Norbert Elias e a Indústria Cultural

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Fundamentos Sociológicos da Educação 
 
 
Aula 3 
Tema 3: Norbert Elias e a Indústria Cultural 
 
 
 
 
 
 
Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes 
 
Objetivos de Aprendizagem 
•  Discutir os princípios da Sociologia desenvolvida por 
Norbert Elias. 
•  Relacionar a teoria de Norbert Elias ao processo de 
educar. 
•  Refletir sobre os efeitos da Indústria Cultural na 
formação e na educação do indivíduo. 
 
VÍDEO 
Sociologia e Educação 
 
 
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Figuração e Interdependência 
•  Figuração: ligação entre interesses e intenções 
individuais. 
•  Refere-se ao contexto biológico. 
•  Interdependência: teoria acerca dos processos de 
civilização. 
•  Relações que dão origem aos grupos sociais. 
•  Obra: O processo civilizador. 
•  Defende o método histórico de longa duração. 
Propõe algumas teorias. 
 
Estatismo Histórico 
•  Análise histórica que descreve todos os 
movimentos históricos como algo estacionário e 
sem evolução. 
Os Processos de Civilização 
Relativismo Histórico 
•  Análise que enxerga a história como 
transformação constante. 
•  Não chega à ordem subjacente que comanda esta 
transformação e às leis que governam a história. 
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•  Revelar a ordem subjacente a todas as mudanças 
históricas. 
•  Ver a mecânica e os mecanismos concretos. 
•  Encontrar o equilíbrio entre: 
Opção Metodológica de Elias 
Estatismo e Relativismo Histórico. 
Na obra Introdução à Sociologia, Elias defende: 
•  Análise histórica de longa duração. 
•  O desenvolvimento precisa abarcar várias 
gerações. 
•  A condição humana é uma lenta e prolongada 
construção do homem. 
•  Norbert Elias rompe com a ideia de uma natureza 
já dada. 
•  A condição humana descreve um sentido. 
•  Este sentido não é conferido de uma vez por 
todas e de fora de nós. 
•  Não existe uma natureza imutável do homem. 
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•  A tese de Norbert Elias aponta para uma 
valoração moral. 
•  Uma crença no civilizar do homem que prossegue 
ao longo da história. 
Para Renato Janine Ribeiro: 
 
Uma convicção de 
que o homem 
se civiliza, e 
isto constitui 
um valor positivo. 
•  Afirma que relações sociais geram relações de 
interdependência. 
•  Os processos de civilização não se realizam de 
forma homogênea. 
Conclusão e Questionamentos 
Para Elias, a teoria da civilização: 
O método de análise histórica: 
•  Deve partir de dados empíricos. 
•  Precisa fundamentar-se em dados factuais e 
comprováveis. 
•  A teoria de Norbert Elias admite que os processos 
de civilização podem sofrer retrocessos. 
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•  A teoria dos processos civilizatórios de Elias 
possui uma direção. 
•  No entanto, essa direção só pode ser percebida a 
posteriori. 
•  Na teoria figuracional de Elias: 
•  Indivíduo e sociedade não são categorias 
separadas. 
•  As estruturas individuais e sociais estão 
interligadas. 
 
 
•  Comente sobre essas três características do ser 
humano: 
 
Social, Histórico e Dinâmico 
Para Pensar... 
	
  
	
  
Professor Marcelo – Filósofo 
 
•  Fale sobre o sentido da Indústria Cultural e suas 
influências na Sociologia. 
ENTREVISTA 
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A Indústria Cultural 
•  Theodor Adorno, na obra Teoria da Semiformação, 
afirma: 
“A desumanização implantada 
pelo processo capitalista de produção 
negou aos trabalhadores 
todos os pressupostos para a formação 
e, acima de tudo, o ócio”. 
•  O ócio destinava-se à restauração das forças 
desgastadas no trabalho. 
•  A burguesia passou a preencher o tempo livre 
dos trabalhadores com os encantos da indústria 
cultural. 
•  A indústria cultural quer ocupar os sentidos do 
homem desde a saída da fábrica até o dia 
seguinte. 
•  O riso e o trágico são trabalhados na indústria 
cultural. 
•  Mantém as pessoas distraídas e, ao mesmo 
tempo, interconectadas às infindas informações. 
•  Os trabalhadores aliviam as tensões sem se 
sentirem acrescidos em seu espírito. 
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•  Em Platão, significa purificação, libertação da 
alma. 
•  Em Aristóteles, significa libertação ou serenidade, 
que pode ser oferecida pela poesia. 
•  A tragédia que imita os sofrimentos humanos 
pode levar à purificação. 
O Termo Catarse 
•  Despotencializa-se a catarse. 
•  Aquilo que perturba o espírito não é mais 
purgado pela arte. 
•  É camuflado, escondido por trás das luzes e cores 
cintilantes. 
•  Oferece uma sensação de calma. 
•  A arte da indústria cultural destina-se ao 
consumo e a uma fusão impessoal com o real. 
No Mundo Contemporâneo 
São ascéticas as obras de arte: 
•  Que desafiam seus criadores a irem além dos 
aspectos imediatos, buscando um sentido nunca 
dado. 
•  Desenvolvem as dimensões: crítica, estética e 
ética. 
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A Indústria Cultural: 
•  Explora o objeto de desejo dos seres humanos. 
•  Banaliza-o, expondo-o de maneira ostensiva. 
•  Incorpora-se, assim, o ser alienado. 
•  Preso às malhas da socialização. 
Para Nietzsche, a tragédia grega: 
•  Pode ser apolínea ou dionisíaca. 
•  Apolo: deus da lógica, da coerência interna e 
do equilíbrio. 
•  Dioniso: deus do estado narcótico e da 
embriaguez. 
•  Representa o excesso de vitalidade e de 
expressões. 
Dimensão Catártica do Trágico 
•  Qual é o papel do professor diante dos meios de 
comunicação? 
•  Como a mídia e as novas tecnologias podem ser 
utilizadas no ambiente educacional? 
Para Pensar... 
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•  Nietzsche percebe que a cultura se torna um 
bem submetido às leis de mercado. 
•  A cultura se converte em máscara, perde sua 
potencialidade crítica. 
•  Corre-se o risco de comercializar a cultura. 
O Mundo da Indústria Cultural 
Para Horkheimer e Adorno: 
•  A cultura contribuiu para domar os instintos 
revolucionários do sujeito. 
•  A cultura industrializada mostra que o trágico faz 
parte da normalidade, do cotidiano. 
•  O indivíduo é demitido de sua função de buscar 
as mudanças. 
•  Outrora, a tensão entre indivíduo e sociedade 
constituía o meio social. 
•  Na indústria cultural, o indivíduo é: 
 
catalogado, etiquetado, liquidado. 
 
•  É extraído o fermento da crítica, que levava o 
indivíduo a ser autônomo contra os valores 
estabelecidos. 
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•  Segundo Freud, o riso tem origem no 
desenvolvimento infantil. 
•  Com o advento da razão, o prazer é reprimido. 
•  O adulto busca a brincadeira como exercício 
regressivo, que, às vezes, é condenado como 
irracional. 
O Riso na Indústria Cultural 
•  De expressão feliz da humanidade o riso 
passa a ser manifestação de agressividade 
ou concordância. 
•  É o riso do preconceito, da piadinha contra o 
mais fraco. 
•  É um riso sintético, imposto, de fuga da 
realidade. 
•  É preciso que a escola tome nas mãos o 
processo de formação cultural. 
•  Favoreça o esclarecimento, a crítica. 
•  Promova formas de resistência ao império das 
máquinas. 
 
Desenvolva a compreensão 
do valor do humano. 
 
A Escola e a Indústria Cultural 
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•  A educação puramente tecnológica e calculista 
vai na direção contrária: 
 
Funcionalidade, eficiência, precisão 
em detrimento da formação humana. 
 
•  Como sustentar o ideal da formação humana 
na era digital, genética e cibernética? 
•  Formação e informação, hoje, estão lutando. 
•  É necessária emancipação. 
•  Exercício do pensar crítico. 
 
 
 
"Não é no silêncio 
que os homens se fazem, 
mas na palavra, no trabalho, 
na ação-reflexão." 
(Paulo Freire) 
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Fundamentos Sociológicos da Educação 
 
 
Aula 3 
Tema 3: Norbert Elias ea Indústria Cultural 
 
 
 
 
 
 
Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes