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FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS aula 5

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20/04/2018 FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
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Capítulo 3
Passeando pela História
Capítulo 3: Parte 1
 
Passeando pela História
20/04/2018 FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
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Você já teve curiosidade de dar uma olhada em
nossa Constituição?
 
Se sua resposta foi não, é bom pensar na ideia. Mas não tem problema, podemos começar pensando
juntos sobre ela.
O Artigo 5º diz em seu início que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Esta
constituição, como sabemos, entrou em vigor no ano de 1988, um ano antes da
comemoração do centenário da proclamação da República no Brasil (1889–1989).
Sessão parlamentar que estabeleceu a Constituição de 1988.
Já em 1989, um ano após a promulgação da Constituição, a Imperatriz Leopoldinense, uma
Escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, trazia para a avenida o enredo Liberdade,
Liberdade, uma homenagem ao centenário da proclamação da república. Um trecho do
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samba enredo repetia parte do refrão do hino dedicado à proclamação, que dizia assim:
“Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós e que a voz da igualdade seja sempre a nossa
voz”.
REFLEXÃO
Mas o que há de comum entre nossa Constituição e este enredo? Se você prestar atenção, nos
trechos apresentados, verá que eles repetem alguns conceitos, como o de liberdade e o de
igualdade. Mas de onde vêm estes conceitos? Quando eles adquiriram os signi�cados que possuem
hoje?
Observe este trecho: “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem
ter como fundamento a utilidade comum.” Uma leitura menos atenta poderia nos levar a crer que se
trata do artigo 5º de nossa constituição, descrito no parágrafo anterior. 
 
Mas não, este é o primeiro artigo da declaração dos direitos do homem e do cidadão, documento
escrito na França revolucionária de �ns do século XVIII e início do século XIX, aproximadamente um
século antes da composição do hino da república brasileira e cerca de dois séculos antes da
promulgação de nossa atual constituição e do enredo da Imperatriz Leopoldinense. 
 
Pois é, um documento redigido na Europa há dois séculos in�uenciando questões e conceitos tão
próximos de nós! Estas ideias ganham força e se tornam concretas em um momento histórico muito
complexo e interessante na história da humanidade, o século XIX. É sobre este século e sobre as
ideias que nele se construíram que vamos conversar ao longo deste capítulo.
O Iluminismo
Para compreender melhor estas ideias, vamos precisar começar um pouco antes, ainda no século
XVIII, quando algumas pessoas começaram a pensar a sociedade em que viviam de uma forma
diferente. Estes pensadores vão dar início a um movimento que �cou conhecido como Iluminismo.
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Leitura no salão de Mme. Geo�rin, 1755 (tela de A.Lemonnier)
Mas que ideias surgiram neste movimento? O que
elas contestavam? Qual a relação entre elas e o
século que vamos estudar?
 
Tendo como referência o racionalismo, os pensadores iluministas vão criticar duramente o formato
de organização dos Estados nacionais europeus, principalmente a França, lugar onde o Iluminismo
se manifestou em sua maior plenitude. Este formato criticado, chamado de Antigo Regime,
caracterizava-se por um Estado altamente centralizado (Monarquias Absolutas), por um modelo
econômico com forte intervenção deste mesmo Estado (Mercantilismo) e por uma grande in�uência
da Igreja Católica. 
 
Na direção oposta deste modelo de Estado-nação, os iluministas vão defender a construção de um
Estado onde liberdade e igualdade (principalmente a jurídica) fossem as características mais
signi�cativas. Esta mudança de pensamento tem uma explicação: desde a crise �nal do Feudalismo,
a burguesia vinha se fortalecendo economicamente e este crescimento, a partir de um dado
momento, começou a ser limitado pelo modelo feudalista. Desta forma, a burguesia precisava
impor mudanças para construir uma nova sociedade, onde seus interesses fossem levados em
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consideração. 
 
Assim, o que os pensadores iluministas projetavam estavam de acordo com os interesses da
burguesia, o que, de certa maneira transformava o iluminismo em um movimento marcadamente
burguês, no qual a crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e à Igreja levaria a uma profunda
transformação do Estado e das relações sociais.
Frontispício da Encyclopédie (1772), desenhado por Charles Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure Louis
Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: a �gura do centro representa a verdade – rodeada por luz
intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras �guras à direita, a razão e a �loso�a, estão a retirar o
manto sobre a verdade.
Para esses pensadores, a liberdade era um princípio norteador, à organização do Estado, da
economia e das relações sociais; era o elemento chave para que o indivíduo se libertasse da tutela
do Estado. 
 
Nas palavras de Kant:
“O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele é o próprio
responsável (...). Tenha coragem de usar seu próprio entendimento. Essa é a divisa do
Iluminismo(...). Para o Iluminismo, a única condição é a liberdade; e a mais inofensiva entre
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tudo o que se chama de liberdade, ou seja, a de exercer publicamente a razão sob todos os
aspectos.” (O que é Iluminismo, 1784).
Desta forma, o Iluminismo se apresentava como uma espécie de �loso�a que se
caracterizava principalmente pelos seguintes pressupostos:
Razão como instrumento para alcançar qualquer tipo de conhecimento;
Crença nas leis naturais, como instrumentos que regulam todas as transformações
que ocorrem no comportamento humano, nas sociedades e na natureza;
Defesa da tese de que existem direitos naturais, que todos os indivíduos possuem em
relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais;
Crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios de classe;
Defesa da liberdade política, econômica e de expressão;
Defesa da igualdade jurídica;
Crítica à Igreja Católica.
Estes pressupostos foram construídos sob a in�uência de pensadores como René Descartes, Isaac
Newton e John Locke, e determinaram como cada um dos autores iluministas concebia a realidade.
Descartes e Newton fazem parte de um conjunto de pensadores/cientistas que ainda no século XVII,
inauguraram o primado do racionalismo na chamada Revolução Cientí�ca. 
 
Este movimento, que rompeu de�nitivamente com qualquer herança medieval, buscava na razão as
explicações possíveis para os fenômenos naturais, esforçando-se para encontrar as leis, também
naturais, que eram responsáveis pela existência de tais eventos. 
 
Esta nova forma de enxergar a relação entre o homem e a natureza, que está em constante
movimento, fez com que se compreendesse a sociedade e suas relações também como algo passível
de mudanças. Esta nova visão permitiu aos pensadores iluministas construirnovos modelos sociais,
políticos e econômicos, centrados nas características que acabamos de apresentar. 
 
Vamos então conhecer alguns dos principais escritores do Iluminismo:
Montesquieu Voltaire Rousseau
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Montesquieu (1689 — 1755) 
Pensador francês cuja principal obra, O espírito das leis, estabelecia a ideia de tripartição do
poder, em Legislativo, Executivo e Judiciário, onde cada poder �scaliza o outro. Este modelo está
presente nos Estados democráticos contemporâneos.
Do ponto de vista econômico, o pensamento iluminista deu origem a duas escolas econômicas
liberais, ambas orientadas pela lógica da não interferência do Estado na Economia.
LIBERALISMO CLÁSSICO INGLÊS
O Liberalismo Clássico inglês, motivado pela precoce industrialização inglesa (sobre a qual
falaremos mais adiante), defendia que a Economia deveria se organizar de forma natural, sendo
regulamentada pela lei da oferta e da procura, tendo no trabalho a origem e fonte de toda
riqueza. Seu principal teórico foi o escocês Adam Smith, que em sua obra A Riqueza das nações
fundamentava sua teoria econômica.
ESCOLA FISIOCRATA
A �m de difundir as ideias e teorias iluministas, alguns pensadores organizaram uma obra literária,
cujo objetivo central era reunir toda a produção intelectual iluminista. Esta obra, organizada, dentre
outros, por Denis Diderot eJean d'Alembert, contava com a colaboração de mais de 160 autores,
que escreviam sobre diversos assuntos vinculados ao pensamento iluminista. 
 
Outra questão relevante é que, muito embora o Iluminismo tenha sido um movimento
fundamentalmente francês, algumas monarquias absolutas europeias se apropriaram de
determinadas características deste movimento a �m de modernizar seus Estados e suas Economias,
sem, contudo, alterar sua estrutura absolutista. 
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Estas experiências �caram conhecidas como Despotismo Esclarecido e ocorreram na Prússia com
Frederico II, na Áustria com José II, na Rússia com Catarina II e na Península Ibérica, com o marquês
de Pombal em Portugal e com Carlos III na Espanha. O Despotismo Esclarecido vai ocorrer,
normalmente, em regiões em que a burguesia ainda não havia se fortalecido.
Frederico II da Prússia, modelo de déspota esclarecido.
COMENTÁRIO
Para �nalizar esta nossa conversa inicial, cabe ressaltar que os princípios norteadores do iluminismo
– liberdade, igualdade etc. – colocavam-se à disposição dos interesses da burguesia que ia, aos
poucos, se tornando protagonista de transformações que mudariam os rumos da sociedade
francesa com desdobramentos em toda Europa, e também no restante do mundo.
A revolução francesa
As ideias de liberdade e igualdade vão marcar profundamente a vida dos franceses. Elas vão
encontrar no �nal do século XVIII um cenário de grave crise econômica em toda a França. Esta crise
era marcada pela falência do modelo econômico francês, sustentado pela agricultura. Este modelo já
não dava conta de suprir as necessidades básicas da sociedade. Desta forma, fome, desemprego,
miséria eram parte do cenário de uma França em decadência. 
 
Para piorar ainda mais a situação, o Estado Absolutista francês gastava muito mais do que podia
arrecadar. Esta crise econômica associava-se a uma grave crise social, marcada por intenso
desemprego e por uma insatisfação generalizada. A burguesia francesa não aceitava mais sustentar
com o pagamento de pesados tributos uma nobreza parasitária e um Estado gastador. 
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O modelo de sociedade francês ainda era o mesmo da época medieval, dividido em estados (ou
estamentos) como podemos observar nas �guras que seguem:
Este modelo não representava mais a realidade francesa, uma vez que a burguesia vinha
enriquecendo, mas seu enriquecimento esbarrava nos entraves do modelo econômico e social, que a
colocava dentro do terceiro estado. Aliás, no terceiro estado estava todo mundo que não fosse clero
ou nobre! 
 
É por isso que, como vimos anteriormente, as ideias iluministas tiveram tanta repercussão na
França. Esta in�uência vai levar diversos setores da sociedade francesa, principalmente a burguesia
e os mais pobres (também chamados de sans-culottes), a iniciar um movimento que vai culminar com
o �m do absolutismo monárquico francês e in�uenciar praticamente o mundo todo, a Revolução
Francesa. 
 
Nas palavras de Eric J. Hobsbawm:
“Se a economia do mundo do século XIX foi formada
principalmente sob a in�uência da revolução
industrial britânica, sua política e ideologia foram
formadas fundamentalmente pela Revolução
Francesa.” (A era das revoluções)
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REFLEXÃO
Até agora, podemos observar que a França experimentava uma grave crise econômica e uma grave
crise social. Mas os problemas não param por aí. Havia também um enorme descontentamento com
o Estado Francês, que se mostrava incapaz de propor soluções para tantos problemas.
Vejamos como tudo começou... 
 
Em maio de 1789, o rei Luís XVI, pressionado por todo o cenário descrito e ciente de que algo deveria
ser feito, convocou a Assembleia dos Estados Gerais. Mas o que era esta assembleia? Era uma
espécie de parlamento, lugar onde os representantes da sociedade tomavam decisões que poderiam
ou não se transformar em leis. 
 
Você deve estar se perguntando: a França não era uma Monarquia Absoluta? Como era possível ter
uma assembleia deste tipo? Pois é, apesar da existência da assembleia, ela só se reunia quando o rei
convocava, e havia mais de cem anos que ela não era convocada! 
 
Mas por que ela foi convocada? Porque a crise econômica era tão grave que havia uma pressão para
que a nobreza começasse a pagar impostos. 
 
A nobreza não pagava impostos? Não! Somente o Terceiro estado (ou estamento) pagava impostos,
o que inviabilizava economicamente o Estado francês. 
 
Nesta convocação da Assembleia dos Estados Gerais a pauta principal era a seguinte: fazer com que
o primeiro e o segundo estado pagassem tributos. 
 
Mas quem desejava isto? A Burguesia, apoiada pelos mais pobres, sacri�cados com impostos cada
vez maiores.
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Luís XVI, Rei da França e Navarra
REFLEXÃO
Você acha que a assembleia aprovou esta medida? Vamos dar algumas pistas. 
 
A assembleia era formada por representantes dos três estados, e o terceiro estado era
numericamente maior que o primeiro e o segundo juntos. Então a assembleia aprovou a medida?
Não! Você deve estar achando muito esquisito! Havia representantes do terceiro estado que eram
contrários à medida? Não.
Então, por que a medida não foi aprovada?
 
Simples de entender: o sistema de votação não era individual, mas sim por estado. Ou seja, cada
estado tinha direito a um voto. Eram três estados; logo, três votos. O problema era que como o
primeiro e o segundo estado, clero e nobreza, respectivamente, tinham interesses comuns, sempre
votavam igual e derrotavam o terceiro estado. 
 
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Nesta votação, então, estes interesses comuns �cavam claros,uma vez que a proposta era
justamente a de obrigar ambos (primeiro e segundo estado) a pagar imposto. Sabendo disto, o que o
terceiro estado propõe? Mudar o sistema de votação para voto individual, o que, aliás, também não
foi aprovado.
O Terceiro-Estado carregando o Primeiro e o Segundo Estados nas costas.
Diante deste impasse, o terceiro estado liderado pela burguesia decide romper com a assembleia e
se declara assembleia constituinte, jurando só se dissolver quando desse à França uma constituição! 
 
Esta decisão do terceiro estado só se tornou possível por conta da adesão das camadas mais pobres
(os sans-culottes), que em uma jornada histórica, iriam invadir uma prisão política (a Bastilha) que
simbolizava o poder do Estado, em um evento que �cou conhecido como Queda da Bastilha.
Começava exatamente aí a Revolução Francesa.
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Prise de la Bastille por Jean-Pierre Houël (1735-1813).
 
Para facilitar nossa compreensão deste fenômeno, vamos adotar uma periodização muito utilizada
por diversos historiadores; ela não é a única, mas é a que melhor nos atende. Nesta periodização
dividimos a Revolução francesa em três momentos que são chamados de:
1. Era das Instituições (1789 — 1792),
2. Era das Antecipações (1792 — 1794) e
3. Era das consolidações (1794 — 1815)
Vamos então conhecer brevemente cada uma delas.
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CAPÍTULO 3
Passeando pela História
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