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anúncio é consumido várias vezes sempre no espaço e no tempo que o receptor está mais acessível ao consumo virtual daquele produto, construindo marcas, gerando share, ganhando simpatia do público consumidor, possível consumidor e formador de opinião, além de se tornar assunto em festas, mesas de bar e roda de amigos. De forma mais geral, o marketing viral se utiliza as vezes para descrever algumas classes de campanhas de marketing baseadas na internet, incluindo o uso de web logs*, de sites aparentemente amadores, e de outras formas de comunicação virtual para criar o rumor de um novo produto ou serviço. O termo "publicidade viral" se refere a idéia que as pessoas passarão e compartilharão conteúdos divertidos. Esta técnica muitas vezes está patrocinada por uma marca, que busca construir conhecimento de um produto ou serviço. Os anúncios viráis tomam muitas vezes a forma de divertidos videoclips ou jogos Flash interativos, imagens, e inclusive textos. Glossário: *Um weblog ou blog é um página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas cronologicamente (como um histórico ou diário). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, se referir ao mesmo assunto ou à mesma pessoa. A maioria dos blogs são miscelâneas onde os blogueiros escrevem com total liberdade. 87 CASE Clássico do Marketing Viral ! Você sabe como o Hotmail.com conseguiu mais de 9 milhões de usuários em menos de 2 anos sem gastar praticamente nada com publicidade? Se você utiliza este serviço de e-mail já deve ter notado que no rodapé das mensagens há entre outras, uma pequena frase mais ou menos assim: Tenha seu Hotmail grátis! www.hotmail.com Com esta pequena frase no rodapé de cada mensagem, o Hotmail conquistou milhões de clientes em mundo todo, antes mesmo de ser comprado pela Microsoft por milhões de dólares. 10.1 - O que é marketing viral? Você já deve ter recebido na sua caixa de entrada de e-mails algo que encantou um amigo seu e ele fez questão de enviar para você e dezenas de outros colegas. Talvez você até já tenha feito o mesmo. Quem sabe com uma mensagem interessante, inteligente, ou mesmo uma dica valiosa? Então, Marketing Viral é um termo novo e ainda pouco conhecido, mas que já é alvo dos marketeiros pelo mundo afora. Em outras palavras, é a boa e velha propaganda de boca, só que no contexto da Internet. Veja o caso do Tourist Guy, onde foi feita a montagem de um turista no topo de uma das torres do World Trade Center com o avião chegando por trás. A foto foi feita como gozação mas se espalhou pelo mundo inteiro. Existem até alguns sites dedicados ao assunto como http://www.touristofdeath.com. 88 Por muito tempo se pensou que a vítima da montagem fosse um brasileiro, José Roberto Penteado, de Campinas. Recentemente se descobriu que o Tourist Guy na verdade é húngaro. A descoberta foi relatada no endereço http://64.224.191.180/touristguy/found.html, onde o real tourist guy aparece em outras fotos, sem o avião e em outros lugares na torre do World Trade Center. Outro exemplo interessante é de uma empresa de contabilidade americana. No serviço de atendimento telefônico, a voz na secretária eletrônica anunciava: disque 1 para falar com nosso atendimento ao cliente, disque 2 para falar com não sei quem. No último número colocaram: disque 9 para ouvir um pato. O que começou como brincadeira, quem ia pensar que alguém ia ouvir a mensagem até o final, tomou proporções gigantescas. A notícia se espalhou pela Internet e eles chegaram a receber alguns milhões de ligações de pessoas que queriam ouvir um pato grasnar. O sistema telefônico da empresa entrou em colapso, mas eles aumentaram substancialmente a sua carteira de clientes. Estes exemplos acima são involuntários, mas que geraram dividendos de algum tipo para os envolvidos. Para qualquer empresa tal propaganda gratuita é um verdadeiro achado. A questão é como achar o tom certo, que faça com que a mensagem seja reenviada de um para outro? Uma “receita” onde podemos discutir os elementos chaves desse sucesso ainda não existe, visto que a ferramenta da internet ainda é nova e não possibilita um caminho ideal. Mas sabe-se que o humor é o essencial para a conquista da simpatia do internauta e o primeiro passo para o reenvio a lista de amigos do mesmo. Interatividade também tem se mostrado bastante viável nestes casos: jogos, quiz, e links para páginas de promoção onde o usuário é de alguma forma beneficiado. Segue um artigo de uma revista para discussão em grupo e logo após convido todos vocês a exporem uma opinião sobre essa nova e eficiente ferramenta do marketing moderno. Convido a todos também a apontarem (em forma de lista) alguns dos elementos que podem contribuir para o sucesso dessa comunicação viral. TRABALHO: A questão é como achar o tom certo, que faça com que a mensagem seja reenviada de um para outro? Opine e entregue uma resenha crítica sobre o assunto e a aula. Utilize como ilustração o artigo seguinte: Agora, as pessoas clicam para ver anúncios e não para fugir deles. (EXPOSTO NA PRÓXIMA PÁGINA) 89 Agora, as pessoas clicam para ver anúncios e não para fugir deles. Stuart Elliott The New York Times Por gerações, a publicidade servia para interromper o entretenimento que os norte-americanos queriam ler, assistir ou ouvir. Agora, em uma inesperada reversão de tendências, é a publicidade que cada vez mais surge apresentada como entretenimento - e surpreendentemente a idéia de publicidade e só publicidade, o tempo todo, começa a ganhar adeptos. Um dos motivos é a proliferação das conexões de banda larga com a Internet, que tornam mais fácil aos usuários de computador assistir ou baixar vídeos. Isso vem permitindo que as empresas de mídia, agências e anunciantes criem sites dedicados aos comerciais e outras formas de publicidade para diversão, em lugar de para esforços pesados de venda. Estranhamente, a tendência contraria outro impulso poderoso entre os consumidores: o forte desejo de evitar a publicidade. Os telespectadores, por exemplo, estão investindo milhões de dólares ao ano em produtos como o TiVo e outros gravadores digitais de vídeo que os ajudam a pular comerciais, e os índices de visitas aos anúncios em formato banner, na Web, estão em queda. A diferença entre "assistir a um comercial em um site e em sua sala de visitas", diz Michael Jacobs, vice-presidente executivo e diretor de criação da MRM Worldwide, em Nova York , é que quem assiste online "o faz porque quer; a pessoa escolhe estar lá". "É parte da natureza da Web oferecer um destino ao qual se possa recorrer sabendo o que será assistido lá", disse Jacobs, cuja agência é parte da divisão McCann Worldgroup, da Interpublic. "Existe certamente uma audiência que assiste a essas peças em busca de entretenimento", ele afirma. "Os números parecem confirmar a idéia". Por exemplo, o site http://www.veryfunnyads.com , um site de banda larga operado pela rede de TV a cabo TBS, recebeu mais de 63 milhões de visitas a clipes individuais desde que começou a operar, há um ano. "Trata-se de uma premissa muito simples. A pessoa terá uma experiência divertida, e ela se repetirá a cada 30 segundos", disse Ken Schwab, vice-presidente sênior de programação das redes TBS e TNT, parte da divisão Turner Broadcasting System da Time Warner. O site de comerciais divertidos é parte de uma campanha de reformulação da marca TBS, cujo tema é "muito engraçado". O objetivo é cultivar uma identidade para a rede como especialista em comédias e séries de humor. "Muita gente fala em pular os comerciais porque é raro que o intervalo traga