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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO: DIREITO ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS - APS JULGAMENTO SIMULADO DO TRIBUNAL DE ÉTICA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SÃO PAULO - SP 02/06/2018 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO: DIREITO --- SÃO PAULO - SP 02/06/2018 SUMÁRIO................................................................................................3 REPRESENTAÇÃO.................................................................................4 DEFESA..................................................................................................6 JULGADOR DO TRIBUNAL DE ÉTICA DA OAB..................................9 FICHA DAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS..............14 REPRESENTAÇÃO 4 Ao Excelentíssimo Sr.(a) Dr.(a) Julgador do Tribunal De Ética Da Ordem Dos Advogados Do Brasil, com fundamento nos artigos 2, 28, 29, 33 e 34 do Código de Ética e Disciplina da Ordem Dos Advogados Do Brasil. Faço a representação de uma conduta antiética dos quadros da Ordem Dos Advogados Do Brasil, na qual este Advogado utiliza uma rede social para divulgar um resultado após êxito confirmado em Segunda Instância e, aproveita a ocasião para se colocar à disposição de quem precise de seus serviços para situações semelhantes, inclusive divulgando seu endereço eletrônico e seu número de telefone celular, este processo na qual o Advogado atuou se trata de uma causa de grande valor econômico, que envolveu vítimas de acidente de trânsito de grandes proporções, processo com repercussão em noticiários do âmbito nacional. Trata-se de ação que infringe o Código de Ética e Disciplina conforme o Artigo 29 º - § 4 "o anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela" e o Artigo 33 º inciso IV "divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de clientes e demandas". O autor desde procedimento deveria atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé conforme o Artigo 2 ° do Código de Ética e Disciplina da Ordem Dos Advogados Do Brasil. Além de infringir o Código de Ética e Disciplina da Ordem Dos Advogados Do Brasil e o Estatuto da Advocacia, atos como este não podem ser admitidos no corpo desta Ordem, que zela pela polidez e elegância que a caracterizam. Contudo, a sanção que deve ser aplicada neste processo é a "censura" pois o Advogado cometeu o erro de publicar em sua rede social informações sobre o caso com excelência em segunda instância. De acordo com o artigo 36 da Lei n° 8906/04 é considerada infração disciplinar punível com censura: "A captação de novos clientes por meio de publicidade. Vale lembrar que, de acordo com as alterações no Código de Ética e Disciplina da Ordem Dos Advogados Do Brasil, o advogado pode usar a internet, incluindo as redes sociais, para se apresentar, porém apenas em caráter de informação. Tal apresentação não pode configurar a mercantilização de seus serviços e não pode ter o objetivo de angariar novos clientes." e "Quebra do sigilo profissional sem justa causa para tanto." À vista disso, concluo à presença de Vossa Excelência propor a ação de censura do Advogado da Ordem Dos Advogados Do Brasil. DEFESA 6 O novo código de ética que entrou em vigor a partir de 2016 deixa evidente que a publicidade informativa de advogados que não possua propaganda e venda de serviços é lícito e ético. Sendo assim deixando irrefutável que o ato discutido não tenha contido nada que seja visto como um ato antiético. Com fundamento no artigo 28° do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil que discorre a qual “O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade.” À vista disso podemos ressaltar que o advogado indiciado não feriu o código de ética ao publicar em sua rede social seu êxito na causa ocorrida. Tendo feito de forma ponderada, modesta e com total objetivo de informação. Em sua publicação não foi deixado explícito detalhes à questão das vítimas envolvidas na causa pleiteada, contendo somente o fato não pormenorizado. De acordo com o provimento 94/2000 Artigo 1° - “É permitida a publicidade informativa do advogado e da sociedade de advogados, contanto que se limite a levar ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em particular, dados objetivos e verdadeiros a respeito dos serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas as normas do Código de Ética e Disciplina e as deste Provimento.” Sendo assim pelo o caso ocorrido ter sido de grande valor econômico e com enorme repercussão em âmbito nacional, vemos que a publicação não teria em fato que atingir um público certo, já que a causa é de imenso interesse à todo público em questão. A rede social tem uma natureza ampla e não tem como finalidade primordial a mercantilização de serviços. O advogado acusado tendo muitos anos de experiência em sua profissão tem plena noção de que a publicidade na carreira da advocacia é de extrema cautela, por tanto tendo este conhecimento agiu como tal. O endereço e número de telefone celular é considerado como meios de comunicação, sendo permitido conforme o artigo 29° do código de ética e disciplina; “O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição na OAB, podendo fazer referência a títulos ou qualificações profissionais, especialização técnico-científica e associações culturais e científ icas, endereços, horário do expediente e meios de comunicação...” De acordo com o que foi dito podemos concluir que não houve se quer alguma falta de ética com os envolvidos e com a carreira da advocacia. Agindo de forma justa conforme o Artigo 2° I, II e III. Preservando, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da prof issão, zelando pelo seu caráter de essencial idade e indispensabilidade. Tendo em vista tudo o que foi declarado, peço assim que o caso de acusação ao réu seja absolvido. JULGADOR 9 Em nome da lei, concito-vos a examinar com imparcialidade esta causa e a proferir a vossa decisão de acordo com vossa consciência e os ditames da justiça O Advogado presente está sendo acusado de cometer uma conduta antiética dos quadros da Ordem Dos Advogados Do Brasil, no qual ele utiliza uma rede social para divulgar um resultado após êxito confirmado em Segunda Instância, colocando se à disposição de quem precise de seus serviços, divulgando seu endereço eletrônico e seunúmero de telefone celular com intuito de captar novos clientes que possuem casos parecidos. O caso que foi divulgado por este réu, possui grande valor econômico e grande âmbito nacional. De acordo com o Código de e Disciplinas da OAB, com fundamentos no artigos abaixo que dizem o seguinte: Art. 2 : O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. São deveres do advogado: I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da prof issão, zelando pelo seu caráter de essencial idade e indispensabilidade; II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III – velar por sua reputação pessoal e profissional; IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; VIII – abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue; c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade. Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade. Art. 29. O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição na OAB, podendo fazer referência a títulos ou qualificações profissionais, especialização técnico-científica e associações culturais e científicas, endereços, horário do expediente e meios de comunicação, vedadas a sua veiculação pelo rádio e televisão e a denominação de fantasia. § 1º Títulos ou qualificações profissionais são os relativos à profissão de advogado, conferidos por universidades ou instituições de ensino superior, reconhecidas. § 2º Especialidades são os ramos do Direito, assim entendidos pelos doutrinadores ou legalmente reconhecidos. § 3º Correspondências, comunicados e publicações, versando sobre constituição, colaboração, composição e qualificação de componentes de escritório e especificação de especialidades profissionais, bem como boletins informativos e comentários sobre legislação, somente podem ser fornecidos a colegas, clientes, ou pessoas que os solicitem ou os autorizem previamente. §4º O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela. Art. 33. O advogado deve abster-se de: I – responder com habitualidade consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social, com intuito de promover-se profissionalmente; II – debater, em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu patrocínio ou patrocínio de colega; III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; IV – divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de clientes e demandas; V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Art. 34. A divulgação pública, pelo advogado, de assuntos técnicos ou jurídicos de que tenha ciência em razão do exercício profissional como advogado constituído, assessor jurídico ou parecerista, deve limitar-se a aspectos que não quebrem ou violem o segredo ou o sigilo profissional. A captação de novos clientes por meio de publicidade de acordo com as alterações no Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado poderá utilizar a internet, incluindo as redes sociais, para se apresentar, porém apenas em caráter de informação. Tal apresentação não pode configurar a mercantilização de seus serviços e não pode ter o objetivo de captar novos clientes. Caso ocorra a mercantilização e o intuito de captar novos clientes, cabe-se a este processo a penalidade de censura pois de acordo com o artigo 36 da Lei N ° 8906/04 a sanção da censura, que diz o seguinte: Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. Sendo ela, a penalidade correta para este caso. Pela contagem dos votos proferidos pelo Conselho declaro o réu culpado. Diante de toda a publicação exposta em sua rede social, mostra-se que seu intuito foi não apenas divulgar sua capacidade de obter mérito em casos de grande repercussão nacional e de grande valor econômico, como também captar novos clientes, tendo como penalidade de censura, não podendo ser divulgada e nem ser assunto de publicidade. Está encerrada a presente sessão. 14 FICHA DAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS - APS
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