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SEMINÁRIO DE MICROBIOLOGIA DENGUE

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SEMINÁRIO DE MICROBIOLOGIA – DENGUE
ANATOMIA E CICLO DE VIDA DO MOSQUITO
O mosquito transmissor das três doenças é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI, por meio de navios que traficavam escravos. O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, mas o seu nome definitivo, Aedes aegypti, só seria estabelecido em 1818.
COMO É A ANATOMIA DO MOSQUITO DA DENGUE?
Ele tem olhos e glândulas salivares especiais para detectar humanos e uma picada imperceptível – ou seja, é um agente de infecção perfeito. Tanto que o Aedes aegypti transmite febre amarela, dengue, zika e chikungunya (e pode carregar os vírus das três últimas e contagiar uma pessoa com todos ao mesmo tempo). Ele vive 30 dias quando adulto, o suficiente para contagiar cerca de 300 pessoas. Apenas a fêmea pica, pois precisa do sangue para maturar os ovos – o macho se alimenta da seiva de frutas. Os ovos aguentam até 400 dias sem contato com água e as larvas demoram apenas uma semana para atingirem a fase adulta, estando, então, aptas a sair picando gente por aí.
1) CERDAS
Com elas, os machos detectam a vibração das asas das fêmeas, localizando possíveis parceiras. Para as fêmeas, as cerdas possuem função tátil: ajudam o animal a sentir a pele humana e ver se ela é própria para a picada (livre de pelos e lisa).
2) PALPOS
Ajudam o Aedes a manter o equilíbrio na hora de pousar e criam estabilidade na hora de inserir a probóscide. São divididos em cinco segmentos e permitem diferenciar os machos das fêmeas, já que os primeiros possuem palpos maiores.
3) PROBÓSCIDE
É a tromba que contém a mandíbula, a traqueia e outras partes. A fêmea a utiliza para penetrar a pele em busca de sangue. Possui dois canais: a hipofaringe insere a saliva (contaminada com os vírus) e o labro suga o sangue.
SALIVA
Na hora do ataque, o Aedes injeta na vítima sua saliva, a qual contém substâncias anticoagulantes (para manter o fluxo constante de sangue) e anestésicas (para bloquear momentaneamente a sensação de dor). Por isso só sentimos a picada bem depois.
PAPILAS GUSTATIVAS
Após identificar possíveis alvos, o Aedes se guia pelos odores emitidos pelo corpo humano e pelo CO2 liberado na respiração. Esses componentes são detectados pelas papilas gustativas, localizadas próximas à probóscide.
4) ASAS
As asas são recobertas por escamas escuras. As fêmeas atingem uma frequência de 400 batidas por segundo, enquanto os machos podem chegar a 600 batidas. O som do voo, no entanto, é praticamente inaudível para nós.
5) MANCHAS BRANCAS
Marcas típicas do Aedes aegypti, as manchinhas brancas (que, na verdade, são pequenas escamas) estão espalhadas por todo o corpo, mas não possuem nenhum papel importante na vida do inseto.
OLHOS
São compostos de até 492 omatídeos, “lentes” minúsculas e extremamente sensíveis à luz. Por meio delas, o Aedes possui um campo de visão de 225°, o que é essencial para o primeiro passo de sua caça: a percepção de nossa silhueta no ambiente.
OVOS
O Aedes aegypti bota os ovos nas paredes dos criadouros (qualquer reservatório com água parada e limpa). Eles são colocados bem próximos à lâmina d’água e aguardam a próxima chuva para eclodirem. Têm 1 mm de comprimento.
1) Ovos – Levam de 2 dias a vários meses para eclodirem, dependendo do clima, o ovo leva cerca de 30 min para eclodir em contato com a água, e dura até 15 meses sem água.
2) Larva – Vira pupa em cerca de 5 dias
3) Pupa – 2 a 3 dias para virar adulta
4) Adulto – Vive por cerca de 30 dias
A PICADA
Na picada, um par de maxilares perfura a pele com movimentos para cima e para baixo, como uma serra.
2) Quando o vaso sanguíneo é alcançado, o movimento para. A hipofaringe injeta a saliva;
3) O sangue é então sugado, passando pelo labro até o estômago do mosquito.
MACHO E FÊMEA
Saiba diferenciar. As fêmeas são maiores e apenas elas picam.
	FONTES: Artigos Ultrastructural variations in the anal papillae of Aedes aegypti (L.) at different environmental salinities, de Rajindar Sohal e Eugene Copeland, Aquaporin homologs and water transport in the anal papillae of the larval mosquito, Aedes aegypti, de Jesmilavathani Marusalin, Brieanne Matier, Mark Rheault e Andrew Donini, livro Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil, de Rotraut Consoli e Ricardo Oliveira.
ARMA BIOLÓGICA - TRANSMIÇÃO
Em épocas chuvosas, as fêmeas do Aedes encontram mais água parada para desovar, o número de mosquitos aumenta e os registros de dengue disparam. Abaixo de 25 ºC, as larvas se desenvolvem mais lentamente, a população de Aedes diminui e o número de casos desaba. A fêmea precisa de sangue humano durante a gestação. A cada picada, o mosquito pode contrair o vírus de alguém contaminado ou passá-lo para quem ainda não tem. Por isso, locais com muita gente – como as cidades – são perfeitos para o mosquito se multiplicar e aumentar o poder de transmissão do vírus.
Fêmeas infectadas podem transmitir o vírus para as larvas
1 500 ovos são postos pela fêmea durante a vida – de 150 a 200 por gestação
15 meses é o período que os ovos suportam em superfície seca, mantendo os embriões vivos
30 minutos é o tempo que os ovos levam para eclodir em contato com a água, liberando as larvas
40% de chance de os embriões herdarem o vírus da fêmea infectada
Quatro tipos de vírus diferentes dificultam o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a dengue.
FEBRE MUNDIAL
Em 2008, Brasil concentrou dois terços dos casos de dengue de toda a América.
No mundo todo, regiões tropicais com clima quente e úmido são habitadas pelo Aedes aegypti e estão sob risco de epidemia. Pessoas contaminadas circulando entre vários países também espalham o vírus pelo planeta.
BERÇO ESPLÊNDIDO
Principais berçários do Aedes em cada região do Brasil
LIXO
No Norte e no Sul, cerca de metade dos Aedes nascem em latas, pneus e outros entulhos que acumulam água e servem como ninho para o mosquito.
RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
Quase toda a população nordestina do Aedes se desenvolve a partir de poços, tonéis, caixas-d’água e outros reservatórios hídricos.
AMBIENTE DOMÉSTICO
Pouco mais da metade dos focos no Centro-Oeste e no Sudeste ocorrem em residências – principalmente em vasos e pratinhos de plantas, calhas e piscinas.
INFECÇÃO VIRAL DA DENGUE
ESTRUTURA DO VÍRUS DA DENGUE
A dengue é uma arbovirose, ou seja, uma doença viral transmitida por insetos. E as principais famílias de arbovírus são a Togaviridae e a Flaviridae, o vírus da dengue está incluído na família Flaviridae.
Mas o que é mesmo um vírus?
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que utilizam toda uma maquinaria bioquímica de uma célula hospedeira para se replicar, existem vírus que vão desde uma estrutura pequena e simples a estruturas grandes e complexas, muitas vezes os seus nomes revelam as suas características, a doença que ele provoca ou até mesmo o tecido, a localização geográfica de onde foi identificado pela primeira vez.
Os vírus não são só os bacteriófagos, eles podem variar bastante quanto a sua morfologia, lembrando que o vírus não é célula, é um ser não vivo podendo ser considerado vivo apenas quando no interior de uma célula hospedeira, portanto, os componentes da estrutura viral deverão ser, pelo menos, o Capsídeo e o Genoma.
O Capsídeo será uma estrutura proteica que vai envolver o Genoma, o Capsídeo é uma estrutura rígida normalmente formada por proteínas, o Genoma será do tipo DNA ou o RNA, com raras exceções existem vírus que possuem ambos os tipos de ácidos nucleicos, o mais comum é ter, só DNA ou só RNA, que poderão ser de fita simples dupla, vai variar muito dependendo do tipo de vírus.
Um componente estrutural que pode ou não, estar presente no vírus chamamos de “Envelope”. O Envelope é formado por uma camada dupla de Lipídeos, o que muito se assemelha a nossa Membrana Plasmática, portanto, o Envelope será um componente que ficará externo a partícula viral envolvendo ainda o Capsídeo e o material genéticodo vírus.
Existem vírus envelopados e não envelopados, portanto, o Envelope não é uma característica crucial para a composição de uma partícula viral, podendo existir ou não, dependendo do vírus.
Associando então as características gerais dos vírus ao vírus da Dengue, nós temos aqui uma imagem que representa a estrutura do “DENV”, o DENV é o agente etiológico, é o agente causador da Dengue. Que no caso é transmitido pelo “Vetor - Aedes Aegypti”.
O vírus da Dengue tem essa forma esférica, é um vírus pequeno, envelopado, ou seja, temos Envelope, Capsídeo, e Genoma. As proteínas estruturais encontradas no vírus da Dengue são:
Proteína E – a proteína do Envelope
Proteína C – a proteína do Capsídeo
A (prM) – que é uma proteína de membrana presente aqui, no Envelope viral.
O tipo de material genético encontrado no vírus da Dengue é um RNA de fita simples positiva, ou seja, esse material genético muito se assemelha a um RNA “mensageiro”.
Algumas proteínas como: NS1; Ns2a, Ns2b; Ns3; Ns4a, Ns4b; NS5 – são proteínas não estruturais, ou seja, proteínas produzidas pelo vírus apenas durante a sua replicação no interior de uma célula hospedeira.
Portanto, as características do vírus da Dengue resumem-se a um vírus envelopado, esférico, de RNA de fita simples positivo.
É bom lembrar que existem “sorotipos”, que na verdade são vírus da Dengue que são muito semelhantes, mas com pequenas diferenças no Genoma e na proteína E, ou seja, na proteína do Envelope, atualmente temos cinco sorotipos:
(DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4 e DENV-5).
Após 50 anos sem a descrição de um novo sorotipo o quinto sorotipo da Dengue, o DENV-5, foi anunciado em outubro de 2013 após testes em uma amostra de sangue de um agricultor com sintomas de Dengue lá na Malásia, ele ainda não chegou aqui no Brasil.
Cada sorotipo se distingue geneticamente dos demais, o suficiente pra que a imunidade gerada por um deles não proteja você contra os demais.
*
REPLICAÇÃO DO VÍRUS DA DENGUE
O vírus da Dengue se replica no citoplasma celular após o período de latência de 12 a 16 horas em células musculares e fibroblastos (é a célula constituinte do tecido conjuntivo e sua função é formar a substância fundamental amorfa), além disso, o vírus da Dengue apresenta tropismo, ou seja, preferência, afinidade por células dendríticas (são importantes células do sistema imunológico que têm a função de capturar microrganismos prejudiciais ao organismo; em seguida, elas apresentam estes microrganismos aos linfócitos T ou B, que são células responsáveis por regular o sistema imune, defendendo o corpo contra possíveis doenças), monócitos (Um monócito é um leucócito: parte do sistema imunitário do corpo humano.) e macrófagos (glóbulo branco que destrói elementos de grande porte - células estranhas, glóbulos vermelhos enfraquecidos).
Inicialmente o DENV se liga a receptores específicos da membrana celular da célula hospedeira num processo mediado pela Proteína E do Envelope Viral e receptor do hospedeiro, após a adesão o vírus é invarginado por endocitose (Processo ativo pelo qual material extracelular é transportado para o protoplasma graças à invaginações especiais da membrana plasmática), à medida que a vesícula endocítica ou endossomos (são compartimentos membranosos formados a partir do processo de endocitose em células eucarióticas, por meio de fusão de vesículas provenientes de estruturas como a membrana plasmática, o aparato de Golgi e os lisossomos), adentra no citoplasma ela vai ficando ácida em seu interior, essa mudança de PH altera a conformação estrutural da Proteína E do Envelope Viral, fazendo com que ocorra assim a fusão do Envelope Viral com a Membrana do Endossomo o que possibilita a liberação do Capsídeo Viral no citoplasma da célula hospedeira e em seguida ocorre o desnudamento, ou seja, o Capsídeo se desmonta e aí ocorrendo à liberação do RNA de fita simples positiva.
Mas como assim RNA de fita simples positiva?
Isso significa que esse RNA do vírus muito se assemelha ao RNA mensageiro, assim, na hora que ele é depositado no citoplasma da célula hospedeira ele migra diretamente para retículo endoplasmático rugoso onde é reconhecido pelos ribossomos da célula ocorrendo então à tradução do RNA Viral, ou seja, a produção de proteínas virais.
O RNA Viral é traduzido em uma poli proteína, ou seja, uma molécula bem grande que após modificações é clivada pela protease e proteínas virais individuais, paralelamente vai ocorrer na síntese de RNA de polaridade negativa a partir da positiva original, assim a fita negativa de RNA serve de molde para a síntese do Genoma da progênie viral, ou seja, RNA de fita positiva que vai compor as novas partículas virais, esse RNA de fita positiva é então envolvido pelas Proteínas C, proteínas que formam o Capsídeo. Esse Capsídeo agora contendo o material genético viral adentra no retículo endoplasmático rugoso e se torna envelopado contendo as proteínas (prM) e Proteína E. Finalmente o vírus montado é transferido para o complexo de Golgi (Na biologia celular, aparelho de Golgi, complexo de Golgi, ou complexo golgiense é uma organela de células eucarióticas. O nome é uma homenagem ao italiano Camillo Golgi, que foi o seu descobridor) onde resíduos de açucares são adicionados, ou seja, glicosilação tornando-se uma partícula infectiva que vai ser transportada para o meio extracelular por vesículas de secreção.
Fonte: YouTube - Prof.ª Marina Lobo
A DENGUE NO ORGANISMO HUMANO
Após a picada o vírus atinge a corrente sanguínea instalando-se em órgãos como: baço, fígado, e tecido linfático para multiplicar-se, após um período de incubação que varia de 2 a 7 dias o vírus volta a corrente sanguínea replicando-se e atingindo a medula óssea diminuindo a produção de plaquetas (elemento fundamental na coagulação do sangue), durante esse processo, formam-se substancias que inflamam as paredes dos vasos sanguíneos tornando-os mais permeáveis podendo provocar o extravasamento do fluxo sanguíneo.
Na dengue clássica esse sangramento é sutil, já na dengue hemorrágica essas manifestações aparecem ou pioram, provocando hemorragias espontâneas nos pulmões, aparelho digestivo, cavidade torácica, pele... Podendo até mesmo atingir o cérebro, além disso, com a diminuição de plaquetas e a perda de sangue e plasma, haverá queda da pressão arterial podendo ocorrer o choque.
A DOENÇA EM SI
O QUE É A DENGUE?
É doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do Aedes aegypt, mosquito que se multiplica em depósitos de água parada. No mundo todo existem, oficialmente, cinco tipos de vírus da dengue no Brasil, porém, circulam apenas quatro.
COMO IDENTIFICAR OS SINTOMAS?
Febre, dores de cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, além de um cansaço intenso. Os sinais costumam aparecer de sete a quinze dias após a picada sendo a febre e a dor de cabeça os primeiros e podem durar até uma semana.
COMO SABER SE É MESMO DENGUE?
Já que os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe forte, procure um médico o quanto antes. Ele pedirá testes de laboratório para se certificar. Podem ser feitos exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus ou o chamado teste rápido, que mede, também por meio de amostras sanguíneas, a presença de uma proteína encontrada durante a fase aguda da infecção.
E A DENGUE HEMORRÁGICA?
Esse tipo da doença, comum em pessoas que são infectadas mais de uma vez, é conhecido por causar sangramentos. Isso pode ocorrer tanto em lugares que não são tão perigosos, como a gengiva, quanto em áreas delicadas, a exemplo do cérebro e do intestino.
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da versão clássica. Contudo, os sinais de que a doença está se agravando tendem a se manifestar de três a cinco dias após a febre passar. Desmaios, dor de barriga intensa ou tosse seca são indícios de que o quadro está evoluindo para uma dengue grave. Nesse caso, deve-se procurar ajuda o quanto antes. Além de receitar remédios para aplacar a febre e as dores, o médico tentará conter a hemorragia e recomendaráa ingestão de muita água para manter a pressão sanguínea sob controle. Só que aqui, o tratamento é feito no hospital, não em casa.
O TRATAMENTO
O tratamento indicado para dengue consiste no alívio dos sintomas com o uso de remédios como o Paracetamol ou a Dipirona, para controlar a febre e diminuir as dores no corpo. Além disso, é recomendado ficar em casa, beber bastante água e descansar bem, para ajudar o organismo a combater o vírus.
É importante saber que durante o tratamento não devem ser usados remédios com ácido acetilsalicílico, como a Aspirina, pois aumentam o risco de hemorragias e sangramentos.
O Ministério da Saúde apenas recomenda o uso de paracetamol para o controle da febre e da dor na suspeita de dengue, nunca ultrapassando o limite de 3 g por dia. No entanto, o uso de qualquer medicamento só deve ser feita após indicação de um médico.
O tratamento deve ser hospitalar no caso de pacientes hipertensos, com insuficiência cardíaca ou que estejam com crise de asma ou diabetes descompensada, mesmo que não se trate de dengue hemorrágica.
COMO É O TRATAMENTO DA DENGUE HEMORRÁGICA
O tratamento da dengue hemorrágica deve ser feito no hospital com uso de soro diretamente na veia e medicamentos para interromper a hemorragia e aumentar as plaquetas. Além disso, quando o paciente perde muito sangue pode ser preciso usar máscaras de oxigênio ou fazer transfusão de sangue para fortalecer o organismo e facilitar a eliminação do vírus.
No hospital, os exames de sangue para acompanhar a recuperação e o estado de saúde do paciente são repetidos inicialmente de 15 em 15 minutos e quando apresenta alguma melhora, a cada 2 horas. Normalmente, o paciente recebe alta cerca de 48 horas após o fim da febre e quando a concentração de plaquetas fica normalizada.
SINAIS DE MELHORA
Os sinais de melhora da dengue são diminuição da febre e alívio da dor no corpo e surgem, normalmente, até 8 dias após o início dos sintomas.
SINAIS DE PIORA
Os sinais de piora da dengue podem surgir em qualquer pessoa e incluem vômito, dor abdominal muito forte, palidez e pintinhas na pele. Assim que estes sintomas sejam observados o paciente deve ser levado para o hospital para ser internado.
COMPLICAÇÕES DA DENGUE
A principal complicação da dengue é o desenvolvimento da dengue hemorrágica, que deve ser sempre tratada no hospital por ser uma situação grave. Convulsões podem acontecer nas crianças e também pode haver desidratação.
Em algumas pessoas a dengue pode danificar o fígado causando uma hepatite, que precisa ser investigada e tratada. Em casos raros, pode haver danos irreversíveis no fígado sendo necessário um transplante de fígado.
PREVENÇÃO
Já é sabido que para prevenir a dengue é necessário evitar o acúmulo de água, uma vez que o mosquito deposita seus ovos em recipientes ou locais cheios do líquido. No entanto, existem diversas dicas que podem turbinar a prevenção da dengue.
EVITE O ACÚMULO DE ÁGUA
O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.
ANEXOS:

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