. e) O custo a ser baixado no ato da venda será de R$ 90.000,00. Resolução: Dados da questão: C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 26 de 108 www.exponencialconcursos.com.br - Custo de aquisição das jazidas = R$ 300.000,00 - Capacidade estimada de minério na jazida = 500.000 m³ - Valor residual da mina = 20% = R$ 60.000,00 ou 100 mil m³ - Valor exaurível da Mina (BC da exaustão) = custo de aquisição – valor residual Valor exaurível da Mina = 300.000 – 60.000 = R$ 240.000,00 - Capacidade de exploração em m³ = 400 mil m³ - Capacidade de exploração em anos = 8 anos - Taxa de exaustão anual da mina = 100% / 8 = 12,5% Vamos analisar cada alternativa: a) correta. Se a mina tem capacidade exaurível de 400.000 m³ em 8 anos, então, a exploração anual da mina será de 400.000 m³/8 = 50.000 m³/ano. b) correta. A taxa de exaustão anual da mina será de 12,5% da parcela exaurível, logo, 240.000 x 12,5% = R$ 30.000,00. Este valor representa, justamente, 10% do custo total de mina, que foi R$ 300.000,00. c) correta. A taxa de exaustão é a taxa que será aplicada sobre o valor exaurível durante a vida útil. Taxa de exaustão anual da mina = 100% / 8 = 12,5%. d) correta. A despesa de exaustão da mina é de R$ 30.000,00 ao ano. Ao final de 5 anos, a exaustão acumulada será de R$ 150.000,00 (5 x 30.000). Este valor equivale a 50% do custo de aquisição da mina (50% x 300.000). e) incorreta. O custo a ser baixado no ato da venda será o valor contábil da mina de R$ 150.000 e não de R$ 50.000,00. O valor contábil é dado pela diferença entre o custo de aquisição (300.000) e a exaustão acumulada (150.000). O tópico sobre baixa de bens do ativo imobilizado será visto em aula futura. Gabarito: Letra E. De acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a mudança na estimativa contábil decorre de uma nova informação ou inovações que resultar em ajustes nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, avaliados com base em informações disponíveis e confiáveis a época da mensuração. Ao longo da utilização de seus ativos, a companhia pode perceber que a vida útil estimada para alguns de seus bens precisa ser revista. Este fato afetará o cálculo da depreciação, da amortização ou da exaustão. 3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 27 de 108 www.exponencialconcursos.com.br A mudança na vida útil ou no padrão esperado de consumo de um ativo não trará qualquer impacto sobre o valor original do bem. Do mesmo modo, a depreciação acumulada até o período de revisão da estimativa de vida útil será mantida. A diferença fica por conta da vida útil restante e da base de cálculo das despesas de depreciação. Caros alunos, a regra é que o valor depreciável é igual ao custo de aquisição do ativo (ou valor original) menos o valor residual. Porém, quando a vida útil ou o valor residual do ativo forem reestimados, o valor do custo de aquisição é substituído por outro valor, chamado muitas vezes de valor contábil revisado. Este valor é o valor contábil do bem registrado no balanço do ano anterior ao ano em que a empresa vai efetuar o cálculo da depreciação. Sabemos que o valor contábil é igual ao custo de aquisição menos a depreciação acumulada e as perdas por “impairment”. Por exemplo, vamos supor que a empresa Aprovados S/A adquira um veículo ao custo de R$ 20.000,00 em primeiro de janeiro de 2012 e, na ocasião, fica estimado que a vida útil do imobilizadoé de 5 anos. Em primeiro de janeiro de 2015, a empresa decide proceder à revisão da vida útil do veículo. Laudo emitido por técnicos especializados dão conta de que o ativo possui, a partir da data da avaliação, mais 4 anos de vida útil. Qual é o valor: a) da despesa de depreciação do veículo no ano de 2015? b) do valor contábil do veículo no ano de 2015? Primeiro, descobriremos o valor contábil do veículo na data da reestimativa, ou seja, em primeiro de janeiro de 2015. Custo de aquisição do veículo em 01/01/2006 = R$ 20.000,00 Vida útil em 2012 = 5 anos Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% a.a. Cálculo das despesas de depreciação de 2012 a 2014: Despesa de depreciação em 2012 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 Despesa de depreciação em 2013 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 Despesa de depreciação em 2014 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 = saldo total de depreciação acumulada até 2008 = R$ 12.000,00 Custo de aquisição do veículo ................. 20.000 (-) Depreciação acumulada .................. (12.000) = Saldo contábil em 31/12/2014 …............ 8.000 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 28 de 108 www.exponencialconcursos.com.br A nova base de cálculo da depreciação do bem, após a reestimativa da vida útil, será o valor contábil à época deste fato, deduzido de eventuais valores residuais (se houver). Em janeiro de 2015, foi realizada uma reestimativa da vida útil do veículo, que será utilizado por mais quatro anos. Então temos: O valor contábil revisado do ativo é igual ao valor contábil que está registrado no balanço fechado no final do ano anterior (31/12/2014). Portanto, o valor contábil revisado do ativo em, 31/12/2014, é igual a 8.000,00 (20.000 – 12.000). Vida útil em 2015 = 4 anos Taxa de depreciação anual = 100%/4 anos = 25% a.a. Depreciação em 2015 = (custo de aquisição – depreciação acumulada) x taxa de depreciação Depreciação em 2015 = 8.000 x 25% = R$ 2.000,00 Custo de aquisição do veículo ....... 20.000 (-) Depreciação acumulada ......... (14.000) = (12.000 + 2.000) = Saldo contábil em 31/12/2015 .... 6.000 Agora, podemos responder as perguntas da questão: a) despesa de depreciação em 2015 = R$ 2.000,00. b) valor contábil do veículo em 2015 = R$ 6.000,00. Meus caros, em nosso exemplo, o bem não possuía valor residual. Porém, ainda que o tivesse, o valor depreciável do bem, após a reestimativa da vida útil, seria o valor contábil na data da reestimativa deduzido do valor residual identificado (que pode ser o mesmo ou outro, também revisto pela companhia). Esclarecemos que não alteramos o valor original do ativo. Mexemos na nova avaliação de vida útil (ou no valor residual, se for o caso) e no valor depreciável do bem após a reestimativa. O valor depreciável só será alterado quando: A vida útil for reestimada; O valor residual for reestimado; ou Ocorrer perda por desvalorização ou reversão de perdas (assunto estudado em aula futura). C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 29 de 108 www.exponencialconcursos.com.br (FCC/SEFAZ – SP/2013) A Cia. Metais adquiriu, em 30/06/2011, uma mina de minério de ferro por R$ 270.000,00. A estimativa inicial era de que seriam extraídas 270.000 toneladas desse minério. Durante 2011, foram extraídas 50.000 toneladas. No início de 2012, os técnicos encontraram um novo veio de minério e reestimaram que ainda existiam 250.000 toneladas para serem extraídas. Durante 2012, foram extraídas mais 20.000 toneladas. Com base nestas informações, o valor da despesa de exaustão referente aos anos de 2011 e 2012 foram, respectivamente, em milhares de reais, a) 50.000 e 17.600. b) 50.000 e 21.600. c) 45.000 e 21.600. d) 50.000 e 18.000. e) 45.000 e 18.000. Resolução: Cálculo da exaustão em 2011: Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 Capacidade (possança) estimada inicial da mina = 270.000 toneladas (T) Extração em 2011 = 50.000 T Exaustão em 2011 = Extração em 2011 x custo de aquisição Possança em 2011 Exaustão em 2011 = 50.000 T x 270.000 = R$ 50.000,00 270.000 T Registro da exaustão em 31/12/2011: Exaustão a Exaustão Acumulada ............................ 50.000,00 Cálculo da exaustão em 2012: Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 Exaustão acumulada em 2011 = R$ 50.000,00 Capacidade (possança) da mina em 2012 após reestimativa = 250.000 T Extração em 2012 = 20.000 T Exaustão = Extração em 2012 x (custo– exaustão acumulada 2011) C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 30 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Possança em 2012 Exaustão em 2012 = 20.000 T x (270.000 – 50.000) = R$ 17.600,00 250.000 T Gabarito: Letra A. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TRE PR/2017) No dia 02/01/2013 uma empresa adquiriu um equipamento de produção pelo valor de R$ 30.000.000,00 e efetuou o pagamento à vista. A vida útil definida pela empresa para o equipamento foi 12 anos e a vida útil para fins fiscais é 10 anos. A despesa de depreciação é calculada em função do tempo decorrido e no início do prazo de utilização a empresa estimou o valor residual para venda do equipamento no final da vida útil em R$ 3.000.000,00. No início do ano de 2016 foi identificado que o valor residual no final da vida útil estimada originalmente pela empresa foi reduzido para R$ 2.550.000,00, em decorrência de mudanças no mercado secundário para este tipo de equipamento. O valor contábil que deveria ser evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2016 para este equipamento era, em reais, (A) 20.950.000,00. (B) 21.000.000,00. (C) 19.200.000,00. (D) 20.000.000,00. (E) 18.000.000,00. Resolução: Uma informação importante é compreender que a vida útil utilizada é a definida pela entidade e não a vida útil para fins fiscais. Cuidado, pois as bancas vão tentar confundir vocês com essa informação. A vida útil fiscal é utilizada para cálculo da depreciação que serve para dedução da base de cálculos dos tributos sobre lucro. Método para resolução no dia da prova: 1. Cálculo do valor contábil do equipamento em 31/12/2015 (antes da reavaliação do valor residual): Tempo utilizado (TU) = 3 anos (02/01/2013 à 31/12/2015) Depreciação acumulada em 31/12/15 = (Custo – Valor residual) x TU Vida útil em anos Depreciação acumulada em 31/12/15 = (30.000.000 – 3.000.000) x 3 12 anos Depreciação acumulada em 31/12/15 = R$ 6.750.000,00 C óp ia reg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 31 de 108 www.exponencialconcursos.com.br 1.1. Valor Contábil apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2015: Custo de aquisição do equipamento ............. 30.000.000,00 (-) Depreciação acumulada ........................ (6.750.000,00) = Valor contábil do equipamento …............. 23.250.000,00 2. Cálculo do valor contábil do equipamento em 31/12/2016 (depois da reavaliação do valor residual): Pessoal, o valor contábil revisado do ativo é igual ao valor contábil que está registrado no balanço fechado no final do ano anterior (31/12/2015). Portanto, o valor contábil revisado do ativo em, 31/12/2015, é igual a 23.250.000,00. Valor residual reestimado = R$ 2.550.000,00 Vida útil remanescente = 9 anos (12 anos – 3 anos) Despesa de Depreciação em 31/12/16 = (23.250.000 – 2.550.000) 9 anos Despesa de Depreciação em 31/12/16 = R$ 2.300.000,00 Custo de aquisição já depreciado ................ 23.250.000,00 (-) Depreciação em 2016 .......................... (2.300.000,00) = Valor contábil do equipamento …............ 20.950.000,00 Gabarito: A. Até 2007/2008, a contabilidade tinha por objetivo atender, principalmente, às exigências do Fisco Federal, Estadual ou Municipal. Por isso, a Contabilidade utilizava como base para seus registros as regras definidas pela Receita Federal. No caso do assunto depreciação, utilizava os prazos de vida útil definidos pela Receita Federal, bem como a depreciação acelerada. Porém, com a entrada em vigor das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, que tiveram como objetivo a convergência da Contabilidade Brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade, as exigências dos fiscos passaram a ser atendidas por livros ou registros auxiliares. A Contabilidade, neste caso, terá que seguir as Normas Contábeis. Segundo Lei nº 6.404, artigo 177: §2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 32 de 108 www.exponencialconcursos.com.br ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) A vida útil para fins fiscais é utilizada para cálculo da despesa de depreciação que será deduzida no cálculo do imposto de renda. Além disso, a depreciação acelerada é um benefício dado pelo Governo àquelas empresas que utilizam suas máquinas em frequência maior do que o período normal de 8 horas. Com isso, elas podem lançar como despesa de depreciação um valor maior, resultando em um menor lucro, pagando menos tributos sobre o lucro. Este cálculo é feito no livro fiscal para apuração do Lucro Real, que servirá de base para cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido. Por isso, a vida útil para fins fiscais e a depreciação acelerada são exigências do Fisco. Para a Contabilidade, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Ou seja, é o período de tempo que a empresa espera utilizar aquele bem. Neste caso, a vida útil utilizada é aquela definida pela empresa de acordo com a utilização prevista. Para cálculo do imposto de renda, que será feita em livro auxiliar, a empresa utiliza a depreciação acelerada e a vida útil para fins fiscais. Para concursos, devemos usar o que informa a questão, ainda que diferente do critério fiscal. Somente usamos as regras fiscais, incluindo a depreciação acelerada, se não for mencionado a vida útil econômica do bem ou se a questão perguntar o valor de acordo com as Normas Fiscais (pode ser utilizado nas provas da Receita Federal). C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 33 de 108 www.exponencialconcursos.com.br 1 – Ativo Imobilizado O custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Exemplos de custos diretamente atribuíveis ao imobilizado: (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. Classificação das contas no ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 4 – Resumo da Aula C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 34 de 108 www.exponencialconcursos.com.br Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado: (a)
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