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Casos Concretos Direito Penal 4 ... (Anexos)

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1 - CC_CCJ00341.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 1
Descrição	
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, 
embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ”
R: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, 
embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ”
Resposta: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ”
Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente.
Resposta: A conduta de Ronaldo Esperto se tipifica no crime de corrupção passiva, definido no art. 317 do CP como: “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. Corrupção passiva consumada, o crime de corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido.
	
Questão objetiva.
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta.
O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. (X)
Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública.
Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador.
Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado.
Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada.
Desenvolvimento	
2 - CC_CCJ00342.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 2
Descrição	
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O crime de resistência configura- se quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou 
ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio (art. 329, CP). 
O crime de desobediência ocorre quando a pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público. V ale 
enfatizar a expressão “ordem legal”. Assim, para que a ordem seja considerada “legal”, é necessário que a lei 
determine a ordem. ( art. 331, CP) 
O crime de desacato ocorre, apenas, quando o funcionário público é ofendido “no exercício da função ou em 
razão dela”. ( art. 331, CP)
Resposta: O crime de resistência configura-se quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio (art. 329, CP). 
O crime de desobediência ocorre quando a pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público. Vale enfatizar a expressão “ordem legal”. Assim, para que a ordem seja considerada “legal”, é necessário que a lei determine a ordem. (art. 331, CP).
O crime de desacato ocorre, apenas, quando o funcionário público é ofendido “no exercício da função ou em razão dela”. (art. 331, CP).
Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: Flaviano Bom de Tinta, incorreu no crime de resistência, descrito no artigo 329, CP, que no caso concreto se configurou pelo ato de violência, quando o citado proferiu chutes na canela do guarda para empreender sua fuga, não sendo assim alcançado. 
Questão objetiva.
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
– Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
– O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação.
– Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular.
– Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa.
– No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa.
Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. (X)
Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras.
Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
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3 - CC_CCJ00343.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 3
Descrição	
Caso concreto.
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente
com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: A capitulação correta é crime de favorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por Arnaldo. 
Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já que ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. 
O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO?
Resposta: A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. 
Questão objetiva.
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de
denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço.
comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço.
denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. (X)
comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração.
denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.
Desenvolvimento	
4 - CC_CCJ00344.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 4
Descrição	
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP
O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu.
Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-tenis- termina-com-morte-de-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44)
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura.
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas:
Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: O caso concreto a conta a conduta de um motoqueiro ladrão que abordou um casal de namorados para subtrair o tênis do rapaz que até chegou a suplicar calma ao agente que impetuosamente alvejou a cabeça da namorada que veio a óbito após socorro médico. O ladrão fugiu sem nada subtrair. E caso típico de latrocínio consumado, cuja conduta tem agasalho do enunciado de sumula 610 do STF. 
A propósito para que haja latrocínio é necessário que a morte decorra da VIOLÊNCIA EMPREGADA DURANTE (fator tempo) e em razão do assaltante (fator nexo causal). A ausência qualquer desses pressupostos o agente respondera por crime doloso de homicídio em concurso com o roubo. Também a jurisprudência do STF se consolidou no sentido de que a conduta de participar do roubo armado responde pelo latrocínio ainda que os disparos tenham sido efetuados pelo comparsa porque é desnecessário saber qual dos coautores desferiu o tiro. 
Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual
será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: De acordo com a lei 8.072/90, artigo 2º, §2º, o Motoqueiro sendo Reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
Questão objetiva
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção correta.
O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo. (X)
A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e imprescritível.
A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra parente consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança pública, em razão dessa condição.
A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu.
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5 - CC_CCJ00345.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 5
Descrição	
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO
CASO CONCRETO
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas:
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto
no art.136,§1º, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
A situação narrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparados, o delito hediondo e o delito de maus tratos previstos no art. 136/CP. Desta forma podemos observar claramente a finalidade do réu em fazer a vítima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige para o caracterização do delito de tortura previsto no art.1, inciso 2 da lei 9455/97. 
 Para Guilherme Nucci o dolo específico do agente neste delito é de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de submeter alguém a uma situação de maus tratos. 
QUESTÃO OBJETIVA
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que:
todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime hediondo. (X)
o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455.
o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
Desenvolvimento	
6 - CC_CCJ00346.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 6
Descrição	
CASO CONCRETO
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput,da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso.
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico tutelado a saúde pública. Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas. 
QUESTÃO OBJETIVA
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela
estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato.
estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa.
estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo.
poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. (X)
deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.
Desenvolvimento	
7 - CC_CCJ00347.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 7
Descrição	
CASO CONCRETO
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA).
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas.
Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de conduta diversa, 
Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de conduta diversa, devendo ele ser absolvido com base no artigo 386 Inc. VI do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua primariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e que não integra qualquer organização criminosa para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da lei 11343/06.
À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos?
O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a he diondo, sendo 
R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a he diondo, sendo 
R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a he diondo, sendo 
O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ.
Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
R: É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde
que preenchidos os requisitos do art. 
É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do CP, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua execução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15-02 -2012.
QUESTÃO OBJETIVA
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s):
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006.
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. (X)
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006.
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006
Desenvolvimento	
8 - CC_CCJ00348.docx
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
5º PERÍODO MATUTINO – 2018
WEST GAVE DOS SANTOS
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título	
SEMANA 8
Descrição	
CASO CONCRETO
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. Acusado foi preso com maconha, crack e uma escopeta calibre 12.
Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha.
Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-organizacao- criminosa-e-condenado-16-anos-de-prisao-no-ce.html (atualizado em 15/12/2016)
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas.
Organização Criminosa: Há necessidade de 4 ou mais pessoas. Aplicado a pena máxima superior a 4 anos. Tem caráter transnacional, está exposta na lei 12.850/2013. 
Associação Criminosa: Há necessidade de 3 pessoas ou mais para configuração do crime. É aplicada cuja pena máxima é inferior a 4 anos, está exposto no art. 288 do CP. 
Associação Crimininosa para fins de tráfico: Está exposta na lei 11.343 art. 35. Há necessidade de 2 ou mais pessoas. 
Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque.
Ele responde por Organização Criminosa e Tráfico de drogas.
QUESTÃO OBJETIVA.
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que:
considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com fundamento, apenas, nas declarações do agente colaborador;
em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o Ministério Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena;
a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante inominada;
de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de colaboração contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia;
após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. (X)
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9 - Caso 1 -Penal 4 - West Gave.pdf
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES 
5º PERÍODO MATUTINO – 2018 
WEST GAVE DOS SANTOS 
 
DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
SEMANA 1 
 
Descrição 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às 
questões formuladas: 
 
 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de 
fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da 
condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o 
fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado 
processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de 
laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar 
qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração 
Pública, responda às questões formuladas: 
 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
 
Resposta: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para 
os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, 
emprego ou função pública. ” 
 
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda,
responda se a mesma restou tentada ou 
consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao 
agente. 
 
Resposta: A conduta de Ronaldo Esperto se tipifica no crime de corrupção passiva, 
definido no art. 317 do CP como: “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. Corrupção passiva consumada, o crime de 
corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem 
indevida, sem que seja necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido. 
 
 
 
 
 
 
Questão objetiva. 
 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
 
a. O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros 
requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre 
vítima determinada, ou, ao menos, determinável. (X) 
 
b. Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é 
suficiente que o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular 
que esteja sob a guarda da Administração pública. 
 
c. Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus 
público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso 
do curador. 
 
d. Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 
313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações 
(art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário 
público autorizado. 
 
e. Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado 
como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida 
almejada. 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
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		5º PERÍODO MATUTINO – 2018
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		DIREITO PENAL IV - CCJ0034
		Descrição
		Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
		Questão objetiva.
		Desenvolvimento
10 - Caso 2 -Penal 4 - West Gave.pdf
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DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
SEMANA 2 
 
Descrição 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio 
público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão 
disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material 
que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir 
sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não 
vindo a ser alcançado. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração 
Pública, responda às questões formuladas: 
 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
 
Resposta: O crime de resistência configura-se quando alguém se opõe à 
execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente 
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio (art. 329, CP). 
O crime de desobediência ocorre quando a pessoa desobedece uma ordem legal 
de funcionário público. Vale enfatizar a expressão “ordem legal”. Assim, para que 
a ordem seja considerada “legal”, é necessário que a lei determine a ordem. (art. 
331, CP). 
O crime de desacato ocorre, apenas, quando o funcionário público é ofendido “no 
exercício da função ou em razão dela”. (art. 331, CP). 
 
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: Flaviano Bom de Tinta, incorreu no crime de resistência, descrito no 
artigo 329, CP, que no caso concreto se configurou pelo ato de violência, quando 
o citado proferiu chutes na canela do guarda para empreender sua fuga, não sendo 
assim alcançado. 
 
 
 
 
 
 
Questão objetiva. 
 
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a 
Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
 
I – Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de 
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, 
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
 
II – O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em 
Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. 
 
III – Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem 
indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. 
 
IV – Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, 
cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência 
criminosa. 
 
V – No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do 
funcionário, não incorre em corrupção ativa. 
 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. (X) 
 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
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11 - Caso 3 -Penal 4 - West Gave.pdf
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Título 
SEMANA 3 
 
Descrição 
Caso concreto. 
 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, 
procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por 
um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com 
a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a 
Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, 
ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e 
Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes 
questões: 
 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
 
Resposta: A capitulação correta é crime de favorecimento real, conforme previsão do 
artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo 
do veículo cometido por Arnaldo. 
Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já que ele 
não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. 
 
 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de 
LAURO? 
 
Resposta: A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de 
pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa 
inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante
para a 
tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no 
crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão objetiva. 
 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de 
vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma 
denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo 
da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito 
Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de 
 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, 
aumentada de um terço. 
 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. (X) 
 
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem 
qualquer majoração. 
 
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração. 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
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		Caso concreto.
		Questão objetiva.
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12 - Caso 4 -Penal 4 - West Gave.pdf
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Título 
SEMANA 4 
 
Descrição 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
 
Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP 
 
O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 
anos, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-tenis- 
termina-com-morte-de-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44) 
 
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na 
capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O 
crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança 
gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do 
Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de 
capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim 
que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria 
caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o 
ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. 
Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que 
atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os 
namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando 
foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele 
pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos 
parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos 
constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar 
a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o 
crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 
20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, 
responda às questões formuladas: 
 
 
 
 
 
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou 
tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
Resposta: O caso concreto a conta a conduta de um motoqueiro ladrão que abordou um 
casal de namorados para subtrair o tênis do rapaz que até chegou a suplicar calma ao 
agente que impetuosamente alvejou a cabeça da namorada que veio a óbito após socorro 
médico. O ladrão fugiu sem nada subtrair. E caso típico de latrocínio consumado, cuja 
conduta tem agasalho do enunciado de sumula 610 do STF. 
A propósito para que haja latrocínio é necessário que a morte decorra da VIOLÊNCIA 
EMPREGADA DURANTE (fator tempo) e em razão do assaltante (fator nexo causal). A 
ausência qualquer desses pressupostos o agente respondera por crime doloso de 
homicídio em concurso com o roubo. Também a jurisprudência do STF se consolidou no 
sentido de que a conduta de participar do roubo armado responde pelo latrocínio ainda 
que os disparos tenham sido efetuados pelo comparsa porque é desnecessário saber qual 
dos coautores desferiu o tiro. 
 
 
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito 
praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual 
será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
 
Resposta: De acordo com a lei 8.072/90, artigo 2º, §2º, o Motoqueiro sendo Reincidente ele 
poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por 
crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
 
 
Questão objetiva 
 
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 
8.072/1990, assinale a opção correta. 
 
a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não 
comete crime hediondo. (X) 
 
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e 
imprescritível. 
 
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça 
ou anistia. 
 
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo 
quando praticado contra parente consanguíneo até o quarto grau de agente 
da segurança pública, em razão dessa condição. 
 
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu. 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
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		Descrição
		APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO
		Questão objetiva
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13 - Caso 5 -Penal 4 - West Gave.pdf
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Título 
SEMANA 5 
 
Descrição 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
CASO CONCRETO 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por 
ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao 
agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na 
sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato 
estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos 
fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no 
art.136,§1º, do Código Penal. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes 
hediondos e equiparados, responda
de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da 
conduta de ROMOALDO está correta. 
 
A situação narrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparados, o 
delito hediondo e o delito de maus tratos previstos no art. 136/CP. Desta forma 
podemos observar claramente a finalidade do réu em fazer a vítima experimentar 
sofrimento físico e emocional, o que se exige para o caracterização do delito de tortura 
previsto no art.1, inciso 2 da lei 9455/97. 
 Para Guilherme Nucci o dolo específico do agente neste delito é de aplicar 
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de 
submeter alguém a uma situação de maus tratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de 
esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento 
físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, 
mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. 
Nesse contexto é correto afirmar que: 
 
a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é 
equiparada a crime hediondo. (X) 
 
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu 
crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu 
crime de prevaricação, não hediondo. 
 
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a 
hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
 
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. 
 
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime 
previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de 
prevaricação, não hediondo. 
 
 
 
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		APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO
		QUESTÃO OBJETIVA
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14 - Caso 6 -Penal 4 - West Gave.pdf
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DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
SEMANA 6 
 
Descrição 
CASO CONCRETO 
 
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro 
de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo 
consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele 
estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou 
denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput,da Lei 
n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade 
material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de 
porte de drogas para uso. 
 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam 
qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de 
aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
Resposta: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da 
insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico 
tutelado a saúde pública. Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e 
atinge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte 
de drogas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para 
consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela 
 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
 
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à 
comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
 
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
 
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de 
serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. (X) 
 
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial. 
 
 
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		Descrição
		CASO CONCRETO
		QUESTÃO OBJETIVA
		Desenvolvimento
15 - Caso 7 -Penal 4 - West Gave.pdf
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DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
SEMANA 7 
 
Descrição 
 
 
CASO CONCRETO 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às 
questões formuladas: 
 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o 
aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na 
comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi 
visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que 
estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que 
o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência 
e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a 
determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi 
abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi 
denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, 
da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade 
provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas 
alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu 
dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda 
destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se 
fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e 
amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei 
n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente 
as possíveis teses defensivas. 
 
Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento 
inexigibilidade de conduta diversa, devendo ele ser absolvido com base no artigo 386 
Inc. VI do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua primariedade, seus bons 
antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e que não integra qualquer 
organização criminosa para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da lei 
11343/06.
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes 
hediondos? 
 
O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta 
equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ. 
 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
 
É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde que 
preenchidos os requisitos do art. 44 do CP, porque o STF declarou a inconstitucionalidade 
da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a 
sua execução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15-02 -2012. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada 
em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em 
depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do 
que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais 
naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é 
correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): 
 
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. (X) 
 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006 
 
 
 
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		Descrição
		CASO CONCRETO
		QUESTÃO OBJETIVA
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16 - Caso 8 -Penal 4 - West Gave.pdf
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DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
SEMANA 8 
 
Descrição 
CASO CONCRETO 
 
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
 
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. 
Acusado foi preso com maconha, crack e uma escopeta calibre 12. 
Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-organizacao- 
criminosa-e-condenado-16-anos-de-prisao-no-ce.html (atualizado em 15/12/2016) 
 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa 
preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de 
tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani 
Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, 
estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado 
negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao 
réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, 
justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem 
pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o 
juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em 
flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram 
uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi 
apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, 
munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por 
receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da 
Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para 
Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, 
tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante 
de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados 
brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no 
parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da 
operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por 
policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da 
organização criminosa no Ceará. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e 
fundamentada às seguintes questões: 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e 
associação criminosa para fins de tráfico de drogas. 
 
Organização Criminosa: Há necessidade de 4 ou mais pessoas. Aplicado a pena máxima 
superior a 4 anos. Tem caráter transnacional, está exposta na lei 12.850/2013. 
Associação Criminosa: Há necessidade de 3 pessoas ou mais para configuração do 
crime. É aplicada cuja pena máxima é inferior a 4 anos, está exposto no art. 288 do CP. 
Associação Crimininosa para fins de tráfico: Está exposta na lei 11.343 art. 35. Há 
necessidade de 2 ou mais pessoas. 
 
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo 
Albuquerque. 
 
Ele responde por Organização Criminosa e Tráfico de drogas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA. 
 
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização 
criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura 
inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No 
curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, 
acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de 
colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para 
tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa 
colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as 
previsões da Lei nº 12.850/13, que: 
 
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com 
fundamento, apenas, nas declarações do agente colaborador; 
 
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o 
Ministério Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, 
apesar de ser possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de 
pena; 
 
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de 
modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante 
inominada; 
 
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de 
colaboração contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do 
acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia; 
 
e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, 
na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal 
de dizer a verdade. (X) 
 
 
Desenvolvimento 
		FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA-ES
		5º PERÍODO MATUTINO – 2018
		WEST GAVE DOS SANTOS
		DIREITO PENAL IV - CCJ0034
		Descrição
		CASO CONCRETO
		QUESTÃO OBJETIVA.
		Desenvolvimento

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