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SAÚDE COLETIVA II
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
SAÚDE COLETIVA
MÓDULO II
PROFESSOR: NILVAN JUSTINO MOREIRA BAETA
Betim
2018
CAPÍTULO 01
SAÚDE COLETIVA: Conjunto de ações que tenham como objetivo prevenir ou combater variáveis de cunho social, econômico e ambiental que possam acarretar risco a saúde da população, portanto, de interesse público. 
PROPOSTA DA SAÚDE COLETIVA: Uma proposta integral e transdisciplinar de cuidado. Ter saúde não tem a ver com não adoecer, mas com as nossas condições de enfrentamento do próprio adoecimento. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE NO BRASIL:Foi somente a partir da década de 40 que ações em prol da construção de uma saúde pública brasileira foram tomadas.
●1942:O Decreto 4275 cria o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP);
●1953:A Lei 1.920 criou o Ministério da Saúde (MS). 
●1956:A Lei 2.743 criou o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu);
●1965: O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) substituiu os antigos institutos de Aposentadoria. 
●1973: Criação do PNI (Programa Nacional de Imunização). 
MOVIMENTO DA SAÚDE COLETIVA:Iniciado na década de 70 contribuiu para a formulação de um conjunto de mudanças identificadas como Reforma Sanitária. 
REFORMA SANITÁRIA:Na década de 80, o direito à saúde era prestado pelo INPS, restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam. A Reforma Sanitária propôs um modelo com a garantia do direito à saúde integral. Tinha três proposições concretas: 
1ª)a saúde como direito de todo o cidadão, independentemente de ter contribuído. 
2ª)a descentralização da gestão administrativa permitindo maior controle social das ações de saúde. 
3ª)garantir o acesso da população às ações de cunho preventivo e/ou curativo. 
8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - 1986: Consagra os princípios preconizados pelo Movimento da Reforma Sanitária.Marca o momento em que as mudanças ganham contornos claros e explicita em seu relatório as diretrizes para a organizaçãodo sistema. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: os artigos 196 a 200 são destinados à saúde.
●Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos.
●Art. 197. São de relevância pública as ações de saúde, cabendo ao Poder Público disporsobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros. 
●Art. 198. As ações de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
III - participação da comunidade.
●Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada que poderão participar de forma complementar tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos sendo que: 
I - É vedada a destinação de recursos públicos às instituições privadas com fins lucrativos. 
II - É vedada a participação de capital estrangeiro, salvo através de doações de organismos vinculados à ONUou entidades de cooperação técnica e de financiamento. 
III - É vedado a comercialização de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa ou tratamento, bem como o processamento e transfusão de sangue. 
●Art. 200. Ao sistema único de saúde compete: 
I - controlar procedimentos, produtos e substâncias e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos de interesse para a saúde; 
II - execução de ações: de saúde do trabalhador; de vigilância sanitária; de vigilância epidemiológica; de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. 
III - formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - fiscalizar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
LEI FEDERAL N.º 8.080 - LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (LOS):Dispõe sobre a promoção da saúde, sendo que, o conjunto destas ações, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais ou municipais e também da iniciativa privada, em caráter complementar, constitui o Sistema Único de Saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS:garante que a saúde é um direito do ser humano e que o Estado deve prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
OBJETIVOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS: 
● identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
● formulação, reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem a promoção da saúde.
● prestar assistência às pessoas por intermédio de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde.
PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS: 
● Universalização:A Saúde é um direito do ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições ao seu pleno exercício em todos os níveis de complexidade. 
● Equidade: busca permitir a efetiva igualdade social, oferecendo mais a quem mais precisa dando condições para que todos tenham a mesma possibilidade. 
● Integralidade: garantia do fornecimento de serviços preventivos e curativos exigidos em todos os níveis de complexidade de assistência. 
● Descentralização: com direção única do sistema, prevê a transferência, da esfera federal para as demais esferas, a responsabilidade de execução das ações.
● Resolutividade:resolver de forma adequada os problemas do usuário, no local mais próximo de sua casa ou encaminha-lo onde suas necessidades possam ser atendidas. 
● Hierarquização: distribuição ordenada dos poderes, aplicando o princípio da territorialidade, com foco na busca de uma lógica sistêmica. 
● Participação Popular:criação de canais de participação popular na gestão do SUS, em todas as esferas, municipal, estadual e federal. 
DIREÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS: é exercida em cada esfera de governo. Os Municípios poderão constituirConsórciospara desenvolver, em conjunto, as ações de saúde. Poderão organizar-se em Distritos de forma a integrar recursos, técnicas e práticas para a cobertura total das ações de saúde.
COMISSÕES INTERSETORIAIS: tem a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde. Abrangem, em especial, as seguintes atividades: 
I - alimentação e nutrição; 
II - saneamento e meio ambiente; 
III - Vigilância Sanitária e farmacêutica e epidemiológica; 
IV - recursos humanos; 
V - ciência e tecnologia; 
VI - saúde do trabalhador. 
COMISSÕES PERMANENTES DE INTEGRAÇÃO: feitas entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior terão por finalidade: propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde-SUS, na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
LEI FEDERAL N.º 8.142:Dispõe sobre a participação da comunidade e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros. Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde. As transferências da União para estados, municípios e Distrito Federal ocorrem por meio de transferências "fundo a fundo", realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente para os estados, Distrito Federal e municípios, ou pelo Fundo Estadual de Saúde aos municípios.
COMPETÊNCIASDO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE: Planejar, coordenar, executar e supervisionar as atividades de convênios, acordos, ajustes e similares sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, bem como acompanhar a aplicação dos recursos transferidos ao SUS;
INSTÂNCIAS COLEGIADAS: Conferência de Saúde e Conselho de Saúde os quais terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio aprovado pelo respectivo Conselho.
●Conferência de Saúde: será reunida a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
●Conselho de Saúde: composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução das políticas de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
●Conselho Nacional de Saúde: terá representantes dos Órgãos Colegiados de representação política: Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS
NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOB-SUS/1996):promove e consolida o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde, com a consequente redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União.Isso implica que o município passa a ser, de fato, o responsável pelo atendimento das demandas de saúde e das exigências de intervenções saneadoras em seu território.
INSTÂNCIAS DE PACTUAÇÃO: Espaços de articulação e pactuação política que objetivam orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de descentralização das ações de saúde.São apreciadas as composições dos sistemas municipais de saúde, e pactuados os tetos financeiros possíveis dentro das disponibilidades orçamentárias conjunturais oriundos dos recursos das três esferas de governo.
●Comissão Intergestores Tripartite (CIT):Atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores das três esferas de governo. Tem composição paritária formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde (MS), cinco peloCONASS e cinco pelo CONASEMS. A representação de estados e municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das cinco regiões no País.
●Comissão Intergestores Bipartite  (CIB): São constituídas, paritariamente, por representantes do governo estadual – indicados pelo Secretário de Estado da Saúde e pelos secretários municipais de Saúde, indicados pelo órgão de representação do conjunto dos municípios do estado, em geral denominado Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS)
PISO  ASSISTENCIAL BÁSICO-PAB: consiste em um montante de recursos financeiros per capta destinado ao custeio de ações de assistência básica, de responsabilidade municipal. Sendo que, será acrescido um incentivo pelos Programas de Saúde da Família (PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 
PACTO PELA VIDA: estabelece um conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários. Prioridades estaduais, regionais ou municipais podem ser agregadas às prioridades nacionais, a partir de pactuações locais. Os estados e municípios devem pactuar as ações que considerem necessárias ao alcance das metas gerais propostas. Tem como metas prioritárias:
●Fortalecimento da atenção básica;
●Atenção à Saúde do trabalhador;
●Fortalecimento de resposta às doenças emergentes;
●Atenção à saúde da criança e do adolescente;
●Atenção à saúde da mulher;
●Atenção à saúde do adulto e idoso;
NORMA OPERACIONAL DE ASSISTENCIA A SAÚDE (NOAS-SUS/2002):resulta do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão ampliando as responsabilidades dos municípios: 
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO- PDR: fundamenta-se na conformação de sistemas funcionais e resolutivos de assistência a saúde, por meio da organização dos territórios estaduais em regiões e micro regiões da conformação de redes hierarquizadas de serviços. Sendo que deverá ser elaborado na perspectiva de garantir aos cidadãos:
●O acesso, o mais próximo de sua residência, a um conjunto de ações e serviçosde promoção da saúde.
●Assistência pré-natal, parto e puerpério e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
●Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas.
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO:compreende a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Os valores que norteiam essa política são: A autonomia dos sujeitos; Os vínculos solidários; A participação coletiva no processo de gestão. 
CRIAÇÃO DE VÍNCULOS: é imprescindível para a prática de uma Clínica Ampliada. A criação de vínculos entre: usuários, famílias e comunidade e a equipe local de saúde e com alguns profissionais que lhe sirvam de apoio e de referência técnica, deve partir de movimentos tanto dos usuários quanto da equipe. 
●Por parte do usuário: a criação de vínculo será favorecida quando ele acreditar que a equipe poderá contribuir para a sua saúde e sentir que esta equipe se corresponsabiliza por esses cuidados. 
●Do lado do profissional e da equipe: a base do vínculo é o compromisso do profissional com a saúde daqueles que o procuram ou são por ele procurados. 
ESTRATÉGIAS PARA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS:
● Identificar famílias e pessoas que requerem atenção especial. 
● Qualificar a atenção a partir de um projeto terapêutico para cada situação.
● Identificar pessoas em situação de transtorno ou adoecimento em função de discriminação de gênero, orientação/identidade sexual, cor/ etnia ou estigma de certas patologias;
● Garantir o cuidado aos grupos de pessoas com maior vulnerabilidade em função de agravo ou condição de vida para os quais já existem programas estruturados (pré-natal, imunização, hipertensão e diabetes)
● Trabalhar em articulação com outros níveis de atenção/ especialidades, policlínicas, hospitais, maternidades, Centro de Apoio Psicossocial (Caps), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), urgências, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), apoio diagnóstico, fortalecendo a rede de saúde local.
● Estabelecer parcerias também com outros setores, como escolas, creches, universidades, centros de assistência social e outras instituições/equipamentos sociais da região e organizações do movimento social/comunitário;
● Estimular e possibilitar que a equipe conheça, discuta e avalie os diversos relatórios com os dados produzidos, periodicamente, para que estes gerem informação útil no sentido de apoiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação e compartilhá-los com a população. 
ATENÇÃO BÁSICA:como postura e prática nas unidades de saúde favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade. 
ACOLHIMENTO:entendido como um regime de afetabilidade construído a cada encontro, portanto como construção de redes de conversações afirmadoras dos processos levando ao reconhecimento do usuário como participante ativo no processo de produção da saúde. 
CADERNOS DA ATENÇÃO BÁSICA: contribuem no fortalecimento das ações desenvolvidas por todos os profissionais de saúde. São oferecidos como fonte de informação na correta implementação do modelo assistencial de atenção básica. 
LINHAS-GUIA: têm por finalidade determinar, normalizar, padronizar ou regular ações ou procedimentos. Servem como base para a organização sistêmica dos serviços, como um meio para se alcançar a racionalização dos recursos, a otimização do trabalho, mantendo ou melhorando sua qualidade.
FUNÇÕES DAS LINHAS-GUIA: gerencial, educacional e comunicacional.
●Gerencial: necessidade de controlar a variabilidade clínica nos serviços de saúde; controlar a concentração dos gastos em saúde, de instrumentalizar osprofissionais na tomada de decisão e homogeneizar as condutas clínicas.●Educacional: transformação em produtos de educação para profissionais e usuários do sistema de saúde. 
●Comunicacional: mudar o comportamento dosprofissionais de saúde e dos usuários, aumentando a adesão ao tratamento e a incorporação de práticas saudáveis de vida.
ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UMA LINHA-GUIA:Análise situacional da condição ou patologia;Busca de evidências e de linhas-guia relevantes; Formalização;Validação;Avaliação;Publicação;Revisão periódica;
SAÚDE DO TRABALHADOR:Tem como objetivo a promoção e proteção do trabalhador,  traduzida nas ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, bem como a vigilância dos agravos decorrentes. Preocupa-se também com  a organização e prestação dos serviços assistenciais  compreendendo procedimentos de diagnóstico, tratamento, notificação e reabilitação.
AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR:Tem interfaces com o sistema produtivo e a geração de riqueza. Estão ainda integradas com a saúde ambiental, uma vez que os riscos gerados nos processos de trabalho podem afetaro meio ambiente.Portanto, as ações de Saúde do Trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho-doença em toda sua complexidade.
NORMA OPERACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NOST-SUS/1998):tem por objetivo orientar e instrumentalizar a realização das ações de saúde do trabalhador norteando-se nos pressupostos básicos deuniversalidade;equidade;integralidade das ações;direito à informação;controle socialconsiderando as diferenças de gênero;regionalização; hierarquização;utilização do critério epidemiológico e de avaliação de riscos;
COMISSÃO TRIPARTITE DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (CTSST):Composta por representações do governo, trabalhadores e empregadores, defini diretrizes para prevenção dos acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
PLANO NACIONAL DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (PNSST): Tem como objetivo a prevenção de danos à saúde relacionados ao trabalho por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho. (precedência das ações de prevenção sobre as de reparação);
DIRETRIZES:
●Inclusão de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde;
●Harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador;
●Adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco;
●Estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador;
●Promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de trabalho;
●Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; 
●Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho;
RESPONSABILIDADES: São responsáveis pela implementação e execução da PNSST os Ministérios do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social, sem prejuízo da participação de outros órgãos e instituições que atuem na área;
Ministério do Trabalho: elaborar e revisar, em modelo tripartite, as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho e formular e propor as diretrizes da inspeção dos ambientes de trabalho e respectivas condições de trabalho;
Ministério da Saúde: fomentar a estruturação da atenção integral à saúde dos trabalhadores, reabilitação física e psicossocial e a adequação e ampliação da capacidade institucional;
Ministério da Previdência Social: fiscalização e reconhecimento dos benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e por intermédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e avaliar a incapacidade laborativa para fins de concessão de benefícios previdenciários.
CTSST:acompanhar a implementação e propor a revisão periódica daPNSST, em processo de melhoria contínua estabelecendo os mecanismos de validação e de controle.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria construção”.
(Paulo Freire).
CAPÍTULO 02
VIGILÂNCIA SANITÁRIA: conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária; deve ter uma interação muito grande na sociedade mantendo uma participação efetiva na rede de Controle Social do SUS, contando com a colaboração dos Conselhos de Saúde para as suas ações.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:  É definida como o estudo da distribuição e dos determinantes de eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde. 
NOTA: Por algum tempo prevaleceu a ideia de que a epidemiologia restringia-se ao estudo de epidemias de doenças transmissíveis. Hoje, é reconhecido que a epidemiologia, enquanto ciência trata de qualquer evento relacionado à saúde da população.
APLICAÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: variam desde a descrição das condições de saúde da população, da investigação dos fatores determinantes de doenças, da avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde até a avaliação da utilização dos serviços de saúde, incluindo custos de assistência.
ÁREA DE ATUAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA:O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer. Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma determinada área em certo momento do tempo. 
FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
●Coleta de dados;
●Diagnóstico de casos
●Processamento de dados coletados;
●Análise e interpretação dos dados processados;
●Recomendação das medidas de controle indicadas;
●Retroalimentação do sistema.
●Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
●Divulgação de informações pertinentes.
●Normatização
DADOS UTILIZADOS: dados demográficos permitem quantificar grupos populacionais, com vistas à definição de denominadores para o cálculo de taxas. O número de habitantes, de nascimentos e de óbitos deve ser discriminado segundo características de sua distribuição.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS: constituem um ótimo método para colher informações adicionais não disponíveis a partir dos sistemas rotineiros de informação de saúde ou de vigilância. Dividem-se em Estudos Descritivos e Analíticos. 
ESTUDOS DESCRITIVOS: são aqueles em que o observador descreve as características de uma determinada amostra, não sendo de grande utilidade para estudar etiologia de doenças ou eficácia de um tratamento pelo fato de não haver um grupo-controle, o que impossibilita seus achados serem comparados. 
ESTUDOS ANALÍTICOS: pressupõe a existência de um grupo de referência, o que permite estabelecer comparações. Dividem-se em Estudo Experimental e Estudos Observacionais. 
EXPERIMENTAL: É um estudo de curta duração feito, geralmente, com animais por questões éticas. Vale ressaltar que deve-se ter cautela no transporte do resultado para seres humanos.
OBSERVACIONAIS: a exposição está fora do controle do pesquisador. Os principais são o Estudo de Coorte e o Estudo transversal. 
ESTUDO DE COORTE: É um tipo de estudo em que um grupo de pessoas com alguma coisa em comum (nascimento, exposição a um agente, trabalhadores de uma indústria etc.) é acompanhado ao longo de um período de tempo para observar a ocorrência de um desfecho.
EXEMPLO DE ESTUDO DE COORTE: Uso de chupeta e sua relação com o desmame precoce.
●objetivo: verificar a prática do uso de chupetas e sua relação com o desmame precoce.
●método: Estudo de coorte, longitudinal, envolvendo 250 bebês sadios com peso de nascimento >2.500 g, não gemelares, com o aleitamento materno iniciado. Os dados foram obtidos mediante entrevista com as mães na maternidade e nas suas casas, no final doprimeiro e do sexto mês do bebê e, por telefone, no segundo e quarto mês. Foram construídas curvas de sobrevida para comparar as prevalências de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, entre as crianças usuárias e não usuárias de chupetas.
●resultados: das 237 crianças localizadas no final do primeiro mês de vida, 61,6% usavam chupeta, a maioria desde a primeira semana de vida. O uso de chupeta foi mais frequente entre as crianças do sexo masculino e entre as com mães com baixa escolaridade; entre as crianças amamentadas com um mês, o uso de chupeta foi observado com mais frequência naquelas não amamentadas exclusivamente. A incidência de desmame, entre o primeiro e sexto mês, nas crianças ainda amamentadas no final do primeiro mês, foi de 22,4% para as crianças não usuárias de chupeta, e de 50,8% para as usuárias. Quase 2/3 das usuárias de chupeta deixaram de ser amamentadas exclusivamente até o final do segundo mês; entre as não usuárias, o índice foi de 45%.
●conclusão: a prática do uso de chupeta é muito arraigada na nossa cultura, mesmo em população orientada para evitá-la. A associação entre uso de chupeta e menor duração do aleitamento materno foi confirmada nesta população.
ESTUDO TRANSVERSAL: examina as pessoas em um determinado momento, fornecendo dados de prevalência. Envolve um grupo de pessoas expostas e não expostas a determinados fatores de risco, sendo que algumas dessas apresentaram o desfecho estudado e outras não.
SAÚDE COLETIVA Il
CALCULO DE PREVALÊNCIA:
	
	Doentes
	Sadios
	Total
	Expostos
	a
	c
	a + c
	Não expostos
	b
	d
	b + d
	Total
	a + b
	c + d
	N
●prevalência geral: (a+b) dividido por (N)
●prevalência de expostos: (a) dividido por (a+c)
●prevalência de não expostos: (b) dividido por (b+d)
●razão: prevalência maior dividido pela menor
DILEMAS E DESAFIOS DA EPIDEMIOLOGIA SOCIAL: Há um conjunto de questões teóricas, metodológicas e de técnicas de análise que cercam o empreendimento científico da epidemiologia social. Dentre as questões teóricas duas apresentam maior relevância. A primeira refere-se ao abandono ou não da visão causalista. Grande parte dos esforços despendidos pelas chamadas vertentes de explicação psicossocial decorrem da persistência do conceito de causa em algumas das abordagens mencionadas.
Qual é a diferença entre o conceito de causa e o conceito de determinação social?
O conceito de causa, na versão uni ou multicausal, necessita da identificação de eventos independentes relacionados através de uma ligação unidirecional, necessária, específica e capaz de gerar o desfecho de interesse. Tais características são raramente observadas nos processos biológicos e sociais. A busca por mecanismos de causalidade, assemelhados aos fisiopatológicos e tendo como causa um fator social está fadada ao fracasso, uma vez que os aspectos da vida social não podem ser dissociados sob pena de perderem sua significação, e de não fazerem sentido quando isolados do contexto da sua produção.
O conceito de determinação é mais adequado para a compreensão de processos sociais complexos, pois não necessita do isolamento completo das variáveis nem da noção de independência entre elas. Tampouco está baseado na ideia de um vínculo necessário, genético e específico. Na perspectiva das diferentes variedades de determinação existentes no mundo material, os limites nem sempre são claros, não há vínculos unidirecionais, e a maioria das relações são contingentes, ou seja, não são nem necessárias nem suficientes em si mesmas.
Outro desdobramento teórico relacionado com a forma de fragmentação da realidade tem a ver com o conceito de totalidade. A maioria dos enfoques da complexidade presssupõe a idéia de uma realidade organizada hierarquicamente em diferentes dimensões. Entretanto, algumas abordagens sub
INDICADORES DE SAÚDE: são dados que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. Comparam o observado em determinado local com o observado em outros locais ou com o observado em um mesmo local em diferentes tempos. 
COEFICIENTES: representam o “risco” de determinado evento ocorrer na população. Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes). 
COEFICIENTES DE MORBIDADE: pode ser de incidência ou prevalência.
●Coeficiente de Incidência: representa o risco de ocorrência de casos novos de uma doença na população. 
●Coeficiente de Prevalência: representa o número de casos novos e antigos em uma determinada comunidade num período de tempo especificado. 
GRÁFICO DE COEFICIENTE /100.000 HABITANTES: 
	7 → 10.000		C = 7x100.000÷10.000
	C → 100.000		Cincidência = 70
	11 → 10.000		C = 11x100.000÷10.000
	C → 100.000		Cprevalência = 110
●Resultado do gráfico apresentado:é de uma cidade com 10 mil habitantes, sendo assim o coeficiente de incidência seria 70/100 mil e o de prevalência 110/100mil, no período de um ano.
OBS: Existem vários outros coeficientes:
coeficiente de letalidade; coeficientes de mortalidade; coeficiente geral de mortalidade; coeficiente de mortalidade infantil; coeficiente de mortalidade perinatal; coeficiente de mortalidade materna; coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis; coeficientes de natalidade. 
PROPORÇÕES: Não estimam o risco do evento em uma dada população, porém são mais fáceis de serem calculadas e de serem compreendidas, pois seus resultados são sempre em percentuais.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE – SIS:A informação é essencial para a tomada de decisões, por constituir fator desencadeador do processo “informação – decisão - ação”, tríade que sintetiza a dinâmica de suas atividades que devem ser iniciadas a partir da informação de um indício ou suspeita de caso de alguma doença ou agravo. Os principais são:
 
●sistema de informação de agravos de notificação – sinan: 
●sistema de informações sobre mortalidade – sim:
●sistema de informações sobre nascidos vivos – sinasc:
●sistema de informação da atenção básica – siab: 
●sistema de informações do programa nacional de imunização – si/pni:
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. É a principal fonte da vigilância epidemiológica, a partir da qual se desencadeiao processo informação-decisão-ação.
PARÂMETROS DE INCLUSÃO:
●Magnitude:aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência.
●Potencial de disseminação:representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção.
●Relevância econômica: avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros.
●Relevância social: avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação; 
●Severidade: medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas; 
●Vulnerabilidade:medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades.
●Compromissos internacionais:relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. 
ASPECTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS:
●Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deveaguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente.
●A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.
●O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.
CAPÍTULO 03
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: são capazes de “passar” de uma pessoa para outra ou de um animal para uma pessoa. Para ocorrer uma doença transmissível é necessário que um agente infeccioso penetre no corpo de um indivíduo e se desenvolva nos seus tecidos. 
AGENTES INFECCIOSOS: são os parasitas que, podem prejudicar o homem por meio de diferentes mecanismos de ação sendo eles:
●ação tóxica: produzindo substâncias que prejudicam os tecidos do hospedeiro (bactérias do tétano e da difteria);
●ação espoliativa: absorvendo elementos nutritivos do hospedeiro (o ancilóstomo, por exemplo, que produz anemia no hospedeiro ao sugar o sangue da parede do intestino);
●ação inflamatória local: irritando o local parasitado e lesando diretamente tecidos em que se alojam (amebas e lombrigas no intestino).
HISTÓRIA NATURAL DE DOENÇAS:Refere-se a uma descrição da progressão de uma doença em um indivíduo desde o momento da exposição aos agentes causais até a recuperação ou a morte. é dividida em:
●fase inicial: é o período que antecede às manifestações clínicas das doenças. Somente conhecido por associação de possíveis fatores causais “fatores de risco”.
●fase patológica pré-clínica: Nessa fase do ponto de vista clínico a doença ainda está nos estágio de ausência de sintomatologia, embora o organismo já apresente alterações patológicas.
●fase clínica: Corresponde à expressão patognomônica em diferentes estágios de dano. As medidas profiláticas nessa fase são também denominadas atenção secundária e correspondem ao tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e sequelas. 
●fase de incapacidade residual:  Corresponde à adaptação ao meio ambiente como as sequelas produzidas pela doença e/ou ao controle das manifestações clínicas. 
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA: demonstra o processo de propagação das doenças transmissíveis através de seu mecanismo de propagação sendo quea identificação do mesmo torna possível a adoção de medidas sanitárias capazes de prevenir ou impedir a sua disseminação.devem ser considerados:
●Fonte de infecção: 
●Via de eliminação: 
●Via de transmissão: 
●Porta de entrada: 
VIAS DE TRANSMISSÃO: as principais vias de transmissão utilizadas por agentes biológicos de doenças são:
●contágio direto:quando ocorre efetivamente um contato entre as superfícies. De um lado a fonte de infecção, e de outro o ponto do hospedeiro suscetível por onde o agente irá penetrar no seu organismo. 
●transmissão vertical: da mãe para o filho, na vida intra-uterina e no parto.
●autoinfecção endógena: um indivíduo da espécie humana com taeniasolium, transmite a si próprio a cisticercose ao sofrer um processo de retro-peristaltismo possibilitando o refluxo do conteúdo gastro-intestinal ao estômago.
●contágio indireto:Neste caso há a interposição de algum veículo de transmissão que dispensa o contato direto entre a fonte de infecção e o suscetível.Algumas não estão limitados pelo tempo e espaço, são elas:
●transmissão aerógena: Quando os agentes permanecem no ar, em suspensão por períodos relativamente longos, após sofrerem um processo de dessecação. 
●transmissão pelo solo: pode representar uma via de transmissão importante e em certos casos exclusiva, em casos que o agente necessita completar seu ciclo biológico no solo. 
●transmissão pela água: Importante na transmissão de doenças de tal forma que podemos considerar a qualidade sanitária da água como indicativo da qualidade de vida da população.
●transmissão por alimentos: A produção, colheita, processamento, estocagem e distribuição são fases da produção de alimentos que estão sujeitas à contaminação. Os alimentos de origem vegetal como verduras podem ser contaminados seja em decorrência da adubação do solo seja pela água de irrigação. 
●transmissão por vetores: O agente infeccioso encontra um organismo vivo que lhe propicia a necessária proteção e as condições indispensáveis para sua propagação. Os vetores podem ser classificados em: vetores mecânicos ou acidentais e vetores biológicos ou obrigatórios
●vetores mecânicos: Nessa categoria existe um relacionamento acidental entre o agente infeccioso e vetor, no caso o vetor se comporta como um fômite de movimento próprio.
●vetores biológicos: Quase sempre representam a principal via de transmissão do agente, por isso geralmente chamados de obrigatórios. O agente fica protegido pelo vetor, onde sofre multiplicação ou transformações inerentes ao seu próprio ciclo. 
●transmissão por hospedeiro intercalado: Difere dos vetores por não exercer a transmissão ativa do agente. É um hospedeiro invertebrado que pode ser indispensável para o ciclo do agente ou apenas desempenha um papel importante na sua proteção durante a permanência no exterior. 
●transmissão por produtos biológicos: Os produtos imunizantes como soros e vacinas, bem como outros produtos terapêuticos podem se constituir em importantes veículos para agentes produtores de doença. 
●transmissão por fômites: Utensílios, veículos, instrumentos médico-cirúrgicos, podem desempenhar papel importante na disseminação de doenças, particularmente naqueles casos em que o agente é dotado de resistência às condições ambientais.
●transmissão por veiculadores animados: O homem, o cão, cavalo, aves, roedores, podem realizar o transporte passivo de microrganismos produtores de doenças.
●transmissão por produtos não comestíveis de origem animal: Couros, lãs, pena, podem ser importantes veículos de propagação de agentes como o vírus da febre aftosa.
●transmissão por materiais de multiplicação animal: A via de transmissão é representada pela via de eliminação. A contaminação do sêmen e de óvulos com vírus e bactérias tem sido amplamente demonstrada.
DOENTES EM FASE PRODRÔMICA:Indivíduos que apresentam a doença em fase inicial, permitindo observar-se alterações no estado de saúde, mas os sintomas não são ainda suficientemente claros para realização do diagnóstico clínico.
PORTADORES: Hospedeiros que estão albergando e eliminando uma agente da doença, sem manifestar qualquer indicativo de agravo à saúde devido à presença de agente infeccioso no organismo.
PORTADORES CONVALESCENTES: Indivíduos que após a recuperação de um processo doença, continuam eliminando o agente. 
RESERVATÓRIOS:atua como fonte de infecção no processo de disseminação da doença sendo que também é suscetível aos agravos da doença.
QUANTO À NATUREZA DO HOSPEDEIRO NO CONTEXTO DO ECOSSISTEMA:Hospedeiro humano; Hospedeiro domiciliar (animais de estimação); Hospedeiro doméstico (animais de produção econômica); Hospedeiro de laboratório (animais de laboratório); Hospedeiro peridomiciliar (animais sinantrópicos); Hospedeiro silvestre.
SANEAMENTO BÁSICO:é um conjunto de procedimentos adotados numa determinada região que visa proporcionar uma situação higiênica saudável para os habitantes. Podemos citar tratamento de água, tratamento de esgotos e limpeza pública. 
TRATAMENTO DA ÁGUA: Torna-se indispensável que o homem disponha de água em quantidade suficiente aos seus diversos usos. A falta de água tem reflexos sanitários, pois influirá na higiene pessoal, dos alimentos e do ambiente. 
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: Existem duas maneiras de se realizar o abastecimento de água: soluções individuais e sistemas públicos coletivos. O primeiro caso ocorre, geralmente, no meio rural ou em áreas urbanas não servidas pelo sistema coletivo. 
SOLUÇÕES INDIVIDUAIS:amais usada é a coleta direta que é feita em vasilhames transportados manualmente para as residências, ou utilizando sistemas de bombeamento. Nesses casos, alguns cuidados devem ser utilizados para garantir a qualidade da água:
● isolar o local de coleta, para evitar o acesso indiscriminado de pessoas ou de animais;
● não utilizar o local para outros fins, tais como banhos, lavagem de roupas ou de animais;
● não construir fossas nas proximidades;
● não permitir que os resíduos líquidos e/ou sólidos sejam despejados no manancial ou nas proximidades;
● adotar as medidas “caseiras” de tratamento de água: filtração, fervura e outras.
ACUMULAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA: Acumular água em cisternas é uma prática adotada, principalmente em regiões onde há escassez de água. As cisternas têm o objetivo de armazenar a água captada na superfície dos telhados durante os períodos de chuvas. Para garantir a qualidade da água acumulada em cisternas, devem-se tomar alguns cuidados:
● não recolher as primeiras águas da chuva, pois podem conter sujeiras dos telhados;
●a cisterna deve ser mantida bem vedada, evitando-se o acesso de detritos e animais e a incidência da luz solar. Com a ausência da luz solar, será reduzida a proliferação de algas;
●as cisternas de forma retangular devem ter os cantos arredondados, para facilitar a limpeza;
● deve-se evitar o uso de baldes para retirar a água, pois são veículos de contaminação. A cisterna deve ter uma torneira na parte mais baixa para a saída da água. Quando a cisterna for enterrada, recomenda-se a utilização de bombas manuais para a retirada da água. Podem ser utilizadas substâncias desinfetantes na água, para garantir a sua qualidade. Podem ser utilizados produtos à base de cloro.
POÇOS: é o meio mais utilizado nas áreas urbanas não servidas por sistemas públicos de abastecimento, e também em zonas rurais. Os poços podem ser rasos, quando a água é captada dos primeiros lençóis d’água, ou profundos, quando atingem lençóis d’água mais inferiores. Quando o nível da água em um poço fica sob pressão atmosférica, tem-se um poço freático. Quando o nível da água do poço (geralmente profundo) fica sujeito a uma pressão superior à atmosférica, tem-se um poço artesiano. Em alguns casos, a água do poço jorra acima da superfície do solo, tendo-se um poço artesiano jorrante.
OBS: As águas dos poços rasos estão mais sujeitas à contaminação, sendo suas principais causas: águas residuárias infiltradas a partir de sistemas de absorção, no solo, de efluentes de fossas; infiltração de líquidos percolados a partir da superfície, inclusive águas de chuvas que carreiam impurezas, introdução de materiais indesejáveis através da abertura superior. Para evitar esses riscos de contaminação. Alguns cuidados devem ser observados:
●o poço deve ser construído na parte mais alta do terreno, em relação à fossa;
●a distância adequada para as fossas: mínimo de 15 metros para fossa seca; afastamento maior (20 metros, no mínimo), para sumidouros ou valas de infiltração;
●cobertura adequada do poço, com tampa bem vedada;
● elevação das paredes do poço acima do solo, pelos menos 20 centímetros;
●construção de uma boa calçada com largura de 1 metro, em volta da boca do poço;
●revestimento impermeável das paredes do poço até, pelo menos, 3 metros de profundidade;
●a retirada de água por meio de balde e corda deve ser evitada, devendo-se utilizar bombas manuais ou a motor, quando isto não for possível, cuidados devem ser tomados para evitar a contaminação do balde e/ou da corda; o risco é menor quando se usa roldana ou manivela. 
SISTEMA PÚBLICO DE ABASTECIMENTO: Nos centros urbanos, a solução adequada para o abastecimento de água é o sistema coletivo, que deve garantir um líquido potável à comunidade. De um modo geral, o sistema público de abastecimento de água é composto das seguintes partes:
●Captação: é feita em mananciais de superfície (rios, represas, lagoas, lagos) ou subterrâneos (fontes naturais e poços), dependendo da localização da cidade, da disponibilidade de água e da qualidade da mesma. 
●Adução:  compreende o transporte de água entre o manancial e o restante do sistema, o que é feito através de uma tubulação adutora. A adução pode ser feita por gravidade ou por recalque, dependendo da topografia do terreno. 
●Tratamento:  tem por objetivo reduzir ao mínimo desejável as impurezas presentes na água, tornando-a potável. Dependendo da qualidade da água no manancial, este tratamento pode ser mais ou menos rigoroso. Em uma Estação de Tratamento de Água 
TRATAMENTO DE ESGOTOS:proporciona o restabelecimento da limpeza das águas e sua falta pode ocasionar danos à Saúde, normalmente estes danos são apresentados através dedisseminação de doenças transmissíveis por veiculação hídrica,proliferação de insetos e roedores transmissores de doenças.
SISTEMAS DE COLETA DE ESGOTO: Existem duas maneiras de se realizar: através de fossas sépticas ou encanamento. 
FOSSAS SÉPTICAS:  É uma maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural ou residências isoladas. Com o menor fluxo da água, a parte sólida se deposita, liberando a parte líquida. Uma vez feito isso bactérias anaeróbias agem sobre a parte sólida do esgoto decompondo-o. Devido a possibilidade da presença de organismos patogênicos, a parte sólida deve ser retirada, através de um caminhão limpa-fossas e transportada para um aterro sanitário nas zonas urbanas e enterrada nas zonas rurais.
ENCANAMENTO DE ESGOTO: O esgoto deve ser encanado e transportado até as estações de tratamento:
LIMPEZA PÚBLICA:há uma precária condição de gerenciamento de resíduos sólidos que se deve à ausência de áreas adequadas para a destinação do lixo e pelo elevado nível de geração de resíduos. Tal situação traz diversos problemas para a população, como: doenças decorrentes da contaminação da água, do solo e do ar, além da proliferação de vetores. 
MEDIDA IDEAL: efetuar a reutilização e/ou a reciclagem dos resíduos, que em alguns casos podem servir como matéria-prima para outros processos industriais. Dispor o restante de maneira adequada, evitando danos ao meio ambiente e à saúde humana. 
DESAFIOS DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: sensibilizar a população quanto à importância de sua participação e mudanças de hábitos que podem contribuir para a melhor qualidade do serviço de limpeza pública. 
AGENTES BIOLÓGICOS ENCONTRADOS NAS ÁGUAS CONTAMINADAS: Os principais são as bactérias patogênicas, os vírus e os parasitas. 
●Doenças transmitidas pela água: Cólera, Febre tifoide, Leptospirose, Giardíase, Amebíase, Hepatite e Diarreia aguda.
●Doenças transmitidas pela falta de limpeza ou de higienização com a água: Escabiose (sarna), Pediculose (piolho), Tracoma, Conjuntivite bacteriana aguda, Salmonelose, Tricuríase, Enterobíase, Ancilostomíase, Ascaridíase.
●Doenças transmitidas através de vetores que se relacionam com a água: Malária, Dengue, Febre amarela, Filariose (elefantíase).
●Doenças associada à água: Esquistossomose.
CAPÍTULO 04
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF): sua origem remonta da criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991. Implantado no Brasil em 1994 visou a reversão do modelo assistencial, onde predominava o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser o objeto de atenção, no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011:estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
IMPLANTAÇÃO DO PSF: O Projeto de Implantação deve prever a adequação física, os recursoshumanos e os equipamentos necessários para garantir que a Unidade de Saúde da Família (USF) possa efetivamenteresponder aos problemas da população da área.
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO: Sua elaboração é tarefa do Município, quepara isso, podecontar com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde. 
REQUISITOS PARA A INSERÇÃO DO MUNICÍPIO NO PROGRAMA:
●Estar habilitado em alguma forma de gestão segundo a NOB-SUS/96 
●Apresentar ata de reunião do Conselho Municipal de Saúde onde aprova-se o programa; 
DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PSF: 
●Adscrição de população/territorialização. 
●Programação e planejamento de prevenção e promoção da saúde, descentralizados. 
●Abordagem multiprofissional. 
●Estímulo à participação da sociedade. 
●Educação permanente dos profissionais das equipes de saúde da família. 
●Adoção de instrumentos permanentes de acompanhamento e avaliação. 
ÁREAS PRIORITÁRIAS: O primeiro passo na implantação é a definição das áreasprioritárias a serem cobertas. 
●prioridade número um: todos tenhamacesso aos serviços de saúde para garantir o principio da igualdade.Isso se traduz na necessidade de alguns municípios em expandir a rede básica para assistir periferias urbanas e zonas rurais. 
●outro critério fundamental: risco social (alto índices de desemprego, criminalidade, prostituição, crianças fora da escola e outros), que normalmente vêm associados à um maior risco de adoecer oumorrer.
ATENÇÃO BÁSICA NAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): representa uma nova concepção de saúde não mais centrada somente na assistência à doença, mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco. 
EQUIPE DO PSF: deve ser composta, no mínimo, por 1 enfermeiro, 1 médico generalista (com conhecimento de clínica geral), 1 técnico em enfermagem e de 4 a 6 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). 
●o número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe.
●cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para esta definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que quanto maior o grau de vulnerabilidade menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe.
PERFIL DO PROFISSIONAL DA EQUIPE DO PSF: precisa ser capaz de atuar com criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, e resolutiva, que envolve ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação. 
RESPONSABILIDADES DA EQUIPE:
●Conhecer a realidade das famílias com ênfase nas suas características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas; 
● Identificar os problemas de saúde e situações de risco mais comuns aos quais aquela população está exposta; 
● Valorizar a relação com o usuário e com a família, para a criação de vínculo de confiança e respeito; 
● Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica e sanitária, nas diferentes fases do ciclo de vida; 
● Garantir acesso à continuidade do tratamento dentro de um sistema de referência e contra-refência para os casos de maior complexidade ou que necessitem de internação hospitalar; 
● Prestar assistência integral à população adscrita, respondendo à demanda de forma contínua e racionalizada; 
● Fomentar a participação popular, discutindo com a comunidade conceitos de cidadania, de direito à saúde e as suas bases legais; 
● Incentivar a formação e/ou participação ativa da comunidade nos Conselhos Locais de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde; 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO: 
● Elaborar, com a participação da comunidade, planos para o enfrentamento de fatores que colocam em risco a saúde; 
●planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a unidade de saúde da família (USF); 
●realizar cuidados de enfermagem nas urgências e emergências clínicas, fazendo a indicação para a continuidade da assistência prestada; 
●realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares, prescrever e ou transcrever medicações, conforme protocolos estabelecidos nos Programas do Ministério da Saúde e as disposições legais da profissão; 
●realizar ações de saúde em diferentes ambientes, na USF e, quando necessário, no domicílio; 
●organizar e coordenar a criação de grupos de patologias específicas, como de hipertensos, de diabéticos, de saúde mental; 
●supervisionar e coordenar ações para capacitação dos ACS e de técnicos em enfermagem, com vistas ao desempenho de suas funções. 
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM: 
●realizar procedimentos de enfermagem dentro das suas competências técnicas e legais nos diferentes ambientes da USF e nos domicílios; 
●preparar o usuário para consultas médicas e de enfermagem, exames e tratamentos na USF; 
●zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências da USF, garantindo o controle de infecção; 
ATRIBUIÇÕES DO ACS: 
●realizar mapeamento de sua área; 
●cadastrar as famílias e atualizar permanentemente esse cadastro; 
●identificar áreas de risco e também indivíduos e famílias expostos a situações de risco; 
●orientar as famílias para utilização adequada dos serviços de saúde, agendando consultas, exames e atendimento odontológico; 
●realizar acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua responsabilidade; 
● desenvolver ações de educação à saúde, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doenças; 
●promover a educação e a mobilização comunitária, visando desenvolver ações coletivas de saneamento e melhoria do meio ambiente; 
●traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade, suas necessidades, potencialidades e limites; 
●identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possam ser potencializados pela equipe. 
ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO: 
● realizar consultas e procedimentos na USF e, quando necessário, no domicílio; 
●fomentar a criação de grupos de patologias específicas; 
●realizar o pronto atendimento médico nas urgências e emergências; 
●encaminhar aos serviços de maior complexidade, quando necessário, garantindo a continuidade do tratamento na USF, por meio de um sistema de acompanhamento e de referência e contra-referência; 
●realizar pequenas cirurgias ambulatoriais; indicar internação hospitalar; solicitar exames complementares; verificar e atestar óbito. 
● Aliar a atuação clínica à prática da saúde coletiva;
AÇÕES DA ESF: Para a elaboração do projeto de educação permanente na ESF, usam-se conteúdos programáticos abordando aspectos clínicos, epidemiológicos e sociais de acordo com a fase do ciclo de vida. 
AÇÕES DE SAÚDE DA CRIANÇA: Assistência e prevenção às patologias bucais, Vigilância Nutricional, Assistência às doenças prevalentes e Imunização. 
AÇÕES DE SAÚDE DO ADOLESCENTE: identificar adolescentes e jovens que estejam sujeitos a comportamentos de risco, como por exemplo envolvimento com drogas, ou que se encontrem em estágios iniciais de distúrbios físicos e/ou emocionais; orientar com relação à sexualidade; desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo aberto sobre questões de saúde.
AÇÕES DE SAÚDE DA MULHER: Pré-Natal, Prevenção de problemas odontológicos, Prevenção de câncer de colo de útero e de mama, Planejamento familiar. 
AÇÕES DE SAÚDE DO ADULTO: Coordenar e promover ações de atenção integral à saúde, com vistas à prevenção e ao controle de agravos crônicos não transmissíveis, como Diabetes Mellitus,Hipertensão Arterial, Tabagismo, Alcolismo e Obesidade, diminuindo assim a ocorrencia de Doenças Coronarianas e Infartos.
AÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO: Prevenir e diminuir o número de acidentes e violência a pessoa idosa; Promover oficinas sobre envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa; Implantar a caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; Capacitação para implementação do guia prático do cuidador;
RESPONSABILIDADES DE CADA NÍVEL DO GOVERNO: Para que o PSF possa ser implantado e funcione adequadamente, é preciso que todos participem; Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. 
COMPETE AO MINISTÉRIODA SAÚDE: 
●Estimular à adoção da Estratégia de Saúde da Família como estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde. 
●Definir e rever normas e diretrizes para implantação e manutenção do PSF. 
●Definir mecanismos de alocação de recursos federais para implantação e manutenção do programa. 
●Regulamentar os mecanismos de cadastramento, inclusão e exclusão das equipes e profissionais para fins de pagamento de incentivos federais. 
●Prestar assessoria técnica aos Estados e Municípios no processo de implantação e expansão do programa. 
●Disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de capacitação e educação permanente dos profissionais das equipes. 
●Disponibilizar e assessorar Estados e Municípios na implantação do SIAB consolidando e analisando os dados gerados e divulgando os resultados obtidos. 
●Articular e promover o intercâmbio de experiências, buscando o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos. 
●Identificar e viabilizar parcerias com organismos internacionaise organizações não governamentais do setor privado, para fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família. 
COMPETE ÀS SECRETARIAS ESTADUAIS:
●Definir o setor que coordenará os programas e que exercerá o papel de interlocutor com o gerenciamento nacional.
●Estabelecer as normas e as diretrizes complementares do programa. 
●Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde, por meio do estímulo à adoção da ESF pelos serviços municipais. 
●Definir fontes de recursos estaduais para compor o financiamento tripartite do programa. 
●Pactuar, com a Comissão IntergestoresBipartite, os requisitos específicos para implantação/ampliação do programa, bem como os fluxos para qualificação do PSF no Estado. 
●Prestar assessoria técnica aos Municípios em todo o processo de implantação/ampliação, monitoramento e gerenciamento do programa. 
●Disponibilizar aos Municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação permanente dos ACS. 
●Capacitar e garantir processo de educação permanente aos membros das ESF, por meio dos Polos de Capacitação em Saúde da Família. 
●Assessorar os Municípios na implantação SIAB, consolidar e analisar os dados gerados pelo sistema, e divulgar os resultados obtidos. 
●Controlar o cumprimento, pelos Municípios, da alimentação do SIAB, retornando as informações para os mesmos. 
●Acompanhar todas as etapas da implantação e desenvolvimento do PSF nos Municípios, por meio de indicadores de estrutura, processo e resultados previamente pactuados. 
●Oferecer supervisão técnica e metodológica de forma oportuna. 
●Identificar recursos técnicos e científicos para o processo de controle e avaliação dos resultados das ações do PSF no âmbito do Estado. 
●Promover o intercâmbio de experiência entre os diversos Municípios, para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da Atenção Básica.
●Identificar e viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não governamentais e do setor privado, para fortalecimento do programa no âmbito do Estado. 
COMPETE ÀS SECRETARIAS MUNICIPAIS: 
●Executar e gerenciar o PSF visando à organização da Atenção Básica em saúde. 
●Inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços, visando à organização sistêmica da atenção à saúde. 
●Organizar fluxo de usuários, garantindo as referências de primeiro nível definidas na NOAS/2001. 
●Garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das Unidades de Saúde da Família, dotando-as de materiais e equipamentos para as ações propostas. 
●Selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem as equipes. 
●Assegurar o cumprimento de horário integral das equipes atuantes. 
●Alimentar os bancos de dados nacionais com os dados produzidos pelo sistema municipal.
●Consolidar e analisar os dados de interesse do Município gerados pelo sistema de informação e divulgar os resultados obtidos. 
●Acompanhar e avaliar o trabalho divulgando as informações alcançadas pelo programa. 
●Estimular e viabilizar a capacitação dos profissionais das equipes. 
●Identificar e viabilizar parcerias com organismos nacionais, internacionais e do setor privado, para fortalecimento do programa no âmbito do Município. 
PROCESSO SELETIVO: Qualquer opção para selecionar os profissionais desejados deve levar em conta as demandas e as disponibilidades de recursos locais (humanos, materiais etc), recorrendo-se às instâncias regionais e/ou estaduais, quando necessário. 
CAPACITAÇÃO DAS ESF: Antes de iniciar as atividades, recomenda-se que toda equipe, inicie um processo específico de capacitação. É preciso ter em vista que, durante o Treinamento Introdutório as equipes de Saúde da Família sejam mobilizadas para a questão da Educação Permanente, como recurso para capacitação nas técnicas específicas, necessárias à organização da assistência.
TREINAMENTO INTRODUTÓRIO: deve anteceder ao início do trabalho. Esse treinamento ajuda os profissionais a compreenderem os dados dos indicadores de saúde, produzidos pelo SIAB, capacitando-os para que possam analisar os aspectos demográficos, sociais, econômicos, ambientais e sanitários, identificando os problemas.
PARÂMETROS DE UM TREINAMENTO INTRODUTÓRIO: Para o desenvolvimento de um Treinamento Introdutório sugere-se a observação de algumas etapas:
ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: Esta etapa é fundamental para esclarecer o que se espera que, ao final dotreinamento, cada participante tenha adquirido em termos de conhecimentos,habilidades e atitudes;
IDENTIFICAÇÃO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: Nesta etapa o objetivo é identificar e definir quais os métodos e técnicas queserão utilizados para o alcance dos objetivos de aprendizagem definidos.Recomenda-se métodos participativos e centrados no estudante, como asmetodologias da Problematização e a Aprendizagem Baseada em Problemas. Sugere-se ainda que sejam incluídos momentos com atividades práticas.
ESTRUTURAÇÃO DO TREINAMENTO :O objetivo aqui é o de elaborar o cronograma, definição de carga horária, local, definição de recursos humanos, materiais e financeiros necessários. Em termos de carga horária, recomenda-se que esses cursos tenham entre 40 e 80 horas. Dependendo das condições de trabalho e disponibilidade de tempo das equipes, os treinamentos podem ser estruturados de forma a contemplar períodos de concentração e dispersão. Recomenda-se que estes treinamentos se destinem ao conjunto dos membros da equipe, nela incluídos os ACS, havendo momentos comuns a todos e momentos específicos.
DEFINIÇÃO DE INSTRUMENTOS E FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO CURSO:É importante que os participantes sejam avaliados mediante algum instrumentode aferição de conhecimento adquirido, considerando-se também a assiduidadee a qualidade da participação nas atividades educativas. Também é fundamentalque o Treinamento seja avaliado pelos treinandos no que se refere a conteúdo,metodologia, infra-estrutura, instrutores, dentre outros aspectos.
PÓLO DE CAPACITAÇÃO: é o espaço de articulação de uma ou mais entidades voltadas para a formação e educação permanente de recursos humanos em saúde implementados a partir de programas de capacitação destinados aos profissionais da ESF. Os Pólos oferecem um conjunto de ações, voltadas para curto, médio e longo prazo. 
CURTO PRAZO: Ofertar capacitação introdutória, cursos de atualização destinados às abordagens coletiva e clínica individuais (com prioridade nas áreas estratégicas da atenção básica), objetivando a melhoria permanente da resolutividade por parte das equipes. Contribuir no processo de acompanhamento e avaliação do desempenho dessas equipes. 
MÉDIO E LONGO PRAZO: Implantar programas de educação permanente, promover transformações em nível de graduação, cursos de pós-graduação que envolvem especialização em Saúde da Família e residência em caráter multiprofissional. 
PRIORIDADES DA EDUCAÇÃOPERMANENTE: Considerando a dinâmica e complexidade do cotidiano de cada município, os programas de educação permanente devem priorizar o controle das endemias conforme a situação epidemiológica. Devem dar atenção especial a conteúdos que façam parte da realidade local.
RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE JUNTO AO PACS: 
●Contribuir para a reorientação do modelo assistencial através do estímulo à adoção da estratégia de agentes comunitários de saúde pelos serviços municipais de saúde. 
●Definir normas e diretrizes para a implantação do programa. 
●Garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento tripartite do programa. 
●Definir mecanismo de alocação de recursos federais para a implantação e a manutenção do programa, de acordo com os princípios do SUS. 
●Definir prioridades para a alocação da parcela de recursos federais ao programa; regulamentar e regular o cadastramento dos ACS e enfermeiros instrutores/ supervisores. 
●Prestar Assessoria técnica ao processo de implantação e de gerenciamento do programa; 
●Disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos facilitadores ao processo de capacitação e educação permanente dos ACS e dos enfermeiros instrutores/supervisores; 
●Disponibilizar o Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, ou transitoriamente o Sistema de Informação do PACS - SIPACS como instrumento para monitorar as ações desenvolvidas pelos ACS. 
●Assessorar estados e municípios na implantação do Sistema de Informação. 
●Consolidar e analisar os dados de interesse nacional gerados pelo sistema de informação e divulgar os resultados obtidos. 
●Controlar o cumprimentoda alimentação do banco de dados do sistema de informação. 
●Identificar recursos técnicos e científicos para o processo de controle e, avaliação dos resultados e do impacto das ações dos PACS. 
●Articular e promover o intercâmbio de experiências, para aperfeiçoar disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à atenção primária à Saúde. 
●Identificar e viabilizar parcerias com organismos internacionais de apoio, com organizações governamentais, não governamentais e do setor privado. 
RESPONSABILIDADES DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE JUNTO AO PACS:
●Contribuir para a reorientação do modelo assistencial através do estímulo à adoção da estratégia de agentes comunitários de saúde pelos serviços municipais de saúde. 
●Estabelecer, em conjunto com a instância de gerenciamento nacional do programa, as normas e as diretrizes do programa. 
●Definir os critérios de priorização de municípios para implantação do programa. 
●Definir estratégias de implantação e/ou implementação do programa. 
●Garantir fontes de recursos estaduais para compor o financiamento tripartite do programa. Definir mecanismo de alocação de recursos que compõem o teto financeiro do Estado para a implantação e a manutenção do programa. 
●Definir mecanismos de alocação de recursos que compõem o teto financeiro do Estado para a implantação e a manutenção do programa. 
●Definir prioridades para a alocação da parcela de recursos estaduais ao programa. 
●Pactuar com o Conselho Estadual de Saúde e com a Comissão IntergestoresBipartite os requisitos específicos para implantação do programa. 
●Regular o cadastramento dos ACS e enfermeiros instrutores/supervisores no SAI/SUS 
●Prestar assessoria técnica aos municípios em todo o processo de implantação, monitoramento e de gerenciamento do programa. 
●Disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos facilitadores ao processo de formação e educação permanente dos ACS. 
●Capacitar e garantir processo de educação permanente aos enfermeiros instrutores/ supervisores dos ACS. 
●Assessorar os municípios para implantação do Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, como instrumento para monitorar as ações dos ACS. 
●Consolidar e analisar os dados de interesse estadual gerados pelo sistema de informação e divulgar os resultados obtidos. 
●Controlar o cumprimento, pelos municípios, da alimentação do Banco de dados do sistema de informação. 3
●Identificar recursos técnicos e científicos para o processo de controle e avaliação dos resultados das ações do PACS no âmbito do estado. 
●Promover o intercâmbio de experiência entre os diversos municípios, objetivando disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria do atendimento primário à saúde. 
●Identificar e viabilizar parcerias com organismos internacionais de apoio, com organizações governamentais, não governamentais e do setor privado para fortalecimento do programa no âmbito do Estado. 
RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO JUNTO AO PACS: 
●Apresentar ata de reunião do Conselho Municipal de Saúde onde está aprovada a implantação do programa. 
●Definir Unidade Básica de Saúde para referência e cadastramento dos Agentes Comunitários de Saúde. 
●Comprovar a existência de Fundo Municipal de Saúde ou conta especial para saúde. 
●Garantir a existência de profissionais enfermeiros, com dedicação integral nas unidades básicas de referência, onde no âmbito de suas atribuições exercerão a função de instrutor supervisor. 
● Conduzir a implantação e a operacionalização do programa como ação integrada e subordinada ao serviço municipal de saúde. 
●Inserir o PACS nas ações estratégicas do Plano Municipal de Saúde 
Garantir infraestrutura de funcionamento da(s) Unidade(s) Básica(s) de referência dos ACS. 
●Inserir as atividades do Programa na programação físico financeira ambulatorial do município, com definição de contrapartida de recursos municipais. 
●Definir áreas geográficas para implantação do programa, priorizando aquelas onde as famílias estão mais expostas aos riscos de adoecer e morrer. 
●Recrutar os agentes comunitários de saúde através de processo seletivas, segundo as normas e diretrizes básicas do programa. 
●Contratar e remunerar os ACS e o(s) enfermeiros(s) instrutor(es) / supervisor(es); 
Garantir as condições necessárias para o processo de capacitação e educação permanente dos ACS. 
●Garantir as condições necessárias para o processo de capacitação permanente dos enfermeiros instrutores supervisores, com apoio da Secretária Estadual de Saúde. 4
●Implantar o Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, ou transitoriamente o Sistema de Informação de Programa de Agentes Comunitários de Saúde - SIPACS, cumprindo o fluxo estabelecido para alimentação dos bancos de dados regional e estadual. 
●Utilizar os dados gerados pelo sistema de informação para definição de atividades prioritárias dos ACS no processo de programação e planejamento das ações das unidades básicas de referência. 
●Apresentar sistematicamente a análise dos dados do sistema de informações aos conselhos locais e municipal de saúde. 
●Viabilizar equipamentos necessários para a informatização do sistema de informação. 
DIRETRIZES OPERACIONAIS: 
●O Agente Comunitário de Saúde - ACS deve trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida. 
●Um ACS é responsável pelo acompanhamento de, no máximo, 150 famílias ou 750 pessoas. 
●O recrutamento do Agente Comunitário de Saúde deve se dar através de processo seletivo, no próprio município, com acessória da Secretaria Estadual de Saúde. 
●São considerados requisitos para o ACS: ser morador da área onde exercerá suas atividades há pelo menos dois anos, saber ler e escrever, ser maior de dezoito anos e ter disponibilidade de tempo integral para exercer suas atividades. 
●O Agente Comunitário de Saúde deve desenvolver atividades de prevenção das doenças e promoção da saúde, através de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na Comunidade, sob supervisão e acompanhamento do enfermeiro Instrutor-Supervisor lotado na unidade básica de saúde da sua referência. 
●É vedado ao ACS desenvolver atividades típicas do serviço interno das unidades básicas de saúde de sua referência. 
●A capacitação do Agente Comunitário de Saúde deve ocorrer em serviço, de forma continuada, gradual e permanente, sob a responsabilidade do Instrutor-Supervisor,com a participação e colaboração de outros profissionais do serviço local de saúde. 
●O ACS deve ser capacitado para prestar assistência a todos os membros das famílias acompanhadas, de acordo com as suas atribuições e competências. 
●O conteúdo das capacitações deve considerar as prioridades definidas pelo elenco de problemas identificados em cada território de trabalho. 
●A substituição de um ACS por suplente classificado no processo seletivo poderá ocorrer em situações onde o ACS: deixa de residir na área de sua atuação; assume outra atividade que comprometa a carga horária necessária para desempenho de suas atividades; não cumpre os compromissos e atribuições assumidas; gera conflitos ou rejeição junto a sua comunidade; o próprio ACS, por motivos particulares, requeira seu afastamento. 
●Em caso de impasse na substituição de um ACS, a situação deve ser submetida ao conselho local ou municipal de saúde.
●O monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas pelo Programa deverá ser realizado pelo Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB ou transitoriamente pelo Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde - SIPACS ou ainda por outro sistema de informações implantado pelo município, desde que alimente a base de dados do sistema preconizado ao Programa pelo Ministério da Saúde (SIAB ou SIPACS). 
●A não alimentação do Sistema de Informação por um período de 02 (dois) meses consecutivos ou (três) meses alternados durante o ano, implicará na suspensão do cadastramento do programa. 
CAPÍTULO 05
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT): As principais causas incluem fatores de risco modificáveis, como alimentação inadequada, inatividade física, consumo nocivo de bebida alcoólica e tabagismo. As principais DCNT são: obesidade; diabetes; hipertensão; doença cardiovascular; 
OBESIDADE:  tem como fator determinante a ingestão de calorias em quantidade maior do que o organismo consegue metabolizar e utilizar, levando ao acúmulo de gordura no organismo. Essas calorias adicionais podem ter origem no excesso de ingestão de alguns nutrientes, principalmente carboidratos e gorduras.
 
ATITUDES PARA EVITAR OBESIDADE: Se você imagina que emagrecer é uma simples questão de restrição de calorias está na hora de reavaliar as suas atitudes. Ter um novo pensamento, buscar novas ações e pensar que dieta é um período de mudanças que deve levar a uma alimentação adequada durante toda a vida. 
●Pense a longo prazo: Não importa a quantidade de peso que deseja emagrecer, você deve pensar em uma eliminação de peso gradual. 
●Tenha atitudes positivas: Pensamento positivo atrai atitudes corretas e estimulantes. Por isso, nada de desânimo ou de pensar que você não consegue ou que o mundo conspira contra o seu objetivo. Tudo na vida exige uma postura firme e determinação. 
●Foco na meta de peso: A sua atenção deve estar focada no objetivo de peso e não nos alimentos que você pode comer ou deve evitar. A boa escolha alimentar será consequência. 
●Fuja do estresse e da ansiedade: Nenhum alimento será capaz de dar fim no estresse e na ansiedade. Quando perceber que irá descontar nos alimentos todo o peso da rotina do dia, desvie a sua atenção lendo um livro, ouvindo música ou coisa semelhante.
●Assuma a responsabilidade: Se você opta por dietas da moda ou altamente restritas, as chances de conseguir o que deseja são mínimas. Assuma que a mudança na alimentação deve ser para a vida e não para a próxima festa ou encontro social. Você somente irá conseguir, se responsabilizando pelas suas atitudes. 
●Não se dê desculpas: Como resistir ao bombom ou ao doce que está na despensa da cozinha? Antes de plantar a sua própria armadilha, pense muito bem o porquê de deixar tão facilmente disponíveis esses alimentos tentadores. Livre-se desses alimentos. 
●Se cair, levante: Pessoas magras também exageram na alimentação. Elas não ganham peso porque logo em seguida retomam uma alimentação equilibrada em calorias. Se você exagerar, não faça disso o estopim para jogar o seu objetivo para o alto! No momento seguinte, retome a dieta e não faça uma restrição exagerada por conta disso. 
●Prepare-se para experimentar: Em vez de pensar no que você não poderá comer, pense no que você poderá! Novos sabores, texturas e muitos novos alimentos que não fazem parte da sua rotina alimentar poderão ser provados. 
●Se informe: Quanto mais informações você tiver sobre alimentação saudável mais saberá diferenciar o que é correto ou não para o seu emagrecimento e para a sua saúde. Evite promessas de um rápido emagrecimento. Se a promessa é de eliminar mais do que 1 quilo por semana, cuidado!
●Siga em frente: Mantenha sempre em mente as boas atitudes que não farão você desistir do seu objetivo final. Quanto mais certeza tiver de que está colhendo os resultados esperados, mais estimulado ficará para manter uma boa qualidade de vida e de peso por um longo período. 
MANEIRAS DE SEGUIR UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: Ter uma alimentação saudável é essencial para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. 
●Não fique sem comer: "O mais importante é não passar longos períodos sem comer e nunca pular refeições. Fazer pequenos lanches entre as grandes refeições é fundamental, pois ao restringir energia o metabolismo tende a ficar mais lento, como uma forma de poupar energia que lhe foi fornecida, o que acaba dificultando a perda de peso”. 
●Sinta prazer comendo: "A alimentação também é fonte de prazer. Não se torne escravo de dietas e calorias, pois existem cada vez mais estudos que evidenciam que pessoas que se preocupam demais com a forma física tendem a sofrer maiores oscilações de peso. Estar bem consigo mesmo e cuidar do corpo com atividade física e alimentação saudável são as melhores formas de obter uma boa qualidade de vida”. 
●Busque alimentos naturais: Siga uma alimentação o mais natural possível e tente fugir de refeições com muitos produtos industrializados. Se comer um macarrão industrializado, faça você mesmo um molho caseiro. Se quiser tomar um suco de frutas, tente tomar o natural, pois os alimentos industrializados contêm muitas substâncias que possuem altas quantidades de sódio e podem, em longo prazo, causar hipertensão e sobrecarregar os rins
●Faça substituições: "Tente substituir alimentos mais pesados e gordurosos por versões mais leves sempre que possível: faça macarrão de palmito pupunha desfiado, arroz de couve-flor cozida, troque o presunto por peito de peru, compre o atum em água no lugar do atum em óleo, troque os queijos gordurosos por versões mais leves como o queijo cottage e a ricota."
●Escolha o lugar certo para comer: "As refeições devem ser feitas em lugares tranquilos e sem pressa. Comer bem devagar, sem pensar em compromissos e mastigar bem os alimentos fará com que você se sinta saciado ingerindo uma menor quantidade de comida. Também evite comer assistindo televisão ou na frente do computador pois nessas situações perdemos a noção da quantidade de comida que estamos ingerindo." 
●Fuja da farinha: evitar produtos com farinha refinada, como massas, bolos, biscoitos e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, como pipoca de microondas, sopas prontas cremosas, preparações congeladas, batatas chips e salgadinhos. Também vale caprichar em ervas aromáticas para temperar a comida como: alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, louro, orégano, sálvia, açafrão e coentro.
●Coma de tudo: "O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido, a não ser que a pessoa precise fazer uma dieta restritiva, caso seja paciente de diabetes ou doença celíaca, por exemplo. É muito comum que as pessoas pensem que comer só salada é uma boa forma de manter a alimentação saudável, mas isso não é verdade. 
●Estabeleça metas para a semana: "Além disso, pensar em longo prazo e criar um hábito saudável

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