Buscar

Saúde Coletiva - NP1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

8
VACINAS
-BC: protege contra as formas mais graves da tuberculose (militar e meningea)
-Hepatite B: previne infecções causada pela hepatite b
-Tetravalente: difteria, tétano, coqueluche, influenza tipo b 
-Penta: difteria, tétano, coqueluche, influenza tipo b, hepatite B
-VIP+VOP: poliomielite
-Rotavírus Humano- VORH: complicações decorrentes a infecções pelo rotavírus
-Pneumocócica 10V: protege contra infecções invasivas (septicemia, meningite, pneumonia e bacteremia) e otite média aguda (OMA)
-Meningocócica C: protege contra doença sistêmica causada pelo sorotipo C
-Hepatite A: previne a infecção do fígado causada pelo vírus da hepatite A
-Febre Amarela: protege contra a febre amarela em residentes ou viajantes para as áreas com recomendação de vacina, vacinar 10 dias antes da viagem 
-Trípliceviral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola
-Tetraviral: protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela
-dT: protege contra tétano e difteria
-DTP: difteria, tétano e coqueluche
- Quais as vacinas que devem ser aplicadas em um adolescente de 11 a 19 anos 
-3 doses de HEPATITE B a depender da situação vacinal 
-3 doses da Febre amarela a cada 10 anos se indicado 
-2 doses de tríplice viral 
-3 doses de HPV (de 9 a 13 anos) 
-Dupla adulto- reforço a cada 10 anos 
 
- Criança tomou BCG com 5 meses quais faltam? 
-Penta 1° dose, VIP/VOP 1° dose, pneumocócica 10V 1°dose, rotavírus humano 1°dose 
-1 mês depois (intervalo mínimo entre as vacinas) 
-6 meses - 1° dose de meningocócica C, 2° dose de Penta, 2° dose de VOP + VIP, 2° dose de rotavírus humano 
-1 mês depois 
-7 meses - 2° dose de meningocócica C, 3° dose de Penta, 3° dose de VIP + VOP, 3° dose de pneumocócica 10V 
 
- Criança de 1 ano 6 meses sem carteira de vacina o que deve ser feito? 
-se a criança foi vacinada anteriormente na unidade, procurar o espelho do esquema vacinal e seguir o esquema com as que faltam 
-se não, e ela não tiver a carteira, confirmar se a criança tomou a BCG e hepatite na maternidade, e dar início ao esquema vacinal novamente, dando preferência para as vacinas da idade atual e dando continuidade com todas as vacinas que faltam com o intervalo mínimo de 1 mês entre as vacinas, até regularizar todas as vacinas. 
 
- Qual vacina toma no 3° mês da criança? 
-Meningocócica C 
 
PRINCIPIOS DOUTRINARIOS
- Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência (Igualdade de assistência a saúde sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie) 
- Integralidade de assistência entendida como conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. 
- Equidade: Oferecer os recursos de saúde de acordo com as necessidades de cada indivíduo, serviço e comunidade. Tratar igual os iguais e desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
PRINCIPIOS ORGANIZATIVOS
- Descentralização: Político administrativo, com direção única em cada esfera do governo. 
- Regionalização: É a delimitação de uma base territorial para o sistema de saúde 
-Participação dos cidadãos: a sociedade deve participar do dia a dia do sistema. Para isto devem ser criados os conselhos e as conferências de saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução de políticas de saúde.
 
- Lei 8080/90 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e de outras providências. 
- Lei 8042/90 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sus e sobre as transferências governamentais de recursos financeiros na área da saúde e das outras providências. 
 
EQUIPE DO PSF 
- Equipe multiprofissional formada por, no mínimo, um médico, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. 
- Cada unidade de saúde comporta no máximo 12 mil habitantes 
- População por equipe (+ ou – de 800 a 1000 famílias em média 3.500 a 4.000 pessoas) 
- A equipe é dividida em micro áreas e cada micro área tem 1 agente comunitário de saúde com uma média de 200 famílias sob sua responsabilidade. 
 
CONSEQUÊNCIAS GRAVES DO DIABETES 
Retinopatia diabética, nefropatia e neuropatia diabética, aterosclerose, doenças arteriais, cetoacidose, coma hiperosmolar. 
 
AÇÕES DE DETECÇÃO E PREVENÇÃO DO DIABETES 
- SisHiperdia: Sistema de cadastro e acompanhamento de pacientes hipertensos e diabéticos 
- Programa Nacional de assistência farmacêutica para hipertensão arterial e diabetes mellitus 
- DCNT: plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis 
 
AÇÕES DO PACTO PELA VIDA 
- Atenção à Saúde do Idoso 
- Controle do câncer do colo do útero e da mama 
- Redução da mortalidade infantil e materna - ODM 
- Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema às doenças emergentes e endemias (dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids) - ODM 
- Promoção da saúde - ODM 
- Fortalecimento da atenção básica - ODM 
- Saúde do trabalhador 
- Saúde mental 
- Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema às pessoas com deficiência 
- Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência 
- Saúde do homem 
 
PUERICULTURA E AS AÇÕES DO ENFERMEIRO 
Puericultura: Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, do nascimento até os 5 anos de idade, de fundamental importância para a promoção à saúde da criança e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. 
- Anotar condutas (tratamento, orientações, encaminhamentos) 
- Orientar as mães ou responsáveis pela criança sobre: higiene, alimentação, aleitamento materno, prevenção de acidentes, vacinas 
- Registrar intercorrências no gráfico de crescimento e encaminhar para pediatra quando necessário 
- Orientar sobre a próxima consulta 
- Encaminhar para vacina e/ou pós-consulta 
- Orientar sobre prescrição 
- Recepção da criança e do(a) responsável 
- Solicitar cartão do crescimento 
- Colher e anotar informações sobre alimentação, vacinação e hábitos 
- Realizar exame clínico (avaliar o crescimento e desenvolvimento, dirigir o exame para queixa, pesquisar outros dados semiológicos) 
- Descrever estado clínico encontrado e formular hipótese diagnóstica 
 
IDADE DAS 3 FASES SEGUNDO O ECA 
- Primeira infância (até os 1 ano e 11 meses) 
- Segunda infância ou fase pré escolar (2 aos 5 anos e 11 meses) 
- Terceira infância ou fase escolar (6 anos até o início da puberdade) 
 
AÇÕES DO ENFERMEIRO NA ESCOLA 
As ações são emergenciais, preventivas e educativas. 
- exame clínico 
- avaliação de crescimento e desenvolvimento 
- saúde bucal 
- acuidade visual e auditiva 
- alimentação saudável 
- higiene pessoa e prevenção de doenças transmissíveis 
- imunização 
- controle de infestações: pediculose e escabiose 
- promoção da saúde sexual e reprodutiva 
 
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO CLINICO DE HANSENÍASE 
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). O tratamento com poliquiomioterápico é baseada no número de lesões cutâneas 
 
TIPOS DE VIOLÊNCIA QUE PODE SER SOFRIDA EM CASA 
Violência Física, Violência Psicológica, Violência doméstica, Violência Sexual 
PAPANICOLAOU 
A mulher, para colher o exame NÂO DEVE: 
 
· estar menstruada; 
· usar duchas ou medicamentos vaginais por 48 horas antes do exame (pois ficará com toda a flora bacteriana normal alterada e também o epitélio celular local, prejudicando a análise e/ou o resultado obtido); 
· Ter contato sexual 24 horas antes do exame; 
· Gestantes só podem realizar o exame com médico ginecologista após o terceiro mês pelo risco dacoleta da endocérvice (parte interna do colo onde insere-se no Papanicolau convencional a "escovinha" fazendo um giro de 360 graus que pode, em gestantes, desencadear alguma dilatação ou sangramento. Portanto, em gestantes o médico que realiza o exame não faz a coleta da endocérvice 
 
CÂNCER DE MAMA DETECÇÃO E PREVENÇÃO 
 - A detecção precoce pode ser por exame clínico das mamas realizado por um enfermeiro ou médico treinados onde pode detectar tumor de até 1 cm ou por mamografia que mostra lesões ainda em fase inicial, deve ser realizado a cada 2 anos em mulheres de 50 a 69 anos. 
- A prevenção visa evitar obesidade, ingestão de álcool, evitar exposição a radiações ionizantes, evitar uso de anticoncepcionais com dose elevadas de estrogênio e realizar o auto exame das mamas. 
 
CÂNCER DE COLO DE MAMA 
- A prevenção primária está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV) consequentemente a melhor prevenção é o uso de preservativos os riscos estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. 
- A detecção precoce é feito pelo exame citopatológico papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. 
 
Conceito do Humaniza SUS 
 É a rede social das pessoas interessadas e já envolvidas em processos de humanização da gestão e do cuidado com o objetivo de criar uma rede de colaboração, que permita o encontro, a troca, a afetação recíproca, o afeto, o conhecimento, o aprendizado, a expressão livre, a escuta sensível, a polifonia, a arte da composição, o acolhimento, a multiplicidade de visões, a arte da conversa, a participação de qualquer um. 
 
PONTOS ESSENCIAIS PARA DE DETECÇÃO DE SAÚDE MENTAL 
- Aparência 
- Fala 
- Atividade motora 
- Interação durante a entrevista 
- Estado emocional 
- Nível de consciência 
- Estado de humor 
FONTES DE INFORMACAO
-SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade
-SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
-SINAN: Sistema de Informações de Agravos de Notificação
-SIH/SUS: Sistema de Informações Hospitalar do SUS
-SIA/SUS: Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS
-CNES: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
FONTES DE INFORMAÇÃO - INDICADORES DE SAÚDE
Principais fontes:
- Sistema de informações do ministério da saúde 
- Outros sistemas de informações de entidades públicas. Ex: Fundação SEADE 
- Censos e pesquisas provenientes do Sistema Estatístico Nacional, operados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE 
- Outros Censos e Pesquisas
DATASUS
- Informações de Saúde: 
	- Indicadores de Saúde 
	- Assistência a Saúde 
	- Epidemiológicas e Morbidade 
	- Rede Assistencial
	- Estatísticas Vitais 
	- Demográficas e Socioeconômicas 
	- Inquéritos e Pesquisa 
	- Saúde Suplementar 
- Informações Financeiras 
- Sistemas e Aplicativos:
	- Cadastros Nacionais 
	- Epidemiológicos 
	- Financeiros 
	- Hospitalares 
	- Estruturantes 
	- Eventos Vitais 
	- Tabulação 
	- Sociais 
	- Regulação 
INFORMAÇÕES EM SAÚDE
- Epidemiológicas e Morbidade:
	- Morbidade Hospitalar do SUS 
	- Doenças de Notificação 
	- Estado Nutricional 
	- Outros Agravos 
- Indicadores de Saúde 	
	- Indicadores e Dados Básicos – IDB 2008
	- Indicadores do Pacto pela Saúde – 2010/2011
	- Indicadores do Pacto de Atenção Básica 2006
	- Cadernos de Informações de Saúde – Maio 2010
	- Indicadores Municipais
- Assistência a Saúde
	- Internações Hospitalares
	- Produção ambulatorial 
	- Imunizações – desde 1994
	- Atenção Básica – Saúde da Família – desde 1998
	- Vigilância Alimentar e Nutricional 
- Estatísticas Vitais
- Nascidos Vivos – 1994 a 2007
- Mortalidade - 1979 a 2007:
	- Mortalidade Geral 
	- Óbitos Infantis
	- Óbitos Maternos 
	- Óbitos por causas externas 
	- Óbitos fetais 
- Câncer:
	- Atlas de Mortalidade por Câncer (Inca) 
- Demográficas e Socioeconômicas
	- População Residente:
		- Censos (1980, 1991 e 2000) 
		- Estimativas de 1992 a 2009
	- Educação:
		- Alfabetização - 1991, 2000
		- Escolaridade – 1996
	- Saneamento:
		- Abastecimento de água, instalações sanitárias e coleta de lixo
SISTEMAS E APLICATIVOS 
- Ambulatoriais 
 SIA-SUS:
- Criado em 1992 e implantado a partir de julho de 1994 e ampliado em 1996
- Em 1997 o aplicativo passou a processar além dos tradicionais BPA (Boletim de Produção Ambulatorial) um documento numerado e autorizado chamado Autorização de Procedimento de Alta Complexidade “APAC” 
- Consolida e valida o pagamento contra parâmetros orçamentários e o Teto de Financiamento a serem repassados para os gestores. 
- Cadastros Nacionais
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
- Informações básicas gerais 
- Endereçamento/Localização 
- Gestor responsável (SMS, SES, etc) 
- Atendimento prestado (Internação, Ambulatório, etc) 
- Caracterização (Natureza, Esfera, Ret. Tribututos, etc) 
- Equipamentos (RX, Tomógrafo, ultra-som, etc) 
- Serviços de Apoio e Especializados 
- Instalações Físicas (leitos, salas, etc) 
- Profissionais e equipes (Saúde da Família) 
- Epidemiológicos :
	- SISPRENATAL 
	- HIPERDIA 
	- SISCOLO/SISMAMA
	- SI-PNI 
	- SIAB 	
- Eventos Vitais:
	- SIM (declaração de óbito) 
	- SINAS (declaração de nascimentos)
- Hospitalares 
SIH-SUS:
- Criado em agosto de 1981 em Curitiba 
- Foi o primeiro sistema a ter captação implementada em microcomputadores (1992)
- Registra atendimentos provenientes de internações hospitalares que foram financiados pelo SUS e gera relatórios para que os gestores para pagamento dos estabelecimentos de saúde..
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 
- O SIM é o mais antigo sistema de informação de saúde no país 
	- Instituído pelo MS em 1975
	- Dados consolidados nacionalmente a partir de 1979
- Implementação com apoio do Centro Brasileiro de Classificação de Doenças (CBCD) 
	- Sediado na Faculdade de Saúde Pública da USP
	- Referencia nacional para informações sobre mortalidade 
	- Registro da causa de morte baseia-se na Classificação Intern. de Doenças (CID-10)
- O documento básico é a Declaração de Óbito (DO)
	- Padronizada nacionalmente e distribuída pela MS em 3 vias 
	- Deve ser preenchido pelo médico 
	- Nos locais sem médico o preenchimento é feito no cartório, com 2 testemunhas 
	- Documento indispensável para o fornecimento da certidão de óbito em cartório de registro civil e para o sepultamento. 
Fluxo:
- As Do são coletadas pela secretarias estaduais ou municipais de saúde, em estabelecimento de saúde e cartórios codificadas e transcritas para um sistema informatizado sob responsabilidade as Secretaria de Vigilância a Saúde (MS/SVS) no nível nacional 
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) 
- O SINASC foi concebido á semelhança do Sim e implantado gradualmente pelo MS a partir de 1990
- Dados consolidados nacionalmente desde 1994
- Propicia informações sobre: Nascidos vivos no país e dados sobre gravidez, parto e as condições da criança ao nascer
- O documento básico é a Declaração do Nascido Vivo (DN) padronizada nacionalmente e distribuída pelo MS em 3 vidas 
- Para os partos realizados domiciliares, essa comunicação cumpre aos cartórios de registro civil 
- O fluxo análogo ao do SIM, com codificação e transcrição efetuada pelas secretarias municipais e estaduais da saúde 
Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) 
- O SINAN tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância epidemiológicas, nas três esferas do governo, para apoiar processos de investigação e de análise das informações sobre doenças de notificação compulsória .
- Documentos Básicos: 
- Ficha individual de notificação (FIN), preenchida pelas unidades assistenciais a partir de suspeita clinica da ocorrência de algum agravo de notificação compulsória ou outro agravo sob vigilância. 
- Ficha individual de investigação (FII), que contém campos específicos de orientação para investigação de casos. 
-Boletim de acompanhamento de surtos 
- Boletins de acompanhamento de hanseníase e tuberculose.
Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) 
- Originalmente concebido como Sistema de Assistência Médico Hospitalar da Previdência Social – SAMHPS para operar o sistema de pagamento de internações hospitalares contratados pelo Ministério da Previdência Social a partir de 1981.
- É gerido pela Secretária de Assistência á Saúde 
- Documento básico: Autorização de Internação hospitalar (AIH) 
-Habilita a internação do paciente e gera valores para pagamento 
- Preenchida pelo estabelecimento hospitalar e enviada mensalmente, em meio magnético, ao gestor municipal ou estadual do SUS conforme o nível de gestão para consolidação do nível nacional. 
- Dados individualizados (mas não identificados) sobre o paciente e a internação, como o diagnóstico de internação, os procedimentos realizados e os valores pagos. 
- Reúne informações sobre 60 a 70% das internações hospitalares realizadas no país, variando de acordo com a região.
Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)
- O SAI/SUS, gerido nacionalmente pela Secretaria de Assistência a Saúde é o sistema responsável pela captação e processamento das contas ambulatoriais do SUS que representam mais de 200 milhões de atendimentos mensais.
- Documentos Básicos 
- Boletim de Produção Ambulatorial (BPA) e Autorização para procedimentos de alto custo/complexidade (APAC).
- preenchido pelas unidades ambulatoriais 
- processado na esfera estadual ou municipal conforme nível de gestão para o envio ao Datasus. 
- O BPA contém o número de atendimentos realizados por tipo de procedimento e dependendo deste, por grupo populacional. 
- Os dados não são individualizados, fornecendo basicamente indicadores operacionais.
- APAC: Para procedimentos de alta complexidade e alto custo (hemodiálise, terapia oncológica e etc).
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)
- Instituído pela Portaria MS/SAS em outubro de 2000.
- A partir de agosto de 2003 foi considerado como implantado nacionalmente.
- Substitui os diversos cadastros existentes no sistema de âmbito nacional como o SIG/SUS e SAI/SUS, etc.
- Registra as características dos estabelecimentos, tais como:
- Tipo, leitos, serviços, equipamentos, o sistema registra também a mantenedora, as habilitações, sua forma de relacionamento com o SUS (regras contratuais) e seus profissionais dos estabelecimentos, com ou sem vínculo empregatício.
- Equipes de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde, permitindo então uma ampla visão dos recursos físicos e humanos existentes SUS e não SUS.
- As consultas ao CNES podem ser realizadas através do sítio do Datasus.
HIPERDIA 
- Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados.
- O sistema envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionalidade que garante a identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).
Benefícios do Hiperdia:
- Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção
- Permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na população 
- Cadastra e acompanha a situação dos portadores de HA e DM em todo país
- Disponibiliza informações de acesso público com exceção da identificação do portador
- Envia dados ao CadSUS.
DESENHOS ORGANIZATIVOS DA ATENÇÃO Á SAÚDE (SUS)
MODELO X DESENHO
Modelo:
- Noção conservadora de molde, ao qual devemos nos adaptar 
- “Receita” para reprodução das “melhores práticas”
- Relação com eficiência e melhor uso de recursos 
- Maior produtividade no trabalho e ao alcance das metas “técnicas” 
Desenho:
- Noção criativa e “arriscada” de modelos de serviços, tento como referência a necessidade dos usuários. 
- Liberdade para desenhar estratégias tecnoassistenciais 
- Possibilidade de mudanças e construção de novos conceitos, valores e práticas.
CONTEXTO HISTÓRICO 
Modelo Flexneriano (1910)
- Formação e prática profissional centradas no Hospital e na utilização de tecnologias de diagnóstico e terapêutica 
Política de Saúde no Brasil 
- Até 1945: Sanitarismo Campanhista
- 1945 a 1960: Transição 
- 1960 a 1980: Modelo Médico Assistencial Privativista 
Ações coletivas -> Preventivas -> Sistema Público de Saúde 
Ações individuais -> Curativas -> Sistema Previdenciário 
- Déc. 70 Movimentos Sanitários e Início de Reforma Sanitária 
- 1986 VIII Conferência Nacional de Saúde
- Nova Constituição prevê a reformulação do Sistema de Saúde: “Saúde como direito de todos e dever do estado”
- Lei 8080/90 – Regulamentação do SUS 
- Lei 8142/90 – Regulamentação do Controle Social SUS.
- Antes de 1988: 
	- Seguro Social 
	- Medicina de Grupo
	- Medicina Liberal 
	- INAMPS 
- 18 anos depois: CF art. 196: “ A saúde é direito de todos e dever do estado” 
PRINCÍPIOS DO SUS:
- Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assisência (Igualdade de asstência a saúde sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie)
- Integralidade de assistência entendida como conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. 
- Equidade: Oferecer os recursos de saúde de acordo com as necessidades de cada individuo, serviço e comunidade.
- Descentralização: Político administrativo, com direção única em cada esfera do governo.
DESENHOS TECNOASSISTENCIAIS PÓS SUS 
- Ação programática ou Programação em Saúde 
- Sistemas Locais de Saúde – SILOS 
- Cidades Saudáveis ou Saúde Cidade 
- Movimento em Defesa da vida
AÇÃO PROGRAMÁTICA OU PROGRAMAÇÃO EM SAÚDE 
Unidades de atenção primária de saúde:
- Importante porta de entrada para o sistema de atenção a saúde 
Forma de organização da atenção as demandas sanitárias:
- Vigilância e controle de doenças, bem como riscos de adoecimento além de educação em saúde 
- Envolve síntese de saberes e complexa integração de ações individuais e coletivas, curativas e preventivas, assistenciais e educacionais. 
- Atenção a demanda espontânea e as condições epidemiologicamente importantes á boa qualidade do cuidado técnico e a cobertura adequada da população adescrita. 
Sistemas Locais de Saúde - SILOS
Distritos Sanitários:
- Sistemas regionalizados com base municipal, expressando a unidade político – administrativo para o processo de gestão/planejamento.
Território: 
- Características geográficas, populacionais, sociais econômicas, culturais e epidemiológica.
- Suficiência em termos de capacidade resolutiva no âmbito de seu território – espaço – população. 
- Máximo de suficiência na Atenção Básica e Secundária e graus variados na Atenção Terciária.
- Constituído, portando, as regiões de saúde e do sistema com articulação intermunicipal e com o estado.
Cidades Saudáveis ou Saúde Cidade 
- Propostas para melhores condições de vida da população 
- Concepção ampla de saúde que incorpora além dos aspectos biológicos que interferem no processo saúde/doença, os determinantes sociais, econômicos e ambientais. 
- Incorpora a ideia de assistência e de cura, a promoção da saúde.
- Um recurso para o desenvolvimento da vida 
- Pré-requisitos: Paz, habitação, acesso a educação, disponibilização de alimentos, renda suficiente, ecossistema preservado e manejado de forma sustentável 
Movimento em defesa da vida 
- Possibilidade de que sistemas de saúde possam contribuir para a construção de Sujeitos 
	- Análise e de co-gestão das próprias vidas e das instituições 
- Propõe a ampliação dos objetos de estudo e de intervenção da clínica e da saúde coletiva 
	- Enfoque da doença para uma abordagem de pessoas doentes ou com riscos de adoecer 
- Propõe espaços de construção coletiva de projetos de intervenção 
	- Diminuição da impotência diante de grandes desafiose do controle da cegueira situacional 
Eixos Orientadores 
- Noção de território 
- Definição mais ampla de problemas de saúde 
- Percepção das desigualdades regionais e microrregionais 
	- Equidade 
- Reorganização das práticas de saúde 
	- Abordagem interdisciplinar 
- Outra Visão sobre os usuários pela equipe 
	- Integralidade 
- Revisão dos conceitos básicos de hierarquização dos serviços 
- Ação Intersetorial 
- Gestão democratizada
Vetores Organizativos 
- Lógico-programático 
- Intersetorialidade 
- Epidemiológico 
- Integralidade 
- Ruptura com dicotomia 
	- Rede Básica x Hospitais 
AS FORMAS DE ALTERNATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DO SUS 
- Organização Piramidal (alta complexidade -> média complexidade -> Atenção Básica) 
- Sistema Integrado (APS) -> Responde de forma + integrada
Os territórios Sanitários 
- O território Macrorregional (A autossuficiência em atenção terciária a saúde) 
- O território Microrregional (A autossuficiência em atenção secundária a saúde)
- O território Municipal (A autossuficiência em atenção primária a saúde) 
- O território Infra-Municipal (A área de abrangência da atenção primária á saúde)
Malha de Cuidados Interruptos á Saúde 
- Acessibilidade 
- Resolutividade 
- Preservação da autonomia 
- Direito a informação e divulgação de informações 
- Responsabilidade 
- Regionalização e Hierarquização 
- Educação Permanente em Saúde
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF / PSF)
Reconhecimento da Realidade
1. Definindo a missão e valores da organização 
2. Reconhecimento do território e construção de um mapa inteligente 
3. Conhecendo a unidade de saúde em que você trabalha 
4. Conhecendo as lideranças locais 
5. Busca de informações organizadas sobre a comunidade 
	- Dados Primários -> Sistema de Informação 
	- Dados Secundários -> UBS 
6. Organizando um plano de ação para atuação da unidade junto a comunidade 
	- Priorizar o tempo (Pra que?) 
	- Definir uma ação (O que fazer?) 
	- Quem será o responsável (Quem?) 
	- Qual o prazo? (Inicio e Fim – Estimar o prazo de entrega) 
	- Estimar Recursos (Humanos, Equipamentos) 
7. Pensando estretegicamente, construindo a factibilidade e a viabilidade do plano 
Regionalização 
- PPI (Programação Pactuada Integral) – Acordo firmado e assinado entre as partes 
- CIB (Comissão Intergestores Bipartite) – Tempo de compromisso 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PORTARIA N° 2488)
	Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo que abrange a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde.
Objetivo: Desenvolver a atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. (Visa reorganizar o modelo atual e parar com os encaminhamentos) 
MODELO DE ATENÇÃO
ESF: Epidemiologia de Risco (Vigilância da Saúde / Prevenção) 
UBS Tradicional: Biomédico (Método Terapêutico)
Eixos Organizativos do PSF:
- Território Definido 
- População adescrita 
- Porta de entrada do sistema local de saúde 
- Família como núcleo de atenção
- Vínculo 
- Trabalho em equipe orientado para a comunidade
TERRITÓRIO:
- Cada unidade de saúde comporta no máximo 12 mil habitantes 
Área de Abrangência -> Geográfico -> Território Vivo -> População por Equipe dividido por micro áreas.
- População por equipe (+ ou – de 800 a 1000 famílias em média 3.500 a 4.000 pessoas)
- A equipe é dividida em micro áreas e cada micro área tem 1 agente comunitário de saúde com uma média de 200 famílias sob sua responsabilidade. 
NASF (Núcleo de apoio a saúde da família) 
- É formado por profissionais especialistas
DIFERENÇA DO PSF DO MODELO DE UBS TRADICIONAL DE ATENÇÃO A SAÚDE:
Enquanto os postos e os centros de saúde tradicionais adotam um modelo passivo de atenção, as equipes de saúde da família identificam os problemas e necessidades das famílias e da comunidade onde trabalham, planejando, priorizando e organizando o atendimento.
TERRITORIALIZAÇÃO
Espaço
- Nos últimos 15 anos a categoria espaço vem sendo utilizada com ênfase no campo de saúde, como uma abordagem fundamental para dar suporte ao conceito de risco
- Em função das múltiplas possibilidades que se tem em localizar e visualizar populações, objetos e fluxos, e de se especializar a situação de saúde através da distribuição de indicadores sócio-econômicos, sanitários e ambientais que revelam as condições de vida das pessoas em seu interior
Espaço: é ao mesmo tempo, produto e produtor de diferenciações sociais e ambientais, e as pessoas estão mais ou menos expostas ao riscos dos espaços onde vivem , o território também é um espaço, porém delimitado
Conceito
Território:
· É um espaço vivo, geograficamente delimitado e ocupado por uma população específica, contextualizada em razão de identidades comuns, sejam elas culturais, sociais,ambientais ou outras
· O município pode ser dividido em diversos territórios para implementação da áreas de abrangências das equipes de unidades básicas e saúde da família
· O território pode estar contido num único município ou se referir a um conjunto de municípios que guardam identidades comuns e constituem, entre si, modos de integração social e de serviços
Territorialização:
· É um conceito técnico que tem sido utilizado no âmbito da gestão da saúde, consistindo na definição de territórios vovos com suas margens de responsabilização sanitária, quais sejam: áreas de abrangência de serviços, áreas de influência
· O processo de territorialização permite conhecer a área de atuação de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e, assim, facilitar a implementação das diretrizes do Sistema ÚNnico de Saúde (SUS) no âmbito da chamada atenção primária
· Esse conhecimento proporciona a aidentificação da população e o planejamento local de ações de saúde com novas formas de interação do serviço coma população
· Isto implica um processo de coleta e sistematização de dados demográficos, socioeconômicos, político culturais, epidemiológicos e sanitários que, posteriormente, devem ser sistematizados de modo a se construírem o mapa básico e os mapas temáticos do município
1° etapa- Mapa básico: Contém a delimitação territorial do município, com o desenho da configuração urbano-rural, ou seja, a delimitação dos distritos, bairros, ruas e também o número aproximado de habitantes
2° etapa- Mapa temático: Localização espacial dos serviços de saúde e outros equipamentos sociais, como creches, escolas, igrejas, etc..., com a delimitação das vias de acesso da população aos serviços, o que já dá uma idéia dos fluxos de demanda às diversas unidades de saúde do município
3° etapa- Mapa temático das condições de vida: É a caracterização dos diversos grupos populacionais do município segundo suas condições de vida. O que permitirá a justaposição do mapa básico com o mapa temático dos seviços de saúde e o mapa temático das condições de vida
4° etapa- Distribuição espacial: Finalmente é necessário fazer a distribuição espacial dos principais problemas de saúde, identificamos em funçãode informações epidemiológicas extraídas de bancos de dados oficiais ou obtidas através de "estimativa rápida" com "informanteschave", cruzando estas informações com os mapas elaborados anteriormente
Território Distrito
O processamento das informações e a sua projeção em mapas permite:
· A identificação de vários territórios superpostos no âmbito do município
· E assim é que as experiências de distritalização em curso permitiram que se avançasse para a identificação do "território distrito", cuja base é geográfico-populacional, configurada segundo a distribuição da população no vários aglomerados urbanos (bairros, favelas, invasões, etc), função da demanda aos serviços
Microáreas: Em seguida, é possível delimitar as "microáreas" em função das condições de vida e mapear os principaisproblemas que atingem grupos populacionais e até grupos de famílias específicos em determinadas ruas e bairros
Territorialização dos problemas e das ações de saúdeno município objetivo principal da territorialização
· É permitir a definição de prioridades em termos de problemas e grupos
· O que se refletirá na definição das ações mais adequadas, de acordo com a natureza dos problemas identificados, bem como na concentração de intervenções sobre grupos priorizados e, consequentemente, em um maior impacto positivo sobre os níveis de saúde e as condições de vida
· Nessa perspectiva, o planejamento e a programação não se resumem a uma simples técnica que pode ser reproduzida em qualquer circunstância de tempo ou lugar, senão que envolve sujeitos dotados de vontade de vontade política, o que significa dizer que podem ser não apenas instrumentos de manutenção de uma determinada situação, mas também podem ser instrumentos de mudança e de transformação desta situação
· Não se trata de fazer tudo que é possível tecnicamente, e sim aquilo que é necessário para dar conta dos problemas reais existentes na população de um determinado território, seja este uma microárea onde se localizam famílias em condições de vida precárias, em uma área de abrangência de unidade de saúde ou no município com um todo
· O que importa ressaltar é que, com a utilização desse enfoque, o município pode construir uma árvore de problemas ou um fluxograma situacional para sistematizar as informações acerca dos problemas de saúde
As divisões territoriais do SUS
· Com a criação do SUS em 1988 e seus principíos doutrinários e diretrizes organizacionais, biscou-se resolver principalmente esses aspectos citados como grandes problemáticas do sistema de saúde
· E uma de suas diretrizes foi Descentralização dos servios de saúde para os municípios, ou seja, a municipalização
· Assim, um municípios que tivesse um serviço de maior complexidade- atenção terciária- poderia atender a população de vários municípios e estados
· Assim a população fica com cobertura primária, secundária e terciária
· Porém, apesar da proposta ser positiva ainda existe muita disparidade entre os municípios
· Os mais afetados são os que possuem população inferior a 5000 habitantes
Distribuição de UBS em São Paulo
· Na norma básica da atenção, NOB/96- e a Norma O peracional da Assistência- NOAS/2002, fica bastante evidente a necessidade de delimitação de território, área de abrangência e referência dos serviços de saúde de determinada população. Sendo o município, estado e governo federal os responsáveis
· Já a Atenção Básica (ou primária) e o Setor de Vigilância em Saúde é de responsabiliddae exclusiva do município
· Criado em 1991, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde- PACS- teve como pressuposto básico a definição de "área geográfica" para a implantação do programa, cuja peioridade seriam aquelas onde as famílias estivessem mais expostas aos riscos de adoecer e morrer, e onde as condições de vida e a situação de saúde fossem precárias
· Hoje ele foi substituído pelo Programa de Saúde da família- PSF- principal responsável pela descrição da população da área de abrangência
Os territórios de agentes de endemias: Trabalho que consistem em visitas para a busca devetores ou das condições propícias a sua reprodução
Finalidade da territorialização no SUS
· Distribuir e localizar no espaço unidades de saúde, traduzidas em área de abrangência e acessibilidade a serviços e produtos de saúde
· Compreender e analizar o processo saúde-doença, identificando os fatores determinantes e condicionantes em suas múltiplas dimensões- social, econômica, política, ecológica, cultural
· Elaborar diagnóstico da situação de saúde e das condições de vida de uma população de referência
· Identificar necessidades, situações - problemas e populações específicas para as intervenções em saúde
· Localizar riscos à saúde a ao ambiente
· Definir a base populacional, o nível de agregação das variáveis (determinantes e condicionantes) e a escala de observação - nos estudos epidemiológicos (descritivos e analíticos) e nos epidemiológicos espaciais
· Planejar e alocar recursos (físicos, financeiros, tecnlógicos), inclusive pessoas, compatíveis com as necessidades e os problemas de uma área e população específicas
SAÚDE MENTAL 
- Transtornos Severos e Persistentes:
Crônicos: 
- Esquizofrenia e seus subtipos
- Paranóia 
-Transtornos de Humor 
- Bipolaridade
- Depressão 
(Encaminhar para o Centro de atenção Psicosocial – CAPS)
- Transtornos de Ansiedade 
- Pânico 
- Fobias 
- TOC 
(Encaminhar para Atendimento Ambulatorial) 
- Transtornos Leves 
- Tristeza 
- Medo 
- Angustia Constante 
- Depressão 
(Encaminhar para UBS)
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
- No Brasil, o DATASUS revela que as doenças cardiovasculares lideram há algumas décadas, o primeiro lugar entre as causas de morte no país. 
- A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 
Fatores de risco maiores para doença cardiovascular: 
- Obesidade (IMC>30); 
- Fumo; 
- Inatividade física; 
- Dislipidemia; 
- Diabetes mellitus; 
- Idade > 55 p/ H e >65 p/M; 
- História familiar de doença coronariana anterior a idade de risco 
Principais complicações evitáveis com o controle da HAS: 
- Doença cérebro-vascular; 
- Doença arterial coronariana 
- Insuficiência cardíaca, 
- Doença renal crônica, 
- Doença arterial periférica (estão todas as doenças que afetam outras artérias que não a aorta) 
Classificação da Hipertensão Arterial Sistêmica
< 120 sistólica e < 80 diastólica = NORMAL 
<= 139 sistólica e <= 89 diastólica = PRÉ HIPERTENSÃO 
140~159 sistólica ou 90~99 diastólica = HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
> 100 diastólica ou >160 sistólica = HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
- O recente trabalho do VII JNC, levou a uma simplificação das categorias e a categorização de uma situação dita "pré-hipertensão", onde as modificações do estilo de vida devem ser mais que incentivadas, tendo em vista a grande possibilidade de evolução futura para o estado de hipertensão arterial com o avançar da idade.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
- Pacientes pré-hipertensos devem ser tratados apenas com modificações do estilo de vida. 
- Pacientes em Fase 1 devem inicialmente ser submetidos ao tratamento não farmacológico com modificações de estilo de vida e não se obtendo nível pressórico inferior a 140 sistólica e inferior a 90 de diastólica as medidas farmacológicas devem ser iniciadas. 
-Redução de peso 
-Redução de consumo de sódio 
-Restrição do fumo e álcool 
-Exercícios físicos 
-Controle do estresse 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
- Uso de medicamentos orais como diuréticos, beta-bloqueadores e os inibidores da enzima conversora da angiotensina. 
- Inicia-se com uma única droga e após monitoramento, se for necessário, associa-se duas drogas. 
- Importante: o controle regular a pressão arterial! 
PRINCIPAIS PROGRAMAS E AÇÕES NO COMBATE A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E O DIABETES
SISHIPERDIA – Sistema de Cadastro e Acompanhamento de Pacientes Hipertensos e Diabéticos 
- Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde - SUS. 
- Permitir o monitoramento dos pacientes cadastrados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. 
- Gerar informações para a aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados pelo HiperDia. 
Objetivos:
- Possibilitar a Gestão do Cuidado com a vinculação do portador á unidade básica ou equipe de saúde através do cadastro e atendimento desses portadores de DM e HÁ 
- Monitorar de forma contínua a qualidade clínica e o controle desses agravos e seus fatores de risco na população assistida; 
- Fornecer informações que subsidiem a gerência e gestão da Assistência Farmacêutica 
- Fornecer informações gerenciais que permitam subsidiar os gestores públicos para tomada de decisão para a adoção de estratégias de intervenção gerais ou pontuais
- Instrumentalizar a Vigilância à Saúde, fornecendo informações que permitem conhecer operfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus, seus fatores de risco e suas complicações na população. 
- Possibilitar o Controle Social através de informações que permitem analisar acesso, cobertura e qualidade da atenção 
Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus 
- Foi instituído como parte da Política Nacional de Assistência Farmacêutica Básica. - Foram padronizados e estão disponíveis para toda rede da atenção básica: Hipertensão: - Propranolol, Hidroclorotiazida, Captopril, Glicazida 
Diabetes: Metformina, Glibenglamida, Insulina NPH, Insulina Regular 
Objetivos: 
- Implantar o cadastramento dos portadores de hipertensão e diabetes mediante a instituição do Cadastro Nacional de Portadores de Hipertensão e Diabetes a ser proposto pela Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite - CIT; 
- Ofertar de maneira contínua para a rede básica de saúde os medicamentos para hipertensão
- Acompanhar e avaliar os impactos na morbi-mortalidade para estas doenças decorrentes da implementação do Programa Nacional.
CÂNCER DE MAMA – INCA
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Estimativa de novos casos: 57.120 (2014 - INCA)
Número de mortes: 13.345, sendo 120 homens e 13.225 mulheres (2011 - SIM)
PREVENÇÃO
- Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos
- Contra indicado a ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor
- Evitar a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.
- Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.
Autoexame das Mamas
O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.
Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, traz consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.
Portanto, o exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado  para essa atividade.
SINTOMAS
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
DETECÇÃO PRECOCE
Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. É o profissional de saúde quem vai decidir quais exames a paciente deverá fazer. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama.
Mulheres que se encaixem nesses perfis também devem buscar orientação médica. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia.
Exame Clínico das Mamas (ECM): Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres a partir de 40 anos.
Mamografia: A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.
É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é suportável.
Lei 11.664, de 2008: Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.
DIAGNÓSTICO
O câncer é uma patologia com localizações e aspectos clínico-patológicos múltiplos e não possui sintomas ou sinais patognomônicos, podendo ser detectado em vários estágios de evolução histopatológica e clínica. Destes fatos resulta, em grande parte, a dificuldade do seu diagnóstico e a afirmativa de que a suspeita de câncer pode surgir diante dos sintomas os mais variados possíveis.
O paciente, ao procurar um médico, não sabe ainda a natureza da sua doença e, assim, não procura diretamente um especialista. Setenta por cento dos diagnósticos de câncer são feitos por médicos não-cancerologistas, o que evidencia a importância destes profissionais no controle da doença.
O médico chega a uma suposição diagnóstica através de várias etapas, durante as quais deve proceder a uma análise cuidadosa, com base principalmente em seu conhecimento do caso e da patologia, olhando sempre o paciente como um todo, não se restringindo ao sistema-alvo da sua especialidade. Neste processo, toma diversas decisões, cujo acerto ou erro repercute sobre a sobrevida do paciente e/ou sua qualidade de vida. No Brasil, muito ainda tem de ser feito para que os médicos assumam a responsabilidade que lhes cabe quanto à prevenção e ao controle do câncer. A adequação das condutas diagnósticas e terapêuticas, e a agilidade no encaminhamento do caso constituem o âmago do exercício efetivo de tal responsabilidade.
EXERCICIOS SUS 
São Princípios do SUS:
R: Universalidade, igualdade e equidade
A partir da criação do SUS, aprovada em setembro de 1990, houve ampliação da participação da comunidade na fiscalização e no controle das ações de saúde, que foi regularmente através da:
R: Lei 8.8142/90
A constituição Federal de 1988 no Título II, Capítulo II, Seção II, que trata da saúde, destaca como competência do SUS:
R: A execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica bem como as de saúde do trabalhador
A Lei Orgânica da Saúde estabelece que:
R: direção Nacional do SUS compete promover a descentralização para os municípios dos serviços e das açõesde saúde
No programa de Saúde da Família (PSF) o membro da equipe tem como atribuição específica realizar o mapeamento de sua área e cadastrar as famílias, identificando as que estão expostas as situações de risco, é o: 
R: Agenda Comunitário de Saúde com Supervisão do Enfermeiro da Unidade
De acordo com a norma Operacional Básica do SUS – NOB-SUS/1996:
R: O Piso assistêncial básico (PAB) consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica e de responsabilidade tipicamente municipal. 
A Norma Operacional da Assistência de Saúde – NOAS-SUS 01/2001 tem por finalidade:
R: Ampliar a responsabilidade dos estados da atenção hospitalar e definir o processo de regionalização da assistência
Constitui ação da vigilância á saúde:
R: Combater doenças transmitidas por vetores 
Correlacione a esfera gestora em atenção básica:
1. Federal = Manter as bases de dados nacional 
2. Estadual = Acompanhar a implantação e a execução das ações de atenção básica em seu território 
	 = Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território
3. Municipal = Contratualizar o trabalho da atenção básica
	 = Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob supervisão 
Sobre o Programa nacional DST/AIDS, assinale a alternativa correta.
R: O acesso de todas as gestantes HIV + ao tratamento com anti retrovirais é uma das prioridades da política de tratamento
Análise as correlações dos Níveis de atenção a Saúde:
I. Imunização – atenção primária 
II. Diagnóstico precoce da hipertensão – atenção primária 
III. Acompanhamento Pré Natal – atenção secundária 
IV. Transplante Renal – Atenção terciaria 
São Corretas:
R: I, II, IV apenas
A constituição federal de 1988 no artigo 196 assegura que a saúde é direito de todos e dever do estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução das doenças e agravos preconizando o acesso universal e igualitário. Assim é correto afirmar, EXCETO:
R: A assistência a saúde deverá ser estruturada de forma diferenciada, para as populações urbanas e rurais 
A lei de Biossegurança aprovada em 2005 trata da:
R: Utilização de células tronco embrionária 
Sobre promoção da saúde, assinale a alternativa CORRETA:
R: A primeira conferência internacional sobre promoção da saúde foi realizada em Ottawa
Com relação a Política Nacional de Atenção Básica de Saúde, estabelecida pelo MS o processo de trabalho das equipes deve observar algumas características. Sobre estas assinale a correta:
R: Contribuir para a reorientação do modelo de atenção a saúde no País por meio do apoio a atenção básica e do estímulo á adoção da estratégia de Saúde da Família como estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde.
O PSF requer um trabalho interdisciplinar para lidar com a complexidade da saúde. Partindo dessa premissa, a equipe básica do programa deve ser constituído por:
I. Enfermeiros; II. Téc. De enfermagem; III. Médico; IV. Agentes comunitários, V. Assist. Social 
R: I, II, III, IV apenas
EXERCÍCIOS SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA 
AMBIÊNCIA 
Ambiência: humanização dos "territórios" de encontros dos SUS 
-Ambiência na Saúde refere-se ao tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana. Ao adotar o conceito de Ambiência para a arquitetura nos espaços da Saúde, atinge-se um avanço qualitativo no debate da humanização dos territórios de encontros do SUS. Vai-se além da composição técnica, simples e formal dos ambientes, passando a considerar as situações que são construídas. Essas situações são construídas em determinados espaços e num determinado tempo, e vivenciadas por uma grupalidade, um grupo de pessoas com seus valores culturais e relações sociais. 
O conceito de AMBIÊNCIA segue primordialmente três eixos: 
· O espaço que visa à confortabilidade focada na privacidade e individualidade dos sujeitos envolvidos, valorizando elementos do ambiente que interagem com as pessoas – cor, cheiro, som, iluminação, morfologia...–, e garantindo conforto aos trabalhadores e usuários. 
· O espaço que possibilita a produção de subjetividades – encontro de sujeitos – por meio da ação e reflexão sobre os processos de trabalho. 
· O espaço usado como ferramenta facilitadora do processo de trabalho, favorecendo a otimização de recursos, o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo. É importante ressaltar que esses três eixos devem estar sempre juntos na composição de uma ambiência, sendo esta subdivisão apenas didática. 
A Confortabilidade 
Existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, estimulando a percepção ambiental e, quando utilizados com equilíbrio e harmonia, criam ambiências acolhedoras, propiciando contribuições significativas no processo de produção de saúde. 
· Relato 1: Quando uma das paredes de uma enfermaria pediátrica foi pintada de amarelo “ouro” e as demais harmonizadas com cores quentes e frias, quebrando o ambiente monocromático e sem expressão, percebeu-se que as crianças responderam positivamente sendo estimuladas pelas cores – o local acabou por se constituir num ponto de atração dentro da enfermaria. 
· Relato 2: Em outra situação, enfermeiros observaram que em uma enfermaria de três leitos o paciente que ficava no leito do meio sempre tinha mais dificuldade de recuperação. Tal fato era atribuído à falta de privacidade, já que os pacientes do canto sempre tinham a possibilidade de se voltarem para as janelas. 
-Esses são alguns exemplos que mostram a contribuição de elementos que serão colocados a seguir: 
· Morfologia – formas, dimensões e volumes configuram e criam espaços, que podem ser mais ou menos agradáveis ou adequados para as pessoas; 
· Luz – a iluminação, seja natural ou artificial, é caracterizada pela incidência, quantidade e qualidade. Além de necessária para a realização de atividades, contribui para a composição de uma ambiência mais aconchegante quando exploramos os desenhos e as sombras que proporcionam. A iluminação artificial pode ser trabalhada em sua disposição, garantindo privacidade aos pacientes com focos individuais nas enfermarias, facilitando as atividades dos trabalhadores e também a dos pacientes. A iluminação natural deve ser garantida a todos os ambientes que permitirem, lembrando sempre que toda pessoa tem direito à noção de tempo – dia e noite, chuva ou sol – e que isto pode influenciar no seu estado de saúde; 
· Cheiro – considerar os odores que podem compor o ambiente, interferindo ou não no bem-estar das pessoas; 
· Som – podemos propor a utilização de música ambiente em alguns espaços como enfermarias e esperas. Em outro âmbito, é importante considerar também a proteção acústica que garanta a privacidade e, controle, alguns ruídos; 
· Sinestesia – diz respeito à percepção do espaço por meio dos movimentos, assim como das superfícies e texturas; 
· Arte – como meio de inter-relação e expressão das sensações humanas; 
· Cor – as cores podem ser um recurso útil uma vez que nossa reação a elas é profunda e intuitiva. As cores estimulam nossos sentidos e podem nos encorajar ao relaxamento, ao trabalho, ao divertimento ou ao movimento. Podem nos fazer sentir mais calor ou frio, alegria ou tristeza. Utilizando cores que ajudam a refletir ou absorver luz, podemos compensar sua falta ou minimizar seu excesso; 
· Tratamento das áreas externas – este se faz necessário já que, além de porta de entrada, constitui-se muitas vezes em lugar de espera ou de descanso de trabalhadores, ambiente de ‘estar’ de pacientes ou de seus acompanhantes. Jardins e áreas com bancos podem se tornar lugar de estar e relaxamento. Nas Unidades Básicas essas áreas são importantes espaços de encontros e integração, locais de passagem em seus diferentes sentidos, que podem configurar-se como espaços e momentos de diferentes trocas, contribuindo para a produção de saúde como descreveremos mais adiante.Podem ser criadas ambiências externas multifuncionais, tanto para espera confortável quanto para diferentes práticas de convívio e interação, incluindo atividades físicas como relaxamento, alongamento (ginásticas, tai chi, etc.) tanto para trabalhadores como para usuários; 
· Privacidade e individualidade – a privacidade diz respeito à proteção da intimidade do paciente, que muitas vezes pode ser garantida com uso de divisórias ou até mesmo com cortinas e elementos móveis que permitam ao mesmo tempo integração e privacidade, facilitando o processo de trabalho, aumentando a interação da equipe e ao mesmo tempo possibilitando atendimento personalizado. Individualidade, refere-se ao entendimento de que cada paciente é diferente do outro, veio de um cotidiano e espaço social específico. A arquitetura tem também seu papel no respeito à individualidade quando se propõe, por exemplo, a criar ambientes que ofereçam ao paciente espaço para seus pertences, para acolher sua rede social, entre outros cuidados que permitam ao usuário preservar sua identidade; 
· Confortabilidade – também pressupõe possibilitar acesso dos usuários a bebedouros e às instalações sanitárias, devidamente higienizadas e adaptadas aos portadores de deficiências. A concepção de confortabilidade também deve estar atenta para uma outra questão: sabe-se que ao entrar em um ambiente de trabalho em saúde, tanto usuários como trabalhadores, arriscam-se a deixar do lado de fora tudo que é relativo ao seu mundo, e podem perder as referências sobre seu cotidiano, sua cultura e seus desejos. Pensar a confortabilidade dentro do conceito de ambiência é também resgatar esse vínculo para junto do processo de produção de saúde, construindo-se um território onde usuários e trabalhadores identifiquem seu mundo e suas referências nos espaços de cuidado e atenção à saúde. Nesse sentido, é importante que, ao criar essas ambiências, se conheçam e, respeitem os valores culturais referentes à privacidade, autonomia e vida coletiva da comunidade em que está se atuando. Deve-se construir ambiências acolhedoras e harmônicas que contribuam para a promoção do bem-estar, desfazendo-se o mito desses espaços que abrigam serviços de saúde frios e hostis. 
Espaço de encontro entre os sujeitos 
-A ambiência, enquanto espaço de encontro entre sujeitos, apresenta-se como um dispositivo que potencializa e facilita a capacidade de ação e reflexão das pessoas envolvidas nos processos de trabalho, possibilitando a produção de novas subjetividades. A construção do espaço deve propiciar a possibilidade do processo reflexivo, garantindo a construção de ações a partir da integralidade e da inclusão, na perspectiva da equidade. 
-Quando se concebe uma nova ambiência, provoca-se um processo de reflexão das práticas e dos modos de operar naquele espaço, contribuindo para a construção de novas situações. Os sujeitos envolvidos nessa reflexão podem transformar seus paradigmas, e a ambiência passa a ser um dos dispositivos no processo de mudança. Assim, as áreas de trabalho além de mais adequadas funcionalmente deverão proporcionar espaços vivenciais prazerosos. 
-Ao falarmos de produção de sujeitos, nos referimos à incorporação também dos que atuam na ponta do serviço – como enfermeiros, médicos, recepcionistas, entre outros – para discussão e construção do projeto, uma vez que estes podem dar mais detalhes do que funciona e do que atrapalha no andamento das atividades nas unidades. Lembrando também que estas pessoas muitas vezes trazem para a discussão a opinião dos pacientes – suas maiores reclamações ou, então, a indicação do tipo de ambiente em que se sentem melhor. 
-Por exemplo, ao pensarmos nos espaços das unidades de urgência e emergência, de acordo com a atenção por nível de gravidade –preconizada pelo Ministério da Saúde na Política de Qualificação da Atenção e da Gestão para Urgência e Emergência –, observamos que esses espaços são organizados de modo a agrupá-los por setores, de acordo com o atendimento dos pacientes graves e dos aparentemente não graves. 
-Para essa nova concepção de modelo de atenção e gestão, que considera a importância da ambiência para a saúde das pessoas, é necessário, além de um novo modo de operar, um arranjo espacial adequado a essa organização, que só é possível com a participação da equipe no processo de reflexão e decisão para a construção das áreas, das práticas e dos processos de trabalho. A simples composição por ambientes compartimentados, como preconizado até agora pela normatização, não é suficiente para atender às necessidades para a qualificação pretendida da atenção e da gestão nesses espaços e situação . As Unidades Básicas devem ser pensadas de maneira a promover os encontros entre trabalhadores e entre estes e a comunidade usuária. 
-São equipamentos urbanos de referência nos bairros e reconhecidos, pela comunidade, pelos seus valores de uso, por isso devem estar totalmente integrados ao entorno. A integração poderá ser iniciada com concepções arquitetônicas que excluam muros, grades ou alambrados, criando-se ambiências de acesso compostas por praças, por exemplo. Esse é um processo de integração e abertura do acesso a esses equipamentos que deve ser construído e pactuado entre a equipe trabalhadora e a comunidade usuária. Por outro lado, em espaços/construções que já existem e estão concebidas em estruturas físicas mais fechadas, mais isoladas, mais rígidas, salientamos a importância dos gestores locais atentarem para a possibilidade de alguma mudança, certamente sempre possível, não necessariamente dentro de grandes reformas físicas, mas em termos de adaptações discutidas com a ajuda dos técnicos que têm tratado dessa questão da arquitetura e ambiência na área da Saúde. 
A arquitetura como ferramenta facilitadora de mudança do processo de trabalho 
-A ambiência discutida isoladamente não muda processo de trabalho – uma vez que este também se relaciona com a postura e o entendimento desses processos e práticas já instituídos e adotados na rotina pelos trabalhadores e gestores do setor Saúde –, mas pode ser usada como uma das ferramentas facilitadoras que propiciam esse processo de mudança. 
-Pode ser instrumento de construção do espaço a que aspiram os trabalhadores de saúde e os usuários, com garantia de biossegurança relativa à infecção hospitalar e prevenção de acidentes biológicos, se constituindo em um ambiente que vai além da arquitetura normativa e projetada exclusivamente para comportar alta tecnologia. 
-Vejamos o relato de uma outra experiência: A enfermaria da ortopedia foi reformulada contemplando todos os ambientes necessários para a atividade a que se destina, porém concebendo e organizando o espaço de uma maneira diferente: os dez leitos que anteriormente se dividiam em três quartos, com espaços fragmentados, pouco otimizados e que inviabilizavam a presença do acompanhante, hoje estão dispostos em um amplo salão, ao redor de um posto de enfermagem central – separados por cortinas divisórias, propiciando tanto a privacidade dos usuários e seus acompanhantes, como a vigilância e fluidez ideais para o trabalho da enfermagem. A otimização do espaço possibilitou o trabalho com uma equipe única e multiprofissional, além de ter ampliado o espaço de acomodação, possibilitando a presença de acompanhantes. Foi também desenvolvido um trabalho com cores e arte, que tornou o ambiente acolhedor e menos estressante. Essas transformações conceituais somente foram possíveis devido à participação dos trabalhadores e usuários no processo de discussão e construção do projeto. 
A ambiência e suas interfaces com outros dispositivos da PNH 
-Trabalho com equipe de referência – historicamente a assistência à saúde tem focado a atenção nas doenças, nos procedimentos e nas tarefas, e não nos objetivos comuns de trabalho. Além de a organização do processo de trabalho em saúde ser a partir das profissões, valorizando o poder corporativo e estimulando a luta por territórios. Dessa forma, o conceito de ambiência deve contribuir pararepensar esse processo, favorecendo a integralidade da assistência com a preocupação da atenção por avaliação de necessidades e níveis de complexidade. A arquitetura contribui, assim, ao projetar salas multifuncionais ou espaços que sejam contíguos e agrupados, em vez de apenas compartimentos com usos específicos que consolidam verdadeiros feudos nos espaços de saúde – a fragmentação do trabalho refletida na fragmentação do espaço. 
-Na Atenção Básica – esses espaços devem ser pensados de maneira a integrar as equipes de trabalho que atuam numa mesma unidade, criando áreas que, além de multifuncionais, possam ser compartilhadas pelas equipes, como, por exemplo, os espaços de acolhimento da entrada, as áreas de encontros entre trabalhadores e entre trabalhadores e usuários. Temos cada vez mais reafirmado a importância de se criar/adaptar espaços coletivos destinados a reuniões, orientações, palestras, oficinas e outros equivalentes. 
-Visita aberta – faz-se necessária a incorporação nos projetos, de espaços que sejam capazes de acolher os visitantes. É importante que o visitante não seja mais recebido por um portão gradeado e com horários rígidos de visita, mas que exista para ele um espaço de espera – uma recepção e um ambiente de escuta. O espaço pretendido se difere muito dos acessos que tem hoje o visitante na maioria dos serviços – que muitas vezes são extremamente frios e degradados. É importante, também, que tanto o visitante quanto o acompanhante tenham acesso fácil a sanitários adequadamente higienizados e bebedouros. Podemos pensar também em salas onde o paciente, em condições, possa receber visita fora do leito. 
-Direito a acompanhante – não basta garantir o direito a acompanhante, é preciso que existam espaços capazes de acolhe-los, nos diversos ambientes das unidades. Por exemplo: nos pronto socorros, nos SADT (Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico), nas enfermarias, nas esperas dos centros cirúrgicos, nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), etc., de maneira que eles possam também ter momentos de encontros, diálogos, relaxamento e entretenimento, como assistir televisão ou ouvir música. 
-Informação, sinalização e acessibilidade – os serviços de saúde devem contemplar projetos de sinalização e placas de informação de toda ordem, e também facilitação física para acesso, que não excluam pessoas com deficiência visual ou que usem cadeiras de rodas ou muletas, ou ainda que não saibam ler, que tenham linguagem clara e representativa, identificando os espaços e suas funções. Essa comunicação já deve começar no entorno, na cidade, nos próprios territórios de áreas de abrangência de unidades básicas locais, implementando e informando sobre vias de acesso com fluxos fáceis e adequadamente orientados aos diferentes serviços, com sinalizações capazes de conduzir os usuários a caminho dos equipamentos de saúde. 
-O trabalhador nos serviços de saúde – é importante que as áreas de apoio para o trabalhador – como estar, copa e banheiros – estejam bem locadas, seja em número suficiente e para todos os profissionais. As áreas de apoio como lavanderia, farmácia, almoxarifado, serviço de nutrição e dietética, central de esterilização de materiais, laboratórios e outros, além de adequadas funcionalmente, devem propiciar espaços de trabalho prazerosos. 
-Respeito à cultura e às diferenças – os espaços de saúde têm peculiaridades que se dão pelas rotinas ali estabelecidas pelo usuário e trabalhador, as diferentes redes sociais que acolhem, as diferenças regionais, religiosas e étnicas. Todas elas devem ser consideradas. É preciso considerar a importância de se conhecer os valores e costumes da comunidade em que se está atuando. Vale lembrar que existem preconceitos referentes à concepção dos espaços da saúde que muitas vezes refletem uma cultura social dominante, em que o arquiteto e um pequeno grupo dirigente intervêm e decidem sobre a configuração espacial de um edifício pautandose muito mais em seus próprios conceitos, nas regras e normas padronizadas, do que no estudo do cotidiano da Instituição. 
-Acolhimento – o acolhimento pressupõe a criação de espaços de encontros entre os sujeitos. Espaços de escuta e de recepção que proporcionem a interação entre usuários e trabalhadores, entre trabalhadores e trabalhadores – equipes – e entre os próprios usuários, que sejam acolhedores também no sentido de conforto, produzido pela introdução de vegetação, iluminação e ventilação naturais, cores, artes e demais questões já mencionadas. Refere-se também à utilização de mobiliários que sejam confortáveis e suficientes e que estejam dispostos de maneira a promover interação entre os usuários, em balcão baixo e sem grades, que não sejam intimidadores, que possibilitem o atendimento do paciente sentado – principalmente os cadeirantes – e que de alguma maneira permita privacidade ao usuário que chega ali para falar do seu problema, sem que os demais ouçam. Não podemos esquecer também de equipamentos que permitam a informação ao usuário em espera. 
-No âmbito do pronto-socorro, falamos do acolhimento com a Classificação de Risco, ferramenta utilizada para proporcionar a atenção por nível de gravidade. A Classificação de Risco considera minimamente as seguintes áreas de atendimento: área de emergência e área de pronto atendimento. Nesse sentido, é importante que se tenham propostas arquitetônicas com um arranjo que esteja de acordo com o arranjo proposto na atenção e que auxilie na resolutividade do atendimento e da organização do processo de trabalho dentro desses setores de urgência e emergência. 
-Nas Unidades Básicas o acolhimento, além de entendido enquanto processo que permeia toda a abordagem do usuário/ comunidade, também é um espaço específico onde se realiza a primeira escuta, e é identificada a necessidade do usuário, assim como classificado o risco, por um profissional de saúde que o orientará e o direcionará ao local mais adequado para resolução do seu problema, na própria unidade ou externamente, com garantia do atendimento. Esse espaço deve ser adequado considerando tanto as dimensões de fluxos quanto de privacidade e conforto tanto para usuários quanto para os profissionais que o recebem. 
-É importante ressaltar, no entanto, que não se pretende esgotar o assunto, nem criar normas ou estabelecer parâmetros rígidos, sendo que estas considerações e propostas devem ser adaptadas, repensadas e recriadas de acordo com as peculiaridades de cada situação, local, diferentes demandas e poder de criação do arquiteto. 
-Ambiência nas urgências e emergências: algumas peculiaridades, seguindo os pressupostos da atenção por nível de gravidade: o acolhimento e a classificação de risco. Para a organização das funções e facilidade de entendimento, o espaço identificado e setorizado por cores torna-se uma ferramenta eficiente de sinalização, podendo ser caracterizado por dois eixos: o vermelho da emergência e o azul do pronto atendimento. 
-O EIXO VERMELHO: no eixo vermelho propõese uma direcionalidade que se relaciona com o cuidado do paciente grave com um agrupamento composto por três áreas principais: a área vermelha, a área amarela e a área verde. 
-Área vermelha: nesta área está a sala de emergência onde muitas vezes a ambiência não é considerada, uma vez que se pretende o atendimento de alta gravidade e a tecnologia é colocada como único elemento que compõe o espaço. Porém, questões de cor, cheiro, luz e aeração são importantes principalmente para o trabalhador que vivencia esse espaço sob grande estresse. Devem ser considerados também, próximos à emergência, espaços de apoio – estar e copa –, para os trabalhadores. Boxes especiais para procedimentos invasivos ou para atendimento de crianças constituem ferramenta importante para a otimização de recursos tecnológicos, melhora do padrão de assepsia e evitam situações constrangedoras e traumáticas. É importante nessa área uma ligação e comunicação eficiente com o espaço prévio de acolhimento, garantindo a informação aos acompanhantes sobre a situaçãodos pacientes que aí se encontram, uma vez que esta é uma área de recuperação da vida e intervenção, não sendo adequado à presença do acompanhante. 
-Área amarela e área verde: são compostas por sala de retaguarda (para pacientes em estabilização, críticos ou semicríticos) e sala de observação, respectivamente. Em ambas as áreas, observa-se a necessidade da aplicação equilibrada e harmônica das cores; de cuidado e tratamento com a iluminação artificial, proporcionando iluminação natural; previsão cuidadosa de mobiliários, poltronas para acompanhantes, cortinas ou divisórias; de posto de enfermagem que possibilite a visão de todos os leitos, pontos de som e TV; e de trabalhar-se o aroma. 
-O EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes com menor risco. Seu atendimento é focado no acolhimento e na classificação de risco, estabelecendo-se uma metodologia para melhor entender as reais necessidades dos usuários, sejam elas de ordem físicas, orgânicas ou subjetivas, uma vez que acreditamos que a urgência também é definida socialmente. Nos casos de urgência, o usuário, por meio da identificação do risco, é imediatamente encaminhado à assistência médica. Portanto, esse eixo possui minimamente dois planos de atendimentos a ele relacionados. 
-Plano 1: aí estão os espaços de espera, acolhimento e atendimento administrativo. Esta área deverá ser ampla e confortável, integrada ao entorno (ligando interior e exterior), onde todos os componentes já citados sejam exaltados. Constitui-se de uma área central focada no acolhimento que objetiva a escuta das necessidades dos usuários, a orientação de fluxos e a priorização do atendimento de acordo com o grau de gravidade. 
-Plano 2: área de assistência, apoio e procedimentos do pronto atendimento que deve ressaltar o acompanhante presente, respeito à individualidade e necessidades do paciente, com fluxos claros, informação e sinalização. A caracterização por cores é adotada por ser uma ferramenta eficiente para a clareza e a facilidade de entendimento na organização do espaço. Portanto, é recomendada a utilização de cores que identifiquem as respectivas áreas e eixos, baseado no sistema adotado pela classificação de risco/vulnerabilidade. Esta utilização pode ser feita de formas variadas – as cores podem ser utilizadas em pequenos detalhes, numa faixa no piso, em uma parede do ambiente, alguma marca no teto, etc. 
 
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DAATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS 
Por que precisamos de uma PNH? 
· Lacunas quanto ao acesso universal e equânine 
· Desvalorização dos trabalhadores de saúde 
· Fragmentação e Desarticulação das ações e programas 
Qual o sentido da Humanização nas Práticas de Saúde? 
· Valorização dos diferentes sujeitos 
· Fomento à autonomia e protagonismo 
· Aumento grau co-responsabilidade 
Qual o sentido da Humanização nas Práticas de Saúde? 
· Estabelecimento de grupalidades e de vínculos solidários 
· Mudança dos modelos de atenção e de gestão 
· Melhoria das condições de trabalho 
O que é o Humaniza SUS? 
· Proposta de uma nova relação entre usuários, suas redes sociais e os trabalhadores 
· Aposta no trabalho coletivo na direção de um SUS acolhedor, resolutivo e confortável 
· Defesa da diversidade do povo brasileiro 
· Alteração dos modelos de atenção e de gestão das práticas de saúde 
Humanização 
· Produção de novos territórios existenciais, novas experiências do humano 
· Sentido positivo VS Sentido Negativo 
Humaniza SUS: Política Pública de Saúde 
· Política nos limites da máquina do Estado onde ela encontra com os coletivos e as redes sociais 
· Política nos limites dos Programas e Áreas do MS, entre este e outros ministérios (intersetorialidade) 
Desafio da PNH 
· Desidealizar O Homem, pensar o humano num plano comum na experiência concreta dos homens, de um homem qualquer 
· Como construir uma política a partir da experiência concreta? 
· Como pensar a dimensão pública de uma Política? 
· Como potencializar, na dimensão pública da política, a experiência do coletivo? 
· A política de saúde é sempre uma política do/no coletivo 
PNH 
· Princípios 
· Método 
· Diretrizes 
· Dispositivos 
· Ferramentas 
Princípios da PNH 
-Transversalidade 
· Aumento do grau de comunicação intra e intergrupos 
· Desestabilização das fronteiras dos saberes, dos territórios de poder e dos modos instituídos na constituição das relações de trabalho 
-Indissociabilidade entre atenção e gestão 
· Alteração dos modos de cuidar implica outros modos de apropriação do trabalho 
· Processos de trabalho > Produção de si 
· Inseparabilidade entre clínica e política, entre produção de saúde e produção de sujeitos 
· Integralidade do cuidado 
· Integração dos processos de trabalho 
Método 
-Sentido da inclusão: tríplice inclusão 
· Inclusão dos sujeitos 
· Inclusão dos analisadores sociais 
· Inclusão dos coletivos: movimentos sociais e movimentos sensíveis 
Diretrizes 
-Orientações gerais na política que expressam o método da inclusão no sentido do: 
· Clínica ampliada 
· Co-gestão 
· Saúde do Trabalhador 
· Direitos dos Usuários 
· Ativação das Redes Sociais 
Dispositivos 
-Atualização das diretrizes em agenciamentos coletivos concretos 
-Diretriz clínica ampliada 
· Equipe transdisciplinar de referência 
· Acolhimento com classificação de risco 
-Diretriz da Co-gestão 
· Colegiado gestor 
· Contrato de gestão compartilhado 
· GTH 
· Acolhimento c/ classificação de risco 
· Equipe transdisciplinar de referência 
· Ouvidoria 
· Colegiado gestor 
· PFST 
· Visita aberta e direito à acompanhante 
· Projetos co-geridos de ambiência 
· Carta de direitos dos usuários 
Ferramentas 
-Instrumentos concretos que põem o dispositivo a funcionar. Ex: Diretriz da cínica 
-Ampliada> Dispositivo equipe transdisciplinar de referência> prontuário transdisciplinar 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM EM PUERICULTURA 
Puericultura: Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, do nascimento até os 5 anos de idade, de fundamental importância para a promoção à saúde da criança e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. 
Organização do Atendimento 
-A capitação da criança para o controle de crescimento e desenvolvimento, deve ser o mais precoce possível: 
· Visitas às maternidades, realizadas por auxiliares de enfermagem treinadas para orientação às mães sobre cuidados com o recém-nascido , aleitamento materno e agendamento da consulta de puericultura na UBS mais próxima 
· Captação dos recém-nascidos que chegam às unidades de saúde para realização do teste do pezinho, imunização, etc 
· Visitas domiciliares para crianças nascidas com critérios de risco (SINASC), que não compareceram na unidade de saúde nos primeiros 15 dias de vida 
· Orientação às gestantes acompanhadas na UBS para retorno ao serviço até 15 dias após o parto para avaliação do RN e teste do pezinho 
· Divulgação do atendimento através de cartazes e folhetos, afixados e disponibilizados em maternidades, outros serviços de saúde, creches, escolas, igrejas, ônibus, etc 
Calendário de Atendimento Sugerido 
-1° ano de vida 
· 5 dias: consulta de enfermagem (teste do pezinho) 
· 01 mês: consulta pediátrica 
· 02 meses: grupo educativo 
· 03 meses: consulta de enfermagem 
· 04 meses: consulta pediátrica 
· 05 meses: grupo educativo 
· 06 meses: consulta pediátrica 
· 07 meses: grupo educativo 
· 09 meses: consulta de enfermagem 
· 12 meses: consulta pediátrica 
-02° ano de vida: 15° mês: consulta pediátrica 
-3 ao 5° ano de vida: uma consulta pediátrica anual 
Inscrição na Unidade de Saúde 
-Abertura de prontuário para anotação dos atendimentos realizados pela equipe multiprofissional 
-Abertura do cartão da criança com preenchimento dos dados relativos ao crescimento e desenvolvimento em cada atendimento. Este cartão deverá ficar com a mãe da criança 
-Agendamento conforme o calendário proposto, registrado na ficha de cadastro da criança, e no cartão da criança ou cartão de consultas que fica com a mãe 
-Controle de faltosos com mais de 30 dias 
· Preferencialmente

Continue navegando