Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UFBA – Universidade Federal da Bahia Recalques de Fundações 2 Introdução Qual a relevância do tema? Toda construção sofrerá recalques, e em decorrência, poderão ocorre patologias que comprometem a utilização ou a estabilidade da estrutura 3 Introdução E o que é o recalque? Recalque é o abatimento de uma fundação 4 Torre de Pisa - Itália 5 Edifícios em Santos - SP 6 Ciclo Rocha - Solo 7 Edifícios em Santos - SP 8 Palácio de Belas Artes – Cidade do México 9 Palácio de Belas Artes – Cidade do México 10 Obra na Barra da Tijuca – Rio de Janeiro 11 Obra na Barra da Tijuca – Rio de Janeiro 12 Fundações - Recalques •Recalque é resultante da deformação do solo, seja por diminuição de volume e ou da mudança de forma do solo. • No caso de fundações profundas, deve-se acrescentar a compressão elástica do fuste. 13 Fundações – Tipos de Recalques 14 Fundações - Recalques 15 Distorção angular (valores de referência x danos) – Bjerrum (1963) 16 Fundações - Recalques 17 Fundações Diretas – Previsão de Recalques • Areias - Imediato (De≠0 ): Baseados na Teoria da elasticidade Correlações calibradas com provas de carga Previsão a partir de provas de carga • Argilas Saturadas: - Imediato (De=0 ): Baseados na Teoria da elasticidade Correlações calibradas com provas de carga Previsão a partir de provas de carga - Ao longo do tempo Adensamento primário Adensamento secundário 18 Fundações Rasas – Recalques Previsão Utilizando a Teoria da Elasticidade • Meio homogêneo • Elástico • Isotrópico • Camada Semi-infinita 19 Fundações Rasas – Recalques I E B s − = 21 • B – diâmetro ou largura da placa; • ν – coeficiente de Poisson do solo; • Es – módulo de deformabilidade do solo, considerando constante com a profundidade; • Iρ – fator de influência, que depende da forma e da rigidez da sapata (Tabela de Perloff e Baron, 1976). 20 Fundações Rasas – Recalques SAPATA FORMA CENTRO CANTO MÉDIO CIRCULAR 1 0,64* 0,85 0,79 QUADRADA 1,12 0,56 0,95 0,99 L/B = 1,5 1,36 0,67 1,15 2 1,52 0,76 1,3 3 1,78 0,88 1,52 5 2,1 1,05 1,83 10 2,53 1,26 2,25 100 4 2 3,7 * Borda, L - Comprimento da Sapata FLEXÍVEL RÍGIDA 21 Fundações Rasas – Recalques Coeficiente de Poisson (Teixeira e Godoy, 1996) Solo Areia pouco compacta 0,2 Areia compacta 0,4 Silte 0,3-0,5 Argila saturada 0,4-0,5 Argila não saturada 0,1-0,3 22 Fundações Rasas – Recalques Solo K (MPa) Areia c/ pedregulhos 1,1 Areia 0,9 Areia siltosa 0,7 Areia argilosa 0,55 Silte arenoso 0,45 Silte 0,35 Argila arenosa 0,3 Silte argiloso 0,25 Argila siltosa 0,2 solo areia 3 silte 5 argila 7 ES = K N Coeficiente e K (Teixeira e Godoy, 1996) 23 Fundações Rasas – Recalques / Tensões: Argilas 24 Fundações Rasas – Recalques / Tensões: Areias 25 Fundações Rasas – Recalques: Argilas 26 Fundações Rasas – Recalques: Argilas 3,0 1,0 0,9 0,8 2,5 0,7 0,6 2,0 0,5 1,5 1,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2 0,5 0,5 1 1 2 2 5 5 10 10 20 20 50 50 100 100 1000 1000 F a to r m 1 F a to r m 0 H/B h/B h H B L = comprimento 100 50 20 10 5 2 L /B quadrado círculo L = L/B 27 Fundações Rasas – Recalques: Argilas Artifício de substituir o sistema constituído de várias subcamadas por uma camada hipotética apoiada numa base rígida 28 Fundações Rasas – Recalques: Areias 29 Fundações Rasas – Recalques: Areias Métodos de Schmertmann (1970 / 1978) • Tensão uniforme atuando na superfície (σ ) • Semi-espaço infinito, isotrópico e homogêneo, • Módulo de deformabilidade (Es), • Deformação específica vertical à profundidade z, sob o centro do carregamento (e), • Fator de influência na deformação (Iz) 30 Fundações Rasas – Recalques: Areias • Pesquisa da variação de ez em solos arenosos homogêneos sob sapatas rígidas (análises teóricas, modelos reduzidos e MEF); • emáx. Nas cotas indicadas: Z=B/2 – Sapatas (1970), Sapatas quadradas (1978); Z=B – Sapatas corridas (1978). • Propõe para distribuição aproximada do Iz para o cálculo de recalque em sapatas rígidas em areia . 31 Fundações Rasas – Recalques: Areias (1970) (1978) 32 Fundações Rasas – Recalques: Areias • O recalque de sapatas rígidas em areia é dado pela integração das deformações • Considerando que um maior embutimento da sapata no solo pode reduzir o recalque em até 50%, o autor define um fator de correção do recalque C1: q = tensão vertical efetiva à cota de apoio da fundação; σ* = tensão “líquida” aplicada pela sapata (σ* = σ – q). • Monitoramento de sapatas em areia indicam um acomodamento dos grãos com o tempo, semelhante aos recalques secundários em argilas (“creep”), sugerindo a necessidade de se dotar um fator de correção C2 função do tempo. por Em que t= tempo, expresso em anos. No caso de interesse apenas pelo recalque imediato, sem acréscimo com tempo, basta adotar C2= 1. 33 Fundações Rasas – Recalques: Areias • Substituindo-se essa integral por um somatório de recalques de n camadas consideradas homogêneas, na profundidade de 0 a 2B, e incluindo os efeitos do embutimento e do tempo, tem-se •Iz= fator de influência na deformação à meia altura da i-ésima camada; •Es= módulo de deformabilidade da i-ésima camada; •Δz= espessura da i-ésima camada 34 Fundações Rasas – Recalques: Areias Es= 2,0 qc para sapatas – (1970) Es= 2,5 qc para sapatas quadradas ou circulares (L/B = 1) – (1978) Es= 3,5 qc para sapatas corridas (L/B ≥ 10) – (1978) • A estimativa do Es de cada camada, através da correlação para areias através da resistência de ponta do cone (qc) • Na falta de ensaios de cone, pode-se fazer sua correlação com o Nspt da sondagem à percussão. 35 Fundações Rasas – Recalques: Areias 36 Fundações Rasas – Schmertmann (1970) 37 Fórmula Empírica de Terzaghi para o Cálculo dos Recalques 59 Referências Bibliográfica •ALONSO, U. R. (1991) Previsão e controle das fundações: Controle “in situ” da capacidade de carga. São Paulo, Edgard Blücher Ltda. 108 p. •ARAUJO, S. P. M., Material didático da Aula Estimativa de Recalques de Fundações Rasas Curso de Fundações, Faculdades Kennedy. •BOWLES, J. E. (1997) Foundation analysis and design. 5ª Edição. New York, The McGraw-Hill Companies, Inc., 1207p. •CINTRA J. C. A., AOKI, N.; TSUHA, C.H.C. & GIACHETI, H. L. (2013) Fundações, ensaios estáticos e dinâmicos. São Paulo: Oficina de texto, 144p. •CINTRA, J. C. A. & AOKI, N. (2010) Fundações por estacas, projetos geotécnicos. São Paulo: Oficina de textos, 96p. •HACHICH, W.; FALCONI, F. F.; SAES, J. L.; FROTA, R. G. Q.; CARVALHO, C. S.; & NIYAMA, S. (1996) Fundações: Teoria e Prática. ABMS/ABEF, São Paulo, PINI, p. 36-344. •LIMA, M. J. C. P. A. (1980) Prospecção geotécnica do subsolo. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora SA. 104p. •PRESA, E. P. & POUSADA, M. C. (2004) Retrospectivas e técnicas modernas de fundações em estacas. 2ª edição. Salvador, ABMS Núcleo Regional da Bahia. 69p. •SANTOS, L. O. Notas de aulas da discplina fundações, Universidade Federal da Bahia. •VELLOSO, D. A. & LOPES, F. R. (2010) Fundações. São Paulo. Oficina de textos. 569p.
Compartilhar