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RELATÓRIO QUANTITATIVA 3

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1. Introdução: 
Com nome dado pela IUPAC, ácido fosfórico (H3PO4) é uma substância 
incolor e também é denominado de ácido ortofosfórico e pelos nomes 
usuais ortofosfato de hidrogênio e fosfato de hidrogênio (Fogaça, 2018). O 
ácido fosfórico tem como propriedades físicas densidade típica igual a 1,684 
g/mL; massa molecular de 97,97 g/mol; ponto de congelamento de 21 ºC – 
ácido fosfórico anidro puro, a temperatura e pressão ambiente, é um sólido 
branco que funde-se a 42,35 °C formando um líquido incolor e viscoso. E seu 
ponto de ebulição é igual a 158 ºC; por ser uma molécula muito polar, sua 
solubilidade é completa em água, de 100%, e também em etanol; concentração 
em água (usual na comercialização) de 85%. O ácido fosfórico é muito 
deliquescente e é geralmente fornecido como uma solução aquosa 
concentrada na porcentagem que já dita (Quiumento, 2017). 
Ele é um ácido consideravelmente semiforte, pois o seu grau de 
ionização, isto é, a porcentagem de seus hidrogênios que efetivamente sofrem 
ionização em solução aquosa a 18ºC é de 27%. Uma das principais utilizações 
do H3PO4 é em produtos para remover ferrugem. Na indústria, esse ácido é 
usado para fabricar vidro, na tinturaria, na fabricação de fosfatos e 
superfosfatos usados como fertilizantes, nas indústrias alimentícias e 
farmacêuticas. Em análises titulométricas de Volumetria, NaOH é o reagente 
padrão principal e mais usável, se for padronizado antes (Fogaça, 2018). 
O ácido H3PO4 é dito um ácido trivalente, ou ácido tri ou poliprótico (três 
prótons), isto significa que os três hidrogênios ácidos podem ser convertidos 
por substituição gradual, dando um H+ a cada vez, os quais reagem com uma 
molécula de água, H2O, como mostrado destas reações (Quiumento, 2017): 
 
H3PO4(s) + H2O(l) ⇌ H3O+(aq) + H2PO4–(aq) Ka1= 7.5×10−3 
H2PO4–(aq) + H2O(l) ⇌ H3O+ (aq) + HPO42–(aq) Ka2= 6.2×10−8 
HPO42–(aq) + H2O(l) ⇌ H3O+ (aq) + PO43–(aq) Ka3= 2.14×10−13 
O ânion formado após a primeira dissociação, H2PO4–, é o 
ânion dihidrogenofosfato. O ânion formado após a segunda dissociação, 
HPO42–, é o ânion hidrogenofosfato. O ânion formado após a terceira 
dissociação, PO43–, é o ânion fosfato ou ortofosfato. Para cada uma das 
reações de dissociação mostradas acima, há constante de dissociação ácida 
específica, chamada Ka1, Ka2, e Ka3, associadas com estas três constantes de 
dissociação estão correspondentes pKa1 igual 2,12, pKa2 igual 7,21 e pKa3 igual 
12,67. E é por isso que este ácido varia de fraco a medianamente forte. Estes 
ânions fosfato, ditos primários (com a substituição por um átomo metal, por 
exemplo), secundários (dois átomos) e terciários (três átomos), resultam 
nos sais derivados do ácido fosfórico que são chamados de genericamente de 
fosfatos (Quiumento, 2017). 
 
5 
 
 
 
 
2. Objetivo: 
Empregar a volumetria de neutralização para determinar a pureza de 
uma amostra de ácido fosfórico comercial, utilizando uma solução padrão de 
hidróxido de sódio como titulante. 
3. Materiais e Reagentes: 
Materiais Reagentes 
Erlenmeyeres de 125 mL Solução padrão de NaOH 0,1 mol/L 
Buretas de 25 mL, haste e garra para 
bureta 
Amostra de ácido fosfórico comercial 
(xaroposo) 85% (m/m) 
Provetas de 100 mL 
Solução de alaranjado de metila 0,2% e 
solução de timolftaleína 
Pipetas volumétricas de 5 e 10 mL, peras 
Balões volumétricos de 200 mL, funis de 
haste longa, bastão de vidro, espátulas 
 
Pisseta ou frasco lavador 
Béquer de 100 e 250 mL 
4. Procedimento: 
O procedimento está representado no fluxograma abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alíquota de 10,00 
mL foi pipetada 
da solução e 
transferida 
erlenmeyer de 
125 mL. 
Usou-se a solução de NaOH como titulante. O 
procedimento foi em triplicata e feito o ensaio 
do branco para estimar o erro associado à 
medida do volume de titulante. 
Foi 
acrescentado 
3 gotas de 
alaranjado de 
metila. 
Uma alíquota de 
10,00 mL foi 
pipetada da 
solução e 
transferida para 
um erlenmeyer 
de 125 mL. 
Foi 
preparado 
200 mL de 
uma solução 
de ácido 
fosfórico 
comercial 
0,10 mol/L. 
 
Foi acrescentado 
3 gotas de 
timolftaleína. 
6 
 
 
 
5. Resultados e Discussão: 
Efetuou-se o cálculo de volume requerido para o titulante atingir o Ponto 
de Equivalência e cálculo de Erro percentual de Titulação de cada ionização, 
que foram postos na Tabela 1 que se encontra na página 7. E o Erro médio das 
mesmas foram realizados e posto o de menor valor na Tabela 5, na página 14. 
E para a preparação de amostra determinou-se o volume de ácido 
fosfórico diluído na solução presente no frasco de 200. E, sabendo-se que o 
teor de ácido do rótulo é de 85% (com titulo de 0,85), densidade igual a 1880 
g/L e massa molar do mesmo de 98g/mol, usou a seguinte fórmula: 
d*t = M*MM 
1880
𝑔
𝐿
*0,85 = M*98
𝑔
𝑚𝑜𝑙
 
M = 16,3061 mol/L 
E logo em seguida, efetuou-se o cálculo de diluição sendo a concentração 
conhecida do ácido de 0,10 mol/L. 
M1*V(L)1 = M2*V(L)2 
16,3061
𝑚𝑜𝑙
L
 *V(L)1 = 0,10
𝑚𝑜𝑙
𝐿
*0,2000 L 
V(L)1 = 0,0012265349 L ≈ 0,00123 L ou 1,23 mL 
Então se preparou a solução ácida de amostra com este volume e foi 
realizada a análise. 
Foi determinado o volume de titulante necessário para atingir-se o ponto 
de equivalência (PE) durante a primeira ionização do H3PO4, de acordo como é 
representado abaixo com concentração molar referencial ácida de 0,10 mol/L: 
MNaOH*V(L)NaOH = MH3PO4*V(L)H3PO4 
0,09759
𝑚𝑜𝑙
L
* V(L)NaOH = 0,10 
𝑚𝑜𝑙
L
*0,01000 L 
V(L)NaOH = 0,010246952 L ou 10,25 mL 
E para segunda ionização, esquematizou-se como é trazido logo abaixo: 
MNaOH*V(L)NaOH = 2*MH3PO4*V(L)H3PO4 
0,09759
𝑚𝑜𝑙
L
* V(L)NaOH = 2*0,10 
𝑚𝑜𝑙
L
*0,01000 L 
V(L)NaOH = 0,020493903 L ou 20,49 mL 
 A amostra aferida fora pipetada com pipeta volumétrica, o que quer dizer 
que cada erlenmeyer continha a mesma quantidade de volume do analito e isto 
permite usarem-se os mesmos valores de volume do ponto de equivalência 
referidos acima. Com isto, sabendo-se dos valores de volumes com o ponto 
final corrigido, efetuou-se o cálculo de Erro percentual de Titulação (%ET). 
7 
 
 
 
Como é trazido logo em seguida para o erlenmeyer 1 do grupo A na primeira 
ionização: 
ET% = 
|𝑉𝑃𝐹−𝑉𝑃𝐸|
𝑉𝑃𝐸
∗ 100% 
ET% = 
|9,71mL – 10,25mL|
10,25mL
 x100% 
ET% = 5,268292683% ≈ 5, 27% 
E então para a segunda ionização no mesmo erlenmeyer: 
ET% = 
|𝑉𝑃𝐹−𝑉𝑃𝐸|
𝑉𝑃𝐸
∗ 100% 
ET% = 
|20,93 mL – 20,49 mL|
20,49 mL
*100% 
ET% = 2,12793500% ≈ 2,13 % 
E logo em seguida, calculou-se a média de erro percentual da primeira e 
da segunda ionização. Que é apresentada abaixo: 
xET%.1ªion. =
36,78%
9
 = 4,08666666666666% ≈ 4,09% 
xET%.2ªion. =
39,79%
9
 = 4,42111111111111% ≈ 4,42% 
Tabela 1: Volumes e Erro percentual de Titulação: 
Bancada 01 
Grupo Erlenmeyer 
H3PO4 
(mL) 
Volume (mL) ET1 
(%) 
ET2 
(%) PF1ª ion. PF2ª ion. PF 2ªcorr. PE1ª ion. PE2ª ion. 
A 
1 10,00 9,71 20,95 20,93 10,24 20,49 5,27 2,13 
2 10,00 9,81 22,21 22,19 10,24 20,49 4,29 8,28 
3 10,00 9,88 22,25 22,23 10,24 20,49 3,61 8,47 
B 
1 10,00 9,82 21,10 21,05 10,24 20,49 4,20 2,71 
2 10,00 9,49 20,99 20,94 10,24 20,49 7,41 2,18 
3 10,00 9,70 21,40 21,35 10,24 20,49 5,37 4,18 
C 
1 10,00 9,99 20,70 20,60 10,24 20,49 2,54 0,52 
2 10,00 10,10 21,60 21,50 10,24 20,49 1,46 4,91 
3 10,00 9,98 21,91 21,81 10,24 20,49 2,63 6,42 
VBranco A = 0,02 mL VBranco B = 0,05 mL VBranco C = 0,10 mL VPE1 = 10,24 mL VPE2 = 20,49 mL 
A equação para a prática realizadase apresenta logo abaixo: 
1ª ionização: H3PO4(aq) + NaOH(l) ⇌ H2O(l) + NaH2PO4(aq) 
2ª ionização: NaH2PO4(aq) + NaOH(l) ⇌ H2O(l) + Na2HPO4(aq) 
3ª ionização: Na2HPO4(aq) + NaOH(l) ⇌ H2O(l) + Na3PO4(aq) : 
H3PO4(aq) + 3NaOH ⇌ 3H2O + Na3PO4(aq) 
Realizou-se a determinação do teor das duas primeiras ionizações de 
H3PO4 e suas respectivas concentrações molares presentes em cada 
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erlenmeyer (com e sem diluição), sendo isto posto nas Tabelas 2 e 3, na 
página 9. 
Assim, de acordo com a fórmula de concentração molar (M*Vlitros) para a 
primeira e a segunda ionização, determinou-se a molaridade em cada 
erlenmeyer e logo em seguida de molaridade sem diluição. Como 
exemplificado com o primeiro erlenmeyer do grupo A mostrado a seguir. 
M(NaOH) * V(L)NaOH = M(ác. fosf.) * V(L)(ác. fosf.) 
0,09759 mol/L * 0,00971 L = M(ác. fosf.) * 0,01000L 
M(ác. fosf.) = 0,09475989 mol/L 
E para a segunda ionização, no erlenmeyer 1ª: 
𝑀(𝑁𝑎𝑂𝐻) ∗ 𝑉(𝐿)
2
 = M(ác. fosf.) * V(L)(ác. fosf.) 
0,09759 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ∗ 0,02093𝐿
2
 = M(ác. fosf.) * 0,01000L 
M(ác. fosf.) = 0,102127935 mol/L 
Então, realizou-se o cálculo para determinar a concentração molar antes 
de ser diluída. E o cálculo é trazido abaixo, com o erlenmeyer 1A, usado como 
exemplo: 
M1 * V1 = M2 * V2 
M1 * 1,23 mL = 0,09475989 mol/L * 200,0mL 
M1 = 15,4081122 mol/L 
E para a segunda ionização. 
M1 * V1 = M1 * V1 
M1 * 1,23mL = 0,102127935 mol/L * 200,0mL 
M1 = 16,60616829 mol/L 
A partir destes resultados foram determinados os valores de teor 
presente em cada erlenmeyer e cada ionização, tendo como exemplo o 
erlenmeyer 1ª, sendo mostrado então o resultado da primeira ionização: 
 16,3061 mol 85% 
15,4081122 mol x 
X = 80,3189933% ≈ 80,32% 
e para a segunda ionização, 
 16,3061 mol 85% 
16,60616829 mol x 
x = 86,56418793% ≈ 86,56 % 
Segue-se abaixo a tabela com os resultados de concentração molar sem 
diluição para cada erlenmeyer da bancada 1. 
9 
 
 
 
Tabela 2: concentrações molares (sem diluição) e teor do analito: 
M1 1ª íon. M1 2ª íon. X(%)1ª ion. X(%)2ª ion. 
15,4081122 16,60616829 80,31899330 86,56418793 
15,56679512 17,60587073 81,14617139 91,77540995 
15,67787317 17,63760732 81,72519606 91,94084557 
15,58266341 16,70137805 81,22888920 87,06049479 
15,05900976 16,61410244 78,49920148 86,60554684 
15,3922439 16,93940244 80,23627549 88,30126194 
15,85242439 16,34434146 82,63509197 85,19934407 
16,02697561 17,05841463 83,54498788 88,92164551 
15,8365561 17,30437317 82,55237416 90,20377156 
Tabela 3: concentração molar e teor do analito: 
Bancada 01 
Grupo Erlenmeyer 
Ácido 
Fosfórico1ª ion. 
[mol/L] 
Ácido 
Fosfórico2ª ion. 
[mol/L] 
Teor (%)1ª ion. Teor (%)2ª ion. 
A 
1 0,09475989 0,102127935 80,32 86,56 
2 0,09573579 0,108276105 81,15 91,78 
3 0,09641892 0,108471285 81,73 91,94 
B 
1 0,09583338 0,102713475 81,23 87,06 
2 0,09261291 0,102176730 78,50 86,61 
3 0,09466230 0,104177325 80,24 88,30 
C 
1 0,09749241 0,100517700 82,64 85,20 
2 0,09856590 0,104909250 83,54 88,92 
3 0,09739482 0,106421895 82,55 90,20 
 Realizou-se também os cálculos de média das concentrações molar de 
cada ionização, como é mostrado abaixo: 
x = 
∑ 𝑥
𝑁
 
x1ª ion. = 
140,4026537
𝑚𝑜𝑙
𝐿
9
 
x1ª ion. = 15,60029486 mol/L ≈ 15,60 mol/L 
x2ª ion. = 
152,8116585
𝑚𝑜𝑙
𝐿
9
 
x2ª ion. = 16,97907317 mol/L ≈ 16,98 mol/L 
 Foi-se aplicado o teste Q de Dixon para os valores extremos de teor, 
para saber-se se os resultados discrepantes devem ou não ser descartados do 
cálculo do valor médio (Vogel, 1960), de acordo com a fórmula a seguir: 
Q = 
|𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑠𝑢𝑠𝑝𝑒𝑖𝑡𝑜−𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑟ó𝑥𝑖𝑚𝑜|
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟−𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
 
Isto é, sabendo-se que o valor de Q crítico é igual a 0,493 com 95% de 
confiança para nove determinações. E determinaram-se os seguintes 
10 
 
 
 
resultados, respectivamente, para os valores de teor menores da primeira e a 
segunda ionizações: 
Qcalculado = 
|78,49920148% − 80,23627549 %|
83,54498788 % − 78,49920148 %
 
Qcalculado = 
1,7371 %
5,0458 %
 
Qcalculado = 0,3443 
Qcalculado = 
|85,19934407% − 86,56418793%|
91,94084557% − 85,19934407%
 
Qcalculado = 
1,3648%
6,7415%
 
Qcalculado = 0,2025 
E para os valores maiores de teor, também respectivamente, da primeira e da 
segunda ionizações: 
Qcalculado = 
|83,54498788% − 82,63509197 %|
83,54498788 % − 78,49920148 %
 
Qcalculado = 
0,9099 %
5,0458 %
 
Qcalculado = 0,1803 
Qcalculado = 
|91,94084557% − 91,77540995%|
91,94084557% − 85,19934407%
 
Qcalculado = 
0,16544%
6,7415%
 
Qcalculado = 0,02454 
Então os valores de Q calculado se apresentaram estar abaixo do valor 
crítico para 95% de confiança, ou seja, deve-se aceitar a validade dos 
resultados de teor determinado, incluindo aqueles que estão entre os valores 
contestados (Vogel, 1960). 
Os resultados dos cálculos de médias, desvios padrão, Desvios Padrão 
Relativos, Exatidão de Método (%E – o mesmo que Erro percentual de Método) 
e testes F e “t” foram determinados e postos na Tabela 5 na página 14. 
Determinou-se as médias (x) de teor, com a seguinte fórmula, 
respectivamente para a primeira e a segunda ionizações, obtendo-se os 
seguintes valores: 
x = 
∑ x𝑖
𝑁
 
x = 
731,8871809%
9
 
x̅ = 81,3207978811993% ≈ 81,32% 
x = 
796,5725082%
9
 
x̅ = 88,5080564642799% ≈ 88,51% 
11 
 
 
 
Logo em seguida, efetuaram-se as variâncias (s2) das mesmas para 
saber-se se os valores variaram muito ou pouco dos resultados das médias 
(Baccan, 2001), como se apresenta abaixo: 
s2 = 
∑(𝑋−𝑋𝑖)
2
𝑁−1
 
s12 = 
18,534857224%
8
 
s12 = 2,316857153% ≈ 2,32% 
S12 = 
45,99008964%
8
 
s22 = 5,748761205% ≈ 5,75% 
Com isto, realizaram-se os cálculos de desvio padrão (s) para cada 
ionização, respectivamente, o que estaria informando o quão “confiável” é a 
média das concentrações determinadas (Baccan, 2001). Como é mostrado logo 
a seguir: 
s =√
∑(𝑋−𝑋𝑖)
2
𝑁−1
 
s1 = √
18,534857224%
8
 
s1 = 1,522122581% ≈ 1,52% 
S2 = √
45,99008964%
8
 
s2 = 2,397657441% ≈ 2,40% 
E então, aplicou-se o teste G de Grubbs nos valores extremos de teor 
calculados, para saber-se se um resultado discrepante deve ou não ser 
descartado no cálculo do valor médio (Vogel, 1960). O teste, primeiramente, foi 
aplicado nos valores menores de teor às respectivas primeira e segunda 
ionizações, de acordo com a seguinte fórmula: 
G = 
|𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑠𝑢𝑠𝑝𝑒𝑖𝑡𝑜−x|
𝑠
 
Gcalculado1 = 
|78,49920148% − 81,3207978811993%|
1,522122581%
 
Gcalculado1 = 
2,8215964
1,522122581
 
Gcalculado1 = 1,85372 ≈ 1,85 
Gcalculado2 = 
|85,19934407% − 88,5080564642799%|
2,397657441%
 
Gcalculado2 = 
3,30871239%
2,397657441%
 
Gcalculado2 = 1,37997711 ≈ 1,38 
E para os valores maiores de teor, também respectivamente, da primeira e da 
segunda ionizações: 
12 
 
 
 
Gcalculado1 = 
|83,54498788% − 81,3207978811993%|
1,522122581%
 
Gcalculado1 = 
2,224190%
1,522122581%
 
Gcalculado1 = 1,4612424 ≈ 1,46 
Gcalculado2 = 
|91,94084557% − 88,5080564642799%|
2,397657441%
 
Gcalculado2 = 
3,4327891%
2,397657441%
 
Gcalculado2 = 1,431726254 ≈ 1,43 
 Sabendo destes valores então, nota-se que estão abaixo do G crítico de 
2,22 com 95% de confiança para nove medições, tornando desta forma as 
medidas (de médias, desvios padrão e, consequentemente, também de teor) 
desta análise aceitáveis. 
 E determinou-se o valor deDesvio Padrão Relativo ou RSD (do inglês 
“Relative Standard Desviation” para “Desvio Padrão Relativo”), o que 
expressaria a variabilidade dos dados excluindo a influência da ordem de 
grandeza da variável (Baccan, 2001). 
RSD = 
𝑠
x
 * 100% 
RSD1 = 
1,522122581%
81,3207978811993%
 * 100% 
RSD1 = 0,01871750673 * 100% 
RSD1 = 1,871750673% ≈ 1,87% 
RSD2 = 
2,397657441%
88,5080564642799%
 * 100% 
RSD2 = 0,027089708 * 100% 
RSD2 = 2,7089708% ≈ 2,71% 
Os resultados de RSD acima mostraram-se ter valores de teor pouco 
homogêneas, dispersas, entorno das médias variando relativamente 1,87% em 
relação a média do primeiro H+ e 2,71% em relação a média do segundo H+. 
Usando as variâncias das duas bancadas então aplicou-se o teste F de 
Fisher-Snedecor, para averiguar se as variâncias destas amostras podem ser 
consideradas iguais com nível de confiança desejado (Vogel, 1960). Sendo o F 
crítico de 3,438, para 95% de confiança, o cálculo se encontra efetuado abaixo. 
F = 
𝑠1
2
𝑠2
2 
Fcalculado1 = 
2,466089529%
2,316857153%
 
Fcalculado1 = 1,0644 
Fcalculado2 = 
14,97206212%
5,748761205%
 
13 
 
 
 
Fcalculado2 = 2,6043 
Assim, os valores de F calculado se mostraram ser menores que o F 
crítico, o que aceitaria a igualdade das variâncias e a validade estatística das 
médias. 
Determinaram-se também os intervalos de confiança das médias, para 
estimar o valor no qual se espera encontrar a média (Baccan, 2001), com t 
crítico igual a 2,306 para 95% de confiança. Seguindo a fórmula apresentado 
abaixo: 
μ = x ± t
s
√N
 
 
μ1 = 81,3207978811993% ± 2,3060 ∗
1,522122581%
√9
 
μ1 = 81,3207978811993% ± 1,1700048905953% 
μ1 = (81,32 ± 1,17) % 
μ2 = 88,5080564642799% ± 2,3060 * 
2,397657441%
√9
 
μ2 = 88,5080564642799% ± 1,842999352982% 
μ2 = (88,51 ± 1,84) % 
Usando a fórmula E% = 
|x𝑖−x𝑉|
x𝑉
 * 100% calculou-se o Erro percentual de 
Método para cada erlenmeyer, em cada ionização, respectivamente, tendo 
como exemplo o erlenmeyer 1 do grupo A: 
E%1 = 
|80,32% − 85%|
85%
 * 100% 
E%1 = 
4,68%
85%
 * 100% 
E%1 = 5,50706671% ≈ 5,51% 
E%2 = 
|86,56% − 85%|
85%
 * 100% 
E%2 = 
1,56%
85%
 * 100% 
E%2 = 1,84022110% ≈ 1,84% 
E os resultados de Exatidão do Método foram postos na tabela abaixo, e 
posteriormente, suas respectivas médias, foram colocadas na Tabela 5, na 
página 14: 
Tabela 4: Erros percentuais de Método: 
E%1ª ionização E%2ª ionização 
5,51 1,84 
4,53 7,97 
3,85 8,17 
4,44 2,42 
7,65 1,89 
14 
 
 
 
5,60 3,88 
2,78 0,23 
1,71 4,61 
2,88 6,12 
E realizou-se as médias destes valores, com os resultados logo em seguida. 
x = 
∑ x𝑖
𝑁
 
xE%1= 
38,956%
9
 
xE%1 = 4,32844% ≈ 4,33% 
xE%2 = 
37,144%
9
 
xE%2 = 4,1271111% ≈ 4,13% 
E por ultimo, determinaram-se os valores de t calculado, aplicando o 
teste “t” de Student sobre as médias para avaliar se há diferença significativa 
entre a média determinada e o valor conhecido (Vogel, 1960). 
t = 
|x−μ|√𝑁
𝑠
 
tcalculado1 = 
|81,32% − 85%|√9
1,522122581%
 
tcalculado1 = 
3,68%∗3
1,522122581%
 
tcalculado1 = 7,25302951 ≈ 7,253 
tcalculado2 = 
|88,51% − 85%|√9
2,397657441%
 
tcalculado2 = 
3,51%∗3
2,397657441%
 
tcalculado2 = 4,39178667 ≈ 4,392 
Sendo assim, percebe-se que os valores de t calculado são maiores que 
o crítico (de 2,3060), o que torna as hipóteses alternativas (as referidas médias 
calculadas) verdadeiras, ou seja, que os resultados de média, e todo e 
qualquer valor relacionado a ele, são diferentes dos de referência (Vogel, 1960). 
Tabela 5: com a apresentação dos resultados: 
Bancada 01 
ET (%) [H3PO4] Teor ± s (%) RSD (%) FCrítico = 3,438 E (%) tcrítico = 2,306 
4,09 15,600295 81,32±1,52 1,87 Fcalculado1 = 1,064 4,13 tcalculado2 = 4,392 
s1 = 1,522122581% RSD1 = 1,871750673% E2 (%) = 4,1271111% 
Outros autores realizaram o mesmo procedimento de Determinação do 
Teor de H3PO4 em Ácido Fosfórico P.A., e seus respectivos resultados de teor 
se encontram na Tabela 6, logo abaixo. 
15 
 
 
 
 Tabela 6: teores da primeira e segunda ionizações: 
 1ª Ionização (%) 2ª Ionização (%) 
Abelaira e Melo (2018) 81,32% 88,51% 
Abrantes (2017) 84,53% 85,68% 
Gomes (2016) 79,70% 83,50% 
Jorge, Oliveira, Rodrigo, 
Roberto e Souza (2010) 
95,80% 105,75% 
Abrantes et al., (2017), de ambos, respectivamente, valores de 
concentração molar iguais a 14,7500 M para o primeiro H+, e para o segundo 
hidrogênio ácido determinou-se 14,9500 M. Determinando-se também Erros 
percentuais de Método iguais a 0,54% e 0,81% para o primeiro e segundo 
hidrogênios ionizáveis, respectivamente. E observar então a titulação do 
segundo hidrogênio ácido proporciona um maior erro na titulação, ou seja, o 
primeiro apresenta um valor mais próximo do teórico, portanto a diferença 
poderia ter sido obtida por um melhor enquadramento da faixa de viragem do 
indicador com o ponto de equilíbrio do primeiro hidrogênio ácido ou devido a 
uma má escolha da cor indicativa do ponto final da titulação do segundo 
hidrogênio ácido, algum erro de leitura de volume na bureta ao fim da titulação, 
má diluição da amostra, entre outros fatores. 
Jorge, Oliveira, Rodrigo, Roberto e Souza et al., (2010) contam que na 
substituição dos hidrogênios os teores em percentagem foram bem altos, 
porem para na análise do segundo H+ os valores bateram com a literatura, 
enfim, de posse de baixo erro de método (de 2,15%) e com os valores 
aceitáveis e compatíveis das titulações consideram que a análise do teor de 
H3PO4 em acido fosfórico comercial foi realizada com êxito. 
Gomes et al., (2016) explica que seus experimentos houve erros visíveis 
durante a titulação, discrepância dos valores, sendo os possíveis motivos a 
dificuldade de se observar o ponto de viragem corretamente e à tomada de 
alíquota, mas nada pode ser descartado – incluindo os resultados de Erros. 
Enquanto que obteve desvios padrão iguais respectivamente a 3,22% (do 
primeiro H+) e 4,67% (do segundo H+). 
Ambas as razões foram particularmente complicadas, até mesmo porque 
foram feitas titulações separadas e não acopladas. Isso quer dizer que primeiro 
titulou-se o primeiro hidrogênio e depois se tomou outra alíquota para fazer a 
titulação do segundo hidrogênio ionizável. Vale ressaltar que o terceiro 
hidrogênio não foi mensurado, pois sua constante é muito baixa e próxima da 
água. Portanto não teria como determinar se estaria ionizando o sal do ácido 
ou a água (Gomes, 2016). 
 
 
16 
 
 
 
6. Conclusão: 
Concluiu-se então que após fazerem-se os cálculos estatísticos e testes, 
que os teores médios da primeira ionização foram de 81,32% e da segunda de 
88,51%, com desvios padrão, respectivamente, de 1,52% e 2,40%, estando 
próximos do valor de rótulo de 85%. Com baixas Exatidões de Titulação (4,09% 
do primeiro Hidrogênio ionizável e 4,42% do segundo) e Método (4,33% do 
primeiro H+, e 4,13% do segundo), ainda que, de todos os testes aplicados, 
somente o teste “t” de Student rejeitou a igualdade dos resultados. 
7. Referências: 
ABRANTES, A.C. Dosagem de Ácido Fosfórico. Química Analítica 
Experimental II – Passei Direto. UFRJ - Universidade Federal do Rio de 
Janeiro. Rio de Janeiro-RJ. Janeiro 2017. Disponível em: < 
https://www.passeidireto.com/ > Acesso em: Abril de 2018. 
QUIUMENTO, F. Ácido Fosfórico – Scientia. Agosto de 2017. 
Disponível em: < https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/ > 
Acesso em: Abril de 2018. 
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINHO, O.E.S.; BARONE, J.S. 
Química Analítica Quantitativa Elementar.3ª edição – Instituto Mauá de 
Tecnologia. São Paulo-SP. 2001. Lido em: Abril de 2018. 
FOGAÇA, J.R.V. Ácido Fosfórico – Mundo Educação. Janeiro de 2018. 
Disponível em: < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/ > Acesso em: Abril de 
2018. 
GOMES, M. Relatório 4: Titulação Poliprótica – Passei Direto, 
Química Analítica Quantitativa Experimental. UFRJ - Universidade Federal do 
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro-RJ. Setembro de 2016. Disponível em: < 
https://www.passeidireto.com/ > Acesso em: Abril de 2018. 
JORGE, I.; OLIVEIRA, Y.; RODRIGO A.; ROBERTO P.; SOUZA, G.; 
Determinação de H3PO4 em Ácido Fosfórico Comercial – Ebah. IFAM- 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia-AM, Diretoria de Ensino 
Médio e Técnico – GEAQMA-Gerência da Área de Química e Meio Ambiente, 
Disciplina: Química Analítica Quantitativa. Manaus-AM. Janeiro de 2010. 
Disponível em: < http://www.ebah.com.br/ > Acesso em: Abril de 2018. 
VOGEL, A.I.; CATALANO, M.; CATALANO, E. Química Analítica 
Cuantitativa, Teoría y Prática – Vol. I: Volumetría y Gravimetría. Editorial 
Kapelusz, S.A. – Buenos Aires, Argentina. Versão castelhana. Junho de 1960. 
Título da edição original: A Text-book of Quantitative Inorganic Analysis – 
Longmans, Green and Co., London-UK. 2ª edição - 1951. Lido em: Março de 
2018. 
	ABRANTES, A.C. Dosagem de Ácido Fosfórico. Química Analítica Experimental II – Passei Direto. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro-RJ. Janeiro 2017. Disponível em: < https://www.passeidireto.com/ > Acesso em: Abril de 2018.
	QUIUMENTO, F. Ácido Fosfórico – Scientia. Agosto de 2017. Disponível em: < https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/ > Acesso em: Abril de 2018.

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