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Ciências Políticas - Segundo Semestre

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Ciências Políticas – 2º Semestre
Aristóteles:
O filósofo defende com seus argumentos que o homem é um ser naturalmente político porém os governos são criação do homem. Aristóteles faz uma importante distinção entre regimes políticos e formas de governo.
“O homem que vive em sociedade, atinge seu pleno desenvolvimento.”
Regime Político: distingue quem governa e o número de governantes. Para Aristóteles, haviam três regimes, sendo eles a Monarquia, Oligarquia e Democracia.
Formar de Governo: refere-se à finalidade pela qual cada governo aspira.
Governos Bons: Realeza, Aristocracia e Republica.
Governos Deturpadores: Tirania, Oligarquia e Democracia.
Desigualdade Social: era uma das formas de corruptibilidade dos governos, pois a classe baixa invejava e desprezava a classe alta, que por sua vez, odiava e desprezava a classe baixa. Nas assembleias, movido pelas paixões de ambas as classes, o resultado seriam leis injustas, fazendo com que luta de classes e insatisfação política ascendam. A solução estava com a classe média, pois não odiaria e desprezaria as outras classes, fazendo com que o ânimo de cada classe se acalme e as paixões não prevaleçam nas assembleias, mas a razão, ou seja, leis justas.
OBSERVAÇÃO: a solução está ligada ao conceito de Justa Medida, ou seja, a classe média (meio termo entre o antagonismo da classe alta em relação a classe baixa).
Causas/agente da corruptibilidade: são formas de atuação na política com interesse em manipular ou agradar a massa popular, visando a conquista do poder político, ou seja, o homem quando quer defender seus próprios interesses.
Demagogia: corrupção da republica tornando-se uma democracia. Os servos o bajulavam fazendo ele pensar em si mesmo, não no seu povo, logo, as leis não serão benéficas à sociedade, mas ao próprio rei.
Bajulador: corrupção da realeza em tirania. O bajulador diz o que o rei quer ouvir, não o que ele precisa ouvir, corrompendo seu governo.
Mercenário: corrompe o governo aristocrata em oligárquico, pois os mercenários não lutam por honra, mas por dinheiro.
Tomás de Aquino:
Tomás de Aquino possui grande influência Aristotélica e de S. Agostinho.
Para Tomás Deus legitima papa como representante da igreja, que é responsável pela legitimação do Estado com a finalidade do bem social da sociedade. De modo geral, a sociedade é súdita do rei, que por sua vez, deve-se curvar ao papa.
Se existe um Deus no céu (celestial), deverá ter um rei na terra (temporal).
A igreja possui grande importância e influência na época em que vive Tomás, a instituição modera, orienta e controla as atitudes do Estado, ou seja, a instituição do Estado ainda estava reaparecendo. 
Dante: 
Tomás propunha um Estado subordinado a Igreja Católica, porém, a Igreja não satisfazia as necessidades dos burgueses.
Pode-se dizer que Dante viveu no fim da Idade Média, ao começo da era Capitalista, o filósofo vê na sociedade a necessidade da consolidação de um novo Estado, pois a Igreja Católica não supria as necessidades da burguesia. 
Dante inicia uma ruptura no paradigma em relação Estado e Igreja, ou seja, era a favor da separação das instituições, pois, a igreja detinha o poder espiritual, caracterizada pela alma, buscava através da Igreja (religião) a felicidade eterna, que seria a salvação. Por outro lado, o Estado estava ligado ao homem corruptível (não mais incorruptível/alma), pois através dele o homem buscava sua felicidade, que seria a Justiça e Segurança.
Percebe-se que Deus cria igualmente o Estado e a Igreja, em Dante, porém a diferença está na função de cada instituição.
Deve-se individualizar os atributos da Igreja e do Estado – individualizar as funções.
A burguesia percebe que deve apoiar o Estado – financeiramente, administrativamente e intelectualmente.
De modo geral, a Igreja deveria depender do Estado e não este daquele.
A legitimação do rei não deveria depender da Igreja, pois esta vem direto de Deus, não da Instituição Católica – Dante era a favor da Monarquia, porém não a favor do poder absoluto do Imperador, mas um governo à procura da liberdade.
Necessidades da burguesia: proteção, segurança, unificação de medidas, unificação da moeda, unificação do território, leis, etc.
Maquiavel: 
Maquiavel viveu durante o período de Renascimento Italiano, marcado por confusão e desordem – conflitos internos entre os principados.
Realismo: O “pai da ciência política” possuía um caráter de realismo estranho a sua época, ou seja, era um cientista pois lidava com o mundo tal como ele realmente é, não de forma utópica, isto é, como ele deveria ser.
Agir sem escrúpulos: “um príncipe não deve, portanto, importar-se por ser considerado cruel se isso for necessário para manter os seus súditos unidos e com fé. Cm raras exceções, um príncipe tido como cruel é mais piedoso do que os que por muita demência deixam acontecer desordens que podem resultar em assassinatos e rapinagem, porque essas consequências prejudicam todo um povo, ao passo que as execuções que provém desse príncipe ofendem apenas alguns indivíduos.” 
O governante deve parecer bom, mas saber ser mau, ou seja, ter a aparência de bom tem o mesmo efeito de ser bom, mas quando precisar ser mau, o governante saberá como agir.
Pessimismo antropológico: Maquiavel considerava todos homens maus, pois são naturalmente egoístas. Os homens atuam pelo curto prazo e não pelo longo prazo – dele deriva a frase, segundo a qual, a longo prazo estamos todos mortos. O homem, para Maquiavel, racionalmente mau, não instintivamente, ou seja tem consciência de seus atos egoístas.
Tipos de Governos: era possível chegar a Organização Social e Segurança Púbica através de dois tipos de governos, porem ambos possuíam seus obstáculos, sendo eles:
Principado: buscava a Segurança Pública e a Organização Social através desse governo, mas o problema para alcançar esse fim estava relacionado a falta de líderes políticos – um dos motivos de seu manual “o Príncipe”.
Republica: o problema para alcançar a Segurança Pública e Organização Social estava ligado a falta de uma identidade nacional, ou seja, não havia uma Itália unificada onde todos se considerassem igualmente italianos.
Ruptura entre Política e Religião:
Houve uma ruptura nítida entre política (Estado) e religião (Religião), pois não se deveria agir com escrúpulos na política, devendo ser ambicioso, corajoso e audacioso. Por outro lado, a religião deveria ser baseada na piedade, fidelidade e crença, ou seja, sentimentos antagônicos à política.
Ruptura entre política e ética/moral:
O Estado (política) se torna uma entidade muito poderosa, logo distante da sociedade – onde prevalece a ética e a moral – fazendo com que o Estado faça o que for necessário para organizar, conquista e manter o poder em relação a sociedade.

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