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FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO Sistema Nervoso (S. N.) Nervos Eferente Nervos Aferente S. N. Central S. N. Periférico S. N. Somático (voluntário) S. N. Autónomo (vegetativo) S. N. Simpático S.N. Parassimpático FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO S. N. Central (SNC) – medula e encéfalo S.N. Periférico (SNP) – gânglios e nervos extracraneanos Ganglios = conjunto de neurónios cujo corpo se encontra fora do SNC Sistema Nervoso Periférico : Via Aferente/ sensitiva – Axónios dos nervos periféricos transmitem informação da Via Aferente/ sensitiva – Axónios dos nervos periféricos transmitem informação da periferia para SNC SNC integra a informação e gera respostas motoras ou secretoras Via Eferente/ motor – transmissão da informação do SNC para a períferia Sistema Nervoso Periférico (SNP) SN Somático: enervação do músculo esquelético Caracteriza-se por: os corpos dos neurónios se encontrarem dentro do SNC, e o axónio vai diretamente do encéfalo ou da medula até ao órgão que inerva. A resposta motora é geralmente voluntária e consciente (evitar um perigo, alcançar um objecto,..) – As eferências somáticas estão ligadas ao M. esquelético SN Autónomo: composto pelos gânglios Enerva: músculo liso e cardíaco, glândulas e neurónios GI.Enerva: músculo liso e cardíaco, glândulas e neurónios GI. Caracteriza-se por: neurónio pré-ganglionar, um gânglio e um neurónio pós-ganglionar, que actuam de forma independente da vontade. A resposta autónomo: involuntária e geralmente inconsciente (processos digestivos, alteração do ritmo cardíaco,..) Função do SN Autónomo: Manutenção da homeostasia através da regulação e integração das actividades vegetativas SN Autónomo SN Somático SN Autónomo SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO Sistema Nervoso Parassimpático Fibras nervosas deixam o SNC ao nível do encéfalo (tronco cerebral) e da região sagrada (S2-S4) – Craniosacral Neurónio pré-ganglionar longo e o neurónio pós-ganglionar é curto. Os gânglios localizam-se junto aos órgãos ou no seu interior As respostas são localizadas SN Autónomo SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO Sistema Nervoso Simpático Fibras nervosas deixam o SNC ao nível torácico e Lombar (T1- L2) – Toracolombar Neurónio pré-ganglionar é curto e o pós-ganglionar é longo. Os gânglios localizam-se junto à espinal medula, sob a forma de duas cadeias ganglionares paravertebrais. Existem outros gânglios pré-vertebrais/ colaterais que se localizam junto ao órgão abdominal enervado. As respostas são generalizadas e difusas. SN Autónomo Simpático SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO Sistema Nervoso Simpático Caso especial:Glândula Adrenal (gânglio modificado) Caso especial:Glândula Adrenal (gânglio modificado) - Recebe inervação de neurónio pré-ganglionares simpáticos (colinérgica); libertação de adrenalina (AD) e noradrenalina (NA), catecolaminas, para a circulação sanguínea; - Não tem fibra pós-ganglionar. Esta via de estimulação simpática não actua sobre um órgão em particular, pode afectar qualquer órgão/tecido irrigado ACh ACh NA ACh ACh ACh - Acetilcolina NA - Noradrenalina Sistema Nervoso Autónomo Característica: Inervação dupla dos órgãos – alvo Simpático e parasimpático – acções opostas Coração: Simpático (acelera), Parasimpático (inibe) Tracto GI: Simpático (inibe), Parasimpático (acelera) Glândulas salivares: Simpático e Parasimpático com efeito secretagogo Excepção: Vasos sanguíneos, Baço, Glândulas sudoríperas (inervação simpática) Sistema Nervoso Autónomo Diferentes tipos de activação: - Activação recíproca Quando activação de um dos sistemas provoca a inactivação do outro (Ex. estimulação cardíaca e diminuição do estímulo GI) - Activação concorrente ou complementar Existe activação simultânea do S. simpático e parassimpático, permitindo uma rápida Existe activação simultânea do S. simpático e parassimpático, permitindo uma rápida adaptação do funcionamento do órgão à situação que o envolve (ex: glândula salivares. Parassimpático - saliva+ fluida; Simpático - + proteica) - Activação unilateral Tecido é enervado apenas por um dos sistemas. Há um tónus basal, que conforme a enervação pode ser aumentado ou diminuído. Órgão Efeito da estimulação simpática Efeito da estimulação parassimpática Olho: pupila Músculo ciliar Dilatada nenhum Contraída Excitado Glândulas gastrointestinais vasoconstrição Estimulação de secreção Glândulas sudoríparas sudação Nenhum Coração: músculo (miocárdio) Coronárias Atividade aumentada Vasodilatação Diminuição da atividade Constrição Vasos sanguíneos sistémicos: Abdominal Músculo Pele Constrição Dilatação Constrição ou dilatação Nenhum Nenhum Nenhum Pulmões: brônquios Vasos sanguineos Dilatação Constrição moderada Constrição NenhumVasos sanguineos Constrição moderada Nenhum Tubo digestivo: luz Esfíncteres Diminuição do tónus e da peristalse Aumento do tônus Aumento do tónus e do peristaltismo Diminuição do tônus Fígado Liberação de glicose Nenhum Rim Diminuição da produção de urina Nenhum Bexiga: corpo Esfíncter Inibição Excitação Excitação Inibição Acto sexual masculino Ejaculação Ereção Glicose sanguínea Aumento Nenhum Metabolismo basal Aumento em até 50% Nenhum Atividade mental Aumento Nenhum Secreção da medula supra-renal (adrenalina) Aumento Nenhum SINAPSE Transmissão do impulso nervoso entre: - 2 neurónios - 1 neurónio e 1 célula muscular (placa motora) - 1 neurónio e 1 glândula Na comunicação entre neurónios (sinapses neuro-neuronais), distinguem-se as seguintes estruturas: - neurónio pré-sináptico, que envia a mensagem - neurónio pós-sináptico, que recebe a mensagem - fenda sináptica, que é o espaço entre os botões pré e pós sinápticos Potencial de acção SINAPSE neurónio pós-sináptico neurónio pré-sináptico fenda sináptica Neurotransmissores SINAPSE Neurotransmissores / Mediadores Químicos: - Sistemas necessários à síntese e inactivação de mediadores - Neurotransmissor no local de mediação - Libertação de neurotransmissores após estimulação nervosa- Libertação de neurotransmissores após estimulação nervosa O mediador químico e a estimulação nervosa produzem efeitos que podem ser potencializados ou bloqueados por fármacos. SINAPSE Os fármacos que actuam no SNP: - Modificam/ diminuem a propagação do potencial de acção no neurónio (anestésicos locais) - Modificam a transmissão do impulso nervoso na sinapse ( )(fármacos que actuam na placa motora e no SNA) - modificam a libertação do NT - activar/ bloquear dictamente os receptores pós-sinápticos - interferir com os processos de degradação ou recaptação - modular a transmissão actuando nos receptores pré-sinápticos Os fármacos com acção directa sobre um receptor concreto costumam ser mais selectivos e produzir menores efeitos secundários Os fármacos com acção indirecta sobre um receptor concreto costumam ser menos selectivos e podem produzir mais efeitos secundários SINAPSE Tipos de Sinapses: - Sinapse Colinérgica (SN Parassimpático) - Sinapse Adrenérgica (SN simpático) Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam hormonas diferentes: - Os neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático secretam acetilcolina (ACh) - são chamados neurónios colinérgicos. - Os neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam noradrenalina (NA) - são chamados neurónios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula supra-renal, promovendoum aumento da secreção de adrenalina, hormona que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de stress. Transmissão do impulso nervoso até ao órgão efector: Impulso nervoso – terminais nervosos: a) Libertação do neurotransmissor Activa os receptores 1. Transmissão sináptica 2. Acção no órgão efector 3. Linertação de NA e AD para a circulação (supra-renal) Intervenção farmacológica: Actua nas diversas fases do percurso nervoso (SNC aos órgãos efectores): - Condução axonal (bloqueio – anestésicos locais) - Síntese, armazenamento, libertação ou inactivação do NT - Activação do receptor Sinapse Receptor Localização Sinapse Colinérgica - Receptores Nicotínicos (N) - predomina ao nível dos gânglios; (tipo canal iónico – resposta rápida) - Receptores Muscarínicos (M) - predomina ao nível dos órgãos Sinapse Receptor Localização Neurónio-Neurónio Nicotínico neural (NN) SNC Nicotínico muscular (NM) Gânglios SNA Neurónio-órgão efector Nicotínico muscular (NM) Músculo Esquelético (placa motora) Muscarínico (M) Músculo Liso Músculo Cardíaco Glândula Sinapse Colinérgica Neurotransmissor – Acetilcolina (ACh) Acetilcolinesterase (enzima) degrada a ACh Os efeitos mediados pelos receptores muscarínicos são predominantes no organismo (são observáveis após a administração de Ach exógena) Os efeitos nicotínicos da Ach só se conseguem observar após o bloqueio dos receptores muscarínicos (ex: atropina) Conformações da ACh FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Neurotransmissor: ACETILCOLINA (ACh)ACETILCOLINA (ACh) - Transmissão do impulso pré-ganglionar para pós-ganglionares - Transmissão do impulso das f. pós-ganglionares para órgão efector Receptores: - Muscarínico - Nicotínico RECEPTOR MUSCARÍNICO (M) - Grande afinidade para a muscarina (alcalóide presente nos cogumelos venenosos; cogumelo Amanita muscaria) - Receptor transmembranar acoplado a uma proteina G Existem 4 subtipos: MI – predominam nos tecidos neurais - actividade estimulante do SNCMI – predominam nos tecidos neurais - actividade estimulante do SNC (gânglios vegetativos autónomos, córtex cerebral e hipocampo) MII – predominam nas áreas cerebrais inferiores e coração – actividade inibitória (prot. G do tipo inibitório MIII – predominam nas áreas cerebrais inferiores e no músculo liso – actividade estimulante MIV – predominam nos tecidos neurais estriados, glândulas e m. liso MV – predominam nos tecidos neurais RECEPTOR MUSCARÍNICO (M) Caracterizam-se pela utilização de antagonistas específicos, uma vez que não são conhecidos agonistas com uma selectividade elevada para cada subtipo. ATROPINA – Antagonista de todos os receptores muscarínicos Pirenzepina – é o antagonista preferencial dos receptores MI, não tendo quase efeito sobre os receptores MI e MIII. A ACh interage com os receptores muscarínicos e produz os seguintes efeitos: - Contração do m. circular da íris – Miose - Contração do m. liso ciliar – acomodação - Dilatação do canal de Schlemm – diminuição da PIO - Aumento da secreção das glândulas: salivares, lacrimais, gástricas - Constrição respiratória, aumento das secreções - Coração: ↓ força de contração (inotrópico -) ↓ frequência cardíaca (cronotrópico -) ↓ excitabilidade (batmotrópica -) - Aumento do peristaltismo do TGI - Contração da bexiga e ureteres - Relaxamento dos esfincteres – micção e defecação - Erecção RECEPTOR NICOTÍNICO - Grande afinidade para a nicotina (alcalóide da nicotiana tabacum) - Receptor transmembranar acoplado a canal iónico Existem 2 subtipos: NM (N1) – no músculo esquelético, junção neuromuscular (tubocuranina - antagonista) N (N ) – nos gânglios colinérgicos e adrenérgicos ao nível do tecido efector e na medula NN (N2) – nos gânglios colinérgicos e adrenérgicos ao nível do tecido efector e na medula supra-renal Os efeitos nicotínicos da Ach só se conseguem observar após o bloqueio dos receptores muscarínicos (ex: atropina) FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Dividir em 2 grupos: - Parassimpaticomiméticos: mimetizam o parassimpático provocando efeitos análogos aos da ACh sobre o tecido alvo. - Parassimpaticolíticos: reduzem a actividade parassimpática, diminuindo os seus efeitos nos tecidos alvo Podem actuar em vários níveis:Podem actuar em vários níveis: - Síntese, Armazenamento, e Libertação de acetilcolina - Degradação da acetilcolina - Interação com o receptor de acetilcolina 3 mecanismos de acção: - Aumento/ diminuição da libertação de Ach (acção pré-sináptica) - Inibição/ aumento da actividade das Acetilcolinesterases - Activação/ inactivação directa dos receptores muscarínicos pós-sinápticos 1) Fármacos Parassimpaticomiméticos Directos: - Actuam directamente nos receptores Os efeitos deste grupo são idênticos aos provacos pela Ach quando actua nos receptores muscarínicos - Origem sintética (> parte), desenvolvidos a partir da acetilcolina e muscarina FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO - Origem sintética (> parte), desenvolvidos a partir da acetilcolina e muscarina Efeitos terapêuticos : - Aparelho respiratório - Aparelho circulatório - Aparelho digestivo - Aparelho urinário - Globo ocular Têm inidicações restritas: Glaucoma, taquicárdia, parésias intestinais e vesicais Actuam nos Receptores Muscarínicos: Agonistas: Pilocarpina e Betanecol Estimulam a via colinérgica – Activam os receptores muscarínicos Efeito Parasimpaticomimético Utilização: Glaucoma ( ↓ PIO), Tratamento do ileos paralítico e atonia da bexiga (estimulação do músculo liso por activação dos receptores M1) FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO (estimulação do músculo liso por activação dos receptores M1) Antagonistas: Naturais: Atropina e Escopolamina Sintéticos: Tropicamida Trihexifenidilo Homatropina Propantelina Utilização: ùlcera péptica (↓ motilidade e secreção gástrica); Midríase e cicloplegia; parkinson Actuam nos Receptores Nicotínicos: Agonistas: Nicotina, Succinilcolina (bloqueador neuromuscular de acção curta) ( uso: entubação endotraqueal, laringoscopia, broncospia) Estimulam de maneira não selectiva os 2 tipo de receptores Nm e Nn FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Antagonistas: Pancurónio (Antagonista selectivo do receptor Nm) Vecurónio (Bloqueio neuromuscular: bloqueia a acção da Ach e a despolarização da placa motora) d-Tubocuranina, Trimetofano (emergência hipertensiva, Ex: Aneur. A) Bloqueadores neuromusculares: Principal aplicação co-adjuvante da anestesia Receptores Agonistas Antagonistas Acção Muscarínicos Pilocarpina Betanecol Acetilcolina Muscarina Atropina Homatropina Propantelina Trihexifenidilo Brometo de Ipratrópio Miose Secreção gástrica Broncoconstrição Ipratrópio Bradicárdia Nicotínicos Nicotina Succinilcolina Pancurónio Vecurónio D-Tubocuranina Trimetofano Actuam na placa motora Secreção gástrica FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Origem Não ésteres ACECLIDINA (glaucoma) Natural Pilocarpina (glaucoma) Arecolina Muscarina Alcalóide Pilocarpus jaborandi Não são usados na terapêutica Substâncias usadas em terapêutica para Sintético Ésteres da Colina (glaucoma) terapêutica para activação dos receptores colinérgicos ÉSTERES DA COLINA ACÉTICO (hidrólise colinesterase) CARBAMICO (resistente colinesterase) ACETILCOLINA METACOLINA CARBACOL BETANECOL As diferenças entre os diversos fármacos depende : - Afinidade para os receptores muscarínicos, - Actividade agonista total ou parcial, - Resistência à hidrólise pelas colinesterases Agonistas Totais:Acetilcolina, Carbacol, Betanecol Agonista Parcial: Pilocarpina Hidrolisados pela Colinesterase: Efeito terapêutico perde-se de forma rápida. Hidrolisados pela Colinesterase: Efeito terapêutico perde-se de forma rápida. Desvantagem: utilização reduzida. Resistentes à Colinesterase: Carbâmicos. São degradados mas lentamente. Aceclidina e Pilocarpina – resistentes às colinesterases Carbacol – efeito prolongado, tem grande actividade nicotínica e causa muitos efeitos laterais Betanecol – efeito prolongado. Utilizado em casos de parésia intestinal ou vesical (efeitos muscarínicos sobre os receptores MIII) ÉSTERES DA COLINA ACÉTICO (hidrólise colinesterase) CARBAMICO (resistente colinesterase) ACETILCOLINA METACOLINA CARBACOL BETANECOL ACTIVIDADE + + ++ ++ Olho ++ ++ +++ +++ M. Liso Intestino/bexiga ++ + +++ - Nicotínica ++ +++ + ± Cardiovascular Efeitos dos Fármacos Parassimpáticomiméticos: Aparelho circulatório (receptores M2): - Efeito depressor do miocárdio (bradicárdia) -Vasodilatação vascular (estimulação dos receptores M das céls. Endoteliais – libertação NO que se difunde para as células musculares adjacentes - Relaxamento) Indicação terapêutica:Indicação terapêutica: Taquicárdia (desuso) Aparelho digestivo (acção sobre a secreção e motilidade): - Estimulação de todas as glândulas -� peristaltismo (pode provocar naúseas, vómitos, cólicas e defecação) - CARBACOL, e BETANECOL (selectivo) – não provoca modificações no aparelho circulatório pq tem maior afinidade para M3do receptor muscarínico que predomina no M. Liso - Metacolina e acetilcolina não possuem efeito selectivo Indicação terapêutica:Indicação terapêutica: Parésia do músculo intestinal e vesical (ileo paralítico, retenção urinária pós-op cirurgia abd.) Aparelho Urinário (acção estimuladora do M. liso): Carbacol e Betanecol – peristaltismo dos ureteres, estimulam o detrusor, facilita o esvaziamento. Olho: - Estimulam a glândula lacrimal - Contracção do músculo circular da íris (esfincter) - Miose - Acomodação (contracção do músculo ciliar) - ↓ PIO, dilatação do canal de Schlemm Indicação terapêutica: Glaucoma - Pilocarpina Contra-indicações dos parassimpáticomiméticos: Úlcera péptica (pq aum a secreção gástrica); Asma brônquica; Hipertiroidismo; Insuficiência coronária (risco hipotensão e ↓ perfusão do miocárdio) Efeitos tóxicos: Ocorrem por sobredosagem ou ingestão de cogumelos Amanita muscaria Sintomas: Aumento das secreções; miose; bradicárdia, hipotensão; broncoconstrição, dispneia; vómitos e diarreia. Intoxicação por muscarina: Agitação, tremores, delírio, alucinações e convulsões 2) Fármacos Parassimpaticomiméticos Indirectos: - Actuam por inibição das colinesterases (Acetilcolinesterase e pseudocolinesterase) ↓ degradação da Ach ↑ acumulação da ACH na fenda sináptica ↑ Efeitos FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO - Efeitos sobreponíveis aos parassimpaticomiméticos directos - Origem sintética (> parte), desenvolvidos a partir da acetilcolina e muscarina Colinesterase: - Centro aniónico - Centro esteárico 2 pontos de fixação da ACh Mecanismo de acção dos inibidores das colinesterases: 1) Fixação ao centro aniónico do inibidor competitivo reversível não hidrolisável 2) Fixação a ambos os centros do inibidor competitivo reversível hidrolisável 3) Fixação covalente ao centro esteárico do inibidor irreversível 1) Inibidores Reversíveis não hidrolizáveis - Complexo fármaco-enzima é facilmente dissociável. - Efeito é reversível e de curta duração- Efeito é reversível e de curta duração 2) Inibidores Reversíveis hidrolizáveis -Velocidade de degradação muito mais lenta do que a ACh (radical carbâmico) 3) Inibidores irreversíveis - Ligação de fosfatos de alquilo ao centro esteárico Fármacos com acção anticolinesterásica Reversível Compostos revesíveis não hidrolisáveis Piridostigmina (único com aplicação terapêutica) Demecário e Ambenónio Edrofónio Os reversíveis são usados pelas suas acções ao nível do ap. digestivo, olho e calabar Compostos revesíveis e hidrolisáveis Fisostigmina (alcalóide natural isolado da fava do calabar) Neostigmina (terapêutica glaucoma e paralesia ileo e vesical) Compostos não revesíveis Fosfato de alquilo (não têm aplicação terapêutica) - insecticidas; armas biológicas olho e sinapse neuromuscular Fármacos com acção anticolinesterásica Reverssível Efeito no Intestino: Inibidores da colinesterase – activam o peristaltismo (cólon) – Neostigmina Indicação terapêutica: íleo paralítico e parésia vesical – via parentérica Efeito no Olho: Miose; Espasmo de acomodação; Diminuição da PIO Uso pouco frequente – demecário. Usam-se outros fármacos (bβa) Efeito na Sinapse Neuromuscular: Neostigmina: efeito directo – contração no músculo cronicamente desenervado Indicações terapêuticas: Miastenia gravis – neostigmina, piridostigmina, ambenónio (p.o.) Doença de Alzheimer – fisiostigmina, tacrina (ac de longa duração) Efeitos sistémicos: ↑ secreções (saliva, sudorípara, brônquica, nasal); hipersecreção brônquica, broncoconstrição; bradicárdia, vasodilatação, hipotensão; náuseas, cólicas, vómitos, diarreia Tóxicidade dos inibidores das colinesterases Efeitos tóxicos - bloqueio quase total das colinesterases Sintomatologia: depende da acumulação de quantidades excessivas O quadro tóxico é grave para os inibidores irreversíveis (intoxicações acidentais/criminosas) Sintomas intoxicação por vapores ou aerossóis:Sintomas intoxicação por vapores ou aerossóis: - Miose, espasmo de acomodação, visão turva ao longe - Opressão torácica - ↑ Secreções (sudação, rinorreia, sialorreia) - Náuseas, cólicas, vómitos, diarreia - Ansiedade, agitação, perturbações da fala/memória, convulsões, coma; falência cardíaca por bradicárdia, hipotensão, choque, arritmias, paragem cardíaca Causa da morte: felência respiratória/cardíaca Tóxicidade dos inibidores das colinesterases Intoxicações crónicas: Lesões do SNC (degenerescência da baínha de mielina, paralisia flácida dos membros superiores e inferiores) Terapêutica:Terapêutica: - Inactivação do fármaco – lavagem tópica abundante - Bloqueio dos efeitos muscarínicos: ATROPINA - Reactivação da enzima: oximas e ácidos hidroxímicos (PRALIDOXIMA – e.v.) só é possível se administradas precocemente Receptores Agonistas Antagonistas Acção Muscarínicos Pilocarpina Betanecol Acetilcolina Muscarina Atropina Homatropina Propantelina Trihexifenidilo Brometo de Ipratrópio Miose Secreção gástrica Broncoconstrição Ipratrópio Bradicárdia Nicotínicos Nicotina Succinilcolina Pancurónio Vecurónio D-Tubocuranina Trimetofano Actuam na placa motora Secreção gástrica Parassimpaticolíticos – antagonistas muscarínicos Mecanismos de actuação: 1) Acção pré-sináptica: Inibem a síntese, armazenamento ou libertação de Ach Inibição inespecífica: inibição de processos metabólicos da célula Inibição específica: bloqueio de reacções relacionadas com a produção, armazenamento e produção: - Bloqueio do transporte da colina até à terminação nervosa: hemicolínio- Bloqueio do transporte da colina até à terminação nervosa: hemicolínio - Bloqueio da colinoacetiltransferase - Inibição da libertação da Ach: sulfato de Mg (interage com Ca2+ intracelular – efeito antagónico); ou Toxina butolínica 2) Acção pós-sináptica: Bloqueio dos receptores muscarínicos pós-sinápticos Fármacos de origem: - Natural - Compostos de hemissíntese - Compostos de síntese 2) Acção pós-sináptica: Bloqueio dos receptores muscarínicos pós-sinápticos Origem dos fármacos: - Natural: Extracção de plantas da família das Solanáceas: Atropa belladona, Datura stramonium,hyoscamus níger, Scopolia carniolica (Atropina) (Atropina) (Hioscina) (Escopolamina) Ésteres do ácido trópico: essencial para a actividade antimuscarínica -Compostos de hemissíntese: Apresentam baixa lipossolubilidade, não atravessam a BHE (Ex: butilescopolamina) -Compostos de síntese: Apresentam aumento da especificidade para os subtipos de receptores, e menores efeitos secundários (Ex: homatropina, tropicamida, Ciclopentolato, Ipratrópio) Agente midriático terap. Asma Classificação dos parassimpaticolíticos Origem química Atravessam barreiras Utilização Fármaco Alcalóides Naturais Atropina Bem enjoo Escopolamina Hioscina Síntese Química Mal Doenças Respiratórias Ipratropio Tiotropio Doenças intestinais MetescopolaminaDoenças intestinais Metescopolamina Butilescopolamina(buscopam) Bem Oftálmica Homatropina Tropicamida Antiparquinsónicos Benzotropina Tri-hexifenidilo Incontinência urinária Tolterodina Antagonistas selectivos da secreção gástrica Anti-ulcerosos Pirenzepina Telenzepina Efeitos provocados pelos parassimpáticolíticos Midríase, paralesia de acomodação, aumento PIO Inibição da secreção salivar, lacrimal e gástrica Redução da motilidade GI (obstipação) Broncodilatação, inibição da secreção de muco Aumento da frequência cardíaca Indicações terapêuticas: Úlcera péptica, Asma brônquicaAsma brônquica Medicação pré-anestésica operatória (↓ risco de hipersecreção brônquica, laringoespasmo) Dilatação da pupila (midríase) Doença de Parkinson (↓ dos tremores e da sialorreia) Contra-indicações: Glaucoma Obstipação Retenção urinária Efeitos provocados pelos parassimpáticolíticos Aparelho Digestivo - Inibição da secreção salivar, sem afectar a pancreática - Inibição da secreção gátrica (receptor M1) - Relaxamento do músculo liso – aparelho digestivo Terapêutica: -Pirenzepina (p.o) : tratamento da úlcera péptica (secreção gástrica) – não é o tratamento -Pirenzepina (p.o) : tratamento da úlcera péptica (secreção gástrica) – não é o tratamento de eleição Antagonista selectivo dos receptores do tipo M1 Doses elevadas para obter o efeito Efeitos secundários: Secura da boca, alterações da acomodação visual, fotofobia, obstipação - Butilescopolamina (p.o. ou e.v): tratamento de cólicas - ↓ peristaltismo Efeitos provocados pelos parassimpáticolíticos Aparelho Circulatório -Actuam no coração. Resistência vascular periférica sem alterações Terapêutica: - Atropina (e.v.): situações de bradicárdia/ arritmias com predominância do tonus vagal. Provoca taquicárdia, aumento da condutibilidade AV, diminui o período refractário do nódulo SA, diminuição da perfusão dos tecidos periféricos Aparelho Respiratório - Inibição das secreções de muco, da actividade mucociliar - Relaxamento do músculo liso da árvore traqueobrônquica Terapêutica: - Escopolamina (i.m): medicação pré-anestésica para diminuir a hipersecreção brônquica e o laringoespasmo - Brometo de Ipratrópio : relaxante do músculo liso, não produz efeitos na actividade ciliar, e não tem praticamente efeitos secundários anticolinérgicos Efeitos provocados pelos parassimpáticolíticos Globo ocular - Paralisia do músculo ciliar da íris – Midríase, paralisia de acomodação - Aumento da PIO, por diminuição da drenagem do humor aquoso Terapêutica: - Tropicamida, Ciclopentolato: Agente midrático. Dilata a pupila para observação do FO, em caso de irites (inflamação da iris), e iridociclites para evitar a formação de sinéquias (aderências) entre a iris e o cristalinoiridociclites para evitar a formação de sinéquias (aderências) entre a iris e o cristalino Sistema Nervoso Central - Atropina: excitação - Escopolamina: sonolência, sedação, amnésia. Usado em pré-anestesia de crianças - Escopolamina: enjôo de movimento (actuação cortical) - biperideno, trihexifenidilo, etopropazina, cicrimina e prociclidina: Efeito anti- parkinsónico. Redução da sialorreia e dos tremores. Redução da recaptação da dopamina no estriado, Aumentando a sua concentração ao nível dos receptores Toxicidade dos parassimpaticolíticos Efeitos Centrais - Mais evidentes com Atropina e escopolamina – atravessam a BHE - Sintomas ao nível do SNC: excitação, confusão, agitação psicomotora, alucinações Efeitos Periféricos - Pele, mucosas e boca seca- Pele, mucosas e boca seca - Alterações visuais: visão turva ao longe - Midríase e fotofobia - Retenção urinária - Taquicardia Terapêutica das intoxicações: - Arrefecimento (devido à hipertermia) - Terapêutica das convulsões (diazepam – efeito sedativo) - Reactivação do receptor com anticoinesterásico - fisiostigmina FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Neurotransmissor (mediador químico): NORADRENALINA (NA)NORADRENALINA (NA) - É o mediador químico funcional por excelência de transmissão nervosa do SN simpático. - Transmissão do impulso das fibras pós-ganglionares para o órgão efector ACETILCOLINA (ACh) -Transmissão do impulso pré-ganglionar para as fibras pós-ganglionares Sinapse Adrenérgica Síntese, Armazenamento, Libertação de Noradrenalina (NA) Adrenalina, noradrenalina, dopamina – catecolaminas L - TIROSINA L – DOPA tirosina hidroxilase Neurónios Dopaminérgicos (SNC) Neurónios Inactivação da Noradrenalina DOPAMINA NORADRENALINA ADRENALINA Dopa descarboxilase Dopamina β - hidroxilase Feniletanolamina-N-metiltransferase (SNC) Neurónios Adrenérgicos (simpático,SNC) Células Cromafins (medula Adrenal) L - TIROSINA L – DOPA DOPAMINA tirosina hidroxilase Dopa descarboxilase Dopamina β - hidroxilase α NORADRENALINA Dopamina β - hidroxilase Neurónios Adrenérgicos (simpático,SNC) α2 β A libertação de NA é regulada por processos de feedback: - Feedback + : ligação da NA aos receptores adrenérgicos pré-sinápticos do tipo β (sobretudo tipo 2), acção facilitadora. - Feedback - : ligação da NA aos receptores adrenérgicos pré-sinápticos do tipo α2 (acção inibitória) Receptores Adrenérgicos:Receptores Adrenérgicos: - α1 (A,B,C,D) – associado a proteína G - α2 (A,B,C) - associado a proteína G - β (1,2,3) - associado a proteína G Libertação de NA (fenda sináptica) - 1) Activação de receptores adrenérgicos - 2) Processos de inactivação e recaptação. RECEPTORES ALFA (α) (receptores de excitação) RECEPTORES BETA (β) (receptores de inibição/relaxamento) Vasoconstrição – cutânea e renal vasodilatação – músculo esquelético Contração do ureter Broncodilatação Relaxamento intestinal Relaxamento intestinal Contracção do miométrio Relaxamento do miométrio Contração do músculo dilatador da íris ↑ da força cardíaca Acções desencadeadas pela estimulação dos receptores adrenérgicos Contração do músculo dilatador da íris (midríase) ↑ da força cardíaca Contração dos músculos piloerectores ↑da frequência cardíaca Aumento da secreção salivar ↑ da velocidade de condução cardíaca Contração da cápsula esplénica ↑ da excitabilidade cardíaca Glicogenólise Lipólise ___ - excepções à regra Sinapse Receptor Localização Neurónio-neurónio α SNC β Neurónio- órgão efector α α1 Arvore bronquica Musculo liso arterial Sinapse Adrenérgica Musculo liso arterial α2 Terminal colinérgico (heterorreceptor) Terminal adrenérgico (autorreceptor) β β 1 Músculo esquelético Músculo cardíaco β 2 Brônquios α1 α2 Potência relativa dos agonistas AD ≥ NA ≥ FE ≥ IS ≥ FE ≥ UK-14,304 AD≥ NA ≥ FE ≥ IS UK-14, 304 ≥ FE Antagonistas específicos Prazosina Fenoxibenzamina Ioimbina Rauvoiscina Respostas Fisiológicas Contracção do músculo radial da íris (midríase). Contracção da musculatura lisa das principais artérias: pulmonar, esplénica, mesentérica, renal, femoral, Relaxamento do tractogastrointestinal. Inibição da libertação da noradrenalina pelos terminais simpáticos. mesentérica, renal, femoral, uterina, etc. Contracção da musculatura lisa de muitas veias: safena, porta, jugular, femoral, mesentérica, braquicefálica, pulmonar, espélénica, etc. Inibição da lipólise nas células adiposas. Contracção da musculatura lisa de muitas veias: safena, jugular, femoral etc. Agregação plaquetária. Localização Pós-sinápticos Pré-sináticos, pós-sinápticos e não sinápticos α1 α2 Potência relativa dos agonistas AD ≥ NA ≥ FE ≥ IS ≥ FE AD≥ NA ≥ FE ≥ FE Antagonistas específicos Prazosina Fenoxibenzamina Ioimbina Rauvoiscina Respostas Fisiológicas Inibição da libertação da renina pelas células renais justa-glomerulares. Estimulação da secreção das glândulas salivares. Inibição da secresção de insulina pelas células pancreáticas. Localização Pós-sinápticos Pré-sináticos, pós- sinápticos e não sinápticos β1 β2 Potência relativa dos agonistas IS> AD ≥ NA > FE DOB ≥ SB IS > AD ≥ NA > FE SB ≥ DOB Antagonistas específicos Atenolol Metoprolol Butoxamina ICI 118, 551 Respostas fisiológicas Estimulação cardíaca: efeito crono-, ino-, dromo-, e batmotrópico positivos. Relaxamento intestinal. Relaxamento dos brônquios. Dilatação da musculatura dos vasos. Relaxamento intestinal. Estimulação da lipólise. Estimulação da secresão de amílase pelas glândulas salivares. Relaxamento do estômago e do intestino. Estimulação da glicogenólise e da neoglicogénese. Localização Pós-sinápticos. Pré-sinápticos e pós- sinápticos e também nos linfócitos e polimorfo- nucleares. β1 β2 Potência relativa dos agonistas IS> AD ≥ NA > FE DOB ≥ SB IS > AD ≥ NA > FE SB ≥ DOB Antagonistas específicos Atenolol Metoprolol Butoxamina ICI 118, 551 Respostas fisiológicas Estimulação da secreção de insulina e glicagina pelo pâncreas. Facilitação da libertação de noradrenalina. Estimulação da libertação de renina pelas células justa- glomerulares. Localização Pós-sinápticos. Pré-sinápticos e pós- sinápticos e também nos linfócitos e polimorfo- nucleares. Sinapse Adrenérgica Inactivação da Noradrenalina (NA) Inactivação enzimática - enzimas responsáveis: -MAO - Monoaminoxidase; Localização nos neurónios pré-sinápticos e fenda sináptica Papel regulador da concentração intraneuronal de noradrenalina. Isoformas: MAO-A (substrato: NA e serotonina) Inibidor específico: clorgilina MAO-B (substrato: benzilamina, β-feniletilamina) - CORT – Catecol-O-metiltransferase Localiza-se nas células pós-sinápticas efectoras (cél. Hepática e no tubo digestivo). Inactiva a NA com ou sem acção prévia por parte das MAO. Remoção das catecolaminas da fenda sináptica: (transporte activo) - Captação neuronal Recaptação de cerca de 90 % da NA para a terminação pré-sináptica – reutilização É bloqueado por: cocaína, desipramina, antidepressivos tricíclicos - Captação extraneuronial- Captação extraneuronial Recaptação de cerca de 10 % da NA ou seus metabolitos para a célula efectora É bloqueado por: alguns corticosteróides (hidrocortisona, cortisona), fenoxibenzamina Efeitos produzidos após interação da NA com os receptores adrenérgicos: FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Podem actuar: - Síntese, Armazenamento, libertação - Interação com o receptor - Degradação 1) Simpaticomiméticos:mimetizam o sistema simpático provocando efeitos análogos sobre o tecido alvo. Dividem-se em:sobre o tecido alvo. Dividem-se em: A) Aminas de acção indirecta B) Aminas de acção directa C) Aminas de acção mista 2) Simpaticolíticos: reduzem a actividade do sistema simpático, diminuindo os seus efeitos nos tecidos alvo. Dividem-se em: A) Simpatoplégicos B) Bloqueadores Adrenérgicos FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Simpaticomiméticos A) Aminas de acção directa:Apresentam semelhança estrutural com a NA. Actuam por activação directa dos receptores adrenérgicos pós-sinápticos produzindo respostas nos órgão semelhantes às obtidas com as catecolaminas endógenas. Podem ser divididos em: - Catecolaminas - Não catecolaminas- Não catecolaminas B) Aminas de acção indirecta: influenciam a quantidade de NA na fenda sináptica junto aos receptores adrenérgicos, por um dos seguintes mecanismos: - Aumento da libertação de NA Tiramina, Anfetamina, Efedrina - Inibição da recaptação de NA Cocaína, Imipramina, Desipramina - Inibição da degradação de NA Iproniazida e Pargilina (IMAO); U-0521 (inibidores da COMT)- uso experimental Simpaticomiméticos A) Aminas de acção directa: Catecolaminas (inactivadas por via oral. Não atravessam a BHE. Sofrem acçcão das MAO e COMT) -Adrenalina:Agonista dos receptores α e β. Paragem cardíaca: Provoca um aumento da estimulação cardíaca (efeito β1) assim como da resistência vascular periférica (vasoconstrição – hipertensão: efeito α1). Efeito vasocontritor: utiliza-se localmente em hemorragias e em anestésicos locais para prolongar o Efeito vasocontritor: utiliza-se localmente em hemorragias e em anestésicos locais para prolongar o seu efeito. Asma: Broncodilatação (efeito β2), por relaxamento do m. liso dos brônquios Reacções anafiláticas agudas, porque é um antagonista fisiológico da histamina - Noradrenalina:Agonista dos receptores α e β1. Provoca aumento da estimulação cardíaca e da resistência vascular periférica (hipertensão). Actividade excitatória cardíaca directa; mas a actividade reflexa vagal compensatória diminui a FC. Usada nalguns tipos de choque Vasoconstritor potente; aumenta a contracção uterina. Simpaticomiméticos A) Aminas de acção directa: Catecolaminas (inactivadas por via oral. Não atravessam a BHE. Sofrem acçcão das MAO e COMT) -Adrenalina e Noradrenalina (provocam hiperglicémia) Ef. Secund.: taquicárdia, extrasístole e FA. - Dopamina - Isoetarina:Agonista β2. Relaxamento do m. liso dos brônquios (patolog. pulmunar obstructiva) - Isoprenalina*: Agonista dos receptores β. Provoca estimulação cardíaca - Isoproteranol*: Agonista dos receptores β. Provoca estimulação cardíaca *Utilização em casos de bradicárdia em que é necessário uma acção rápida _ aminas biogénicas Grupo farmacológico Receptor Fármaco Catecolaminas α = β Adrenalina α > β Noradrenalina β Isoproterenol, isoprenalina Acção sobre α α Metoxamina, fenilefrina, etilefrina, Classificação dos fármacos simpaticomiméticos directos Acção sobre α α 1 Metoxamina, fenilefrina, etilefrina, propilhexedrina, oximetazolina α 2 Clonidina Acção sobre β β1 Dobutamina β2 Salbutamol, terbutalina, Salmeterol Simpaticomiméticos B) Aminas de acção directa: Não Catecolaminas Mais estáveis que as catecolaminas. Não são substracto das MAO e COMT. Apresentam menos reacões adversas que as catecolaminas - Fenilefrina:Agonistas dos receptores α1, com pouco efeito sobre os receptores β. Acção hipertensora sem afectar o coração. Utilizados: tratamento da hipotensão (parentérico), ou descongestionante nasal e midriático, sem aumentar a pressão ocular (uso tópico) - Clonidina:Agonista dos receptores α2 . Acção anti-hipertensora - tratamento da HTA - Salbutamol, terbutalina, Metaproterenol, Bilolterol: Agonista dos receptores β2. Acção broncodilatadora- tratamento da asma Relaxante uterino. Simpaticomiméticos C) Aminas de acção mista: Actuam por: aumento da libertação de NA, e por activação directa dos receptores adrenérgicos pós-sinápticos (Ex: Anfetaminas, efedrina. Atravessam a BHE e estimulam o SNC) Acções farmacológicas: - taquicárdia, - ↓ sensação de fome, fadiga - hipertensão, - Melhoram a associação de ideias; euforia - retençãourinária, - Antagonizam o ef. de fárm. Depressores (OH) - broncodilatação, - Aumentam o limiar da dor - estimulação do SNC - Estimulam a lipólise, ↑ metab. Basal Indicação terapêutica: hipotensão, descongestionante nasal, broncodilatador, catalepsia Reacções adversas (agravamento da actividade simpática): - Taquicárdia, hipertensão, extrasístoles - Anorexia, perda de peso - Transtornos nervosos: insónia, confusão, agitação, convulsões, esgotamento FÁRMACOS QUE ACTUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Simpaticoliticos A) Simpatoplégicos: actuam inibindo a síntese, armazenamento ou a libertação de NA Inibem a síntese de Noradrenalina: α-metil-p-tirosina (inibe a tirosina-hidroxilase) α-metil-DOPA (inibe a DOPA-descarboxilase: não se forma dopamina) Dissulfiram (inibe a dopamina- β-hidroxilase. Impede a conversão de dopa em NA) Inibem o armazenamento/ captação de Noradrenalina: Reserpina (inibe a captação de NA para as vesículas./Promove o seu esvaziamento) Inibem a libertação de Noradrenalina: Bretílio, Guanetidina, betanidina Simpaticoliticos B) Bloqueadores Adrenérgicos:Actuam por bloqueio dos receptores adrenérgicos pós-sinápticos, através de um mecanismo de competição com a NA. Inibem as respostas dos órgãos provocadas pela acção das catecolaminas. 1) Bloqueadores adrenérgicos α: (Provocam vasodilatação e miose) - Haloalquilaminas (Ex: fenoxibenzamina* – bloqueador dos receptores α 1. Provoca hipotensão e miose. Ligação irreversível ao receptor) - Imidazolinas (Ex: fentolamina, tolazolina*)- Imidazolinas (Ex: fentolamina, tolazolina*) - Quinazolina (Ex: prazosina* - bloqueador dos receptores α 1) - Fenoxialquilaminas (Ex: timoxamina – vasodilatador dça vasc. periférica) - Fenotiazidas (Ex: cloropromazina) - Alcalóides da cravagem do centeio (Ex: Ergotamina - produzido por um fungo parasita do centeio- Claviceps purpurea. Agonista parcial dos receptores α - m. lisa; bloq. Receptores α) - Alcalóides do tipo Ioimbina: (Ex: Ioimbina) Alcalóides extraído da Rauwelfia serpentina: bloqueador selectivo dos receptores α 2. provoca vasodilatação periférica. Simpaticoliticos B) Bloqueadores Adrenérgicos 1) Bloqueadores adrenérgicos α: - Bloqueio dos receptores pré-sinápticos α : Imidazolinas e fenoxibenzamina (antagonistas competitivos reversíveis). Aumentam a libertação de catecolaminas – taquicárdia - Bloqueio dos receptores pós-sinápticos α : Prazosina- Bloqueio dos receptores pós-sinápticos α : Prazosina -Alcalóides da cravagem do centeio Hipotensão e vasodilatação (acção simpaticolítica) Acção muscular directa: útero – contração; Vasos – vasoconstrição; M. liso intestinal – aumento do tónus e peristaltismo. SNC: sedação (d. terap.), Nauseas, vómitos e depressão respiratória (d. elevada) Antagonista Subtipo Exemplo Indicação α 1 Selectivo Prazosina Doxazosina terazosina HTA essencial Alfuzosina Hiperplasia benigna da próstata Não selectivos Sumatriptano Enxaquecas, hemorragia Classificação e uso dos Antagonistas adrenérgicos α Não selectivos (alcalóides do centeio) Sumatriptano Ergotamina Enxaquecas, hemorragia pós-parto Bromocriptina Parkinson α 1 + α2 Reversível Fentolamina Feocromacitoma (Alt. Gl. Suprerenais com HTA grave)Irreversível Fenoxibenzamina α 2 Selectivo Ioimbina Uso clínico limitado Simpaticoliticos B) Bloqueadores Adrenérgicos 2) Bloqueadores adrenérgicos β: Estrutura semlhante ao agonista isoprotenerol Antagoniza de forma competitiva, reversível e selectiva os efeitos exercidos pelas catecolaminas - Propranolol: (antagonista reversível β1 e β2, e estabilizador de membrana) ↓ força de contração (inotrópico -), ↓ frequência cardíaca (cronotrópico -), ↓ excitabilidade (batmotrópico -), ↓ o ↓ força de contração (inotrópico -), ↓ frequência cardíaca (cronotrópico -), ↓ excitabilidade (batmotrópico -), ↓ o trabalho e a estimulação cardíaca; ↓ a tensão arterial; Efeito anestésico local - Atenolol (antagonista reversível β1 específico) - Labetalol (antagonista reversível α1 , β1 e β2) - Alprenolol - Butoxamina - Oxprenolol - Timolol Simpaticoliticos B) Bloqueadores Adrenérgicos 2) Bloqueadores adrenérgicos β: Os efeitos farmacológicos dependem do bloqueio dos receptores beta - Cardíacos: ↓ FC e a força de contração. ↓ fluxo coronário e o consumo de O2 pelo miocárdio - Vasculares: aumentam as resistências periféricas - Brônquios: ↑ o tónus dos brônquios - ↓ a secreção de renina - Olho: ↓ a PIO - Inibição da libertação da NA por acção dos receptores pré-sinapticos β Acções não dependentes do bloqueio beta: efeito anestésico local. Simpaticoliticos B) Bloqueadores Adrenérgicos 2) Bloqueadores adrenérgicos β: Indicação terapêutica: Insuficiência coronária – angina de peito, Arritmias, taquicárdia, Hipertensão arterial Indicações não cardiovasculares: Hipertiroidismo (cursa com taquicárdia) - Endocrinologia Diminuição dos tremores e ansiedade de falar em público (propranolol) – Neuropsiquiatria Tratamento do glaucoma (timolol) Simpaticoliticos Bloqueadores adrenérgicos β: Efeitos secundários: Bloqueio β cardíaco: Bradicárdia, descompensação cardíaca, insuficiência coronária Bloquei β não cardíaco: Respiratório – broncoespasmo, asma Digestivo – náuseas e indigestão SNC – insónia, alucinações, depressão (propranolol)SNC – insónia, alucinações, depressão (propranolol) Vasculares – frio extremidades Metabólicos – hipoglicémia Suspensão do tratamento deve ser gradual. A supressão brusca pode provocas nas 24-72h seguintes (taquicárdia, aum. TA, sudação) Interações: - Insulina, antidiabéticos orais - Digitálicos, antagonistas dos canais de cálcio - IMAO Antagonista Acção Exemplo Cardioselectivo Bloqueador β1 Atenolol, metoprolol, bisoprolol, esmolol Bloqueador β1 e β2 Propranolol, sotalol, timolol, Classificação dos Antagonistas Adrenérgicos β nadolol Não cardioselectivo Bloqueador β1 e α2 Labetalol, carvedilol Bloqueador β1 e estimulante β2 Celiprolol, dilevalol SN Autónomo SN Somático FARMACOLOGIA DO SISTEMA DOPAMINÉRGICO L - TIROSINA L – DOPA Neurónios Dopaminérgicos DOPAMINA NORADRENALINA ADRENALINA Dopamina – catecolamina precursora na síntese de NA e AD Função: Neurotransmissor Receptores Dopaminérgicos: D1, D2, D3, D4, D5 Acoplados a proteína G A dopamina, em concentrações mais elevadas, também actua nos receptores α e β Em concentrações normais actua exclusivamente nos seus receptores Receptor Localização D1 Pós-juncional (não-neuronial) Estruturas vasculares renais e intestinaise intestinais D2 Pré-juncional (neuronial) em terminais neroniais simpáticos das zonas vasculares e coração D3, D4, D5 Mec. de acção pouco estudado Acções Farmacológicas da Dopamina Acções Centrais Resultam da activação de receptores muscarínicos pela Ach que conduzem à despolarização dos neurónios dopaminérgicos, com libertação de D. Activação receptor D1 Cardiovasculares Dependentes da dose: 2-5µg/Kg/min-iv: Vasodilatação, receptores D12-5µg/Kg/min-iv: Vasodilatação, receptores D1 6-15 µg/Kg/min-iv: ↑ de débito cardíaco, acção β 16-20 µg/Kg/min-iv: Vasoconstrição, acção α Renais ↑ do fluxo renal, ↑ tx de filtração glomerular - ↑ excreção de sódio. Activação dos receptores D1 Gastrointestinais Diminuição da motilidade gástrica e duodenal (inibição dos receptores D2) O uso terapêutico da D destina-se especialmente a situações de urgência. Administração IV Aplicações Terapêuticas da Dopamina Perturbações GI Antagonistas selectivos D2 – Metoclopramida, Domperidona ↑ peristaltismo Insuficiência cardíaca ↑débito cardíaco sem modificar a FC Doença de Parkinson - L-DOPA (precursor da D administradap.o.) – pró-fármaco. Associada a inibidores da descarboxilase dos ácidos aminados Fármacos administrados p.o. Parkinson Associada a inibidores da descarboxilase dos ácidos aminados aromáticos (IDAAA) – Benserazida, Carbidopa (sinemet®). Evita a descarboxilação a nível intestinal. Só dp de atravessar a BHE – D. - MAOs degradam a D. Utilizam-se IMAOs: Selegilina (jumex®) -Agonistas D2 da DM: Bromocriptina (parlodel®), Pergolida (permax®) - Promovem a libertação de dopamina dos terminais neurais centrais: Amantadina. Eficaz em estadío inicial - Anticolinérgicos muscarínicos: tri-hexifenidilo (Artane®), benztropina. Diminuir os níveis de Ach, reduzir o efeito excitatório. ANTIDEPRESSIVOS DEPRESSÃO Principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis Tx de incidência maior nas mulheres Sintomas: 1º Humor deprimido1º Humor deprimido 2º Anedonia (perda de interesse e prazer) 3º Perda de energia e cansaço fácil - Ansiedade (vs irritabilidade) - Perturbações do sono Insónia típica do deprimido – despertar precoce de madrugada (3/4h da manhã) se ansiedade – dificulade em adormecer ANTIDEPRESSIVOS Depressão Major: - Patologia do foro psiquátrico - Perturbação do humor - Pode apresentar-se sob 2 formas: Depressão major (unipolar), e Alteração distimica (forma mais crónica e menos grave da perturbação depressiva) Terapêutica: Antidepressivos (desregulação do sistema de neurotransmissores) Mecanismo de acção: - Inibição da recaptação das aminas (NA, DA e serotonina), - Inibição da sua metabolização pelas MA Aumento de concentração do neurotransmissor na sinapse devido ao contínuo bloqueio da recaptação/metabolização Efeitos clínicos – manifestam-se passadas 2 a 3 semanas Adesão ao tratamento pelo menos 6 meses Classificação dos Antidepressivos ANTIDEPRESSIVOS Classificação Fármacos I - Tricíclicos e análogos Ia -Tricíclicos: amitriptilina, imipramina, clomipramina, nortriptilina Ib - Análogos: matriptilina, trazodona, mianserina,mirtazepina, viloxazina, nefazodona, amoxapina Classificação Fármacos I - Tricíclicos e análogos Ia -Tricíclicos Ib - Análogos II - Inibidores selectivos da recaptação da serotonina (SSRIs- ISRS) fluoxetina (prozac®), paroxetina (seroxat®), sertralina (Zoloft®), fluvoxamina (Dumyrox®), Escitalopram (cipralex®), citalopram III - Inibidores selectivos da recaptação da serotonina e noradrenalina Venlafaxina (Efexor®), milnaciprano (ixel®), Duloxetina (cymbalta®)noradrenalina Duloxetina (cymbalta®) IV - Inibidores selectivos da recaptação da noradrenalina Reboxitina V - Inibidores reversíveis das monoaminoxidases(RIMAs) ou “IMAO” Moclobemida (Zorix, Aurorix), Pirlindol (Implementor) VI – Agonistas dos receptores da melatonina Agomelatina (Valdoxan®) Farmacocinética Elevado efeito de 1ª passagem Grande ligação às proteínas séricas e teciduais Eliminação por via hepática Administração: - Via oral - em dose única, de manhã ou à noite. Ex: Amitriptilina - à noite (+ sedante); Fluoxetina - de manhã (+ estimulante) - Via parentérica – excepção; só para situações clínicas graves Mecanismo de Acção Tricíclicos e análogos (heterocíclicos 2º geração) : Bloqueio da recaptação de NA e 5-HT ↑ [neurotransmissor] junto ao receptor IMAO :IMAO : inibição da degradação de NA e 5-HT terminação nervosa ↑ [neurotransmissor] nas vesículas pré-sinápticas Efeitos Adversos Sedação: sonolência; ef. Aditivos com outros sedativos Ef. Simpaticomiméticos: tremor; insónia Ef. Antimuscarínicos: visão turva; obstipação; incontinencia urinária; confusão, Tricíclicos reacções adversas graves (não são tão específicos) Cardiovasculares: hipotensão ortostática; defeitos na condução; arritmias; taquicárdia Psiquiátricos: agravamento da psicose; sindroma de abstinência Neurológicos: convulsões Endócrinos/metabolicos: aumento de peso; perturbações sexuais Antidepressivos mais recentes: Mais específicos; Menores reacções adversas - preferidos Enxaquecas; secura de boca; aumento de peso; hipotensão postural; perturbações sexuais Efeitos Adversos IMAO Fluoxetina e outros SSRI Ansiedade; insónia; tremor; sintomas g.i.; erupções cutâneas; redução da libido; disfunção sexual. Agonistas dos receptores da melatonina (MT1 e MT2) Cefaleias, enxaqueca, náuseas, tonturas, sonolência/insónia Interacções Farmacológicas SSRI / IMAO Excessiva acumulação de serotonina nas sinapses Sindroma Serotoninérgico hipertermia; rigidez muscular; perturbação rápida do estado mental e dos sinais vitais Simpaticomiméticos IMAO irreversíveis Excessiva acumulação de tiramina Interacções Farmacológicas fenelzina Reacções hipertensivas aos alimentos contendo tiramina (alimentos fermentados, bebidas) Alcool; opióides; anestésicos; sedativos Potenciação + Interacções Farmacológicas IMAO irreversíveis /Tricíclicos ou Tetracíclicos Sindroma de hiperexcitação central: hipertensão; delírio; febre alta + Antipsicóticos ou Neurolépticos Antipsicóticos ou Neurolépticos Psicose – Esquizofrenia (a mais frequente): Inicio: Jovens ♂ 15-25A (início + precoce normalmente é + grave) ♀ 25-30 A Existe em todo o mundo, raças, culturas e estratos sociais Prevalência = 1% Quanto mais cedo o início pior o prognósticoQuanto mais cedo o início pior o prognóstico Caracteriza-se por: - Deterioração da relação com a sociedade - Perda da noção da realidade - Insuficiência cognitiva - Instabilidade afectiva e humoral - Sintomas Positivos, Negativos, Depressivos e Cognitivos Antipsicóticos ou Neurolépticos Sintomas Positivos (exuberantes) - Agitação - Hostilidade - Hiperactividade - Alucinações auditivo verbais - Discurso desorganizado - Comportamento anormal Sintomas Negativos: (contribuem para o isolamento social) - Retardamento psicomotor - Incapacidade de iniciar tarefas - Pobreza de discurso - Perda de emoções e de funções executivas - Comportamento anormal Sintomas Depressivos (Na fase + percebem a doença que têm e deprimem-se. Nesta fase são os doentes que mais se suicidam) - Ansiedade - Humor depressivo - Sentimento de culpa - Excesso de preocupação Sintomas Cognitivos:Alteração da actividade motora/ memória/ atenção Antipsicóticos ou Neurolépticos Identificação do primeiro episódio (Os doentes podem andar até 2 anos com a doença sem serem detectados) -1º Diminuição do rendimento escolar/ profissional - Despiste do abuso de drogas (canabinóides e sintéticas –exctasi e LSD,..) Há drogas que predispõem mais para a esquizofrenia: CANABIS – para a maioria tem poucas consequências, MAS 15% têm susceptibilidade para o uso de canabinóides. NÃO SÃO DROGAS LEVES OU INÒCUAS. Quanto maior a duração dos episódios psicóticos (DUP) melhor Factores de risco: Sexo ♂, depressão, abuso de substâncias, desemprego, descida na escala social Tratamento (antipsicóticos): ↓ risco de suicídio, ↓ violência Mecanismo de Acção: Bloqueio dos receptores pós-sinápticos da dopamina na zona mesolímbica. Reacções adversas: devido ao bloqueio de outras zonas cerebrais. Antipsicóticos ou Neurolépticos Ex: Efeitos extrapiramidais devido ao bloqueio na zona negra. Resultam de um desequilíbrio entre o sistema colinérgico e dopaminérgico. Sistema colinérgico ↑ Sistema dopaminérgico ↓ Farmacocinética Boa absorção oral Elevado efeito de 1ª passagem Metabolização hepática feita por isoenzimas do citocromo P450 (2D6; IA2 e 3A4 ) Semi-vida elevada (8h a 36d) Fraca eliminação renal, excepto as ortopramidas Administração -Via oral, em toma única diária -Via oral, em toma única diária Soluções orais têm melhorbiodisponibilidade Formas «dépot» - têm a vantagem de causar melhor adesão à terapêutica. Ex: Haloperidol; Flufenazina; Pipotiazina; Zuclopentixol e Risperidona Interações medicamentosas Potencia fármacos com efeitos: sedativos, anticolinérgicos, antiadrenérgicos Típicos (1ª geração) Fenotiazinas Cloropromazina (Largatil) Levomepramazina (Nozinan); Tioridazina; Flufenazina (Anatensol) Butirofenonas Droperidol; Antipsicóticos / Neurolépticos (1ª geração) Butirofenonas Haloperidol (Haldol) Ortopramidas Sulpirida (Dogmatil) Tiaprida (Tiapridal) Atípicos Dibenzoazepinas Clozapina (Leponex) Tienobenzo-diazepinas Olanzapina (Zyprexa) Benzioxazois Risperidona (Risperdal, Perdin) Outros Quetiapina (Alzen, Seroquel) Antipsicóticos / Neurolépticos Outros Ziprazidona Amisulpride (Socian, Amitrex) Aripiprazol (Abilify) - Não causam efeitos extrapiramidais - Não têm efeito sobre a prolactina - São mais eficazes na esquizofrenia refractária à medicação - Têm uma boa actividade sobre os sintomas negativos Antipsicóticos / Neurolépticos Reacções Adversas Efeitos extra-piramidais: (Podem manifestar-se aguda ou tardiamente) Distonias; contracções involuntárias do músculo esquelético (rigidez, torcicolo espástico, crises oculogíricas) Pseudo-parkinsonismo: Acinesia; Rigidez; Tremor Usar anticolinérgicos (biperideno, trihexifenidilo), por via parentérica. Sindroma maligno dos neurolépticos (causa 20% de óbitos): Rigidez muscular; Hipertermia; Sialorreia; dispneia Controla-se com dantroleno, bromcriptina Discinésia tardia: hipercinésia involuntária da língua e lábios. Resulta da paragem repentina dos neurolépticos - hipersensibilidade dos receptores dopaminérgicos. Usar antagonistas dos receptores Colinomiméticos e Clozapina Clozapina: pode causar depressão medular Doença Bipolar Patologia complexa, com períodos de Depressão e Psicose Terapêutica: - Quetiapina (anti-psicótico atípico) associado à Fluoxetina (inibidor da recaptação da serotonina). - Associação de anticonvulsivantes ditos «estabilizadores do humor», tais como - Associação de anticonvulsivantes ditos «estabilizadores do humor», tais como Topiramato, Lamotrigina e até Valproato. Farmacos Antimaníacos -Lítio - reservado actualmente para situações que não respondem à terapêutica anterior Especialmente na fase maníaca Toxicidade - Baixo índice terapêutico Monitorização dos níveis séricos - Tremor (bloq. β) - GI: nauseas; vómitos; diarreia - Hipotiroidismo- Hipotiroidismo - SNC: ataxia; confusão (1.5-2 mE/l) delírio; mioclonias; convulsões; coma (2-2.5 mE/l) - Fetotóxico - Nefrotóxico: Insuficiencia renal
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