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Ensaio e conforma‡Æo Mecƒnica Objetivo Permitir avaliar as condi‡äes de conforma‡Æo a partir dos ensaios de fabrica‡Æo para que evitem defeitos como rugas, trincas de bordas, entre outros, e tamb‚m, determinar os esfor‡os envolvidos entre a ferramenta de conforma‡Æo e o material de trabalho nas diferentes situa‡äes existentes em processos de modifca‡Æo estrutural mecƒnica. Ementa Introdu‡Æo aos Ensaios dos Materiais. Classifica‡Æo dos Ensaios dos Materiais.Ensaio de Tra‡Æo. Ensaio de CompressÆo.Ensaio de Dureza.Ensaio de Tor‡Æo. Ensaio de FlexÆo. Ensaio de Fluˆncia. Ensaio de Fadiga. Ensaio de Impacto.Ensaio de Tenacidade … Fratura. Ensaios NÆo-destrutivos. Conte£do Program tico Introdu‡Æo aos ensaios dos materiais Ensaio de tra‡Æo e compressÆo Ensaio de dureza Ensaio de tor‡Æo Ensaio de flexÆo Ensaio de fluˆncia Ensaio de fadiga Ensaio de impacto Ensaios nÆo destrutivos Os ensaios mecƒnicos dos materiais sÆo procedimentos padronizados que compreendem testes, c lculos, gr ficos e consulta a tabelas, tudo isso em conformidade com normas t‚cnicas. Realizar um ensaio consiste em submeter um objeto j fabricado ou um material que vai ser processado industrialmente a situa‡äes que simulam os esfor‡os que eles vÆo sofrer nas condi‡äes reais de uso, chegando a limites extremos de solicita‡Æo. Os ensaios podem ser realizados em prot¢tipos, no pr¢prio produto final ou em corpos de provas e, para serem confi veis, devem seguir as normas t‚cnicas estabelecidas. Os ensaios podem ser realizados na pr¢pria oficina ou em ambientes especializados equipados para essa finalidade denominados laborat¢rios de ensaios. Os ensaios fornecem resultados gerais, que sÆo aplicados a diversos casos, e devem poder ser repetidos em qualquer local que apresente as condi‡äes adequadas Ensaios em prot¢tipos e corpos de prova Os ensaios de prot¢tipos sÆo muito importantes, pois permitem avaliar se o produto testado apresenta caracter¡sticas adequadas … sua fun‡Æo. Os resultados obtidos nesses testes nÆo podem ser generalizados, mas podem servir como base para outros objetos que sejam semelhantes ou diferentes. J os ensaios em corpos de prova, realizados de acordo com normas t‚cnicas estabelecidas, em condi‡äes padronizadas, permitem obter resultados de aplica‡Æo mais gerais, que podem ser utilizados e reproduzidos em quaisquer lugar. Para ser poss¡vel esta compara‡Æo entre o modelo e o prot¢tipo, ‚ indispens vel que os conjuntos de condi‡äes sejam FISICAMENTE SEMELHANTES; O termo SEMELHAN€A FÖSICA ‚ um termo geral que envolve uma variedade de tipos de semelhan‡a como: Semelhan‡a Geom‚trica Semelhan‡a Cinem tica Semelhan‡a Dinƒmica Semelhan‡a de forma; A propriedade caracter¡stica dos sistemas geometricamente semelhantes ‚ que a razÆo entre qualquer comprimento do modelo e seu comprimento correspondente ‚ constante; Esta razÆo ‚ conhecida como FATOR DE ESCALA. Semelhan‡a Geom‚trica Deve-se lembrar que nÆo s¢ a forma global do modelo tem que ser semelhante como tamb‚m a rugosidade das superf¡cies deveria ser geometricamente semelhante; Muitas vezes, a rugosidade de um modelo de escala reduzido, nÆo pode ser obtida de acordo com o fator de escala - problemas na constru‡Æo/material/acabamento da superf¡cie do modelo Modelo reduzido do Brennand Plaza, no Recife, ensaiado no t£nel de vento. Medidas de pressäes devidas ao vento na superf¡cie externa do edif¡cio. Escala do modelo: 1/285 Semelhan‡a cinem tica Semelhan‡a cinem tica ‚ a semelhan‡a do movimento, o que implica necessariamente em semelhan‡a de comprimentos (semelhan‡a geom‚trica) e semelhan‡a de intervalos de tempo; Exemplo de semelhan‡a cinem tica: Planet rio. O firmamento ‚ reproduzido de acordo com um certo fator de escala de comprimento e, ao copiar os movimentos dos planetas, utiliza-se uma razÆo fixa de intervalos de tempo e, portanto de velocidades e acelera‡äes. Semelhan‡a Dinƒmica � a semelhan‡a de for‡as; Dois sistemas sÆo dinamicamente semelhantes quando os valores de absolutos das for‡as, em pontos equivalentes dos dois sistemas, estÆo numa razÆo fixa; For‡as devido … diferen‡a de pressÆo; For‡as resultantes da a‡Æo da viscosidade; For‡as el sticas; For‡as de in‚rcia; For‡as devido … atra‡Æo da gravidade. Semelhan‡a Dinƒmica A rela‡Æo entre uma grandeza referente ao modelo e a mesma grandeza em rela‡Æo ao prot¢tipo ‚ chamada de escala de semelhan‡a e ela ‚ simbolizada pelo s¡mbolo K. Onde: ?? ?? = ?? ?? ?? ?? ????????????? ????????‚?????????? ?? ?? = ?? ?? ?? ?? ????????????? ?????? ?????????????????????? ?? ?? = ?? ?? ?? ?? ????????????? ?????? ???????????????????????? A classifica‡Æo dos ensaios mecƒnicos em materiais pode ser dividida basicamente em dois grupos: Ensaios destrutivos; Ensaios nÆo destrutivos. Ensaios destrutivos SÆo aqueles que deixam algum sinal ou marca na pe‡a ensaiada ou no corpo de prova submetido ao ensaio. Neste tipo de ensaio os corpos podem ou nÆo ficarem inutilizados. Tipos de Ensaios destrutivos Tra‡Æo CompressÆo Cisalhamento Dobramento FlexÆo Embutimento Tor‡Æo Dureza Fluˆncia Fadiga Impacto Exemplos de Ensaios destrutivos Ensaios nÆo destrutivos. SÆo aqueles que ap¢s sua realiza‡Æo nÆo deixam nenhuma marca ou sinal, e portanto, nunca inutilizam a pe‡a ou o corpo de prova. Por esse motivo podem ser utilizados para se detectar falhas em produtos acabados ou semi-acabados. Tipos de Ensaios nÆo destrutivos. Visual Liquido penetrante Part¡culas magn‚ticas Ultra som Radiografia industrial Exemplos de Ensaios nÆo destrutivos. Tipos de esfor‡os que afetam os materiais Escolha do ensaio a ser realizado A escolha do ensaio mecƒnico mais interessante ou mais adequado para cada tipo de produto depende da finalidade do material, dos tipos de esfor‡os que esse material vai sofrer e das propriedades mecƒnicas que se deseja medir Especifica‡äes dos produtos Em geral existem especifica‡äes para todo tipo de produto fabricado, e nessas especifica‡äes constam os ensaios mecƒnicos que devem ser realizados para se saber se tal propriedade est em conformidade com a finalidade proposta Fatores determinantes para realiza‡Æo de um ensaio mecƒnico Dois fatores determinantes para a realiza‡Æo de um ensaio mecƒnico sÆo a quantidade e o tamanho das amostras a serem testadas. A especifica‡Æo do produto deve mencionar esses fatores, bem como a maneira utilizada para se retirar as amostras para os testes. Resultados dos ensaios Alguns ensaios permitem obter dados num‚ricos que podem ser utilizados no calculo estrutural e no projeto da pe‡a. Outros ensaios fornecem apenas resultados qualitativos do material e servem somente para auxiliar como estudo e desenvolvimento do projeto. Normas t‚cnicas para ensaios As normas sÆo utilizadas para se descrever o m‚todo correto para efetuar um determinado ensaio mecƒnico. As normas mais utilizadas pelos laborat¢rios de ensaios mecƒnicos pertencem as seguintes associa‡äes: ABNT (Associa‡Æo Brasileira de Normas T‚cnicas) ASTM (American Siciety for Testing and Materials) DIN (Deutsches Institut f�r Normung) BSI (Britsh Standards Instituition) ASME (American Society of Mechanical Engineers) ISSO (International Organization for Standardization) JIS (Japanese Industrial Standards) SAE (Society of Automotive Engineers) Uso do Sistema internacional de unidades Todo e qualquer ensaio realizado em territ¢rio brasileiro deve apresentar seus resultados grafados no Sistema internacional de unidades - SI. Propriedades mecƒnicas dos materiais A resistˆncia de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deforma‡Æo excessiva ou ruptura. Essa propriedade ‚ inerente ao pr¢prio material e deve ser determinada por m‚todos experimentais. Um dos testes mais importantes nesses casos ‚ o ensaio de tra‡Æo ou compressÆo, sendo este usado para determinar a rela‡Æo entre a tensÆo normal m‚dia e a deforma‡Æo normal m‚dia em muitos materiais usados na engenharia, como metais, cerƒmicas e pol¡meros. Propriedades mecƒnicas dos materiais O ensaio de tra‡Æo consiste em submeter o material a um esfor‡o que tende a along -lo at‚ a ruptura. Os esfor‡os ou cargas sÆo medidos na pr¢pria maquina de ensaio. No ensaio de tra‡Æo o corpo ‚ deformado por alongamento, at‚ o momento em que se rompe. Os ensaios de tra‡Æo reagem aos esfor‡os de tra‡Æo, quais os limites de tra‡Æo que suportam e a partir de que momento se rompem. Imagine um corpo preso numa das extremidades, submetido a uma for‡a (como na ilustra‡Æo abaixo). Quando a for‡a ‚ aplicada na dire‡Æo do eixo longitudinal, se diz que se trata de uma for‡a axial. Quando a for‡a axial est dirigida no sentido mostrado, trata-se de uma for‡a axial de tra‡Æo. A aplica‡Æo de uma for‡a axial de tra‡Æo num corpo preso produz uma deforma‡Æo, isto ‚, um aumento no seu comprimento com a diminui‡Æo da se‡Æo transversal. Aumento de comprimento que ocorre quando se realiza um ensaio de tra‡Æo M quina para ensaio de tra‡Æo Diagrama tensÆo-deforma‡Æo Os dados obtidos de um ensaio de tra‡Æo ou compressÆo permitem calcular diversos valores da tensÆo e da deforma‡Æo correspondentes de um corpo de prova e, construir um gr fico com esses resultados. A curva resultante ‚ denominada diagrama tensÆo-deforma‡Æo. Diagrama tensÆo-deforma‡Æo convencional ? TensÆo nominal ou tensÆo de engenharia ? Deforma‡Æo nominal ou de engenharia Materiais d£cteis Qualquer material que possa ser submetido a grandes deforma‡äes antes de sofrer a ruptura ‚ denominado material d£ctil. Um modo de especificar a ductilidade de um material ‚ calcular a porcentagem de alongamento ou a porcentagem de redu‡Æo de rea, sendo elas: Materiais fr geis Materiais que exibem pouco ou nenhum escoamento antes da falha sÆo denominados materiais fr geis. Como resultado desse tipo de ruptura ‚ que a tensÆo de ruptura sob tra‡Æo para este tipo de material nÆo ‚ bem definida, visto que o poss¡vel surgimento de trincas ao longo do corpo de prova ‚ bastante aleat¢rio. Por essa razÆo ao inv‚s da tensÆo de ruptura propriamente dita, registra-se a tensÆo de ruptura m‚dia. Materiais como: ferro fundido cinzento, cimento sÆo exemplos de materiais fr geis sob tra‡Æo. Tipos de Falhas Estric‡Æo Falha de um material d£ctil Falha de material fragil por tra‡Æo Tipos de Falhas Tipos de Deforma‡Æo Deforma‡Æo el stica - nÆo ‚ permanente. Uma vez cessados os esfor‡os, o material volta … sua forma original. ? Deforma‡Æo pl stica: ‚ permanente. Uma vez cessados os esfor‡os, o material recupera a deforma‡Æo el stica, mas fica com uma deforma‡Æo residual pl stica, nÆo voltando mais a sua forma original. Equipamento para o Ensaio de tra‡Æo Fixa-se o corpo de prova na m quina por suas extremidades, numa posi‡Æo que permite ao equipamento aplicar-lhe uma for‡a axial para fora, de modo a aumentar seu comprimento. A m quina de tra‡Æo ‚ hidr ulica, movida pela pressÆo de ¢leo e est ligada a um dinam“metro que mede a for‡a aplicada ao corpo de prova Corpos de prova O ensaio de tra‡Æo ‚ feito em corpos de prova com caracter¡sticas especificas de acordo com normas t‚cnicas. Suas dimensäes devem ser adequadas … capacidade da maquina de ensaio. Normalmente utilizam-se corpos de prova de se‡Æo circular ou de se‡Æo retangular, dependendo da forma e tamanho do produto acabado do qual foram retirados, como mostram as ilustra‡äes a seguir. Especifica‡äes do corpo de prova A parte £til do corpo de prova, identificada no desenho anterior por Lo , ‚ a regiÆo onde sÆo feitas as medidas das propriedades mecƒnicas do material. As cabe‡as sÆo regiäes extremas, que servem para fixar o corpo de prova … m quina de modo que a for‡a de tra‡Æo atuante seja axial. Devem ter se‡Æo maior do que a parte £til para que a ruptura do corpo de prova nÆo ocorra nelas. Suas dimensäes e formas dependem do tipo e fixa‡Æo … m quina. Entre as cabe‡as e a parte £til h um raio de concordƒncia para evitar que a ruptura ocorra fora da parte £til do corpo de prova (Lo ). Segundo a ABNT, o comprimento da parte £til dos corpos de prova utilizados nos ensaios de tra‡Æo deve corresponder a 5 vezes do diƒmetro da se‡Æo da parte £til. Especifica‡äes do corpo de prova Sistemas de fixa‡Æo mais comuns cunha Rosca Flange Em materiais soldados, podem ser retirados corpos de prova com a solda no meio ou no sentido longitudinal da solva, como pode ser observado na figura a seguir Especifica‡äes do corpo de prova Retirada de corpo de prova em materiais soldados Especifica‡äes do corpo de prova Por acordo internacional, sempre que poss¡vel um corpo de prova deve ter 10 mm de diƒmetro e 50 mm de comprimento inicial. NÆo sendo poss¡vel a retirada de um corpo de prova deste tipo, devese adotar um corpo com dimensäes proporcionais a essas. Corpos de prova com se‡Æo retangular sÆo geralmente retirados de placas, chapas ou lƒminas. Suas dimensäes e tolerƒncias de usinagem sÆo normalizadas pela ISO/R377 enquanto nÆo existir norma brasileira correspondente. A norma brasileira (NBR 6152, dez./1980) somente indica que os corpos de prova devem apresentar bom acabamento de superf¡cie e ausˆncia de trincas. Prepara‡Æo do corpo de prova O primeiro procedimento consiste em identificar o material do corpo de prova. Corpos de prova podem ser obtidos a partir da mat‚ria-prima ou de partes espec¡ficas do produto acabado. Depois, deve-se medir o diƒmetro do corpo de prova em dois pontos no comprimento da parte £til, utilizando um micr“metro, e calcular a m‚dia. Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto ‚, tra‡ar as divisäes no comprimento £til. Num corpo de prova de 50 mm de comprimento, as marca‡äes devem ser feitas de 5 em 5 mil¡metros. Prepara‡Æo do corpo de prova Lei de Hooke Como foi visto no diagrama tensÆo-deforma‡Æo para a maioria dos materiais de engenharia existe uma rela‡Æo linear entre a tensÆo e deforma‡Æo da regiÆo el stica. Esse fato foi descoberto por Robert Hooke, em 1676, para molas, e ‚ conhecido como lei de Hooke, que pode ser expressada como: A equa‡Æo representa a por‡Æo inicial em linha reta do diagrama tensÆo-deforma‡Æo at‚ o limite de proporcionalidade. O m¢dulo de Young representa a inclina‡Æo dessa reta Exemplo A partir do diagrama tensÆo-deforma‡Æo para o a‡o doce abaixo determine qual ‚ o modulo de elasticidade para o mesmo Exemplo liga de alum¡nio Exemplo liga de alum¡nio Modulo de elasticidade Valores comuns de E para materiais de engenharia sÆo encontrados em normas de engenharia e manuais de referˆncia, assim como os demonstrados ao lado. O m¢dulo de elasticidade ‚ uma propriedade mecƒnica que indica rigidez de um material. Materiais r¡gidos como o a‡o tem m¢dulos de elasticidade grandes de E (Ea‡o = 200 GPa), ao passo que materiais esponjosos, como a borracha vulcanizada, podem ter valores baixos (Eborr = 0,70 MPa). Endurecimento por deforma‡Æo Se um corpo de prova de um material d£ctil, como o a‡o, for carregado na regiÆo pl stica e, entÆo, descarregado, a deforma‡Æo el stica ‚ recuperada a medida que o material volta ao seu estado de equil¡brio. Entretanto, a deforma‡Æo pl stica permanece, e o resultado ‚ que o material fica sujeito a uma deforma‡Æo pl stica permanente. Um cabo que ‚ encurvado, p.e., se deformar plasticamente e retornar (elasticamente) um pouco at‚ a sua forma original quando a carga for retirada, mas nÆo retornar totalmente a sua posi‡Æo original Endurecimento por deforma‡Æo Ductilidade Defini‡Æo: ‚ uma medida da extensÆo da deforma‡Æo que ocorre at‚ a fratura Ductilidade pode ser definida como: ? Alongamento percentual %AL = 100 (Lf - Lo)/ Lo Onde: Lf ‚ o alongamento do CP na fratura Uma fra‡Æo substancial da deforma‡Æo se concentra na estric‡Æo, o que faz com que % AL dependa do comprimento do corpo de prova. Assim o valor de Lo deve ser citado ? Redu‡Æo da rea percentual %RA = 100 (Ao - Af)/Ao Onde Ao e Af se referem … rea da se‡Æo original e na fratura Independente de Ao e Lo e em geral diferente de AL % Tenacidade Representa uma medida da habilidade de um material em absorver energia at‚ a fratura; Pode ser determinada a partir da curva ?x?. Ela ‚ a rea sobre a curva; Para que um material seja tenaz, deve apresentar resistˆncia e ductilidade. Materiais d£cteis sÆo mais tenazes que fr geis. Resiliˆncia Defini‡Æo: capacidade de um material absorver energia sob tra‡Æo quando ele ‚ deformado elasticamente e devolvˆ-la quando relaxado (recuperar) - para a‡os carbono varia de 35 a 120 MJ/mü - o modulo de resiliˆncia ‚ dado pela rea da curva tensÆo-deforma‡Æo at‚ o escoamento ou atrav‚s da f¢rmula Curvas t¡picas ? x ? Exercicios * Um ensaio de tra‡Æo para um a‡o-liga resultou no diagrama tensÆodeforma‡Æo mostrado na figura. Calcule o modulo de elasticidade e o limite de escoamento com base em uma deforma‡Æo residual de 0,2%. Identifique no gr fico o limite de resistˆncia e a tensÆo de ruptura. * As instala‡äes de uma empresa de grande porte sÆo dentro de um galpÆo cuja estrutura de sustenta‡Æo do telhado ‚ constru¡da por treli‡a. A equipe de manuten‡Æo dessa empresa verificou a necessidade de uma substitui‡Æo de algumas barras dessa treli‡a, as quais apresentavam oxida‡Æo excessiva e vida £til muito inferior a projetada pelo fabricante. Verificando os c lculos do projeto, os engenheiros constataram que as barras com maior carregamento tinham se‡äes de 0,0008mý e eram tracionadas com uma for‡a de 160 kN. O gr fico abaixo mostra a rela‡Æo tensÆo x deforma‡Æo desse material Com base nessas informa‡äes avalie as informa‡äes a seguir: I. O material utilizado nas barras da treli‡a ‚ um material fr gil II. As barras sofrerÆo uma deforma‡Æo pl stica quando aplicada uma for‡a de tra‡Æo de 160 kN. III. A tensÆo normal aplicada na barra ‚ igual a 200 Mpa IV. Nessa situa‡Æo, a deforma‡Æo da pe‡a (?) est associada … tensÆo (?), de acordo com a lei de Hooke: ?=E?, em que E ‚ o m¢dulo de elasticidade. � correto o que se afirma em a. I b. IV c. I e II d. II e III e. III e IV Dureza Brinell HB = 2F / pi.D(D-{raiz[D^2-d^2]}) Defini‡äes de dureza Dureza - propriedade mecƒnica muito utilizada na especifica‡Æo dos materiais, nos estudos e pesquisa mecƒnicos e metal£rgicos e na compara‡Æo de materiais diversos. Outros significados conforme a rea de aplica‡Æo: ? Mecƒnica - resistˆncia … penetra‡Æo de um material em outro. ? Usinagem - resistˆncia ao corte de um material ? Mineralogia - resistˆncia ao risco de um material sobre o outro ? Metalurgia - resistˆncia … deforma‡Æo pl stica permanente Dureza - propriedade de um material que permite a ele resistir … deforma‡Æo pl stica (permanente), usualmente por penetra‡Æo. O termo dureza tamb‚m pode ser associado … resistˆncia … flexÆo, risco, abrasÆo ou corte. ?Ensaios de Dureza - A maioria dos ensaios de dureza est ticos consiste na impressÆo de uma pequena marca feita na superf¡cie da pe‡a, pela aplica‡Æo de pressÆo, com uma ponta de penetra‡Æo. ?A medida de dureza do material ‚ dada em fun‡Æo das caracter¡sticas da marca de impressÆo e da carga aplicada Objetivos dos ensaios de Dureza ?Conhecimento da resistˆncia ao desgaste; ?Conhecimento aproximado da resistˆncia mecƒnica atrav‚s do uso de tabelas de correla‡Æo; ?Controle de qualidade de tratamentos t‚rmicos; ?Controle de qualidade em processos de conforma‡Æo pl stica e em processos de liga‡Æo ?Pesquisa e desenvolvimento de novas ligas e materiais Principais tipos de ensaios de dureza ?Por risco - dureza Mohs ?Por choque ou ressalto - Dureza Shore ?Por penetra‡Æo - Dureza Brinell - Dureza Meyer - Dureza Vickers - Dureza Rockwell ? O ensaio de dureza ‚ considerado nÆo destrutivo, deixa uma pequena marca no material, nÆo comprometendo a utiliza‡Æo da pe‡a ou corpo de prova. Dureza de Risco ?Mohs - primeiro m‚todo padronizado de ensaio de dureza baseado no processo de riscagem de minerais padräes desenvolvido por Mohs, em 1822. ?Consiste de uma escala de 10 minerais, organizados de tal forma que o diamante, material mais duro, risca todos os outros. ?Mohs - ‚ um m‚todo pouco utilizado nos materiais met licos, pois, a maioria dos metais, apresenta dureza Mohs entre 4 e 8, e pequenas diferen‡as de dureza nÆo sÆo acusadas por esse m‚todo. ?Exemplo: A‡o d£ctil corresponde a uma dureza de 6 Mohs, a mesma dureza Mohs de um a‡o temperado. ?Mais aplicado na mineralogia ? Bierbaum - Microdureza Bierbaum - consiste na aplica‡Æo de uma for‡a de 3gf, por meio de um diamante padronizado com o formato igual a um canto de cubo com ƒngulo de contato de 35§, sobre a superf¡cie previamente preparada por polimento e ataque qu¡mico. ? A dureza Bierbaum ‚ determinada a partir da medi‡Æo da largura do risco, realizada por meio de um microsc¢pio (quanto menor essa medida maior a dureza) ? Tamb‚m ‚ um m‚todo pouco utilizado Dureza por choque ou ressalto ? Shore - Ensaio Dinƒmico - a impressÆo ‚ causada pela queda livre de um ˆmbolo. Utiliza uma barra de a‡o (ˆmbolo) de peso 2,5 N, com uma ponta padronizada (arredondada) de diamante colocada dentro de um tubo de vidro com uma escala graduada de 0 a 140, tal barra ‚ liberada de uma altura padrÆo (256 mm). ? O valor da dureza ‚ proporcional … energia consumida para formar a marca no corpo de prova e representada pela altura alcan‡ada no rebote do ˆmbolo. Materiais d£cteis consomem maior energia na deforma‡Æo do corpo e o ˆmbolo alcan‡a altura menor no retorno, indicando uma dureza mais baixa ? O Esclerosc¢pio ‚ um dos mais antigos dispositivos de medi‡Æo de dureza. Foi criado em 1905 pela Shore Instrument Mfg Co. a) Original, com tubo graduado; b) Com escala. O Esclerosc¢pio Cuidados no teste ? O material a ser testado deve ser firmemente apoiado para evitar vibra‡äes que podem alterar a leitura; ? O embolo deve cair e retornar na dire‡Æo vertical, portando a superf¡cie a testar deve estar exatamente na dire‡Æo horizontal Cuidados no teste ? A superf¡cie a medir deve ser lisa. Superf¡cies rugosas podem absorver o impacto do ˆmbolo e fornecer um valor menor que o valor real; ? O impacto sobre a pe‡a causa endurecimento localizado sobre a rea de contato. O impacto deve ser feito uma vez sobre o mesmo ponto Vantagens ? Equipamento port til e de f cil utiliza‡Æo; ? Possibilidade de medir a dureza de pe‡as de grandes dimensäes que nÆo podem ser colocadas em maquinas de dureza por penetra‡Æo; ? A impressÆo Shore ‚ pequena e pode ser utilizada para medir dureza de pe‡as j acabadas Desvantagens ? Deve ser executado com o tubo perfeitamente na vertical; ? Muito sens¡vel ao acabamento superficial; ? Medi‡äes em pe‡as pouco espessas sÆo sens¡veis ao tipo de apoio; ? Pe‡as pouco espessas ou de baixa rigidez podem entrar em vibra‡Æo com o impacto. Dur“metro Shore ? � uma evolu‡Æo do antigo Esclerosc¢pio - o principio de medi‡Æo de queda de peso foi substitu¡do por um sistema de medi‡Æo por mola. ? Utilizado para medir a dureza de endenta‡Æo de borrachas, pl sticos e materiais com comportamento similar. Dur“metro Shore ? O material ‚ submetido a uma pressÆo aplicada atrav‚s de uma mola calibrada que atua sobre o endentador, que pode ser esf‚rico ou c“nico. Um dispositivo de indica‡Æo fornece a profundidade de endenta‡Æo. O valor da dureza ‚ dado pela profundidade da penetra‡Æo. Dur“metro Shore - Escalas Shore ? As diferentes escalas Shore foram criadas utilizando: 7 diferentes endentadores; 5 diferentes molas 2 diferentes extensäes do endentador 2 diferentes especifica‡äes dos suportes ? As escalas A e D sÆo as mais utilizadas. Como os materiais respondem de forma diferente …s escalas, nÆo h correla‡Æo entre escalas. Dur“metro Shore - Caracter¡sticas do Processo Os resultados obtidos sÆo medidas £teis de resistˆncia relativa … endenta‡Æo para v rias gamas de pol¡meros. ? NÆo serve para prever outras propriedades como resistˆncia a abrasÆo ou desgaste. ? NÆo deve ser usado sozinho para especifica‡äes de projeto de produtos Dur“metro Shore Dureza por penetra‡Æo ? Os ensaios de penetra‡Æo baseiam-se em produzir uma deforma‡Æo permanente na superf¡cie de um material pela aplica‡Æo de uma carga, durante um determinado intervalo de tempo, atrav‚s de um penetrador. ? SÆo os ensaios mais utilizados atualmente. Dureza Brinell ? Proposta por Brinell em 1900, leva o seu nome e ‚ simbolizada por HB (Hardness Brinell), ‚ o tipo mais usado na engenharia. Definida por N/mmý ou kgf/mmý. ? Exemplo de representa‡Æo: 369 HBS 5 / 750 / 10 360 ‚ a dureza obtida, HBS ‚ o material da esfera (HBS = a‡o e HBW = tunsgˆnio) 5 ‚ o diƒmetro da esfera; 750 ‚ a for‡a utilizada no ensaio; 10 dura‡Æo da aplica‡Æo da for‡a ? Consiste em fazer penetrar lentamente a superf¡cie do material com uma esfera de a‡o endurecido ou metal duro com 10 mm de diƒmetro "D" sob a a‡Æo de uma for‡a "F" de 3000 kgf. ? Em materiais mais moles, para reduzir a endenta‡Æo excessiva, pode-se reduzir a for‡a para 1500 ou 500 kgf. ? A carga ‚ aplicada por 10 ou 15 segundos no caso de FoFo ou a‡o, e pelo menos 30 segundos para outros metais. Quanto menor a impressÆo a impressÆo (calote esf‚rico) de diƒmetro "d" maior ‚ a dureza do material ImpressÆo normal; ? Defeito - aderˆncia do material … esfera durante a aplica‡Æo da carga; ? Defeito - bordas estÆo abauladas dificultando a leitura do diƒmetro Dureza Brinell - correla‡Æo de dureza e resistˆncia a tra‡Æo ? Para alguns materiais, a resistˆncia a tra‡Æo pode ser estimada a partir da dureza Brinell com a rela‡Æo: Dureza Brinell - Vantagens Baixo custo de equipamentos; ? Baixo tempo de prepara‡Æo das superf¡cies; ? énico poss¡vel para materiais pouco homogˆneos Dureza Brinell - Desvantagens ? NÆo linearidade carga - impressÆo; ? Dureza m xima admiss¡vel baixa (500 HB); ? Necess rio um acabamento superficial m¡nimo; ? Sujeito a erro de medi‡Æo pelo operador; ? Impressäes grandes, podem inutilizar a pe‡a. Dureza por penetra‡Æo Formula‡Æo matem tica ? Em linguagem matem tica: ? A rea da calota esf‚rica ‚ dada pela formula: ??????, onde p ‚ a profundidade da calota. ? Substituindo Ac pela formula para c lculo da rea da calota, temos: Devido a dificuldade t‚cnica de medi‡Æo da profundidade (p), que ‚ um valor muito pequeno, utiliza-se uma rela‡Æo matem tica entre a profundidade (p) e o diƒmetro da calota (d) para chegar … formula matem tica que permite o c lculo da dureza HB, representada a seguir: Uma amostra foi submetida a um ensaio de dureza Brinell no qual se usou uma esfera de 2,5 mm de diƒmetro e aplicou-se uma carga de 187,5 kgf. As medidas dos diƒmetros de impressÆo foram de 1 mm. Qual a dureza do material ensaiado? Uma vez que todos os valores necess rios para calcular a dureza HB sÆo conhecidos, podemos partir diretamente para a aplica‡Æo da f¢rmula: Tabela de dureza Brinell Condi‡äes para realiza‡Æo do ensaio Dureza por penetra‡Æo O ensaio padronizado, proposto por Brinell, ‚ realizado com uma carga de 3000 kgf e esfera de 10 mm de diƒmetro de a‡o temperado. Por‚m, usando cargas e esferas diferentes, ‚ poss¡vel chegar ao mesmo valor de dureza, desde que se observem algumas condi‡äes: ? A carga ser determinada de tal modo que o diƒmetro da impressÆo d se situe no intervalo de 0,25 e 0,5 do diƒmetro da esfera D. A impressÆo ser considerada ideal se o valor de d ficar na m‚dia entre os dois valores anteriores, ou seja, 0,375 mm. Condi‡äes para realiza‡Æo do ensaio ? Para obter um diƒmetro de impressÆo dentro do intervalo citado, deve-se manter constante a rela‡Æo entre a carga (F) e o diƒmetro ao quadrado da esfera do penetrador (Dý), ou seja, a rela‡Æo F/Dý ‚ igual a uma constante chamada fator de carga. O quadro a seguir mostra os principais fatores de carga utilizados e respectivas faixas de durezas e indica‡äes Diƒmetro da esfera O diƒmetro da esfera ‚ determinado em fun‡Æo da espessura do corpo de prova ensaiado. A espessura m¡nima ‚ indicada em normas t‚cnicas de m‚todo de ensaio. No caso da NBR, a espessura m¡nima do material ensaiado deve ser 17 vezes a profundidade da calota. O quadro a seguir mostra os diƒmetros de esfera mais usados e os valores de carga para cada caso, em fun‡Æo do fator de carga escolhido. ConclusÆo: as chapas de 4 mm nÆo podem ser ensaiadas com a esfera de 10 mm. Devendo ser usadas esferas menores. A esfera de 10 mm produz grandes calotas na pe‡a. Por isso ‚ mais adequada para medir materiais que tem uma estrutura formada por duas ou mais faces de dureza muito discrepantes. Em casos assim, a dureza ‚ determinada pela m‚dia entre as fases, como acontece com os ferros fundidos, bronzes e etc. A utiliza‡Æo de esferas menores de 10 mm s¢ ‚ valida para materiais homogˆneos. Esferas de diƒmetros menores produziriam calotas menores e, no caso de materiais heterogˆneos, poderia ocorrer de se estar medindo a dureza de apenas uma das fases. Com isso, o valor de dureza seria diferente do esperado para o material. Representa‡Æo dos resultados O numero de dureza Brinell deve ser seguido pelo s¡mbolo HB, sem qualquer sufixo, sempre que se tratar do ensaio padronizado, com aplica‡Æo de carga durante 15 segundos. Em outras condi‡äes, o s¡mbolo HB recebe um sufixo formado por n£meros que indicam as condi‡äes especificas do teste, na seguinte ordem: diƒmetro da esfera, carga e tempo de aplica‡Æo da carga. Exemplificando: Um valor de dureza Brinell 85, medido com uma esfera de 10 mm de diƒmetro e uma carga de 1.000 kgf, aplicada por 30 segundos ‚ representada da seguinte forma: Tempo de realiza‡Æo do ensaio O tempo de aplica‡Æo da carga varia de 15 a 60 segundos: ‚ de 15 segundos para metais com dureza Brinell maior que 300; de 60 segundos para metais moles (chumbo, estanho, metais-patente, etc.) e de 30 segundos para os demais casos. A medida do diƒmetro da calota (d) deve ser obtida pela m‚dia de duas leituras obtidas a 90ø uma da outra, e de maneira geral nÆo pode haver diferen‡a maior que 0,06 mm entre as leituras, para esferas de 10 mm. Vantagens e limita‡äes do ensaio de penetra‡Æo O ensaio Brinell ‚ usado especialmente para avalia‡Æo da dureza de metais nÆo ferrosos, ferro fundido, a‡o, produtos sider£rgicos em geral e de pe‡as nÆo temperadas. � o £nico ensaio utilizado e aceito para ensaios em metais que nÆo tenham estrutura interna uniforme. � feito em equipamento de f cil opera‡Æo Por outro lado, o uso do ensaio ‚ limitado pela esfera empregada. Usando-se esferas de a‡o temperado s¢ ‚ poss¡vel medir dureza at‚ 500 HB, pois durezas maiores danificariam a esfera. ? Dureza Meyer ? Apresenta um numero de dureza que representa uma aproxima‡Æo muito melhor que o m‚todo de Brinell (as for‡as laterais na superf¡cie inclinada da calota tendem a se anular) ? Lei de Meyer: para uma dada esfera de diamante "D", existe uma rela‡Æo entre carga aplicada e o diƒmetro de impressÆo: F = kdn K = constante do material que indica a resistˆncia do metal; N = ¡ndice de Meyer e se relaciona com o grau de encruamento do material. Dureza por penetra‡Æo ? Dureza Meyer ? Idˆntica a dureza Brinell, mas em vez da rea da calota impressa usa a rea da calota projetada no plano da superf¡cie. ? HM ‚ definida como pressÆo m‚dia na rea projetada. ? M‚todo pouco utilizado nos metais. Idˆntica a dureza Brinell, mas em vez da rea da calota impressa usa a rea da calota projetada no plano da superf¡cie. ? HM ‚ definida como pressÆo m‚dia na rea projetada. ? M‚todo pouco utilizado nos metais. Dureza Rockwell Em 1922, Rockwell desenvolveu um m‚todo de ensaio de dureza que utilizava um sistema de pr‚-carga. Este m‚todo apresenta algumas vantagens em rela‡Æo ao ensaio Brinell, pois permite avaliar a dureza de metais diversos, desde os mais moles aos mais duros. Entretanto, tamb‚m tem limita‡äes, o que indica que esta longe de ser uma solu‡Æo t‚cnica ideal. O ensaio Rockwell, que leva o nome de seu criador ‚ hoje o processo mais utilizado no mundo inteiro devido … rapidez e · facilidade de execu‡Æo, isen‡Æo de erros humanos, facilidade em detectar pequenas diferen‡as de durezas e pequeno tamanho de impressÆo. Neste m‚todo, a carga do ensaio ‚ aplicada em etapas, ou seja, primeiro se aplica uma pr‚-carga, para garantir um contato firme entre o penetrador e o material ensaiado, e depois aplica-se a carga do ensaio propriamente dita. A leitura do grau de dureza ‚ feita diretamente num mostrador acoplado … maquina de ensaio, de acordo com a uma escala predeterminada, adequada … faixa de dureza do material. Os penetradores utilizados na m quina de ensaio de dureza Rockwell sÆo do tipo esf‚rico (esfera de a‡o temperado) ou c“nico (cone de diamante com 120§ de conicidade) utiliza-se essas esferas em diƒmetros variados dependendo do material a ser medido e do tamanho da pe‡a, variando de 1,59 mm; 3,17 mm; 6,35 mm e 12,70 mm. Descri‡Æo do ensaio ? Dureza Rockwell ? M‚todo mais utilizado internacionalmente ? A denomina‡Æo deve-se de sua proposta ter sido feita pela ind£stria Rockwell, nos Estados Unidos em 1922. ? NÆo apresenta rela‡Æo com a rea da impressÆo ? Pode ser classificada como comum ou superficial dependendo da carga ? O numero de dureza ‚ sempre citado com o s¡mbolo HR seguido da escala utilizada (A, B, C, D, E...) Dureza Rockwell - escalas e aplica‡äes ? O ensaio consiste em endentar o material com um cone de diamante, com ƒngulo de 120ø e ponta arredondada (r = 2mm), ou de esfera de a‡o endurecido (a) ? O endentador ‚ pressionado contra a superf¡cie do copo de prova com uma pr‚-carga F0 , usualmente de 10 kgf. Quando o equil¡brio ‚ atingido a profundidade de penetra‡Æo ‚ ajustada para a posi‡Æo zero (b) ? Uma segunda carga (100 kg) ‚ introduzida, aumentando a penetra‡Æo (c). ? Atingindo novamente o equil¡brio a carga ‚ removida, mantendo-se a pr‚-carga (d). A remo‡Æo da carga provoca uma recupera‡Æo parcial reduzindo a profundidade da penetra‡Æo (HR = E - e) Dureza Rockwell - Vantagens ? Rapidez; ? Isen‡Æo de erros humanos; ? Pequeno tamanho de impressÆo; ? As superf¡cies nÆo precisam de polimento; ? Pequenas irregularidades sÆo eliminadas pela pr‚-carga; ? NÆo necessita de sistema ¢ptico; ? Equipamento mais simples Dureza Rockwell - Desvantagens ? Escala C s¢ para a‡os temperados; ? Necessidade de usar muitas escalas e esferas diferentes para abranger toda a gama de materiais poss¡veis; ? NÆo ‚ uma escala continua de dureza. Funciona para faixas de dureza. ? O valor de HR nÆo tem rela‡Æo com a resistˆncia … tra‡Æo dos materiais ensaiados Modelo de penetrador de diamante Equipamento para ensaio Rockwell Pode-se realizar o ensaio de dureza Rockwell em dois tipos de m quinas, ambas com a mesma t‚cnica de opera‡Æo, que diferem apenas pela precisÆo de seus componentes; A m quina padrÆo mede a dureza de Rockwell normal e ‚ indicada para avalia‡Æo de dureza em geral. A m quina mais precisa mede a dureza de Rockwell superficial, e ‚ indicada para avalia‡Æo de dureza em folhas finas ou lƒminas, ou camadas superficiais de materiais. Na m quina Rockwell normal, cada divisÆo da escala equivale a 0,02 mm; na maquina Rockwell superficial, cada divisÆo equivale a 0,01 mm leitura do resultado Quando se utiliza o penetrador c“nico de diamante deve-se fazer a leitura do resultado na escala externa do mostrador, de cor preta. Ao se usar o penetrador esf‚rico, faz-se a leitura do resultado na escala vermelha. Nos equipamentos com mostrador digital, uma vez fixada a escala a ser usada, o valor ‚ dado diretamente na escala determinada. O valor indicado na escala do mostrador ‚ o valor da Dureza Rockwell. Este valor corresponde a profundidade alcan‡ada pelo penetrador, subtra¡das a recupera‡Æo el stica do material, ap¢s a retirada da carga maior, e a profundidade decorrente da aplica‡Æo da pr‚-carga. Em outras palavras, a profundidade da impressÆo produzida pela carga maior ‚ a base de medida do ensaio Rockwell. Dureza Rockwell - Norma ? A norma brasileira ‚ a NBR 6671; ? O penetrador e a base devem estar limpos e bem assentados; ? A superf¡cie dever ser limpa, plana e perpendicular ao penetrador; ? NÆo deve ocorrer impacto nas aplica‡äes das cargas ?Sempre que for ensaiar materiais desconhecidos, iniciar pelas menores cargas para nÆo prejudicar o penetrador; ?Espa‡amento das impressäes 3d da penetra‡Æo entre as impressäes e 2,5 d das bodas. ?A espessura dever ser no m¡nimo 10 x maior que a profundidade de impressÆo Dureza por penetra‡Æo ? Dureza Vickers Coube a Smith e Sandland, em 1925, de desenvolver um m‚todo de ensaio conhecido como ensaio de Dureza Vickers. Este m‚todo leva em conta a rela‡Æo ideal entre o diƒmetro da esfera do penetrador Brinell e o diƒmetro da calota obtida, e vai al‚m porque utiliza outro tipo de penetrador que possibilita medir qualquer valor de dureza, incluindo desde materiais muito duros at‚ os mais moles. Isto nÆo quer dizer que o ensaio Vickers resolva todos os problemas de avalia‡Æo de dureza dos materiais, mas, somando aos outros dois m‚todos j estudados, ‚ um bom caminho para entender …s necessidades de processos industriais cada vez mais exigentes e sofisticados. Consiste em endentar o material sob teste com um endentador de diamante, na forma de uma pirƒmide reta de base quadrada e um ƒngulo de 136ø entre as faces opostas, utilizando carga de 1 a 100 kgf. A carga ‚ aplicada durante um tempo de 10 a 15 segundos Dureza Vickers As duas diagonais da endenta‡Æo deixadas na superf¡cie do material sÆo medidas usando-se um microsc¢pio. Com os valores lidos, calcula-se a medida aritm‚tica. A seguir calcula-se a rea da superf¡cie inclinada da endenta‡Æo. A dureza Vickers ‚ o quociente obtido divido a carga (em kgf) pela rea da endenta‡Æo. Dureza Vickers A Microdureza Vickers envolve o mesmo procedimento, s¢ que utiliza cargas menores que 1kgf. Pode ter valores tÆo pequenos como 10gf Dureza Vickers A m quina que faz o ensaio Vickers nÆo fornece o valor da rea de impressÆo da pirƒmide, mas permite obter, por meio de um microsc¢pio acoplado, as medidas das diagonais "d1" e "d2". Conhecendo as medidas das diagonais e sua medida "d" ‚ poss¡vel calcular a dureza Vickers a partir da equa‡Æo Uma grande desvantagem do m‚todo da microdureza Vickers ‚ o fato de que seus resultados vˆm influenciados pela medi‡Æo do operador do microdur“metro, que ‚ respons vel por ler as medidas deixas pela impressÆo do penetrador Dureza Vickers O m‚todo da microdureza automatizada ‚ independente do operador e tem dado bons resultados com grande confiabilidade al‚m de permitir uma an lise mais completa do material, adicionando mais recursos ao ensaio Suwanprateeb (1998), realizou uma an lise geom‚trica do penetrador Vickers e encontrou a formula em fun‡Æo da profundidade "h" da penetra‡Æo do material. Como demonstra a equa‡Æo, o que facilitou a automatiza‡Æo do ensaio Dureza Vickers Passos do ensaio automatizado de microdureza Vickers 1. Contato: o programa busca um contato com o material. Ele verifica o valor de carga exercida a cada passo executado pelo motor, at‚ que o valor da carga saia de zero. 2. Carga: o programa executa passos no motor aplicando uma carga crescente sobre o material, verificando o valor da carga a cada passo executado, at‚ atingir a carga pr‚- determinada. 3. Fase de fluˆncia: o programa mant‚m o processo inerte por um intervalo de tempo previamente estabelecido. 4. Descarga: o programa executa passos no motor na dire‡Æo inversa at‚ atingir a carga inicial, verificando o valor da carga a cada passo; 5. calculo da dureza: o programa desliga o motor, cona o numero de passos executados e tra‡a uma curva de todo o processo. Nessa curva, observa-se a diferen‡a entre o numero de passos executados na fase de carga e descarga, e a partir desse valor calcula a dureza do material, onde cada passo representa o deslocamento vertical do penetrador em aproximadamente 21nm Dureza Vickers ? Al‚m de fornecer a dureza, pode: ? Disponibilizar o valor do modulo de elasticidade do material; ? Fornece tamb‚m os dados da curva de carga versus profundidade (tensÆo x deforma‡Æo); ? Podendo ainda, em alguns equipamentos, captar imagens das impressäes deixadas pelo penetrador, mesmo que essa possua escala nanom‚trica Dureza Vickers - Vantagens ? Escala cont¡nua; ? Grande precisÆo de medida (deforma‡Æo nula do penetrador); ? Possibilidade de fazer impressäes muito pequenas; ? Possibilidade de medir dureza em todos os materiais. ? Dureza Vickers - Desvantagens ? Regulagem de velocidade mais cr¡tica (mais moroso); ? Superf¡cie muito mais cuidada (maiores aplica‡äes); ? Ensaio globalmente menos econ“mico Calculo da dureza Vickers O ensaio desenvolvido por Smith e Sandland ficou conhecido como ensaio de dureza Vickers porque a empresa que fabricava as maquinas mais difundidas para operar com este m‚todo chamava-se Vickers-Armstrong. A dureza Vickers se baseia na resistˆncia que o material oferece … penetra‡Æo de uma pirƒmide de diamante de base quadrada e ƒngulo entre as fases de 136ø , sob uma determinada carga. O valor de dureza Vickers (HV) ‚ o quociente da carga aplicada (F) pela rea de impressÆo (A) deixada no corpo ensaiado. Essa rela‡Æo, expressa em linguagem matem tica ‚ a seguinte: HV = F/ A C lculo da µrea de impressÆo A m quina que faz o ensaio Vickers nÆo fornece o valor da rea de impressÆo da pirƒmide, mas permite obter, por meio de um microsc¢pio acoplado, as medidas das diagonais (d1 e d2 ) formadas pelos v‚rtices opostos da base da pirƒmide. Conhecendo as medidas das diagonais ‚ poss¡vel calcular a rea da pirƒmide de base quadrada (A), utilizando a f¢rmula Voltando … formula para c lculo da HV, e substituindo A pela forma acima, temos: Na formula anterior, a for‡a deve ser expressa em quilograma-for‡a (kgf) e o "d" corresponde a diagonal m‚dia, ou seja: E deve ser expresso em mil¡metros (mm). Se a m quina der o resultado em m¡cron (?), esse valor deve ser convertido. Exerc¡cios Marque com um X a resposta correta: 1. No ensaio de dureza Vickers o valor da carga nÆo interfere no resultado da dureza, para um mesmo material, porque: a) ( ) o penetrador ‚ feito de material indeform vel; b) ( ) o penetrador tem a forma de pirƒmide de base quadrada; c) ( ) o ƒngulo entre as faces do penetrador garante impressäes proporcionais ao Brinell ideal; d) ( ) o penetrador tem dimensäes proporcionais … esfera do Brinell ideal. 2. Uma chapa deve ser submetida ao ensaio Vickers. Determine as condi‡äes do ensaio, sabendo que a dureza estimada do material ‚ 116,6 HV 5. a) equipamento: ................................. b) carga aplicada: ................................... c) faixa de tempo de aplica‡Æo da carga: .......................... 3. No ensaio Vickers, defeitos de impressÆo causados por afundamento do material nas faces de impressÆo podem ser corrigidos por: a) ( ) altera‡Æo da carga do ensaio; b) ( ) aumento do tempo do ensaio; c) ( ) substitui‡Æo do penetrador de diamante; d) ( ) ajuste do microsc¢pio acoplado ao equipamento. 4. O ensaio de microdureza Vickers utiliza cargas: a) abaixo de 10 gf; b) entre 10 gf e 1.000 gf; c) entre 1 kgf e 5 kgf; d) entre 5 kgf e 120 kgf. 5. As diagonais medidas num ensaio de dureza Vickers, com carga de 5 kgf aplicada por 10 segundos, foram: 0,162mm e 0,164mm. Represente a dureza desse material. Resposta: Gabarito 1. c 2. a) Vickers normal b) 5 kgf c) de 10 a 15 segundos 3. a 4. b 5. 349 HV5 132 Representa‡Æo do resultado do ensaio A dureza Vickers ‚ representada pelo valor da dureza, seguindo do s¡mbolo HV e de um numero que indica o valor da carga aplicada. No exerc¡cio anterior, a representa‡Æo do valor da dureza ‚: 296,7 HV 10 A representa‡Æo 440 HV 30 indica que o valor da dureza Vickers ‚ 440 e que a carga aplicada foi de 30 kgf. O tempo normal de aplica‡Æo de carga varia de 10 a 15 segundos. Quando a dura‡Æo da aplica‡Æo da carga ‚ diferente, indica-se o tempo de aplica‡Æo ap¢s a carga. Por exemplo: 440 HV 30/20, o ultimo numero indica que a aplica‡Æo de carga foi aplicada por 20 segundos. Cargas utilizadas no ensaio Neste m‚todo, ao contr rio do que ocorre no Brinell, as cargas podem ser de qualquer valor, pois as impressäes sÆo sempre proporcionais … carga, para um mesmo material. Deste modo, o valor da dureza ser o mesmo, independente da carga utilizada. Por uma questÆo de padroniza‡Æo, as cargas recomendadas sÆo: 1, 2, 3, 4, 5, 10, 20, 30 ,40, 60, 80, 100, 120 kgf. Para cargas muito altas (acima de 120 kgf) em vez do penetrador de pirƒmide de diamante pode-se tamb‚m usar esferas de a‡o temperado de 1 ou 2 mm de diƒmetro na mesma m quina (neste caso o ensaio feito na maquina Vickers ‚ o ensaio de dureza Brinell) Cargas utilizadas no ensaio Para aplica‡äes especificas, voltadas principalmente para superf¡cies tratadas (carboneta‡Æo, tˆmpera) ou para a determina‡Æo de dureza de microconstituintes individuais, utiliza-se o ensaio de microdureza Vickers Defeitos de impressÆo Uma impressÆo perfeita, no ensaio Vickers, deve apresentar os lados retos. Entretanto, podem ocorrer defeitos de impressÆo, devidos ao afundamento ou aderˆncia do metal em volta das faces do penetrador. Defeitos de impressÆo Quando ocorrem estes defeitos, embora as medidas das diagonais sejam iguais, as reas de impressÆo sÆo diferentes Ensaio de dobramento O ensaio de dobramento fornece somente uma indica‡Æo qualitativa da ductilidade do material. Normalmente os valores num‚ricos obtidos nÆo tem qualquer importƒncia. Esse tipo de ensaio ‚ largamente usado nas industrias e laborat¢rios por sua simplicidade, constando mesmo nas especifica‡äes de todos os pa¡ses, onde sÆo exigidos requisitos de ductilidade de certo material. Devido a sua relativa simplicidade, o ensaio de dobramento ‚ largamente utilizado nas ind£strias e laborat¢rios com o objetivo de verificar a capacidade de deforma‡Æo dos materiais, na detec‡Æo de defeitos de compacidade, metal£rgicos e de soldagem assim como obter valores comparativos de ductilidade dos materiais. As descontinuidades oriundas do processo de soldagem mais comumente observ veis no ensaio de dobramento sÆo: ? Falta de fusÆo; ? Inclusäes met licas e nÆo met licas; ? Poros Ensaio de dobramento O ensaio consiste em dobrar um corpo de prova de eixo retil¡neo e se‡Æo circular (maci‡a ou tubular), retangular ou quadrada, assentado em dois apoios afastados por uma distancia especificada, de acordo com o tamanho do corpo de prova, por meio de um cutelo, que aplica o esfor‡o perpendicular ao eixo do corpo de prova, at‚ que seja atingido o ƒngulo desejado. Realiza‡Æo do ens Dobramento x FlexÆo ? Quando um material for submetido a uma carga e esta causa uma deforma‡Æo el stica o material est submetido a um esfor‡o de flexÆo. ? Quando um material for submetido a uma carga e esta causa uma deforma‡Æo pl stica, o mesmo est submetido a um esfor‡o de dobramento. ? Portanto, flexÆo e dobramento sÆo etapas da aplica‡Æo de um mesmo esfor‡o, sendo a flexÆo associada … fase el stica e o dobramento … fase pl stica Caracter¡sticas do ensaio O valor da carga, na maioria das vezes, nÆo importa. O cutelo tem um diƒmetro D, que varia conforme a severidade do ensaio, sendo indicado nas especifica‡äes, onde, de forma geral, em fun‡Æo do diƒmetro ou espessura do corpo de prova. O ƒngulo determina a severidade do ensaio e ‚ geralmente 90ø , 120ø ou 180ø. Ao se atingir o ƒngulo especificado, examina-se a olho nu a zona tracionada, que nÆo deve apresentar trincas, fissuras ou fendas. Caso contr rio, o material nÆo ter passado no ensaio. Como o dobramento pode ser realizado em qualquer ponto e em qualquer dire‡Æo do corpo de prova, ele ‚ um ensaio localizado e orientado, fornecendo assim, uma indica‡Æo da ductilidade em qualquer regiÆo desejada do material. Para a realiza‡Æo do ensaio de dobramento ‚ necess ria uma prensa com capacidade relacionada … dimensÆo do corpo de prova a ser dobrado e com facilidade de fixa‡Æo dos dispositivos adequados. No entanto, ‚ comum a utiliza‡Æo de m quinas de ensaio do tipo universal, projetadas de maneira a permitir a realiza‡Æo desse ensaio. Um exemplo abaixo: Corpos de prova No ensaio de dobramento, um lado do corpo de prova ‚ tracionado enquanto o lado oposto ‚ comprimido. O corpo de prova pode ser retirado dos produtos acabados ou pode ser o pr¢prio produto, como por exemplo, parafusos, pinos, barras que apresentem dimensäes adequadas para serem colocados na m quina de dobramento. Para analisar o resultado do ensaio, examina-se a olho nu a zona tracionada do corpo de prova. Para o corpo de prova ser aprovado, ele nÆo deve conter trincas ou descontinuidades acima de um determinado valor especificado. O resultado do ensaio ‚ considerado reprovado se o corpo de prova apresentar estes defeitos ou se romper antes de atingir o ƒngulo a especificado. Processos de ensaio de dobramento H trˆs processos de ensaio de dobramento: o dobramento livre, o dobramento semiguiado e o dobramento guiado. Dobramento livre � obtido pela aplica‡Æo de for‡a nas extremidades do corpo de prova, sem aplica‡Æo de for‡a no ponto m ximo de dobramento Dobramento Semiguiado O dobramento vai ocorrer numa regiÆo determinada pela posi‡Æo do cutelo Poss¡veis m‚todos de ensaio de dobramento semiguiado, sendo que na primeira a for‡a ‚ aplicada na extremidade livre do corpo de prova e nas outras figuras o esfor‡o ‚ aplicado no centro do corpo de prova Dobramento Guiado � feito por meio de rolos de apoio e o cutelo. Ele ‚ o ensaio mais comum e preferido pelas normas mais populares soldagem. Dobramento Guiado Tipos de dobramento O ensaio de dobramento em corpo de prova soldado pode ser dividido em v rios tipos ? Dobramento lateral transversal; ? Transversal de face; ? Transversal de raiz; ? Longitudinal de face; ? Longitudinal de raiz. Dobramento lateral transversal No dobramento lateral transversal, o eixo longitudinal do cordÆo de solda forma uma ƒngulo de 90ø em rela‡Æo ao eixo longitudinal do corpo de prova a ser dobrado Nesse caso, o dobramento ser realizado de maneira que uma das superf¡cies laterais do corpo de prova, onde a solta esta cortada de topo, torne-se convexa em rela‡Æo ao corpo de prova dobrado. ? Dobramento Transversal de face O eixo longitudinal do cordÆo de solda forma um ƒngulo de 90ø com o eixo longitudinal do corpo de prova a ser dobrado. Nesse caso, o dobramento ‚ realizado de maneira que a superf¡cie do corpo de prova que cont‚m a face da solda se torne a superf¡cie convexa do corpo de prova dobrado. ? Dobramento Transversal de raiz; O eixo longitudinal do cordÆo de solda forma um ƒngulo de 90ø com o eixo longitudinal do corpo de prova a ser dobrado. Nesse caso, o dobramento ‚ realizado de maneira que a superf¡cie do corpo de prova que cont‚m a raiz da solda se torne … superf¡cie convexa do corpo de prova dobrado. ? Dobramento Longitudinal de face O eixo da solda ‚ paralelo ao eixo longitudinal do corpo de prova. Nesse caso, o dobramento ‚ realizado de modo que a superf¡cie do corpo de prova que cont‚m a face da solda se torne a superf¡cie convexa do corpo de prova dobrado. ? Dobramento Longitudinal de raiz O eixo longitudinal do cordÆo de solda ‚ paralelo ao eixo longitudinal do CP (corpo de prova) a ser dobrado. Nesse caso, o dobramento ‚ realizado de maneira que a superf¡cie do corpo de prova que cont‚m a raiz da solda se torne a superf¡cie convexa do corpo de prova dobrado Tipos de dobramento An lise dos resultados Os resultados sÆo avaliados pela apari‡Æo ou nÆo de fendas, fissuras ou rupturas na zona tracionada do corpo de prova dobrado at‚ 180ø , da mesma maneira explicada no caso do dobramento livre de corpos de prova soldados. Para esse m‚todo de ensaio, usa-se indiferentemente o tipo de solda em filete ou de topo, para a soldagem das chapas ou dos tubos. A posi‡Æo de retirada dos corpos de prova, tamanho dos mesmos e processo de usinagem sÆo sempre indicados nas normas t‚cnicas, bem como dos corpos de prova de tra‡Æo que sempre acompanham os corpos de prova para dobramento Dobramento em materiais fr geis Materiais fr geis como ferro fundido cinzento, a‡os-ferramenta ou carbonetos sinterizados sÆo frequentemente submetidos a um tipo de ensaio de dobramento, denominado dobramento transversal, que mede sua resistˆncia e ductilidade (al‚m da possibilidade de se avaliar tamb‚m a tenacidade e a resiliˆncia desses materiais). Entretanto, sempre que poss¡vel, o ensaio de tra‡Æo tamb‚m deve ser realizado, ficando o dobramento transversal como um esp‚cie de ensaio substituto. Quanto mais duro for o material, maior aplica‡Æo ter esse ensaio, porque a facilidade de execu‡Æo torna-o mais r pido que a usinagem do corpo de prova para ensaio de tra‡Æo. No entanto, para materiais muito fr geis, os resultados obtidos sÆo muito divergentes variando at‚ 25% de modo que, para esses casos, devese fazer sempre v rios ensaios para se obter um valor m‚dio. Os corpos de prova de se‡Æo transversal retangular ou circular, sÆo submetidos a carregamento transversal como no dobramento convencional. A carga ‚ aumentada levemente at‚ que ocorra a ruptura Dobramento em barras para constru‡Æo civil Barras de a‡o usadas na constru‡Æo civil sÆo exemplos de materiais que, al‚m de apresentarem resistˆncia mecƒnica, devem suportar dobramentos severos durante sua utiliza‡Æo e, por isso, sÆo submetidos a ensaios de dobramento. Essa caracter¡stica ‚ tÆo importante que ‚ normalizada e classificada em normas t‚cnicas. Neste caso, o ensaio consiste em dobrar a barra at‚ se atingir um ƒngulo de 180§ com um cutelo de dimensÆo especificada de acordo com o tipo de a‡o da barra - quanto maior a resistˆncia do a‡o, maior o cutelo. O dobramento normalmente ‚ do tipo semiguiado. A aprova‡Æo da barra ‚ dada pela ausˆncia de fissuras ou fendas na zona tracionada do corpo de prova. Dobramento em corpos de provas soldados O ensaio de dobramento em corpos de prova soldados retirados de chapas ou tubos soldados, ‚ realizado geralmente para a qualifica‡Æo de profissionais que fazem solda (soldadores) e para a avalia‡Æo de processos de solda. Na avalia‡Æo da qualidade da solda costuma-se medir o alongamento da face da solda. O resultado serva para determinar se a solda ‚ apropriada ou nÆo para uma determinada aplica‡Æo Dobramento em corpos de provas soldados O ensaio de dobramento ‚ indicado em ge Aplica‡äes na ind£stria O ensaio de dobramento ‚ indicado em geral para componentes que serÆo efetivamente submetidos a opera‡äes de dobramento ou flexÆo em servi‡o. As normas recomendam o procedimento espec¡fico para v rios tipos de componentes e materiais. Entre as aplica‡äes usuais estÆo: ? Barras para constru‡Æo civil; ? Barras soldadas para finalidades de qualifica‡Æo de solda e de soldadores; ? Pequenos componentes para uso em micro-eletr“nica; ? Pe‡as acabadas como parafusos e pinos. Normas ABNT ? NBR 6153 - 1988 - Produtos met licos - Ensaio de dobramento semi-guiado. (3 exs) ? NBR 6153 /80 Dobramento em barras de a‡o com diƒmetro at‚ 20,00mm ? NBR NM COPANT 10:2000 - Tubos de a‡o - M‚todo de ensaio de dobramento. Estabelece m‚todo de ensaio de dobramento para tubos de a‡o de se‡Æo circular, de diƒmetro externo at‚ 60,3 mm. ? NBR 6004 - 1980 - Arames de a‡o - Ensaio de dobramento alternado SAE ? EN2002/6 - Aerospace series--Test methods for metallic materials--Part 6--Bend testing 11/01/1995 ? MA2008 : Radii-Tube Bend, Metric 12/01/1990 Standard . Define crit‚rios de aceita‡Æo de dobramento de tubos para sistemas hidr ulicos met licos. ISO ? ISO 7438:2005 -Ed. 2 - Metallic materials -- Bend test ? ISO 8491:1998 -Ed. 2- Metallic materials -- Tube (in full section) -- Bend test ? ISO 7799:1985 Metallic materials -- Sheet and strip 3 mm thick or less -- Reverse bend test Ensaio de flexÆo O ensaio de flexÆo ‚ bastante aplicado em materiais fr geis ou de alta dureza como: cerƒmicas estruturais e a‡os ferramenta, por exemplo; onde se tem a dificuldade de realizar outros ensaios, como o de tra‡Æo. A aplica‡Æo de carga ‚ crescente em determinados pontos da barra e a partir deste ensaio determinam-se propriedades de resistˆncia do material, tais como: m¢dulo de ruptura e m¢dulo de Young. Como variante a este ensaio temos o ensaio de dobramento que ‚ aplicado a materiais d£cteis, sendo o resultado mais qualitativo e mais voltado para soldas. Normas ASTM ? Metais - E 812, E 855; ? Concreto - C 78, C 293; ? Cerƒmicas - C 158, C 674; ? Fibras e comp¢sitos - C 393; ? Pl sticos e material para isolamento el‚trico - D 790; "M‚todo aplicado para materiais r¡gidos e semirr¡gidos. A resistˆncia a flexÆo nÆo pode ser determinada para os materiais que nÆo se rompem" Modalidades mais comuns - FlexÆo a 3 pontos; - FlexÆo a 4 pontos M‚todo Aplica-se uma carga P crescente numa barra padronizada Crit‚rios de corpo de prova ? Recomenda-se a forma retangular. ? A rela‡Æo comprimento/espessura nÆo deve ser inferior a 15. ? A rela‡Æo largura/espessura nÆo deve ser superior a 10. ? M¡nimo de 6 CPs, para cada material ensaiado Determina‡Æo da resistˆncia a flexÆo ? A ruptura se d por tra‡Æo, incluindo nas fibras inferiores ? A tensÆo normal em uma viga, regime el stico (resistˆncia dos materiais); Determina‡Æo do modulo de Young ? Mede-se deflexÆo v do corpo de prova durante a aplica‡Æo da carga; ? Carregamento transversal no regime el stico: eixo longitudinal da barra se torna uma curva, denominada linha el stica ? Equa‡Æo diferencial da el stica ? Resolvendo por dupla integra‡Æo e calculando para v(x) para x = l/2 Determina‡Æo do modulo de Young ? FlexÆo a 3 pontos ? FlexÆo a 4 pontos ? Recomenda‡äes: considerar no calculo: ? Pr‚-carga de 20% da for‡a P de ruptura; ? Cargas e deflexäes at‚ 50% de P de ruptura; ? M¡nimo de 5 pontos experimentais ? FlexÆo a 3 pontos Erros experimentais Causas da dispersÆo de medidas experimentais ? grandeza avaliada varia de amostra para amostra ? sistema de medi‡Æo (transdutores, condicionadores e conversor de sinal, al‚m do operador) introduzem erros ? causas adicionais de erros: varia‡äes de geometria dos corpos-de-prova e aspectos construtivos do dispositivo de ensaio Requisitos para que o ensaio seja confi vel ? popula‡Æo de defeitos do corpo-de-prova seja representativa do material usado no componente real ? fundamentar o ensaio em amostragem estat¡stica (15-30 pe‡as) Origem dos erros experimentais no ensaio de flexÆo ? fontes internas: erros que ocorrem por nÆo serem compat¡veis com a teoria el stica de uma viga, assumida a priori ? fontes externas: erros que surgem na aplica‡Æo da carga durante o ensaio Suposi‡äes b sicas assumidas (fontes internas de erros) ? planos perpendiculares devem permanecer planos ? m¢dulo de elasticidade em tra‡Æo igual em compressÆo ? deflexÆo pequena comparada … espessura Fontes externas de erros ? tensäes de contato: roletes ou cutelos nÆo devem ser tÆo pequenos a ponto de causar indenta‡Æo nem tÆo grandes de modo que o carregamento nÆo possa ser considerado pontual. ? tensäes de tor‡Æo: devido a falta de paralelismo das faces do corpo-de-prova. Solu‡Æo: adotar roletes m¢veis. ? curvatura do corpo-de-prova: em excesso, pode causar por exemplo o contato com apenas um aplicador de carga no ensaio a 4 pontos. ? tensäes cisalhantes de atrito: causam altera‡äes no momento fletor e deslocamento da linha neutra. Solu‡Æo: adotar roletes girat¢rios. ? Cerƒmicas estruturais: corpos-de-prova devem ser retificados, chanfrados (sem cantos vivos) e ter a superf¡cie inferior polida Erros nos ensaios de flexÆo ? Campos de tensäes em vigas prism ticas ? Dispositivos otimizados para minimiza‡Æo de erros experimentais "o ensaio de flexÆo a 4 pontos, por minimizar o efeito das tensäes de contato e expor maior regiÆo ao momento fletor m ximo, deve ser preferido em rela‡Æo ao ensaio de 3 pontos" An lise estat¡stica dos resultados ? Os dados obtidos em ensaios repetidos constituem um conjunto de medidas; nÆo um valor exato. ? O primeiro passo no tratamento estat¡stico ‚ estabelecer uma fun‡Æo de distribui‡Æo de probabilidades que expresse adequadamente a dispersÆo dos resultados experimentais. ? Propriedades da Fun‡Æo Densidade de Probabilidade (f.d.p.): An lise estat¡stica dos resultados ? Distribui‡Æo Normal: Forma de sino (sim‚trica). Definida por 2 parƒmetros. Um dos problemas relacionados ao emprego da distribui‡Æo normal na avalia‡Æo de propriedades mecƒnicas ‚ a existˆncia de uma probabilidade nÆo nula para uma resistˆncia negativa. ? Distribui‡Æo de Weibull: Em an lise de falhas, resistˆncia … fratura fr gil e comportamento em fadiga, observa-se que a distribui‡Æo de Weibull muitas vezes fornece uma an lise mais adequada dos dados dispon¡veis. Pode ser definida por 2 ou por 3 parƒmetros. ? A f.d.p. ‚ definida como: Onde os parƒmetros podem ser interpretados como: xo = resistˆncia m¡nima para qualquer membro da popula‡Æo; b = resistˆncia caracter¡stica (fator de escala); m = inclina‡Æo da curva de probabilidade acumulada de uma amostra ? Probabilidade acumulada P(x) ‚ a probabilidade de uma amostra falhar Determina‡Æo dos parƒmetros de Weibull: ? Pode-se trabalhar com a distribui‡Æo de 2 parƒmetros, bastando adotar x0 = 0 ? Fazemos: ? As curvas de distribui‡Æo de Weibull (probabilidade acumulada) tˆm forma de "S"; a distor‡Æo da curva ‚ controlada pelo parƒmetro m (tamb‚m chamado M¢dulo de Weibull). Quanto maior o valor de m, mais homogˆnea a amostra. ? Tendo um conjunto de n resultados (ou seja, n ensaios), devemos empregar um estimador nÆo-tendencioso para a probabilidade acumulada P correspondente ao valor da tensÆo de ruptura de cada corpo-de-prova ensaiado: ?? ?? = ?????,?? ?? onde i ‚ o numero da ordem do corpo de prova (i=1,2.) Roteiro para determina‡Æo dos parƒmetros ? Admitindo que a resistˆncia … flexÆo do material segue a distribui‡Æo de Weibull, faz-se entÆo um ajuste dos dados experimentais … distribui‡Æo, de modo a determinar os parƒmetros be m ? Roteiro: ? "Ranquear" os resultados dos ensaios (menor ? maior) ? Para cada ensaio i com m¢dulo de ruptura xi calcular P(xi) e ln{ln[1/(1-P(xi))]} ? Obter a reta de melhor ajuste, de onde determina-se o m¢dulo de Weibull m(coeficiente angular A) e o fator de escala b(calculado a partir do intercepto B como: b = exp-(B/m) Roteiro para determina‡Æo dos parƒmetros Ensaio de CompressÆo O ensaio de compressÆo ‚ o mais indicado para avaliar caracter¡sticas de projetos onde a maior exigˆncia requerida ‚ a resistˆncia a compressÆo. Utilizado principalmente em materiais fr geis como ferro fundido, madeira, pedra e concreto. � tamb‚m recomendado para produtos acabados como molas e tubos Material d£ctil � aquele que pode ser alongado, flexionado ou torcido, e que admite deforma‡Æo pl stica permanente, ap¢s a deforma‡Æo el stica Material fr gil Um material fr gil rompe-se ainda na fase el stica. Para estes materiais o dom¡nio pl stico ‚ praticamente inexistente, indicando sua nÆo capacidade de absorver deforma‡äes permanentes. Esfor‡o de compressÆo Nos ensaios de compressÆo, os corpos de prova sÆo submetidos a uma for‡a axial para dentro, distribu¡da de modo uniforme em toda a se‡Æo transversal do corpo de prova. De modo geral, pode-se dizer que o ensaio de compressÆo ‚ um esfor‡o axial que tende a provocar um encurtamento do corpo submetido a este esfor‡o. Ensaio de CompressÆo Normas para o ensaio de compressÆo ? NBR 5739 - concreto - ensaio de compressÆo de corpos de prova cil¡ndricos; ? NBR 7190- ensaio de resistˆncia a compressÆo; ? NBR 7222-94 - resistˆncia a tra‡Æo indireta, medida no ensaio de compressÆo diametral; ? NBR 12767 - rochas para revestimento - determina‡Æo da resistˆncia a compressÆo uniaxial Realiza‡Æo do ensaio Do mesmo modo que o ensaio de tra‡Æo, o ensaio de compressÆo pode ser executado na m quina universal de ensaios, com adapta‡Æo de duas placas lisas - uma fixa e uma m¢vel. E entre elas o corpo de prova ‚ apoiado e mantido firme durante a compressÆo. As rela‡äes que valem para a tra‡Æo valem tamb‚m para compressÆo. Isso significa que um corpo de prova submetido a compressÆo tamb‚m sofre uma deforma‡Æo el stica e a seguir uma deforma‡Æo pl stica. Ensaio de CompressÆo Realiza‡Æo do ensaio Ensaio de CompressÆo Ensaio de CompressÆo Corpo de prova Os corpos de prova do ensaio de compressÆo usualmente tem forma cil¡ndrica, com rela‡Æo comprimento/diƒmetro L/D entre 2 e 8 (em alguns casos excepcionais a rela‡Æo pode ser 1 - caso de teste de metal para mancais). O comprimento nÆo deve ser muito grande para evitar efeitos indesej veis de flambagem, nem muito pequenos, pois o atrito nas superf¡cies de contato com a m quina de ensaio poder prejudicar a validade dos resultados. A apresenta‡Æo dos resultados dos testes deve ser sempre especificar a rela‡Æo L/D Limita‡äes do ensaio de compressÆo O ensaio de compressÆo nÆo ‚ muito utilizado para metais em razÆo das dificuldades para medir as propriedades avaliadas neste tipo de ensaio. Os valores num‚ricos sÆo de dif¡cil verifica‡Æo e podem levar a erros. Um problema que sempre ocorre no ensaio de compressÆo ‚ o atrito entre o corpo de prova e as placas da m quina de ensaio e um outro problema de poss¡vel ocorrˆncia ‚ a flambagem. Efeitos do atrito O atrito gera tensäes na superf¡cie de contato, impedindo o movimento dos elementos situados nesta superf¡cie, e provocando a altera‡Æo do formato original cil¡ndrico do corpo de prova durante o processo. Mais longe da superf¡cie de contato os elementos fluem radialmente para fora numa taxa proporcional … sua distƒncia ao centro do corpo. Este ‚ o abaulamento ou efeito barril. Para reter o material de lubrifica‡Æo usinam-se sulcos rasos em ambas as faces do corpo de prova. Esse procedimento garante a lubrifica‡Æo durante o teste, minimizando o atrito. Efeitos do atrito Al‚m da lubrifica‡Æo durante o teste, a deforma‡Æo lateral do corpo de prova ‚ barrada pelo atrito entre as superf¡cies do corpo de prova e da m quina. Para diminuir esse problema, ‚ necess rio revestir as faces superior e inferior do corpo de prova com materiais de baixo atrito (parafina, teflon, etc) Ocorrˆncia da Flambagem Outro problema de poss¡vel ocorrˆncia ‚ a flambagem, isto ‚ encurvamento do corpo de prova. Isso decorre da instabilidade na compressÆo do material d£ctil. Dependendo das formas de fixa‡Æo do corpo de prova, h diversas possibilidades de encurvamento, conforme figura abaixo Caracter¡sticas da Flambagem A flambagem ocorre principalmente em corpos de prova com comprimento maior em rela‡Æo ao diƒmetro. Por esse motivo, dependendo do grau de ductilidade do material, ‚ necess rio limitar o comprimento dos corpos de prova, que devem ter de 3 a 8 vezes o valor do diƒmetro. Em alguns materiais muito d£cteis esta rela‡Æo pode chegar a 1:1. Outro cuidado para evitar a flambagem ‚ o de garantir o perfeito paralelismo entre as placas do equipamento utilizado no ensaio de compressÆo. Deve-se centrar o corpo de prova no equipamento de teste, para garantir que o esfor‡o de compressÆo se distribua uniformemente. Comportamento dos materiais Materiais d£cteis e materiais fr geis, especificamente metais, comportam-se diferentemente no ensaio de compressÆo. Enquanto os metais fr geis rompem praticamente sem fase el stica, os metais d£cteis sofrem grande deforma‡Æo na fase pl stica, …s vezes sem atingir a ruptura. Deforma‡Æo el stica e pl stica Na fase de deforma‡Æo el stica, o corpo volta ao tamanho original quando se retira a carga de compressÆo Na fase de deforma‡Æo pl stica, o corpo ret‚m uma deforma‡Æo residual depois de ser carregado. Modos de deforma‡Æo Os poss¡veis modos de deforma‡Æo no teste de compressÆo sÆo flambagem (quando L/D > 5), cisalhamento (quando L/D > 2.5), barril duplo (quando L/D > 2), barril (quando L/D > 2 e h fric‡Æo nas superf¡cies de contato), compressÆo homogˆnea (quando L/D < 2.0 e nÆo existe fric‡Æo nas superf¡cies de contato) e instabilidade compressiva (pelo amolecimento do material por efeito de carga). A flambagem, o cisalhamento e a instabilidade devem ser evitados. Equa‡äes matem ticas Na compressÆo, as formulas para calculo da tensÆo, da deforma‡Æo e do modulo de elasticidade sÆo semelhantes …s que j foram demonstradas anteriormente. FORMULA Ensaio de CompressÆo 1 - Em rela‡Æo aos materiais met licos, por que o ensaio de compressÆo nÆo ‚ tÆo utilizado comparado ao ensaio de tra‡Æo? R: O teste de compressÆo para metais nÆo ‚ tÆo utilizado quanto o de tra‡Æo,devido a dificuldades geradas pelo atrito entre o corpo de prova e a m quina de teste, possibilidade de flambagem durante o ensaio. ( essas questäes sÆo inerentes ao ensaio) (resposta correta) R: Porque o ensaio de compressÆo oferece apenas duas propriedades de interesse, uma f¡sica (m¢dulo de elasticidade) e uma mecƒnica (tensÆo de escoamento). 2 - Um corpo de prova de a‡o com diƒmetro d = 2 0 mm e comprimento L = 60 mm ser submetido a um ensaio de compressÆo. Se for aplicada uma for‡a de 100.000 N. (a) qual a tensÆo absorvida pelo corpo de prova? (b) Comprimento final do corpo de prova ? O m¢dulo de elasticidade do a‡o(E) ‚ igual a 210.000 MPa. R: S (a) S = ?Dý/4 = (? x 20ý)/4 = 314mmý T = F/S = 100000/314 = 318,47 N/mmý = 318,47 MPa A tensÆo absorvida pelo corpo de prova foi de 318,47 MPa (b) ? = (Li - Lf)/ Li e E = T/ ? ? = T/E = 318,47/210000 = 0,0015165 Logo ? = (Li - Lf)/ Li 0,0015165 = (60 - Lf)/60 entÆo o comprimento f inal (Lf) do corpo de prova ser de 59,909mm. 3 - Cite dois problemas que os corpos de prova sofrem quando submetidos a ensaio de compressÆo. R: Um problema que sempre o corre no ensaio de compressÆo ‚ o atrito entre o corpo de prova e as placas de ensaios. Outro problema deste ensaio ‚ a flambagem, isto ‚, encurvamento do corpo de prov a que ocorre devido … instabilidade na compressÆo do metal d£ctil. 4 - Para materiais fr geis, qual a £nica propriedade mecƒnica que pode ser avaliada quando o material ‚ submetido ao ensaio de compressÆo e como pode ser medida? R : (nÆo ‚ a £nica mecƒnica, pode ser retirado o modulo de elasticidade tamb‚m) A £nica propriedade mecƒnica que pode ser avaliada no ensaio de compressÆo com materiais fr geis ‚ seu lim ite de resistˆncia … compressÆo. Pode ser av aliada dividindo a carga m xima pela se‡Æo original do corpo de prova. s¢ pode retirar o limite de resistˆncia porque materiais fr geis nÆo apresentam regiÆo pl stica. 5 - Por que ‚ feito ensaio de compressÆo nos materiais aplicados a engenharia? R: ‚ feito quando o produto ‚ submetido a esfor‡os compressivos est ticos (colunas e tijolos, por exemplo), o ensaio de compressÆo ‚ utilizado quando temos materiais estruturais submetidos … compressÆo. (simples assim) CompressÆo em materiais Nos materiais d£cteis a compressÆo vai provocando uma deforma‡Æo lateral apreci vel. Essa deforma‡Æo lateral prossegue com o ensaio at‚ o corpo de prova se transformar num disco, sem que ocorra a ruptura. � por isso que o ensaio de compressÆo de materiais d£cteis fornece apenas as propriedades mecƒnicas referentes … zona el stica. As propriedades mecƒnicas mais avaliadas por meio do ensaio sÆo: limite de proporcionalidade, limite de escoamento e modulo de elasticidade CompressÆo em materiais Nos materiais fr geis ‚ que o ensaio de compressÆo ‚ mais realizado. Uma vez que nesses materiais a fase el stica ‚ muito pequena, nÆo ‚ poss¡vel determinar com precisÆo as propriedades relativas a esta fase. A £nica propriedade mecƒnica que ‚ avaliada nos ensaios de compressÆo de materiais fr geis ‚ seu limite de resistˆncia a compressÆo. Do mesmo modo que nos ensaios de tra‡Æo, o limite de resistˆncia a compressÆo ‚ calculado pela carga m xima dividida pela se‡Æo original do corpo de prova. CompressÆo em materiais Aspectos da fratura ocorrida em ensaios de compressÆo Para materiais d£cteis, a trinca ‚ iniciada na regiÆo de maior deforma‡Æo do cdp. Em materiais fr geis, a trinca ocorre nos planos de m ximas tensäes cortantes, normalmente … 45§ do eixo de aplica‡Æo de carga CompressÆo em produtos acabados Ensaios de achatamento em tubos - consiste em colocar uma amostra de um segmento de tubo deitada entre as placas da m quina de compressÆo e aplicar a carga at‚ achatar a amostra. A distƒncia final entre as placas, que varia conforme a dimensÆo do tubo, deve ser registrada. O resultado ‚ avaliado pelo aparecimento ou nÆo de fissuras. Esse ensaio permite avaliar qualitativamente a ductilidade do material. Do tudo e do cordÆo de solda do mesmo, pois quanto mais o tubo se deformar sem trincas, mais d£ctil ser o material CompressÆo em produtos acabados Ensaios em molas - para determinar a constante el stica de uma mola, ou para verificar a sua resistˆncia, faz-se o ensaio de compressÆo. Para determinar a constante da mola, constr¢i-se um gr fico tensÆo-deforma‡Æo, obtendo-se um coeficiente angular que ‚ a constante da mola, ou seja, o modulo de elasticidade. Por outro lado, para verificar a resistˆncia da mola, aplicam-se cargas predeterminadas e mede-se a altura ap¢s cada carga CompressÆo em materiais Estamparia em metais A estampagem ‚ o processo de converter finas chapas met licas em pe‡as ou produtos, sem fraturas ou concentra‡Æo de microtrincas. As chapas utilizadas neste processo precisam ser bastante d£cteis. Ductilidade de chapas A opera‡Æo de estampagem envolve dois tipos de deforma‡äes: o estiramento, que ‚ o afinamento da chapa, e a estampagem propriamente dita, que consiste no arrastamento da chapa para dentro da cavidade da matriz por meio de um pun‡Æo. Nessa opera‡Æo, a chapa fica presa por um sujeitador que serve como guia para o arrastamento. A ductilidade ‚ uma caracter¡stica b sica para que o produto possa ser estampado. Diversos ensaios podem avaliar essa caracter¡stica como os ensaios de tra‡Æo, compressÆo, dobramento, etc. Por que fazer um ensaio especifico para avaliar a ductilidade? Uma chapa pode apresentar diversas pequenas heterogeneidades, que nÆo afetariam o resultado de ductilidade obtido no ensaio de tra‡Æo, mas ao ser deformada a frio, a chapa pode apresentar pequenas trincas em consequˆncia desse heterogeneidade. Al‚m das trincas, uma pe‡a estampada pode apresentar diversos outros problemas, como enrugamento, distor‡Æo, textura superficial rugosa, etc.. A ocorrˆncia desses problemas esta relacionada com a mat‚ria prima utilizada. Nenhum dos ensaios anteriores fornece informa‡äes sobre a chapa, necess rias para que se possa prever estes problemas. Para evitar surpresas indesej veis, como descobrir que a pe‡a ‚ inadequada ao processo de estampagem ap¢s a produ‡Æo da pe‡a, foi desenvolvido o ensaio de embutimento. Ensaio de embutimento Este ensaio reproduz, em condi‡äes controladas, a estampagem de uma cavidade previamente estabelecida. Os ensaios de embutimento permitem deformar o material quase nas mesmas condi‡äes obtidas na opera‡Æo de produ‡Æo propriamente dita, s¢ que de maneira controlada, para minimizar a varia‡Æo de resultados. Existem ensaios padronizados para avaliar a estampagem de chapas. Os mais usados sÆo os ensaios de embutimento Erichsen e Olsen. Esses ensaios sÆo qualitativos, e por essa razÆo, os resultados obtidos constituem apenas uma indica‡Æo do comportamento que o material apresentar durante o processo de fabrica‡Æo. Descri‡Æo do ensaio Os ensaios de embutimento sÆo realizados por meio de dispositivos acoplados a um equipamento que transmite for‡a. Podem ser feitos na j conhecida m quina universal de ensaios, adaptada com os dispositivos pr¢prios, ou numa m quina espec¡fica para este ensaio, como a que mostramos ao lado. A chapa a ser ensaiada ‚ presa entre uma matriz e um anel de fixa‡Æo, que tem por finalidade impedir que o material deslize para dentro da matriz. Depois que a chapa ‚ fixada, uma pun‡Æo aplica uma carga que for‡a a chapa a se abaular at‚ a ruptura aconte‡a. Um rel¢gio medidor de curso, graduado em d‚cimos de mil¡metro, fornece a medida da penetra‡Æo do pun‡Æo na chapa. O resultado do ensaio ‚ a medida da profundidade do corpo formado pelo pun‡Æo no momento da ruptura. Al‚m disso, o exame da superf¡cie externa da chapa permite verificar se ela ‚ perfeita ou se ficou rugosa devido … granula‡Æo, por ter sido usado um material inadequado. Ensaio Erichsen O ensaio de embutimento Erichsen apresenta um pun‡Æo de cabe‡a esf‚rica de 20 mm de diƒmetro e a carga aplicada no anel de fixa‡Æo que prende a chapa ‚ de cerca de 1000 kgf. O atrito entre o pun‡Æo e a chapa poderia afetar o resultado do ensaio. Por isso, o pun‡Æo deve ser lubrificado com graxa grafitada, de composi‡Æo determinada em norma t‚cnica, para que o n¡vel de lubrifica‡Æo seja sempre o mesmo. O momento em que ocorre a ruptura pode ser acompanhado a olho nu ou pelo estalo caracter¡stico de ruptura. Se a m quina for dotada de um dinam“metro que me‡a a for‡a aplicada, pode-se determinar o final do ensaio pela queda brusca da carga que ocorre no momento da ruptura. A altura h do copo ‚ o ¡ndice Erichsen de embutimento. Existem diversas especifica‡äes de chapas para conforma‡Æo a frio, que estabelecem um valor m¡nimo para o ¡ndice Erichsen, de acordo com a espessura da chapa ou de acordo com o tipo de estampagem para o qual a chapa foi produzida (m‚dia, profunda ou extraprofunda). A NBR 5915 - Chapas finas a frio de a‡o-carbono para estampagem, utiliza o ¡ndice de embutimento Erichsen com uma das propriedades para especificar o grau de estampagem das chapas. EM - estampagem moderada; EP - estampagem profunda; EEP - estampagem extraprofunda; EEP-PC - estampagem extraprofunda em pe‡as cr¡ticas; EEP-IF - estampagem extraprofunda com a‡o IF (interstital free) ABNT NBR 5902:1980 Determina‡Æoÿdoÿ¡ndiceÿdeÿembutimentoÿem chapas de a‡o peloÿm‚todo Erichsen modificado Objetivo : Esta Norma prescreve o modo pelo qual deve ser realizado o ensaio de embutimento pelo m‚todo de Erichsen modificado, em chapas de a‡o com espessura nominal de 0,3 mm a 5,0 mm,ÿcomÿaÿfinalidadeÿdeÿavaliarÿa
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