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Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos


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Vigilância em Saúde
Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e analise permanente da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. 
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
Vigilância em saúde abrange ações de:
 Vigilância;
Promoção;
Prevenção; 
Controle de doenças e agravos à saúde. 
Os componentes são:
Vigilância e controle das doenças transmissíveis; 
Vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; 
Vigilância da situação de saúde; 
Vigilância ambiental em saúde;
 Vigilância da saúde do trabalhador; 
Vigilância sanitária.
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. A partir de saberes e práticas da epidemiologia, da análise de situação de saúde e dos determinantes e condicionantes sociais da saúde, as equipes de saúde da atenção primária podem programar e planejar ações, de maneira a organizar os serviços, aumentando o acesso da população a diferentes atividades e ações de saúde. 
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
Art. 4o da PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013: regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde; aponta as ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem praticas e processos de trabalho voltados para: 
I - a vigilância da situação de saúde da população, com a produção de analises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde publica; 
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
II- a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta as emergências de saúde pública;
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; 
IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; 
V - a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde;
VI - a vigilância da saúde do trabalhador;
VII - vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde; 
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 VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade. 
Vigilância epidemiológica: execução de ações de controle de doenças e agravos. Assim, se faz necessário informações atualizadas sobre o ocorrência de agravos. A principal fonte destas informações é a NOTIFICAÇÃO DE AGRAVOS E DOENÇAS;
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
Notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. 
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos: 
Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, ex.: acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; 
Autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS);
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Doença: enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;
Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; 
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Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública; 
Notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal; 
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Notificação compulsória imediata (NCI): realizada em até 24 horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível 
Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; 
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Notificação Compulsória Negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; 
Vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS)
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
A PORTARIA GM N. 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 do Ministério da Saúde apresenta a relação vigente de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória.
Objetivos 
- Detectar casos e/ou surtos de doenças para a adoção de ações oportunas e custo-efetivas.
- Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e agravos de notificação.
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- Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento, notificação e instituição de medidas epidemiológicas de controle em caso de doenças e agravos de notificação.
- Ampliar a definição etiológica das doenças.
- Detectar doenças emergentes e reemergentes.
- Fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica local.
- Avaliar o impacto das medidas aplicadas.
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A escolha das doenças e agravos de notificação compulsória obedece a critérios como magnitude, potencial de disseminação, transcendência, vulnerabilidade, disponibilidade de medidas de controle, sendo a lista periodicamente revisada, tanto em função da situação epidemiológica da doença, como pela emergência de novos agentes e por alterações no Regulamento Sanitário Internacional.
Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005/07): instrumento que estabelece procedimentos para proteção contra a disseminação internacional de doenças. 
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
1
a.Acidente de trabalho comexposiçãoa materialbiológico
X
b. Acidente de trabalho: grave, fatal e emcriançase adolescentes
X
2
Acidente por animalpeçonhento
X
3
Acidente por animalpotencialmente transmissor da raiva
X
4
Botulismo
X
X
X
5
Cólera
X
X
X
6
Coqueluche
X
X
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
7
a. Dengue - Casos
X
b. Dengue -Óbitos
X
X
X
8
Difteria
X
X
9
Doençade Chagas Aguda
X
X
10
DoençadeCreutzfeldt-Jakob (DCJ)
X
11
a. Doença Invasiva por "HaemophilusInfluenza"
X
X
b. Doença Meningocócica e outras meningites
X
X
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
12
Doenças com suspeita de disseminação intencional:
a. Antraz pneumônico
b.Tularemia
c. Varíola
X
X
X
13
Doençasfebrishemorrágicasemergentes/reemergentes: a.Arenavírus
b. Ebola
c.Marburg
d. Lassa
e. Febrepurpúricabrasileira
X
X
X
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
14
a. Doença aguda pelo vírusZika
X
b. Doença aguda pelovírusZikaem gestante
X
X
c. Óbito com suspeita de doença pelo vírusZika
X
X
X
15
Esquistossomose
X
16
Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública (ver definição no art. 2o desta portaria)
X
X
X
17
Eventos adversos graves ou óbitospós-vacinação
X
X
X
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
18
Febre Amarela
X
X
X
19
a. Febre deChikungunya
X
b. Febre deChikungunyaemáreassemtransmissão
X
X
X
c.Óbitocom suspeita de Febre deChikungunya
X
X
X
20
Febre do Nilo Ocidental e outrasarbovirosesdeimportânciaemsaúdepública
X
X
X
21
FebreMaculosa e outrasRiquetisioses
X
X
X
22
Febre Tifoide
X
X
23
Hanseníase
X
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
24
Hantavirose
X
X
X
25
Hepatites virais
X
26
HIV/AIDS -InfecçãopeloVírusdaImunodeficiênciaHumana ouSíndromedaImunodeficiênciaAdquirida
X
27
Infecçãopelo HIV em gestante, parturiente oupuérperaeCriançaexposta ao risco detransmissãovertical do HIV
X
28
Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
X
29
Influenza humana produzida por novo subtipo viral
X
X
X
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
30
Intoxicação Exógena (porsubstânciasquímicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
X
31
Leishmaniose Tegumentar Americana
X
32
Leishmaniose Visceral
X
33
Leptospirose
X
34
a. Malária na região amazônica
X
b. Malária na região extra Amazônica
X
X
X
35
Óbito:
a. Infantil
b. Materno
X
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No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
36
Poliomielite porpoliovirusselvagem
X
X
X
37
Peste
X
X
X
38
RaivaHumana
X
X
X
39
Síndrome da Rubéola Congênita
X
X
X
40
Doenças Exantemáticas:
a. Sarampo
b. Rubéola
X
X
X
41
Sífilis:
a. Adquirida
b. Congênita
c. Em gestante
X
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
42
Síndrome da Paralisia Flácida Aguda
X
X
X
43
Síndrome Respiratória Aguda Grave associada aCoronavírus
a. SARS-CoV
b. MERS-CoV
X
X
X
44
Tétano:
a. Acidental
b. Neonatal
X
45
Toxoplasmose gestacional econgênita
X
46
Tuberculose
X
47
Varicela - caso grave internado ouóbito
X
X
Vigilância em Saúde - Notificação de Doenças e Agravos
No
DOENÇAOUAGRAVO
Periodicidade denotificação
Imediata (até 24 horas)
Semanal
MS
SES
SMS
48
a. Violênciadomésticae/ou outras violências
X
b. Violência sexual e tentativa de suicídio
X
*Informação adicional: 
Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS; 
Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde) A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS. 
Vigilância em Saúde
NOTIFICAÇÃO: Comunicação de ocorrência de determinada doença ou agravo a saúde;
Critérios:
MAGNITUDE: Doença com elevada frequência, que afetam grande contingentes populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos.
POTÊNCIAL DE DISSEMINAÇÃO: Expresso pela transmissibilidade da doença, possibilidade de sua disseminação, colocando em risco outros indivíduos ou coletividade;
Vigilância em Saúde
TRANSCENDÊNCIA: Conjunto de fatores como: Severidade (taxa de letalidade, internações e sequelas); Relevância social (valor que a sociedade da a determinada ocorrência, medo estigmatização dos doentes, incidência em classes sociais; Relevância econômica: Capacidade de afetar o desenvolvimento. Restrições comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc. 
VULNERABILIDADE: referente à disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e controle, permitindo a atuação concreta e efetiva dos serviços de saúde com relação a indivíduos ou coletividades. 
Vigilância em Saúde
COMPROMISSOS INTERNACIONAIS: firmados pelo governo brasileiro, no âmbito de organismos internacionais como a OPAS/OMS, que visam empreender esforços conjuntos para o alcance de metas continentais ou até mundiais de controle, eliminação ou erradicação de algumas doenças; 
REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL: as doenças que estão definidas como de notificação compulsória internacional, são incluídas, obrigatoriamente, nas listas nacionais de todos os países membros da OPAS/OMS 
Vigilância em Saúde
EPIDEMIA: Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada. 
SURTO: Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc). 
Vigilância em Saúde
DETERMINANTES DA SAÚDE: são todos aqueles fatores que exercem influência sobre a saúde das pessoas:
Vigilância Epidemiológica
EPIDEMIOLOGIA:
EPI: SOBRE
DEMO: POPULAÇÃO
LOGIA: ESTUDO
Vigilância Epidemiológica
Lei No 8.080 de 19 de setembro de 1990 
Art..6o - Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS: 
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
Vigilância Epidemiológica
INFORMAÇÃO
PRA QUÊ?
CONHECER A REALIDADE;
SABER COMO INTERVIR;
AVALIAR MUDANÇAS.
Vigilância Epidemiológica
Funções da VIEP:
Vigilância Epidemiológica
Vigilância Epidemiológica
Primeiras medidas a serem adotadas frente à investigação de caso(s) de uma doença:
Assistência médica ao paciente;
Qualidade da assistência;
Proteção individual; 
Proteção da população. 
Investigação epidemiológica 
Questõesa serem respondidas
Informaçõesproduzidas
Trata-se realmente de casos dadoençaque se suspeita?
Confirmaçãododiagnóstico
Quaissãoos principais atributos individuais dos casos?
Identificaçãodecaracterísticas biológicas,ambientais e sociais
A partir doquêou de quem foicontraídaadoença?
Fonte de infecçãoComo o agente dainfecçãofoi transmitido aos doentes?
Modo de transmissão
Outras pessoas podem ter sido infectadas/afetadas a partir da mesma fonte deinfecção?
Determinaçãodaabrangênciadatransmissão
Investigação epidemiológica 
A quem os casos investigados podem ter transmitido adoença?
Identificaçãode novos casos/contatos/ comunicantes
Que fatores determinaram aocorrênciadadoençaou podem contribuir para que os casos possam transmitir adoençaa outras pessoas?
Identificação de fatores de risco
Durante quanto tempo os doentes podem transmitir adoença?
Determinação do período de transmissibilidade
Como os casos encontram-sedistribuídosnoespaçoe no tempo?
Determinaçãodeagregaçãoespacial e/ou temporal dos casos
Como evitar que adoençaatinja outras pessoas ou se dissemine napopulação?
Medidas de controle
Vigilância Sanitária
Lei No 8.080 de 19 de setembro de 1990 
Art..6o
Vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
Vigilância Sanitária
A Lei no 9.782, de 26 de janeiro de 1999:
 Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Vigilância Sanitária
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária é composto por:
VISAS
Centros de vigilância Sanitária Estaduais, do DF e municipais.
LACENS
Laboratórios Centrais de Saúde Pública
Vigilância Sanitária
ANVISA é responsável por criar normas e regulamentos e dar suporte para todas as atividades da área no País. É quem executa as atividades de controle sanitário e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras.
Vigilância Sanitária
Produtos: Controlar, monitorar, fiscalizar e regulamentar a produção, distribuição, transporte e comercialização de medicamentos, correlatos, saneantes domissanitários, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e agrotóxicos, coordenando as ações de Vigilância Sanitária e Farmacovigilância.
Alimentos: Identificar, avaliar e controlar os riscos químicos, físicos e biológicos, agudos e crônicos que possam ter origem nos alimentos, desde sua produção até o consumo,  
Vigilância Sanitária
Serviços de Saúde e de Interesse à Saúde: tem como objetivo promover a segurança dos serviços prestados aos usuários por meio de avaliações de estruturas, processos e resultados. É uma área abrangente que inclui, entre outros serviços, hospitais, clínicas, serviços odontológicos, salões de beleza, hemoterapia, hemodiálise e atenção primária à saúde.
Vigilância Sanitária
Acidente acidente radiológico de Goiânia com o Césio 137.
Fosfoetanolamina nunca foi submetida aos testes que toda substância candidata a novo medicamento precisa realiza.
Pílulas Microvlar ineficazes foram feitas para testes da Schering e acabaram chegando aos consumidores.
Vigilância Sanitária
Vigilância Sanitária
Vigilância Sanitária: proteção e defesa da saúde individual e coletiva. ações articuladas à políticas públicas de promoção da saúde que contribuam efetivamente para prevenir, minimizar ou eliminar riscos.
Vigilância em Saúde do Trabalhador
É uma importante ferramenta do Sistema Único Saúde, para a promoção da saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos (Portaria GM/MS Nº 3.252/09).
Vigilância em Saúde do Trabalhador
OBJETIVOS DA VISAT
Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a analise da situação de saúde:
A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora.
avaliação do processo, do ambiente e das condições em que o trabalho se realiza, identificando seus aspectos tecnológicos, sociais, culturais e  ambientais.
A caracterização dos perfis de morbidade e mortalidade e sua relação com os  ambientes e processos de trabalho, condicionantes ambientais e outros;
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los, considerando:
vigilância do processo, do ambiente e das condições em que o trabalho se realiza, identificando situações de risco a saúde em potencial fazendo cumprir a legislação e as normas técnicas nacionais e internacionais, no sentido da promoção da saúde;
A negociação coletiva em saúde do trabalhador, para a transformação do processo do ambiente e das condições em que o trabalho se realiza no sentido da promoção da saúde;
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, considerando:
O estabelecimento de políticas públicas de promoção a saúde, contemplando a relação entre o trabalho e a saúde;
A interveniência, junto às instâncias de Estado e da sociedade, para o aprimoramento das normas legais em defesa da saúde dos trabalhadores;
Vigilância em Saúde do Trabalhador
O planejamento das ações de promoção da saúde e o estabelecimento de suas estratégias;
A participação na estruturação de serviços de atenção à saúde dos trabalhadores;
A participação na formação continuada e educação permanente;
O estabelecimento de políticas estratégicas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT considerando:
Os sistemas de informação do SUS e os demais de interesse da VISAT;
A criação de bases de dados e a análise da informação comportando os registros das ações de VISAT, incorporando informações oriundas do processo de vigilância e as informações existentes;
A divulgação sistemática das informações analisadas e consolidadas.
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Vigilância em Saúde do Trabalhador
ATRIBUIÇÕES DA VISAT 
Estabelecer processos de informação, intervenção e regulação relacionados à saúde do trabalhador;
Realizar levantamentos, monitoramentos de risco à saúde dos trabalhadores e de populações expostas;
Articular com as diversas instâncias da Vigilância em Saúde, Atenção Primária e os demais componentes da Rede Assistencial;
Promover articulação com instituições e entidades das áreas de Saúde, Trabalho, Meio Ambiente, Previdência e outras afins;
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo de buscar a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores.
Sistematizar e difundir as informações produzidas.
Promover ações de formação continuada para os técnicos e trabalhadores envolvidos nas ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador.
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Vigilância Ambiental
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde
Vigilância Ambiental
Vigilância Ambiental
Desenvolver ações de VIGILÂNCIA EM SAÚDE, visando adotar medidas de prevenção, promoção e atenção integral à saúde de POPULAÇÕES EXPOSTAS A CONTAMINANTES QUÍMICOS. 
Exposição humana em áreas contaminadas por contaminantes químicos -VIGISOLO
Exposição humana a substâncias químicas prioritárias - VIGIQUIM
Exposição humana a poluentes atmosféricos - VIGIPEQ
Vigilância Ambiental
Vigilância Ambiental
Vigilância AmbientalTodas e quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais na área urbana e rural, de gestão pública ou privada, incluindo as instalações intradomiciliares;
Brasil: maior mercado mundial de agrotóxicos, representa um importante fator de risco para a saúde da população, especialmente para a saúde dos trabalhadores e para o ambiente;
Vigilância Ambiental
Capacidade reduzida dos órgãos de saúde nas três esferas de governo para desenvolvimento de serviços de monitoramento e controle das exposições por agrotóxicos devido a sua intersetoriedade. 
Exposição humana a poluentes atmosféricos;
Reduzir a exposição da população e dos profissionais de saúde aos riscos de desastres;
Reduzir doenças e agravos decorrentes dos desastres;
Reduzir danos à infraestrutura sanitária de saúde.
Vigilância Ambiental
O desastre ambiental ocorrido em Mariana em novembro de 2015
Angra dos Reis – 2010 - Morro da Carioca, o deslizamento soterrou centenas de casas e matou 21 pessoas
Defesa Civil do Rio Grande do Norte, Seca em 2005.
Vigilância Ambiental