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VISITA DOMICILIAR 
HISTÓRICO NO MUNDO 
• Augusto e Franco (1980)  a visita domiciliar data do 
período pré-cristão: 
 
• pré-científico ou religioso: enfoque assistencialista, caridade 
com pobres e doentes; 
• +/- 1500  este tipo de assistência passa a ser mais 
metódico; 
• Século XVI  criação do Instituto das Filhas de Caridade 
(Itália)  irmãs prestavam assistência a pobres e doentes 
em seus domicílios  manual para guia-las. 
 
• científico: +/- 1850  sistematização dos procedimentos da 
visita domiciliar (VD). Surge o Serviço de Enfermagem 
Distrital na Inglaterra. 
• +/- 1900  começa-se a pensar na capacitação 
profissional para o desenvolvimento desta atividade. 
 
HISTÓRICO NO BRASIL 
• O serviço de enfermeiras visitadoras vem com o objetivo 
da PREVENÇÃO. 
• 1920  curso de visitadoras sanitárias, na Escola de 
Enfermagem da Cruz Vermelha. 
• 1922  Escola Ana Nery  influência de Nightingale  
visava à formação de enfermeiras de assistência primária. 
• A VD para doentes de tuberculose e hanseníase. 
• 1942  criação SESP (região Amazônica e Vale do Rio 
Doce), com o objetivo de melhorar as condições de saúde 
da população envolvida com a extração da borracha. 
• A VD como prevenção  precursora das escolas de 
enfermagem  posteriormente, passou a ter caráter 
curativista. 
 
 
CONCEITO DE VISITA DOMICILIAR 
• A visita domiciliar é uma “forma de atenção em Saúde 
Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo, à família 
ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos 
diversos recursos sociais locais, visando a maior equidade da 
assistência em saúde” (CECCIM ; MACHADO, s/d, p.1). 
• A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas 
para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma 
dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto 
que acontecem no domicílio da família (MATTOS, 1995). 
• A visita domiciliar “ é vital para a educação em saúde” 
(TYLLMANN; PEREZ, 1998, p. 2). 
VISITA DOMICILIAR 
 
• Tecnologia de interação no cuidado à saúde, sendo de 
fundamental importância quando adotada pela equipe de 
saúde no conhecimento das condições de vida e saúde das 
famílias sob sua responsabilidade. 
 
• Estabelece o rompimento do modelo hegemônico, centrado 
na doença, no qual predomina uma postura profissional 
tecnocrática e de pouca interação com o usuário 
 
• Volta-se à nova proposta de atendimento integral e 
humanizado do indivíduo inserido em seu contexto familiar. 
OBJETIVOS DA VISITA DOMICILIAR 
 
• Conhecer o domicílio e suas características ambientais, 
identificando características socioeconômicas e culturais. 
• Verificar a estrutura e a dinâmica familiares com elaboração 
do genograma ou familiograma ou ecomapa. 
• Identificar fatores de risco individuais e familiares. 
• Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, 
especialmente em caso de acamados. 
• Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, 
agravos e doenças não transmissíveis, estimulando a adesão 
ao tratamento, medicamentoso ou não. 
• Promover ações de promoção à saúde, incentivando a 
mudança de estilo de vida. 
OBJETIVOS DA VISITA DOMICILIAR 
 
• Propiciar ao indivíduo e à família, a participação ativa 
no processo saúde-doença. 
• Adequar o atendimento às necessidades e expectativas 
do indivíduo e de seus familiares. 
• Intervir precocemente na evolução para complicações 
e internações hospitalares. 
• Estimular a independência e a autonomia do indivíduo 
e de sua família, incentivando práticas para o 
autocuidado. 
• Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde 
pública, promoção social e participação comunitária. 
TIPOS DE VISITA DOMICILIAR 
• VISITA CHAMADA  é um atendimento realizado na casa 
do indivíduo ou família, por este ou esta possuir algum tipo 
de limitação, por exemplo, doença aguda ou agudização de 
um problema crônico ou por outro tipo de limitação 
(sequelados de AVE, amputação, cirurgias recentes). 
• VISITAS PERIÓDICAS  são feitas para indivíduos ou 
famílias que necessitam de acompanhamento periódico, 
por exemplo, pacientes crônicos, acamados, idosos, 
doentes mentais, egressos de internações hospitalares, 
pode haver até coleta de exames. Marcado com 
periodicidade semanal, quinzenal ou mensal. 
TIPOS DE VISITA DOMICILIAR 
• INTERNAÇÕES DOMICILIARES  são indivíduos ou famílias que 
escolheram realizar o tratamento em casa, geralmente são 
necessárias para pacientes terminais de câncer, quando grande 
parte dos cuidados pode ser realizado pelos familiares. A 
equipe apóia e maneja a situação para promover a qualidade de 
vida neste momento. 
• BUSCA ATIVA é a busca de indivíduos ou famílias faltosas 
(tratamentos, vacinas, gestantes), a vigilância em saúde 
também é considerada uma busca ativa. 
 
• Os tipos de visita domiciliar são dinâmicos, podendo-se 
modificar durante o processo. Um chamado pode se tornar 
uma internação domiciliar, após a alta pode-se necessitar de 
uma visita periódica. 
 
 
QUEM REALIZA A VISITA DOMICILIAR 
 
• Todos os membros da equipe de saúde: enfermeiros, 
médicos, auxiliares/técnicos de enfermagem, 
assistentes sociais, psicólogos, dentistas, acadêmicos e 
agentes comunitários de saúde  cada um em seu 
campo específico, mas agindo de forma 
multiprofissional. 
 
• Agentes Comunitários de Saúde: 
• faz a ligação entre a comunidade e o serviço de 
saúde; 
• profissional mais presente nas VDs; 
• faz cadastramento, acompanhamento e trabalho 
educativo; 
• realiza, no mínimo, 1 VD/mês/família, em alguns 
casos a freqüência é maior. 
 
VANTAGENS DA VISITA DOMICILIAR 
• Proporcionar aos profissionais o conhecimento sobre o 
indivíduo (contexto de vida, meio ambiente, condições de 
habitação, relações afetivo-sociais da família), para 
possibilitar a prestação da assistência integral à saúde. 
• Facilitar a adaptação do planejamento da assistência de 
enfermagem de acordo com os recursos que a família 
dispõe. 
• Melhor relacionamento do grupo familiar com o 
profissional de saúde, por ser sigiloso e menos formal. 
• Maior liberdade para expor os mais variados problemas, 
tendo-se um tempo maior do que nas dependências do 
serviço de saúde. 
LIMITAÇÕES DA VISITA DOMICILIAR 
 
• Método dispendioso, pois demanda custo de pessoal e de 
locomoção. 
• Ocorre um gasto de tempo maior, tanto na locomoção 
como na realização da visita. 
• Contratempos advindos da impossibilidade de marcar a 
visita: não ter ninguém em casa, o endereço não existir, a 
pessoa não residir mais naquele endereço. 
• Os afazeres domésticos das donas de casa podem impedir 
ou dificultar a realização da visita domiciliar. 
ETAPAS DA VISITA DOMICILIAR 
1º) Planejamento geral 
• Estabelecer critérios epidemiológicos e populacionais. 
• Seleção das pessoas, famílias ou microáreas que serão 
visitadas (observando as prioridades). 
2º) Planejamento específico: definido o objetivo da visita, deve-
se analisar as informações referentes ao sujeito da VD no 
serviço de saúde. 
3º) Execução: início, desenvolvimento e encerramento. 
4º) Registro: em prontuário. 
5º) Avaliação: do profissional que realizou a VD. 
6º) Discussão: em reunião com a equipe, referente aos 
problemas encontrados pelo visitador. 
 PLANEJAMENTO DE VISITA DOMICILIAR 
CRITÉRIOS GERAIS 
• Situações ou problemas novos na família relacionados à 
saúde ou que constituem risco à saúde (morte súbita do 
provedor, abandono de um dos genitores, situação 
financeira crítica, etc...). 
• Situação ou problema crônico agravado. 
• Situação de urgência. 
• Problemas deimobilidade e/ou incapacidade que impedem 
o deslocamento até a unidade de saúde. 
• Problemas de acesso à unidade (condições da estrada, 
ausência de meios de transporte, etc...). 
PLANEJAMENTO DE VISITA DOMICILIAR 
Entre os adultos são priorizadas visitas domiciliares quando da 
identificação: 
• Do problema de saúde agudo que necessite de internação 
domiciliar. 
• Das ausências no atendimento programado. 
• Dos portadores de doenças transmissíveis de notificação 
obrigatória. 
• Dos hipertensos, diabéticos, portadores de tuberculose e 
hanseníase que não estão aderindo ao tratamento. 
PLANEJAMENTO DE VISITA DOMICILIAR 
Para o grupo de idosos, crianças e gestantes são consideradas 
prioritárias situações que são mostradas abaixo: 
IDOSO – acamados com dificuldade de deambulação, com doenças 
crônico-degenerativas, sem adesão ao tratamento, sem cuidador 
CRIANÇA – RN com alto grau de distrofia, com atraso no crescimento 
ou no desenvolvimento e com ausências no atendimento programado 
e/ou vacinações 
GESTANTE – de alto risco, desnutrida e com ausências na consulta de 
pré-natal 
DADOS DA FICHA A DO SIAB E ESCORES DE RISCO 
Sentinelas de risco Escores de risco 
Acamado 3 
Deficiência física 3 
Deficiência mental 3 
Baixas condições de saneamento 3 
Desnutrição (grave) 3 
Drogadição 2 
Desemprego 2 
Analfabetismo 1 
Menor de 06 meses 1 
Maior de 70 anos 1 
Hipertensão arterial sistêmica 1 
Diabetes melitus 1 
Relação cômodo 
/ morador 
Se maior que 1 3 
Se igual a 1 2 
Se menor que 1 1 
CLASSIFICAÇÃO DA FAMÍLIA A PARTIR DOS 
ESCORES DE RISCO DA FICHA A DO SIAB 
Classificação 
Risco menor Até 06 pontos 
Risco médio De 07 a 09 pontos 
Risco máximo Maior que 09 pontos 
Fonte: Adaptação de De Oliveira et al. (2004) 
RISCOS ESPECÍFICOS DE CADA ÁREA DE ATUAÇÃO 
SAÚDE BUCAL 
Queixas bucais (dor, sangramento, inchaço) 
Hábitos de higiene bucal 
Situações indesejáveis (chupeta, mamadeira 
SAÚDE MENTAL 
Cárcere privado 
Egresso hospitalar 
Tentativa de suicídio 
Portador de deficiência mental 
Usuário de álcool ou outras drogas ilícitas 
Situação de violência física, sexual ou psicológica 
Abandono 
Negligência 
RISCOS ESPECÍFICOS DE CADA ÁREA DE ATUAÇÃO 
SAÚDE DA CRIANÇA 
Inadequação de alimentação para idade 
Sinais de atraso no crescimento e no desenvolvimento 
Atraso vacinal 
Alterações de comportamento 
Ausência de brinquedos 
Falta de contato com a criança 
Cuidados inadequados de higiene 
Dificuldades de aprendizagem 
Situações de risco de acidentes domésticos 
Exploração de mão de obra infantil 
Procura frequente por serviços de saúde 
RISCOS ESPECÍFICOS DE CADA ÁREA DE ATUAÇÃO 
SAÚDE DO ADOLESCENTE 
Uso e abuso de álcool, cigarro e drogas ilícitas 
Violência doméstica 
Abuso sexual 
Situação de risco nutricional / obesidade 
Evasão escolar 
Problemas escolares graves, repetência 
Gravidez na adolescência 
Comportamento de risco para IST / Aids, atraso vacinal 
SAÚDE DA MULHER 
Sem controle ginecológico anual 
Sem orientação para planejamento familiar 
Gestante sem acompanhamento do pré-natal 
Gestante em uso de medicamento 
Puérpera sem acompanhamento 
Mulheres com sangramento irregular 
Menopausa 
RISCOS ESPECÍFICOS DE CADA ÁREA DE ATUAÇÃO 
SAÚDE DO ADULTO 
Situação de risco nutricional / obesidade ; 
desnutrição / sobrepeso 
Sinais de tristeza 
Dor 
Sofrimento 
Sonolência 
Precariedade na higiene 
Atraso vacinal 
Lesões de pele 
Comportamento de risco para IST / Aids 
Uso incorreto de medicamentos 
RISCOS ESPECÍFICOS DE CADA ÁREA DE ATUAÇÃO 
SAÚDE DO IDOSO 
Isolamento social 
Reside com mais de três gerações 
Analfabetismo 
Desnutrição 
Dificuldade para o autocuidado 
Atraso vacinal 
Sinais de depressão 
PERIODICIDADE DE VISITAS DOMICILIARES ÀS FAMÍLIAS DE 
ACORDO COM OS RISCOS FAMILIARES 
• A periodicidade de visitas domiciliares às famílias pela equipe de 
saúde também leva em conta a classificação de risco familiar 
Classificação 
Risco máximo Visitas semanais 
Risco médio Visitas quinzenais 
Risco menor Visitas mensais

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