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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 3ª VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO.
ELESBÃO, brasileiro, divorciado,Funcionário públicoFederal, portador do RG de nºxxxxx, e do CPF de nº xxx.xxx.xxx.-xx, residente e domiciliado na Rua xxxxxx, quadra x, lote x, setor xxxxx, na cidade do Rio de Janeiro, vem a presença de Vossa Excelência por intermédio de sua advogada (procuração anexa), comescritório na Avenida xxxx, nº xx, setor xxxxx, na cidade do Rio de Janeiro, onde receberá as notificações e intimações decorrentes desse processo, com fulcro nos artigos, 1º, III, da Constituição Federal, 41 e 44 do Código de Processo Penal, e artigo 100,§2º do Código Penal, oferecer esta
QUEIXA CRIME
Em face deCRODOALDO VALÉRIO,brasileiro, solteiro, portador do RG de nºxxxxx, e do CPF de nºxxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na Rua xxxxx, nº xx, Setor xxxxxxxxx, na cidade do Rio de Janeiro, pelosmotivos de fato e direito expostos a seguir:
I- DOS FATOS
No dia 12/01/2017, sexta-feira, o Querelante foi ofendido em sua honra objetiva e subjetiva, no exercício de suas funções, pelo Querelado que o insultou e criticou seu desempenho, na frente de 5(cinco) pessoas, chamando-o de “imbecil e mosca morta”.
O Querelado ainda acusou o Querelante de ser o chefe do um esquema de corrupção desenvolvido na sede da Procuradoria. Logo após esse ocorrido, o Querelado foi até a praça localizada em frente a sede daprocuradoria, diante de várias pessoas, e começou a gritar, injuriando e difamando o Querelante, dizendo que este lhe exigiu dinheiro para que seu processo “andasse mais rápido”.
No dia seguinte, não satisfeito do afrontamento e da atribuição de crime ao Querelante, o Querelado publicou em uma rede social(blog), que tem mais de mil acessos diários, todos os fatos acima mencionados.
II- DO DIREITO
O transgressor imputou fato criminoso, ofendeu a dignidade e areputação da vítima, cometendo os crimesexpressos nos artigos 138,139,141, II e III, do Código Penal, que vemos:
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite seo ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quandoo ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3oSe a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora dedeficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Há legitimidade ativa concorrente da vítima, nos crimes crimes contra a honra de funcionário público em exercício de suas funções, como podemos ver expresso na Súmula 714 do STF:
“É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.”
A vítima estava cumprindo seu trabalho cotidiano, quando foi desrespeitada, desmoralizada, descredibilizada, por uma pessoa que tinha a intenção de maldizer o desempenho daquele que encontrava-se labutando para cumprir com as obrigações que lhe são atribuidas pelo ofício.
III – DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
	Requer seja recebida a presente queixa-crime, devendo sercitado o querelado;
	A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal;
	Aarrolação,intimação e oitiva das testemunhas arroladas;
	A condenação do querelado pelos crimes descritos nos artigos 139 e 140 do Código Penal, bem como o aumento de pena previsto no art.141, II e III, do mesmo instrumento legal;
	Condenação em pagamento dascustas processuais adiantadas conformaart. 804 CPP, bem comooshonorários advocatícios.
Nestes termos, pede o deferimentoda presente.
Mineiros, 10 de abril de 2018
Priscila Almeida
Advogada OAB/GO XXXXX

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