Buscar

7° PERIODO - SAÚDE COLETIVA PROGRAMAS DE SAÚDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 1 – POLITÍCA NACIONAL DE 
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA 
CRIANÇA – PNAISC 
Pirâmide etária da população total e faixas 
etárias em pobreza extrema: a maior concentração 
de extrema pobreza no brasil ocorre entre crianças e 
adolescentes. 
 
Objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) 
• O Brasil é signatário dos ODS, que reafirmaram 
os compromissos com a sobrevivência das 
crianças a ser alcançada até 2030. 
• Os ODS, se baseiam nos Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM) e 
agregaram a garantia que todas as meninas e 
meninos tenham um desenvolvimento infantil 
de qualidade, cuidados e acesso à educação 
pré-escolar até 2030. 
 
A construção da politica nacional de atenção 
integral à saúde da criança – (PNAISC) 
Instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS) através da Portaria nº 1.130, de 5 de agosto 
de 2015, a PNAISC tem por objetivo promover e 
proteger a saúde da criança e o aleitamento 
materno, mediante a atenção e cuidados integrais e 
integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, 
com especial atenção à primeira infância e às 
populações de maior vulnerabilidade, visando à 
redução da morbimortalidade e um ambiente 
facilitador à vida com condições dignas de 
existência e pleno desenvolvimento. 
 
População alvo da PNAISC 
• Gestantes 
• Parto e recém-nascido 
• Crianças – 2 a 6 meses 
• Crianças – 6 a 24 meses 
• Crianças – 2 a 5 anos 
• Escolares 
 
PNAISC considera: 
• Criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 
(nove) anos, ou seja, de 0 (zero) a 120 (cento e 
vinte) meses; e 
• Primeira infância: pessoa na faixa etária de 0 
(zero) a 5 (cinco) anos, ou seja, de 0 (zero) a 72 
(setenta e dois) meses. 
• Para fins de atendimento em serviços de 
pediatria no SUS, a PNAISC contemplará crianças 
e adolescentes até a idade de 15 (quinze) anos. 
 
Estruturação da PNAISC: 
PRINCIPIOS: 
1. Direito a vida 
2. Prioridade absoluta da criança 
3. Acesso universal a saúde 
4. Integralidade do cuidado 
5. Equidade em saúde 
6. Ambiente facilitador à vida 
7. Humanização da atenção 
8. Gestão participativa e controle 
 
DIRETRIZES 
1. Gestão interfederativa 
2. Organização das ações e serviços em Redes 
de Atenção à Saúde 
3. Promoção da saúde 
4. Fomento à autonomia do cuidado e da 
5. correspondência da família 
6. Qualificação da força de trabalho do SUS 
7. Planejamento e desenvolvimento de ações 
8. Incentivo à pesquisa e à produção de 
conhecimento 
9. Monitoramento e avaliação 
10. Intersetorialidade 
 
Eixos estratégicos PNAISC 
• Atenção humanizada e qualificada à gestação, 
ao parto, ao nascimento e ao RN 
• Aleitamento materno e alimentação 
complementar saudável 
• Promoção e acompanhamento do crescimento e 
do desenvolvimento integral 
• Atenção integral a criança com agravos 
relevantes na infância e com doenças crônicas 
• Atenção integral à criança em situação de 
violências, prevenção de acidentes e promoção 
da cultura de paz 
• Atenção à saúde de crianças com deficiência ou 
em situações especificas e de vulnerabilidade 
• Vigilância e prevenção do óbito infantil e 
materno 
 
Redes de atenção a saúde 
• Rede cegonha 
• Rede de atenção às urgências 
• Rede psicossocial 
• Rede de cuidado à pessoa com deficiência 
• Rede de atenção às doenças e condições 
crônicas 
Atenção Básica à saúde 
• Pnab, PNI, Pnan, PNSB, PSE etc. 
 
Saúde da criança na atenção básica 
Oferta das ações programáticas tradicionais, como: 
• Acompanhamento do pré-natal 
• Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento da criança 
• Acompanhamento de outros grupos de maior 
risco/vulnerabilidade. 
 
Grupos de maior risco/vulnerabilidade devem ser 
identificados para acompanhamento mais próximo 
e singularizado, em atendimentos individuais/em 
grupo e domiciliar. 
 
Crianças com agravos sociais, nutricionais 
(obesidade/desnutrição), psicossociais (crianças 
com dificuldades escolares, famílias com 
dificuldades relacionais afetando a criança), crianças 
em situação de violência, agravos clínicos (asma e 
outros problemas crônicos) e agravos de 
importância epidemiológica local. 
 
O que torna a atenção básica ordenadora do 
cuidado à criança? 
A atenção básica atua: 
• Com foco na família, em seu contexto social; 
• Em um território delimitado que permite 
conhecer as características da população 
adscrita, assim como equipamentos sociais e de 
saúde que possam ser complementares; 
• Como ordenadora dos cuidados dentro das 
Redes de Atenção à Saúde (RAS), ou seja, o 
usuário pode estar em qualquer outro serviço ou 
ponto da rede, mas sempre estará em contato 
com a Atenção Básica, que o apoia e organiza 
sua circulação pela RAS. 
 
A Atenção Básica traz para a Atenção à Criança: 
• Conhecimento da realidade epidemiológica da 
população de crianças da área de cobertura, 
para planejar intervenções coletivas em seus 
determinantes de saúde 
• Coordenação do cuidado, tanto internamente 
(entre equipe) quando em rede 
• Planejamento, programação e implementação 
de ações setoriais e intersetoriais com impacto 
na situação de saúde da criança, desde a 
gestação. 
 
 
 
Pontos chave para o desenvolvimento da 
Atenção à Saúde da Criança na Atenção Básica: 
• Integralidade no olhar à criança; 
• Atuação em equipe multiprofissional; 
• Oportunizar os momentos de cuidado; Visão 
integral dos demais pontos de atenção que 
podem ser acessados, visando garantir 
continuidade do cuidado; 
• Bom fluxo de comunicação com a rede. 
 
Eixo 1: Atenção Humanizada e qualificada à 
gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-
nascido: 
Consiste na a ampliação do acesso, da cobertura, 
qualidade e humanização da atenção obstétrica e 
neonatal, integrando as ações do pré-natal; 
acompanhamento da criança na atenção básica com 
aquelas desenvolvidas nas maternidades, 
conformando-se uma rede articulada de atenção. 
 
Eixo 2: Aleitamento materno e alimentação 
complementar saudável 
Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio 
ao aleitamento materno, iniciando na gestação, 
considerando-se as vantagens da amamentação 
para a criança, a mãe, a família e a sociedade, bem 
como a importância de estabelecimento de hábitos 
alimentares saudáveis. 
Objetivo: aumentar a prevalência do aleitamento 
materno exclusivo nos primeiros seis meses e do 
aleitamento materno por 2 anos de vida ou mais. 
 
Eixo 3: Promoção e acompanhamento do 
crescimento e do desenvolvimento integral 
Consiste na vigilância e estímulo do pleno 
crescimento e desenvolvimento da criança, em 
especial do “Desenvolvimento da Primeira 
Infância”, pela atenção básica à saúde, conforme as 
orientações da caderneta de saúde da criança, 
incluindo as ações de apoio às famílias para o 
fortalecimento de vínculo familiares. 
• Disponibilização da caderneta de saúde da 
criança com atualização periódica do seu 
conteúdo 
• Qualificação do acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento da primeira 
infância pela atenção básica 
• Comitê de especialistas e de mobilização social 
para o desenvolvimento integral da primeira 
infância no âmbito do SUS 
• Apoio à implementação do Plano Nacional pela 
Primeira Infância 
 
Eixo 4: Atenção integral à criança com agravos 
prevalentes na infância e com doenças crônicas 
Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e 
a qualificação do manejo de doenças prevalentes na 
infância e ações de prevenção de doenças crônicas 
e de cuidados dos casos diagnosticados, com 
fomento da atenção e internação domiciliar sempre 
que possível 
• Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na 
Infância (AIDPI) 
• Construção de diretrizes de atenção e linhas 
de cuidado 
• Fomento da atenção e internação domiciliar 
 
Eixo 5: atenção integral à criança em situação de 
violência, prevenção de acidentes e promoção da 
cultura de pazConsiste em articular ações e estratégias da rede de 
saúde para: 
• Prevenção de violências; 
• Acidentes e promoção da cultura de paz; 
• Serviços especializados; 
• Processos formativos para a qualificação da 
atenção à criança em situação de violência 
de natureza sexual, física e psicológica, 
negligência e/ou abandono. Visando à 
implementação de linhas de cuidado na 
Rede de Atenção à Saúde e na rede de 
proteção social no território. 
 
Eixo 6: atenção à saúde da criança com 
deficiência ou em situação especifica e de 
vulnerabilidade 
Consiste na articulação de um conjunto de 
estratégias intra e intersetoriais, para inclusão dessas 
crianças nas redes temáticas de atenção à saúde, 
mediante a identificação de situação de 
vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, 
reconhecendo as especificidades deste público para 
uma atenção resolutiva. 
• Articulação e intensificação de ações para 
inclusão de crianças com deficiências, 
indígenas, negras, quilombolas, do campo, 
das águas e da floresta, e crianças em 
situação de rua, entre outras nas redes 
temáticas 
• Apoio a implementação do protocolo 
nacional para atenção integral de crianças 
em situação de risco e desastres 
• Apoio à implementação das diretrizes para 
atenção integral à saúde de crianças em 
situação de trabalho infantil 
 
Eixo 7: vigilância e prevenção do óbito infantil, 
fetal e materno. 
Consiste na contribuição para o monitoramento e 
investigação da mortalidade infantil e fetal e 
possibilita a avaliação de medidas necessárias para 
a prevenção de óbitos evitáveis. 
• Identificação dos óbitos infantis, fetais e 
mulheres em idade fértil; 
• Investigação domiciliar, ambulatorial, 
hospitalar, serviços de verificação 
• de óbito e institutos de medicina legal dos 
óbitos infantis, fetais e maternos; 
• Discussão dos casos, análise da evitabilidade, 
identificação e recomendações de medidas 
necessárias para a prevenção de novas 
ocorrências. 
 
Cuidado compartilhado da Atenção Básica com 
outros pontos de atenção 
Os serviços de atenção à criança no ambiente 
hospitalar e ambulatorial especializado, entre outros 
de maior complexidade e densidade tecnológica, 
serão referenciados pelas portas de entrada das 
redes: 
• Atenção Básica; 
• Atenção à Urgência e Emergência; 
• Atenção Psicossocial; e 
• Redes especiais de acesso aberto 
 
Outra necessidade é a integração com a Atenção 
Hospitalar para a vigilância da saúde da criança que 
necessitou de internação, em qualquer momento da 
vida, para continuidade de assistência e o cuidado 
após a alta, prevenindo-se internações evitáveis 
(Internações por Condições Sensíveis à Atenção 
Primária – ICSAP). 
 
Saúde da Criança na Atenção Básica: ações 
específicas 
Programa nacional de imunização – PNI 
• As ações de vacinação são coordenadas pelo 
Programa Nacional de Imunizações (PNI), com o 
objetivo de erradicar, eliminar e controlar as 
doenças imunopreveníveis no território 
brasileiro. 
• Os registros, na Caderneta de Saúde da 
Criança, das vacinas do Calendário Nacional de 
Vacinação recebidas pela criança, devem ser 
sempre observados pelos profissionais da 
Atenção Básica e mesmo de outros serviços de 
saúde que venham a ter contato com ela, com o 
objetivo de que esteja sempre com a vacinação 
atualizada (BRASIL, 2014). 
Programa saúde na escola – PSE 
São inúmeras as possibilidades de atuação: 
desenvolvimento de atividades lúdicas de promoção 
da saúde, identificação precoce e oportuna de 
problemas de saúde, desenvolvimento e 
aprendizagem, na construção de estratégias que 
evitem a medicalização das dificuldades escolares, 
qualificação dos profissionais, familiares e 
responsáveis, ampliando a capacidade de produzir 
diálogo e vínculos entre as partes envolvidas. 
 
Atenção à Saúde Bucal 
• A Política Nacional de Saúde Bucal, intitulada 
Brasil Sorridente, pauta-se nos princípios e nas 
diretrizes do SUS. Na Atenção Integral à Saúde 
da Criança essa política se insere de forma 
transversal, integral e intersetorial nas linhas de 
cuidado direcionadas à mulher e à criança, com 
o objetivo de promover a qualidade de vida 
desse público, por meio das ações de promoção, 
prevenção, cuidado, qualificação e vigilância em 
saúde (BRASIL, 2004). 
• O acesso à saúde bucal deve ter início no pré-
natal e será incorporado no acompanhamento 
do crescimento e no desenvolvimento da 
criança. 
 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA 
ATENÇÃO BÁSICA 
• Avaliação do Crescimento e Desenvolvimento; 
• Avaliação da Imunização; 
• Avaliação e orientação sobre Alimentação: 
Aleitamento materno e Alimentação 
Complementar; 
• Orientações para a família sobre a Prevenção de 
Acidentes. 
 
Programa de Crescimento e Desenvolvimento 
Infantil (CD) 
Principais ações: 
• Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento infantil; 
• Realização da Triagem neonatal (Teste do 
pezinho, Teste do olhinho, Teste da orelhinha, 
Coraçãozinho...) 
• Estímulo e apoio ao aleitamento materno e 
orientação para alimentação saudável; 
• Diagnóstico e tratamento das doenças 
prevalentes na infância; 
• Registros na CADERNETA DA CRIANÇA. 
 
 
Consulta de enfermagem do Programa CD 
• ANAMNESE (histórico de saúde, triagem 
neonatal, vacinação, queixa atual, sintomas, tipo 
de aleitamento e alimentação, hábitos, avaliar 
convivência familiar e social, sinais de 
negligência e outras violências); 
• EXAME FÍSICO (avaliar crescimento e 
desenvolvimento psicomotor, exame 
cefalocaudal, registrar no cartão); 
• CONDUTA (estimular aleitamento materno, 
ações para estimular desenvolvimento, avaliar 
situações de risco e perigo, solicitar exames 
complementares se necessário, realizar 
prescrições de enfermagem,). 
 
 
Em todas as consultas de rotina, o profissional de 
saúde deve avaliar e orientar sobre: 
• Alimentação da criança; 
• Peso, comprimento ou altura e perímetro 
cefálico (este último até os 2 anos); 
• Vacinas; 
• Desenvolvimento; 
• Prevenção de acidentes; 
• Identificação de problemas ou riscos para a 
saúde; 
• Outros cuidados para uma boa saúde. 
 
Noções importantes 
• Crescimento: tamanho + peso = 
quantitativamente 
• Desenvolvimento: habilidades + competências 
+ do simples para o complexo = 
qualitativamente 
 
Crescimento: 
Aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa 
com o término do aumento em altura (crescimento 
linear) 
 
Um dos melhores INDICADORES DE SAÚDE DA 
CRIANÇA 
 
 
 
 
• O planejamento familiar; 
• Assistência adequada no pré-natal, ao parto e 
puerpério; 
• Medidas de promoção, proteção e recuperação 
da saúde nos primeiros anos de vida. 
 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO 
Como avaliar o crescimento? 
• Exame antropométrico que consiste na 
verificação do peso, estatura e perímetro 
• Peso e estatura: São os dois indicadores 
mais importantes na avaliação do 
crescimento. 
• O peso é um excelente indicador das 
condições de saúde e nutrição da criança 
• Dois primeiros anos – elevada. 
• Após os dois primeiros anos - declínio 
gradativo e pronunciado até os cinco anos 
de idade. 
• A partir do quinto ano, a velocidade de 
crescimento é praticamente constante, de 
5 a 6 cm/ano até o início do estirão da 
adolescência - em torno dos 11 anos de 
idade nas meninas e dos 13 anos nos 
meninos. 
• A velocidade de crescimento geral não é 
uniforme ao longo dos anos e os diferentes 
órgãos, tecidos e partes do corpo não 
crescem com a mesma velocidade. 
 
 
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE MEDIÇÃO 
ANTROPOMÉTRICA 
Comprimento/altura: comprimento (crianças de 0 a 
23 meses - deitada) 
• Instrumentos de medição: a medição do 
comprimento da criança de 0 a 23 meses é feita 
deitada sobre uma mesa antropométrica ou 
com o auxílio de uma régua antropométrica 
sobre uma superfície plana. 
 
PESO 
• 4-5 meses: dobra de peso 
• 1 ano: triplicade peso 2 anos: quadruplica 
• Durante segundo ano: 2,5kg 
• Pré-escolar: 2kg/ano Escolar: 3,5kg/ano 
 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
• Indica crescimento do cérebro (até 36 meses); 
• Avaliado mensalmente até o segundo ano de 
vida; 
• Aumento: primeiros 6 meses: aprox.1,5 
cm/mês. Segundo semestre: 0,5 cm/mês. 
 
O PC aumenta 10 cm no primeiro ano de vida e mais 
10 cm nos 20 anos seguintes (80 a 85% do 
crescimento do PC se faz até 4 a 5 anos e 35% até os 
6 anos). 
 
Crescimento do PC de 0 a 3 anos 
1º trimestre: crescimento de 2 cm/mês; 
2º trimestre: crescimento de 1 cm/mês; 
2º semestre: crescimento de 0,5 cm/mês. 
 
ESTATURA 
• Mais estável e regular 
• Os aumentos no 
comprimento ocorrem em 
estirões repentinos 
 
Ganho estatural médio de 0 a 4 
anos 
• 0 a 3m: 3cm/mês 
• 3 a 6m: 2cm/mês 
• 6m a 1a:1-1,5cm/mês 
• 1 a 2a: 1cm/mês 
• 2 a 4a:0,75cm/mês 
 
Estimativa de estatura 
• Ao nascer: aprox. 50cm 
• 1a: aprox. 75cm 
• 2a: aprox. 82 cm 
• 3a: aprox. 91cm 
• 4a: aprox. 1m 
 
 
PESO 
Importante indicador das condições de 
saúde e da nutrição da criança 
• Parâmetro de fácil obtenção e sensível 
• Nascimento: 3000 a 3500g 
• Perda fisiológica: 10% do peso do 
nascimento (até 5° dia) 
• Recuperação até o 10° dia de vida 
 
PESO DO NASCIMENTO + AUMENTOS 
MENSAIS 
Ganho ponderal médio mensal: 
1° trimestre: 25 a 30 gr/dia = 700gr/mês 
2° trimestre: 20gr /dia = 500gr/mês 
3° trimestre: 15gr/dia = 400gr/mês 
4° trimestre: 10gr/dia = 350gr/mes 
Estimativa do PC: 
12m:aprox. 47 cm; 18m: aprox. 48 cm; 2a: aprox. 
49 cm 13a: aprox. 50 cm; na idade adulta: aprox. 
57 cm 
 
 
 
BREGMÁTICA 
Ao nascimento: 4-6cm (maior diâmetro) 
• Fechamento: 12-18 meses 
• Avaliar: Tensão e abaulamento 
 
LAMBDÓIDE 
Pequena fontanela Posterior 
Ao nascimento: 1-3cm 
• Fechamento: 6 - 8 Semanas de vida 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
Refere-se às mudanças qualitativas, tais como 
aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e 
funções, que permitem à criança realizar coisas 
novas, progressivamente mais complexas, com uma 
habilidade cada vez maior. 
 
O crescimento 
termina em determinada idade, quando esta 
alcança a sua maturidade biológica 
≠ 
O desenvolvimento 
é um processo que acompanha o homem através 
de toda a sua existência 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
DESENVOLVIMENTO 
Há fatores que interferem desenvolvimento infantil 
e que iniciam mesmo antes do nascimento e 
continuam durante toda a vida dos indivíduos. 
 
1. Aspectos biológicos e psicológicos da própria 
criança 
• Tendências hereditárias (ex.: propensão a 
determinada doença); 
• Constituição física, sexo (menino ou 
• menina); 
• Tipo de personalidade (ex.: 
introvertida/extrovertida). 
 
2. Família 
• Nível socioeconômico 
• Religião e cultura 
• Casamento/divorsio 
• Forma de comunicação entre pais e filhos 
 
3. Escola: 
• Professores 
• Colegas 
• Proposta pedagógica e metodologia de 
ensino 
• Avaliação da aprendizagem e do 
comportamento 
 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
O desenvolvimento cognitivo é um processo 
interno, mas pode ser observado e "medido 
“através das ações e da verbalização da criança. 
Envolve: 
 
O processo de pensamento, o qual inclui as 
seguintes capacidades: 
• Compreensão dos fatos que ocorrem à sua volta; 
• Percepção de si mesmo e do ambiente; 
• Percepção de semelhanças e diferenças; 
• Memória; 
• Execução de ordens; 
• Compreensão de conceitos de cor e de forma; 
• Compreensão de tamanhos; 
• Compreensão de espaço; 
• Aquisição de conceitos e o estabelecimento de 
relações entre fatos e conceitos; 
• Compreensão de tempo e a relação dos 
conceitos entre si. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 
É a capacidade de realizar movimentos por 
determinação da própria vontade: 
• Habilidades: posição ereta/caminhar, 
coordenação/manipulação de objetos 
• Exemplos: sentar-se, apanhar e largar, empilhar, 
ficar de pé, caminhar, etc. 
 
É produto de: amadurecimento do SNC 
(cefalocaudal e próximo-distal) 
• Estímulo 
• Aprendizagem 
 
 
 
LINGUAGEM 
Não é simples trabalho de imitação: é aprendizagem 
complexa; 
É produto de: 
• atividade intelectual 
• estimulação social 
Permite expressar ideias, sensações e emoções: 
 
 
 
COMUNICAÇÃO 
• requer comportamento relacionados a: 
o audição 
o compreensão 
o expressão 
 
 
 
SUPLEMENTAÇÃO VITAMINA A 
• Crianças 6m a < 1 ano: 100.000UI (cápsula 
amarela) 
• Criança 1ano a <5 anos:200.000UI 
(cápsula vermelha) 
 
Obs: Agendar retorno para nova dose a cada 6 
meses. Não administrar em crianças que fazem uso 
de polivitamínicos que contenham Vit. A. Registrar 
procedimento no cartão da criança e planilha 
própria. 
 
SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO: 
A partir dos 6m de idade: 5ml solução xarope 
diariamente antes do almoço (manter até 24 meses). 
 
 
 
 
Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 2 – POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER 
(PNAISM) 
Visam diminuir as desigualdades sociais, 
econômicas e culturais, essas desigualdades 
colaboram para os processos de adoecer e morrer 
das populações e de cada pessoa em particular. 
 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher (PNAISM) foi elaborada em 2004, a partir de 
diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da 
mulher no Brasil e do reconhecimento da 
importância de se contar com diretrizes que 
orientassem as políticas de Saúde da Mulher. 
 
Objetivos gerais da PNAISM 
• Promover melhoria das condições de vida e 
saúde das mulheres brasileiras, garantindo e 
fazendo valer seus direitos. 
• Propor medidas e ações que reduzam a 
morbidade e mortalidade femininas por causas 
preveníveis e evitáveis. 
• Visa diminuir as desigualdades, principalmente, 
a desigualdade de gênero. 
 
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 
Trata-se do conjunto de ações que auxiliam 
mulheres e homens a planejar a chegada dos filhos, 
e também a prevenir gravidez indesejada. 
• O direito ao Planejamento Reprodutivo está 
garantido na Constituição Brasileira e na Lei 
9.263 de 12 de janeiro de 1996. 
 
É RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO: 
• Informar sobre o desenvolvimento corporal, 
em relação à sexualidade e reprodução; 
• Orientar sobre gravidez e as consequências 
de uma gravidez não-desejada; 
• Explicar a anatomia e fisiologia da 
sexualidade humana e sua função 
reprodutiva; 
• Discorrer sobre métodos contraceptivos; 
• Explanar os riscos de infecções sexualmente 
transmissíveis como HIV/AIDS, hepatites B e 
C, sífilis e herpes genital. 
 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Do que se trata? 
São métodos ou substâncias que evitam a gravidez 
e/ou DST’s. Têm como meta impedir que o 
espermatozoide encontre o ovócito ou que o 
embrião se implante no útero. É obrigatoriedade do 
Estado fornecer meios adequados de prevenção e 
controle de gravidez e doenças sexualmente 
transmissíveis. 
 
Podem ser divididos em: 
• Métodos de barreira 
• Métodos comportamentais 
• Métodos hormonais 
• Métodos cirúrgicos 
 
 
 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
É responsável pela morte de milhares de mulheres 
em todo o mundo, devendo ser devidamente 
prevenido e controlado. 
 
É comprovado que 99% das mulheres que têm 
câncer do colo uterino, foram antes infectadas pelo 
vírus HPV. No Brasil, cerca de 7.000 mulheres 
morrem anualmente por esse tipo de tumor. 
 
O útero da mulher é composto por colo, corpo e 
fundo. Inicialmente, o tumor limita-se à região do 
colo. Sua evolução ocorre vagarosamente e é 
curável na quase totalidade dos casos. 
 
Se não for tratado 
em tempo hábil, 
pode estender-se 
para todo o útero e 
outros órgãos 
 
 
 
 
 
 
PROGRESSÃO DO CÂNCER DE COLO 
UTERINO 
• Displasia: alteração anormal que afeta as células 
da superfície da cérvix, produzindo lesões. 
• Estágio 0- Carcinoma in situ: o câncer está 
superficial no colo do útero,não atingindo 
camadas mais profundas de tecidos. 
• Estágio 1: O tumor atinge tecidos mais 
profundos, mas se limita ao útero. 
• Estágio 2: O tumor invade áreas vizinhas ao colo 
uterino como a vagina, mas ainda está dentro da 
área pélvica 
• Estágio 3: O tumor se espalha para a parte 
inferior da vagina ou da parede pélvica. O tumor 
pode estar bloqueando os ureteres. 
• Estágio 4: O tumor atinge a bexiga ou o reto, ou 
até mesmo locais distantes, como pulmões 
(metástase). 
 
FATORES DE RISCO 
• Baixa condição socioeconômica; 
• Hábitos de vida (má higiene e o uso prolongado 
de contraceptivos orais); 
• Atividade sexual antes dos 18 anos; 
• Gravidez antes dos 18 anos; 
• Vício de fumar; 
• Infecção por Vírus Papilomavírus Humano (HPV) 
e o Herpes vírus Tipo II (HSV); 
• Mulher tem muitos parceiros (ou tem relações 
com um homem que teve muitas parceiras). 
 
SINTOMATOLOGIA 
Na fase inicial da doença, não há sintomas 
característicos, sendo apenas o exame de 
Papanicolau capaz de indicar a sua presença. Em 
seguida, vale destacar: 
• Pequeno sangramento vaginal ou entre 
menstruações 
• Menstruações mais longas e volumosas que 
o normal 
• Dor durante relações sexuais 
• Secreção vaginal espessa, que pode 
apresentar cheiro 
• Dor pélvica 
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
Através do exame de colposcopia com biópsia 
detecta-se a área atingida e o tratamento ocorre 
conforme evolução da doença. 
Vai desde uma cauterização até a retirada de parte 
do útero ou o órgão por completo. Às vezes é 
necessário tratamento quimio e/ou radioterápico. 
VACINA CONTRA O HPV 
Papiloma Vírus Humano – HPV 
 
Vírus transmitido pelo contato direto com pele ou 
mucosas infectadas por meio de relação sexual. 
Também pode ser transmitido de mãe para filho no 
momento do parto. 
• 290 milhões de mulheres no mundo são 
portadoras do HPV. 
• A vacina possui eficácia de 98,8 por cento contra 
o câncer de colo de útero. 
• População alvo: 
o Meninas de 9 a 11 anos de idade. 
• Confere proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18. 
• Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco 
anos. 
 
É uma prevenção do câncer do colo do útero. A 
vacina não substitui a realização do exame 
preventivo (Papanicolau) ou uso de preservativos. 
 
CONSULTA GINECOLÓGICA 
• Anamnese 
• Exame físico geral 
• Exame pélvico 
• Papanicolau 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA 
PREVENÇÃO ASSISTÊNCIA AO CÂNCER DE 
MAMA 
Importância da área: o objetivo principal da 
enfermagem é o cuidado da mulher assistia no 
tratamento do câncer de mama 
• Esclarecimento sobre a doença e suas opções 
de tratamento; 
• Cuidado pós-cirúrgico, promoção do 
autocuidado, apoio, alívio da dor 
• Tratamento das complicações 
• Incentivo e coragem que a assistida necessita 
para enfrentar o câncer e suas possíveis 
consequências 
 
Além disto, a enfermagem busca cuidar da mulher 
como um todo, fazendo um levantamento de sua 
idade, orientando e prevenindo possíveis patologias 
 
A equipe de enfermagem tem participação 
fundamental no processo educativo para a saúde 
 
O desconhecimento por parte das mulheres como 
paciente favorece a prática da técnica de prevenção 
disponível. 
 
O processo educacional deve ser dirigido tanto a 
população geral, quanto aos profissionais de saúde, 
visando ao diagnóstico precoce e prevenção 
 
PRÉ-NATAL 
Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, 
que dispõe sobre a regulamentação do exercício da 
Enfermagem, do Decreto nº 94.406, de 08 de junho 
de 1987, o qual regulamenta a Lei nº 7.498, e da 
resolução COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz: 
 
“o pré natal de baixo risco pode ser inteiramente 
acompanhado pela enfermeira” 
CONSULTA DE PRÉ-NATAL 
• Captação da gestante para o acompanhamento 
pré-natal; 
• Abertura e preenchimento do prontuário; 
• Solicitação de exames; 
• Preenchimento do SisPreNatal; 
• Preenchimento do cartão da gestante; 
• Calendário de vacinas e orientações; 
• Estimulação a atividades educativas 
 
INÍCIO DO PRÉ-NATAL 
Após a confirmação da gravidez, em consulta 
médica ou de enfermagem, dá-se início ao 
acompanhamento da gestante, com seu 
cadastramento no SisPreNatal. 
 
A partir desse momento, a gestante deverá receber 
as orientações necessárias referentes ao 
acompanhamento de pré-natal: sequência de 
consultas, visitas domiciliares e grupos educativos. 
Deverão ser fornecidos: 
• O cartão e a caderneta da gestante 
• O calendário de vacinas e suas orientações 
• As orientações sobre a participação de 
atividades educativas 
 
GRAVIDEZ 
A gestação normalmente tem duração aproximada 
de 280 dias ou 9 meses ou 40 semanas, podendo 
variar de 38 a 42 semanas gestacionais, período em 
que ocorre todo o desenvolvimento embrionário e 
fetal. 
Sinais e sintomas: 
• Amenorreia; 
• Náuseas com ou sem vômitos; 
• Polaciúria; 
• Alterações mamárias. 
 
Sinais de probabilidade: 
• Aumento uterino; 
• Mudança da coloração da região vulvar; 
• Colo amolecido; 
• Testes de gravidez. 
 
Sinais de certeza: 
• Batimento cardíaco fetal (BCF); 
• Contornos; 
• Visualização do embrião pela 
ultrassonografia. 
 
 
CALENDÁRIO DE CONSULTAS 
O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6, 
com acompanhamento intercalado entre Médico e 
Enfermeiro. As consultas devem ser realizadas 
conforme o seguinte cronograma: 
• Até 28 semanas – mensalmente 
• Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente 
• Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente 
 
ROTEIRO DAS CONSULTAS 
Para a realização das consultas de pré-natal devem 
ser realizados: 
I. Anamnese com todos os componentes da 
história clínica da gestante 
II. Exame físico geral e especifico 
III. Prescrição de medicamentos (ácido fólico e 
sulfato ferroso) 
IV. Solicitação dos exames complementares 
V. Condutas gerais 
 
1° CONSULTA – ANAMNESE 
Na primeira consulta, deve-se pesquisar os aspectos 
socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, 
os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e 
obstétricos, além da situação da gravidez atual. 
• As anotações deverão ser realizadas tanto no 
prontuário da unidade quanto no Cartão e 
na Caderneta da Gestante. 
 
1° CONSULTA: EXAME FÍSICO GERAL 
• Peso 
• Altura 
• IMC 
• Sinais vitais 
• Inspeção de pele e mucosas 
• Palpação da tireoide, região cervical, 
supraclavicular e axilar 
• Inspeção e palpação das mamas 
• Ausculta cardiopulmonar 
• Avaliação abdominal 
• Pesquisa de edema (membros inferiores, 
face, região sacra, tronco) 
• Avaliação da genitália 
1° CONSULTA: SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
COMPLEMENTARES 
• Hemograma completo 
• Tipagem sanguínea e fator Rh 
• Coombs indireto (se gestante Rh negativa) 
• Glicemia jejum 
• Teste rápido de triagem para sífilis e/ou 
VDRL/RPR 
• Teste rápido anti-HIV 
• Anti-HIV 
• Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
• Urocultura + urina tipo 1 
• Ultrassonografia obstétrica (confirmação de 
IG e outras indicações) 
• Toxoplasmose IgM e IgG 
• Parasitológico de fezes (se houver indicação 
clínica) 
• Colpocitologia oncótica (se necessário) 
• Exame de secreção vaginal (se necessário) 
• Eletroforese de hemoglobina (se houver 
indicação clínica) 
 
CONSULTAS SUBSEQUENTES: ANAMNESE 
Anamnese sucinta: deve-se enfatizar a pesquisa das 
queixas mais comuns na gestação e dos sinais de 
intercorrências clínicas e obstétricas. 
 
Suplementação: 
• Ácido fólico – vitamina B9 (5mg – 1cp/dia) 
• Sulfato ferroso – 40mg 1cp/dia (depende) 
 
CLIMATÉRIO 
Climatério: Definido pela OMS como uma fase 
biológica da vida e não um processo patológico, que 
compreende a transição entre o período reprodutivo 
e o não reprodutivo da vida da mulher 
 
Menopausa: é um marco dessa fase, 
correspondendo ao ultimo ciclo menstrual (48 aos 
50 anos) 
 
INTRODUÇÃO 
• O climatério, uma nova fase 
• As alteraçõesfisiológicas acarretadas pelo 
climatério 
• O climatério e suas consequências sobre a 
sexualidade da mulher 
• o cuidar em enfermagem: no climatério, na 
sexualidade e o conhecimento do enfermeiro 
sobre sexualidade das mulheres no climatério. 
Uma questão de promoção à saúde. 
 
• sintomas vasomotores: 
o fogachos 
o palpitações 
• nervosismo 
• irritabilidade 
• insônia 
• depressão 
• diminuição da libido 
• problemas cardiovasculares 
• distúrbios genitais 
o vaginite atrófica 
o secura vaginal 
o infecções 
o vaginais 
• enfraquecimento e queda do cabelo 
• afinamento da pele, ressecamento 
• aumento do risco de osteoporose, com 
maior propensão a fraturas 
• atrofia das glândulas mamárias 
• distúrbios urinários 
o ardor ao urinar 
o urgência urinária 
 
ACOMPANHAMENTO PÓS-MENOPAUSA 
EXAMES DE ROTINA 
• exame físico 
• exame laboratoriais 
o glicemia de jejum 
o colesterol total e fração 
o triglicerídeos 
o TSH (a cada 3-5 anos) 
• Exames complementares 
o Colpocitologia oncótica (endocervical) 
o Mamografia anual 
o Ultrassom endovaginal 
o Pesquisa sangue oculto nas fezes 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
INDIVIDUALIZADOS 
• Exames laboratoriais 
o Hemograma 
o Urina Rotina 
o Provas de função renal 
o Provas de função hepática 
o Frações de colesterol 
o Curva de tolerância a glicose 
• Teste de esforço 
• Raio-x tórax 
• Densitometria óssea 
 
 
 
SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO 
• Características da fase do climatério 
• Medo 
• Vergonha/tabu 
• Imagem e imaginário 
• Qualidade de vida prejudicada 
• Tema pouco conhecido 
 
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
Refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no 
gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, 
sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera 
pública como privada. Dessa forma, a violência 
contra as mulheres é uma manifestação da relação 
de poder historicamente desigual entre homens e 
mulheres. 
“...causa enorme sofrimento; deixa marcas nas 
famílias, afetando as várias gerações e empobrece as 
comunidades. Impede que as mulheres realizem as 
suas potencialidades, limita o crescimento 
econômico e compromete o desenvolvimento”. (Kofi 
Annan, Secretário-Geral da ONU) 
 
Dados 
• No Brasil, quase 2,1 milhões de mulheres são 
espancadas por ano, sendo 175 mil por mês, 
5,8 mil por dia, 4 por minuto e uma a cada 15 
segundos. 
• Em 70% dos casos, o agressor é uma pessoa 
com quem ela mantém ou manteve algum 
vínculo afetivo. 
PROBLEMA PESSOAL? 
Muitos profissionais acreditam que a violência 
doméstica é um problema pessoal e privado e, por 
isso, eles não têm o direito de intrometer-se nesse 
tipo de assunto, já que é um problema social ou 
legal, mas não um problema de Saúde Pública. 
Pensam, também, que as mulheres gostam de 
apanhar, senão não ficariam com o agressor. 
 
As percepções descritas acima são todas 
equivocadas, o que contribui para a perpetuação da 
violência contra a mulher, uma vez que o profissional 
perde a oportunidade de realizar uma intervenção 
qualificada. 
 
VIOLÊNCIA COMO PROBLEMA DE SAÚE 
PÚBLICA 
É preciso deixar claro para a comunidade que esta é 
uma demanda também da Unidade de Saúde; 
 
Como fazer isto: 
• Não fechar os olhos; 
• Instrumentalizar-se; 
• Utilizar recursos: vídeos, cartazes, folders, 
mural, campanhas, enquetes, trabalhar em 
grupos já existentes, montar novos grupos; 
• Saber que as demandas vão extrapolar a área 
da saúde; 
• Conhecer as REAIS atribuições da Rede. 
 
CONDUTA 
Profissional atua no sentido de: 
• Escutar calmamente a história e suas 
expectativas em relação à assistência 
• Verificar a presença de alguém que possa 
coibir o relato 
• Evitar julgamentos 
• Buscar entender o problema, a origem do 
sofrimento e as dificuldades que tem para 
sair da dinâmica abusiva 
• Não ter postura investigativa/policialesca 
• Não fazer questionamentos pra satisfazer 
sua curiosidade, ou seja, direcionar as 
perguntas para fatos relevantes que 
elucidarão o caso e auxiliarão na tomada de 
decisão 
o Condita da equipe 
o De encaminhamentos à rede 
intersetorial 
o Da usuária 
• Evitar prescrições de comportamento 
baseado em “achismo”, conceitos 
particulares, para tanto, manter amparo em 
protocolos clínicos, legislação vigente, 
normativa 
• Empatia x resiliência 
• Mapear conjuntamente a rede de suporte 
social que ela já tem ou pode acionar, como 
seu trabalho, amigos, família e recursos 
materiais 
 
ACOLHIMENTO 
• Oferecer atendimento humanizado. 
• Tratar a mulher como gostaria de ser tratado 
• Tratar a usuária com respeito e atenção 
• Disponibilizar tempo para uma conversa 
tranqüila. 
• Manter sigilo das informações. 
• Proporcionar privacidade. 
• Colocar-se no lugar da pessoa. 
• Notificar o caso. 
• Evitar a revitimização. 
• Afastar culpas 
• Validar sofrimento. 
 
POSSÍVEIS INDICADORES DE VIOLÊNCIA 
CONTRA A MULHER 
• Transtornos crônicos, vagos e repetitivos. 
• Entrada tardia no pré-natal. 
• Companheiro muito controlador; reage 
quando separado da mulher. 
• Infecção urinária de repetição (sem causa 
secundária) 
• Dor pélvica crônica 
• Síndrome do intestino irritável 
• Transtorno na sexualidade 
• Complicações em gestações anteriores, abortos 
de repetição 
• Depressão 
• Ansiedade 
• Dor crônica em qualquer parte do corpo ou 
mesmo sem localização precisa 
• Dor que não tem nome ou lugar 
• História de tentativa de suicídio 
• Lesões físicas que não se explicam de forma 
adequada 
• Fibromialgia 
 
PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA 
DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
Profissional atua no sentido de: 
• mapear potenciais riscos que a mulher pode 
correr e avaliar junto com a mulher os riscos, 
tentativas anteriores e formas de prevenção; 
• partindo das questões trazidas pelas mulheres 
em atendimento, informar que a violência é 
uma situação de alta ocorrência, tem caráter 
social e está associada às desigualdades de 
direitos entre o homem e a mulher; 
• discutir os planos da mulher para a vida dela, 
buscando encontrar alternativas à situação 
atual. 
 
NOTIFICAÇÃO DOS CASOS 
A Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, 
define a Lista Nacional de Notificação Compulsória 
de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos 
serviços de saúde públicos e privados em todo o 
território nacional. Nesta, a violência sexual e a 
tentativa de suicídio passam a ter notificação 
imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de 
Saúde. 
 
 
Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 3 – PROGRAMA DE SAÚDE DO 
IDOSO 
Segundo os dados do IBGE a população idosa 
chega cerca de 28 milhões de pessoas. 
• 13% da população é idosa 
• Esperança de vida ao nascer – 75,5 anos 
• Esperança de vida ao nascer aumenta 30 
anos desde 1940 a 2019 
 
 
Estimativas do IBGE apontam que em 2030 o 
número de idosos será maior que o número de 
pessoas de 0 a 14 anos. Os idosos chegarão a 41,5 
milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 
milhões (17,6% da população). 
 
Estimativas da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) apontam que de 1950 a 2025 a quantidade 
de idosos no país aumentará quinze vezes, já a 
população total, cinco. 
 
Dado: transição demográfica e epidemiológica 
• O perfil epidemiológico da população idosa 
brasileira é caracterizado pela tripla carga de 
doenças, com forte predomínio das condições 
crônicas, prevalência de elevada mortalidade e 
morbidade por condições agudas decorrentes 
de causas externas e agudizações de condições 
crônicas. 
• A maioria dos idosos apresenta doenças e 
disfunções orgânicas, mas esse quadro não 
significa necessariamente limitação de suas 
atividades, restrição da participação social ou 
do desempenho do seu papel social. 
 
Dados – limitação funcional 
• Idosos do Brasil 
o 70 % independentes para 
autocuidadoo 23% com alguma limitação funcional 
o 7% dependentes 
ENVELHECER NO BRASIL – 
PARTICULARIDADES 
• Heterogeneidade dos processos de 
envelhecimento marcada por fatores 
socioeconômicos, acesso serviços públicos, 
hábitos de vida, aspectos culturais (Ex: pessoas 
em pleno vigor físico e mental e outras mais 
vulneráveis) 
• Doenças e Agravos CrôQualidade de vida 
relacionada a capacidade funcional 
importância do desenvolvimento de ações para 
manutenção da autonomia e independência. 
• nicos como principais causas de 
morbimortalidade, incapacidade e perda de 
qualidade de vida, gerando situação de 
dependência e necessidade de cuidados 
contínuos 
• Novos portes e arranjos familiares 
demandam uma política intersetorial de 
cuidados 
• Necessidade de intervenções 
multidimensionais e Intra/intersetoriais 
Construção e fortalecimento de alternativas 
assistenciais (diferentes modalidades), 
parcerias intra e intersetoriais, serviços de base 
territorial, etc 
 
Considerar as especificidades da Pessoa Idosa na 
organização/qualificação da atenção implica em: 
Um novo paradigma das práticas de saúde, tendo 
como foco o “cuidado”, com ampliação do olhar 
para além do modelo biomédico. 
 
Reconhecer as peculiaridades da pessoa idosa 
quanto à apresentação, instalação e desfechos dos 
agravos em saúde, traduzidas pela maior 
vulnerabilidade a eventos adversos, necessitando 
de intervenções multidimensionais e 
multisetoriais. 
 
nesse novo paradigma é fundamental identificar 
condicionantes e determinantes do processo 
saúde/doença, em particular no que tange à 
capacidade funcional 
 
A perda da funcionalidade contribui 
significativamente para o comprometimento da 
qualidade de vida da pessoa, de seus familiares e 
cuidadores. Tanto que representa o condicionante 
mais importante de desfechos desfavoráveis na 
pessoa idosa, como hospitalização, 
institucionalização e morte, com grande impacto 
social e econômico. 
Dados – limitação funcional 
PNS 2013 
• % de idosos com alguma limitação funcional 
o 30,1% 
o 6,8 ABVD 
• Estimativa de idosos brasileiros que precisam de 
ajuda para realizar atividades de vida diária 
o 6,5 milhões 
o 360 mil não recebem cuidados 
• Familiares não remunerados são a principal 
fonte de ajuda para idosos que necessitam de 
apoio para realizar atividades de vida diária. 
• ABVD: atividade básica de vida diária. 
 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚE DA PESSOA 
IDOSA – PT. N° 2528/2006 
Finalidade: promover, manter e recuperar a 
autonomia e a independência dos indivíduos 
idosos, direcionando medidas coletivas e individuais 
de saúde para esse fim, em consonância com os 
princípios e diretrizes do sistema único de saúde 
 
“Não se fica velho aos 60 anos. O envelhecimento é 
um processo natural que ocorre ao longo de toda a 
experiência de vida do ser humano, por meio de 
escolhas e de circunstâncias. O preconceito contra a 
velhice e a negação da sociedade quanto a esse 
fenômeno colaboram para a dificuldade de se 
pensar políticas específicas para esse grupo. Ainda 
há os que pensam que se investe na infância e se 
gasta na velhice. Deve ser um compromisso de todo 
gestor em saúde compreender que, ainda que os 
custos de hospitalizações e cuidados prolongados 
sejam elevados na parcela idosa, também aí está se 
investindo na velhice”. 
 
“Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma 
ativa, livre de qualquer tipo de dependência 
funcional, o que exige promoção da saúde em todas 
as idades. Importante acrescentar que muitos idosos 
brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da 
falta de recursos e da falta de cuidados específicos 
de promoção e de prevenção em saúde. Entre esses 
estão os idosos que vivem abaixo da linha de 
pobreza, analfabetos, os sequelados de acidentes de 
trabalho, os amputados por arteriopatias, os 
hemiplégicos, os idosos com síndromes demenciais, 
e para eles também é preciso achar respostas e ter 
ações específicas”. 
 
 
 
 
Diretrizes: 
• Promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
• Atenção integral, integrada à saúde da pessoa 
idosa; 
• Estímulo às ações intersetoriais, visando à 
integralidade da atenção; 
• Provimento de recursos capazes de assegurar 
qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; 
• Estímulo à participação e fortalecimento do 
controle social; 
• Formação e educação permanente dos 
profissionais de saúde do SUS na área de saúde 
da pessoa idosa; 
• Divulgação e informação sobre a Política 
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para 
profissionais de saúde, gestores e usuários do 
SUS; 
• Promoção de cooperação nacional e 
internacional das experiências na atenção à 
saúde da pessoa idosa; e 
• Apoio ao desenvolvimento de estudos e 
pesquisas. 
 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA 
PESSOA IDOSA – EM CONSONÂNCIA COM 
OMS 
Envelhecimento saudável: 
• A organização mundial da saúde define 
envelhecimento saudável como processo de 
desenvolvimento e manutenção da 
capacidade funcional que permite o bem-
estar em idade avançada. 
• Assim, a OMS define capacidade funcional no 
Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde 
(2015) como atributos relacionados à saúde 
que permitem que as pessoas sejam e façam o 
que lhes é importante. Ela é composta pela 
capacidade intrínseca (capacidade física e 
mental) da pessoa, as características do 
entorno que afetam esta capacidade e as 
interações entre a pessoa e este entorno. 
 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA 
IDOSA – MODELO DE ATENÇÃO 
Modelo de Atenção Integral à Saúde da Pessoa 
Idosa 
Organização do cuidado: 
• Integrado às Redes de Atenção à Saúde; 
• Ordenado pela Atenção Básica; 
• Articulado com áreas e programas 
estratégicos do SUS; 
• Intersetorial. 
Potencializar e Articular ações já desenvolvidas, 
propondo estratégias para fortalecer a qualificação 
do cuidado e a ampliação do acesso da pessoa idosa 
aos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde. 
 
A atenção deve ser centrada nas necessidades do 
indivíduo, considerando sua integração na família e 
na comunidade, em substituição à atenção 
prescritiva centrada na doença. 
 
Para isso, as especificidades e singularidades da 
população idosa com suas novas demandas de 
cuidado devem ser priorizadas na organização e 
oferta dos serviços. 
 
PARTICULARIDADES DO CUIDADO À PESSOA 
IDOSA: 
• Novos arranjos familiares, famílias menores – 
necessidade de Política Intersetorial de 
Cuidados - cuidadores, rede social no 
território, atenção domiciliar e oferta de 
serviços dia. 
• Capacidade funcional orienta o cuidado 
• Necessidade de Intervenções 
multidimensionais e intersetoriais 
• DCNT como principais causas de 
morbimortalidade e incapacidade – aumento 
da demanda pelo uso de serviços de saúde. 
• Maior vulnerabilidade 
• Heterogeneidade dos processos de 
envelhecimento - Fatores socioeconômicos, 
acesso a serviços públicos, hábitos de vida 
aspectos culturais 
• Qualidade de vida relacionada à capacidade 
funcional – Ações de manutenção da 
autonomia e independência 
 
Pessoa idosa 
• Acolhimento 
• Atendimento 
• Avaliação multidimensional 
• identificação das Necessidades de Saúde da 
Pessoa Idosa 
o Idoso independente e autônomo 
o Idoso com limitação funcional grave 
(dependentes) 
o Idoso com alguma limitação funcional 
 
 
 
Projeto Terapêutico Singular 
 
 
A avaliação multidimensional de saúde da pessoa 
idosa deve contemplar as dimensões social, clínica, 
mental e funcional, e contribuir na identificação do 
conjunto das necessidades do idoso, possibilitando 
a otimização da alocação de recursos e estratégias 
de cuidado. Ao mesmo tempo, deve ampliar a 
compreensão do processo de envelhecimento 
permitindo a identificação e classificação de riscos e 
finalmente a elaboração de Projeto Terapêutico 
Singular. 
 
É necessário também incluir em todas as etapas de 
organizaçãodo cuidado a garantia do acesso, o 
acolhimento e cuidado humanizado da população 
idosa nos serviços de saúde do SUS, ou seja, não só 
exercitar a escuta, mas propiciar que está se traduza 
em responsabilização e resolutividade, o que leva 
ao acionamento de redes internas, externas e 
multidisciplinares 
 
O cuidado deve ser orientado a partir da 
funcionalidade da pessoa idosa, considerando o 
risco de fragilidade existente e seu grau de 
dependência (capacidade de execução), buscando a 
autonomia (capacidade de decisão) possível, do 
sujeito em questão. 
QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO 
Para planejar ações voltadas para a população idosa 
é necessário saber quantos idosos vivem no 
território de abrangência e conhecer suas diferentes 
necessidades. Uma forma de planejar o cuidado a 
partir dessas necessidades é identificar as pessoas 
idosas de acordo com sua capacidade funcional e 
com os cuidados de que necessitam. Estas 
informações podem ser identificadas durante as 
visitas domiciliares e ou no acompanhamento de 
rotina das equipes. A 3ª Edição da Caderneta da 
Saúde da Pessoa Idosa, 
Foi estruturada para ser um instrumento estratégico 
de acompanhamento longitudinal das condições 
de saúde da população idosa nos serviços de saúde 
 
INFORMAÇÕES REVELANTES 
Viva SINAN (2013) 
11.785 notificações de violência contra pessoas 
idosas 
• Violência física 57.8% 
• Psicológica 26% 
• Embora número expressivo acreditamos não 
refletir a realidade (necessidade de investir na 
capacitação para a identificação e qualificação 
do cuidado, de proteção, ampliar acesso aos 
serviços 
 
• Óbitos por lesão autoprovocada (2012) 
o Taxa por 100 mil habitantes Brasil :5.32 
o 0+ a Taxa é de 7.99, sendo Homens 14,38 e 
Mulheres 2.87 
 
QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO – PESSOAS 
IDOSAS RESIDENTES DE ILPIS 
Idosos do Brasil – 28 milhões – 13% população total 
• 1% vive em instituições 
o Independentes 31,8 a 38,1% 
o Semi-dependentes: 25 a 34% 
o Dependentes: 30 a 40% 
 
QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO: INFORMAÇÃO 
E COMUNICAÇÃO 
SISAP - Sistema de Indicadores de Saúde e 
Acompanhamento de Políticas do Idoso 
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA 
SAÚDE 
Objetivo geral: Promover a qualidade de vida e 
reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados 
aos seus determinantes e condicionantes – modos 
de viver, condições de trabalho, habitação, 
ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e 
serviços essenciais. 
 
ATENÇÃO DOMICILIAR – PT N° 825, DE 26 
DE ABRIL DE 2016 
Redefine a Atenção Domiciliar no Âmbito do SUS e 
representa um marco na estruturação da atenção 
domiciliar em todo Brasil, apresentando as diretrizes 
desta modalidade de cuidado, a forma como deve 
se organizar e também estabelece o incentivo 
federal para apoiar os gestores no aperfeiçoamento 
e /ou implementação da atenção domiciliar nas 
suas localidades. 
 
ATENÇÃO DOMICILIAR – PROGRAMA 
MELHOR EM CASA 
Indicado para pessoas que apresentam dificuldades 
temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa 
para chegar até uma unidade de saúde. 
 
Proporciona o atendimento em casa com equipes 
multidisciplinares, formadas prioritariamente por 
médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e 
fisioterapeuta ou assistente social. 
 
Cerca de 70% dos atendimentos do Melhor em Casa 
é de idosos, o que corresponde a cerca de 86.800 
pessoas. 
 
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - 
PNI 
Referência mundial – vacinas de Gripe e Pneumonia. 
Desde 1999, o Ministério da Saúde do Brasil investe 
na mobilização da população idosa para a 
vacinação. 
 
Oferece 5 tipos de vacinas para a população idosa: 
Hepatite B, Febre Amarela, Influenza (campanha 
anual), pneumocócica 23 e dT (difteria e tétano). 
 
Em 2016, foram aplicadas mais de 20 milhões de 
doses da vacina da influenza em pessoas idosas. 
Cobertura de 97% 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM – PRIMEIRA 
CONSULTA 
ENTREVISTA 
• IDENTIFICAÇÃO: Sexo, idade, estado civil 
(tempo), ocupação atual (tempo); profissão; 
escolaridade; o conhecimento sobre sua saúde e 
os fatores de risco relacionados a agravos à 
saúde; 
• HISTÓRIA ATUAL E PREGRESSA: queixa 
principal, doenças, tratamentos, cirurgias, 
internações, vícios, quedas, sintomatologia; 
• IMUNIZAÇÃO; 
• USO DE MEDICAMENTOS: prescritos, 
autoadministrado, conhecimentos, dificuldades 
(econômica, deglutição, visual, memória, 
manipulação, outras) 
• PERFIL FISIOLÓGICO: Aspectos 
cardiovasculares e metabólicos; Nível pressórico, 
colesterol, triglicérides, glicemia de jejum; 
• PERFIL NUTRICIONAL: Alimentação: 
composição, número de refeições, quem prepara 
a comida, conservação; deglutição, mastigação; 
• ASPECTOS SENSORIAIS: 
o Acuidade auditiva, Acuidade visual, Paladar, 
olfato, tato; 
• PERFIL PSICOLÓGICO: 
o Dependências: álcool, drogas, tabaco; 
o Cognição/memória; 
o Sono e repouso 
o Investigar sinais de violência psicológica no 
nível do convívio familiar; 
• PERFIL FAMILIAR: 
o Riscos familiares: obesidade, hipertensão, 
infarto, artrose, diabetes, câncer; 
o Situação familiar: composição, 
necessidade/disponibilidade de cuidado. 
• PERFIL SÓCIO-CULTURAL: 
o Lazer, atividades laborais, ocupação do 
tempo livre (frequência, tipo, satisfação), 
Espiritualidade: crenças, atividades, 
frequência; Ansiedade, estresse, depressão. 
• AUTOCUIDADO: 
o Atividades de vida diária Hábitos de higiene 
corporal e bucal (frequência, dificuldades); 
Vestuários (adequação/temperatura 
ambiente, elásticos, autonomia) 
• PERFIL DE AMBIENTE: 
o Tipo de moradia, utilização de tapetes, 
corrimão, banheira, iluminação, animais 
domésticos, condições de higiene e 
segurança. 
• SEXUALIDADE: 
o Parceiro, dificuldades/queixas, sexo seguro, 
etc; 
• HÁBITO INTESTINAL E URINÁRIO: 
o Frequência, queixas, perdas urinárias e/ou 
dificuldade de urinar e aspecto das 
eliminações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 4 – HIPERDIA 
Programas de hipertensão e diabetes 
 
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO 
TRANSMISSÍVEIS (DCNT) 
• Ameaçam a saúde e são incapacitantes; 
• Ocasionam sofrimentos e custos materiais 
diretos aos pacientes e seus familiares; 
• Desafio para a Atenção Básica em Saúde (ABS) 
dada às doenças crônicas: 
o ↑ prevalência; 
o Multifatoriais; 
o Determinantes biológicos e socioculturais; 
o Deve envolver o protagonismo dos 
indivíduos, suas famílias e comunidade. 
 
 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes 
Mellitus (DM) são DCNT de grande magnitude: 
• Fatores de risco para o agravamento das 
doenças cardiovasculares; 
• Principais causas de morbimortalidade. 
 
Repercutem negativamente na qualidade de vida e 
tendem a aumentar nos próximos anos: 
• Envelhecimento da população; 
• Crescente urbanização; 
• Estilo de vida pouco saudável adotado pela 
população brasileira. 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL E A DIABETES 
MELLITUS 
Apresentam elevado custo médico-social, 
principalmente por sua participação em 
complicações como: 
• Doença cérebro vascular; 
• Doença arterial coronária; 
• Insuficiência renal crônica; 
• Doença vascular de extremidades. 
 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS 
A prevalência no Brasil: 
• 22 a 44 % para adultos; 
• ≥ 50 % de 60 a 69 anos; 
• 75% em maiores de 70 anos. 
 
Fisiopatologia da doença: definições de ações de 
saúde voltadas para a prevenção ou promoção de 
saúde. 
 
Interação entre fatores genéticos e ambientais 
determina o desenvolvimento da doença. 
 
Escassez de ações de saúde voltadas para o controle 
da HAS e a falta de adesão ao tratamento: 
aparecimento de complicações em órgãos. 
 
As ações de promoção e prevenção da saúde: 
• Controle do excesso de peso; 
• Consumo excessivo de sal; 
• Uso inadequado de álcool. 
 
A Atenção Básica: 
• Ações de controle individual e coletivo; 
• Acompanhamento integral e longitudinal 
dos pacientes comfatores de risco para HAS. 
 
o Mudança do estilo de vida, por meio de 
orientações médicas; 
o Restrição sódica e dieta; 
o Moderação do consumo etílico; 
o Interrupção do tabagismo; 
o Exercícios regulares 
 
DIABETES MELLITUS 
o Doença caracterizada pelo comprometimento 
do metabolismo da glicose, resulta em 
hiperglicemia crônica e divide-se em Diabetes 
Tipo 1 e 2. 
o Mundo: 347 milhões de diabéticos; 
o 80% dos óbitos: países de média e baixa renda. 
 
 
O DM exige um acompanhamento regular e 
sistêmico por uma equipe multiprofissional que 
ofereça os recursos necessários para que a pessoa 
possa manejar a patologia e manter o autocuidado 
necessário para evitar o agravo da doença. 
 
HIPERDIA 
• Monitoramento dos pacientes captados com 
HAS e DM; 
• Gerar informação para aquisição, dispensação e 
distribuição de medicamentos de forma regular 
e sistemática a todos os pacientes cadastrados; 
• O Sistema está integrado ao Cartão Nacional do 
SUS, garantindo a identificação única do usuário 
do Sistema Único de Saúde, através do número 
do CNS – Cartão Nacional de Saúde. 
• O Sistema Informatizado de Cadastramento e 
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos 
(Sis-HIPERDIA); 
• Implantado no ano de 2001 pelo MS; 
• O Plano de Reorganização da Atenção aos 
portadores de HAS e DM, com ênfase na 
Atenção Primária a Saúde. 
 
O Plano de Reorganização da Atenção aos 
portadores de HAS e DM: 
• Confirmação dos casos suspeitos; 
• Elaboração de protocolos clínicos; 
• Treinamento de profissionais de saúde; 
• Distribuição gratuita de medicamentos anti-
hipertensivos, hipoglicemiantes orais e 
insulina NPH; 
• Cadastro e acompanhamento. 
 
PRINCIPAIS DESAFIOS 
• Reduzir complicações e mortes relacionadas 
à hipertensão e ao diabetes; 
• Reduzir a prevalência da doença hipertensiva 
e do diabetes; 
• Aumentar o grau de conhecimento da 
população sobre a importância da 
hipertensão arterial e do diabetes; 
• Garantir acesso aos portadores desses 
agravos aos serviços básicos de saúde, com 
resolutividade; 
• Incentivar políticas e programas 
comunitários; 
• Detecção precoce; 
• Políticas Públicas nos âmbitos municipal, 
estadual e federal. 
 
AÇÕES COMUNS DA EQUIPE 
MULTIDISCIPLICAR 
• Atendimento compartilhado do usuário, com 
elaboração do plano de cuidado único e do 
plano de autocuidado apoiado; 
• Planejamento conjunto das ações de acordo 
com a realidade da população; 
• Promoção à saúde (ações educativas com ênfase 
em mudanças do estilo de vida, correção dos 
fatores de risco e produção de material 
educativo); 
• Treinamento de profissionais; 
• Encaminhamento a outros profissionais, quando 
indicado; 
• Ações assistenciais individuais e em grupo. 
 
LINHA DE CUIDADO 
A finalidade é fortalecer e qualificar a atenção à 
pessoa com essa doença por meio da integralidade 
e da longitudinalidade do cuidado, em todos os 
pontos de atenção 
 
 
 
 
 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM 
• Medida da pressão arterial e glicemia; 
• Investigação sobre fatores de risco e hábitos de 
vida; 
• Estratificação do risco individual; 
• Orientação sobre a doença, o uso de 
medicamentos e os seus efeitos adversos; 
• Avaliação de sintomas e orientações sobre 
hábitos de vida pessoais e familiares; 
• Solicitação de exames, definidos previamente 
pelos protocolos de rastreamento e 
acompanhamento de hipertensão e diabetes; 
• Acompanhamento do tratamento dos pacientes 
com a pressão arterial e glicemia sob controle; 
• Encaminhamento ao médico pelo menos 
anualmente e com maior frequência nos casos 
em que a pressão ou a gicemia não estiver 
devidamente controlada ou na presença de 
outras intercorrências; 
• Administração do serviço (controle de retornos, 
busca de faltosos e controle de consultas 
agendadas); 
• Delegação das atividades do técnico/auxiliar de 
enfermagem 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM – DM1 
• Ênfase nos aspectos emocionais, educação 
alimentar, contagem de carboidratos, se 
indicada, manutenção da rotina de atividades 
(especialmente na criança); 
• Administração correta da insulina, lipodistrofia, 
controles diários de glicemia (até 4 vezes ao dia); 
• Adesão do paciente e da família ao projeto 
terapêutico; 
• Contato com a escola para facilitação da 
continuidade do tratamento durante o período 
escolar. 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM – DM2 
• Ênfase na questão nutricional, 
• Uso correto da medicação, 
• Aspectos nutricionais e emocionais, exame dos 
pés; 
• Controles diários da glicemia e da PA; 
• Autocuidado; 
• Adesão do paciente ao projeto terapêutico. 
 
EXAMES LABORATORIAIS E 
RADIOLÓGICOS – DM 
• glicemia, 
• teste de sobrecarga com glicose, 
• hemoglobina glicada, 
• urina (sedimentoscopia, determinação de 
proteinúria e cetonúria, pesquisa de dismorfismo 
eritrocitário), 
• lipídeos sanguíneos, creatinina, clearance de 
creatinina, eletrólitos, hemograma, cultivo 
bacteriano 
• ECG 
• Para os casos de Diabetes tipo 1: dosagem de 
glicemia e hemoglobina glicada (com o 
resultado destes exames, o paciente é 
encaminhado para a atenção especializada) 
 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 
Presença ou não de lesões em órgãos-alvo: 
• Baixo: sem acometimento de órgãos-alvo 
• Alto: com acometimento de órgãos-alvo 
 
Lesões de órgãos-alvo são irreversíveis, entendemos 
que deva ser despendido um grande esforço no 
sentido de prevenir estas complicações. 
 
Isso exige acompanhamento contínuo, controle 
metabólico rigoroso e a participação ativa do 
paciente no seu tratamento (autocuidado). 
 
QUEIMANDO NEURÔNIOS 
1. De acordo com as diretrizes atuais, a pressão 
arterial é considerada limítrofe, ou seja, como 
pré-hipertensão, quando, ao ser medida 
casualmente num atendimento, mostra-se na 
faixa de: 
a) 120-129 X 80-85 mmHg. 
b) 125-129 X 80-83 mmHg. 
c) 130-139 X 85-89 mmHg. 
d) 140-145 X 85-89 mmHg. 
e) 140-159 X 90-99 mmHg. 
 
2. Dentre os fatores de risco para hipertensão 
arterial sistêmica, segundo as VI Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão Arterial, são 
considerados: 
a) Obesidade, sedentarismo, doença vascular 
encefálica e diabetes melito. 
b) Ingestão de bebidas alcoólicas, ingestão de 
fibras, diabetes melito e obesidade. 
c) Consumo de sal, asma, gordura saturada e 
doença renal. 
d) Doença arterial coronária, fatores 
psicossociais, ansiedade e tabagismo. 
e) Etnia, tabagismo, excesso de peso, 
sedentarismo e etilismo. 
 
3. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores 
de hipertensão arterial, 35% da população com 
mais de 40 anos. Com relação aos 
conhecimentos a respeito da hipertensão e 
cuidados específicos, assinale a opção CORRETA. 
a) A hipertensão primária ou essencial é a mais 
frequente, causada pelo estresse, idade, 
obesidade, fumo, álcool, café, sedentarismo, 
entre outros fatores. 
b) A hipertensão está relacionada à 
insuficiência cardíaca e ao infarto agudo do 
miocárdio, mas não ao transplante renal. 
c) A hipertensão é uma doença crônica pouco 
prevalente, para a qual existe tratamento, 
entretanto a maioria dos pacientes não são 
tratados. 
d) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou 
doença vascular hipertensiva é uma 
condição de anormalidade em que ocorre 
aumento persistente da pressão sistólica e 
diastólica. 
e) Outro tipo de pressão arterial, a chamada 
secundária, de causa desconhecida, é de 
menor incidência entre a população. 
 
4. Sobre a atenção à hipertensão arterial e ao 
diabetes mellitus no Brasil, é incorreto afirmar 
que: 
a) A hipertensão arterial e o diabetes mellitus 
são doenças que apresentam vários 
aspectos em comum, são doenças curáveis 
e requerem acompanhamento eficaz e 
permanente. 
b) O diabetes gestacional pode ocorrer 
durante as últimas fases da gravidez, 
geralmente desaparece com o nascimento 
do bebê. 
c) O diabetes quando não controlado pode 
afetar órgãos-alvo e causar danos 
irreversíveis.d) Tanto o diabetes mellitus quanto a 
hipertensão arterial se correlacionam com a 
dieta e merecem uma atenção especial. A 
pressão alta pede atenção para a ingestão 
de sódio e o diabetes com as doses de 
açúcar na dieta. 
 
5. Um dos programas do SUS é o chamado 
“Hiperdia” que se destina ao cadastramento e 
acompanhamento de portadores de 
Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus 
atendidos na rede ambulatorial do SUS. A 
respeito do Hiperdia, é correto afirmar que: 
I. permite gerar informação para aquisição, 
dispensação e distribuição de 
medicamentos de forma regular e 
sistemática a todos os pacientes 
cadastrados; (correto) 
II. um dos objetivos do programa é a 
prevenção, diagnóstico e terapêutica 
mais precoce possível das complicações; 
(correto) 
III. uma das funcionalidades do programa é 
a disponibilização de informações de 
acesso público com a identificação do 
portador; (errado) 
IV. um dos benefícios desse programa é 
permitir conhecer o perfil 
epidemiológico da Hipertensão Arterial e 
do diabetes mellitus na população. 
Marque as afirmativas corretas: (correto) 
a. II e IV. 
b. I, II e IV. 
c. I e II. 
d. III e IV. 
e. II, III e IV. 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA – 1,O PT 
Arvore diagnóstica 
 
• grupo de 5 alunos 
• entrega: prazo máximo 30/03 
 
 
 
Hipertensão e diabetes é possível realizar o 
diagnóstico precoce e a prevenção de 
complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 5 – PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL 
Breve Histórico de saúde mental: 
Até a chegada da família real ao país a circulação 
de "loucos" pelas ruas não era um problema 
 
Psiquiatria no Brasil: O tratamento era centrado no 
isolamento dos doentes mentais ou indivíduos 
suspeitos e dependentes químicos em instituições 
fechadas. 
 
Em 1916 
O Código Civil brasileiro prescrevia a interdição civil 
e a conseguinte curatela aos "loucos" de todo o 
gênero. Até recentemente a Saúde Mental brasileira 
estava ligada a legislação de 1934 que legalizava a 
cassação dos direitos civis dos doentes mentais, 
submetendo-os a curatela do Estado. 
 
Em 1960 
• Havia aproximadamente 100 mil leitos 
psiquiátricos no Brasil muitos em macro- 
hospitais psiquiátricos, arcaicos, em precárias 
condições físicas, deficiências técnicas, sanitárias 
e administrativas. 
• Os doentes mentais viviam em condições 
subumanas, a higiene precária, o sussurro de 
palavras arrastadas e a expressão facial de 
desespero, demonstravam que os doentes 
mentais estavam abandonados. 
 
Em 1970 
Houve uma orientação do Ministério da Saúde no 
sentido da criação de ambulatórios de saúde mental, 
da desospitalização dos doentes mentais e do 
atendimento hospitalar por equipes 
multidisciplinares, porém modificações mais 
eficientes só se tornaram possíveis no Brasil a partir 
de 1980 com o movimento da Reforma 
Psiquiátrica. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 
Surgiram espaços de elaboração de leis voltadas 
para o atendimento das questões sociais, 
propiciando um ambiente adequado para que a 
sociedade civil, trabalhadores de Saúde Mental 
 
 
E 
 
A articulação Nacional de luta Antimanicomial se 
organizasse pela reforma do sistema psiquiátrico, 
buscando um novo estado de direito para o doente 
mental. 
 
LEI 10.216/2001, DE 06 DE ABRIL DE 2001 
A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do 
Governo Federal, coordenada pelo Ministério da 
Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes 
adotadas pelo país para organizar a assistência às 
pessoas com necessidades de tratamento e 
cuidados específicos em saúde mental. 
 
Abrange a atenção a pessoas com necessidades 
relacionadas a transtornos mentais como depressão, 
ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, 
transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com 
quadro de uso nocivo e dependência de substâncias 
psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras 
drogas. 
 
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o 
modelo assistencial em Saúde Mental. 
 
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas 
acometidas de transtorno mental, de que trata esta 
Lei, são assegurados sem qualquer forma de 
discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação 
sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, 
família, recursos econômicos e ao grau de gravidade 
ou tempo de evolução de seu transtorno, ou 
qualquer outra. 
 
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de 
qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou 
responsáveis serão formalmente cientificados dos 
direitos enumerados no parágrafo único deste 
artigo. 
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora 
de transtorno mental: 
I. ter acesso ao melhor tratamento do sistema de 
saúde, consentâneo às suas necessidades; 
II. ser tratada com humanidade e respeito e no 
interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, 
visando alcançar sua recuperação pela inserção 
na família, no trabalho e na comunidade; 
III. ser protegida contra qualquer forma de abuso e 
exploração; 
IV. ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
V. ter direito à presença médica, em qualquer 
tempo, para esclarecer a necessidade ou não de 
sua hospitalização involuntária; 
VI. ter livre acesso aos meios de comunicação 
disponíveis; 
VII. receber o maior número de informações a 
respeito de sua doença e de seu tratamento; 
VIII. ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios 
menos invasivos possíveis; 
IX. ser tratada, preferencialmente, em serviços 
comunitários de saúde mental. 
 
Art. 3º É responsabilidade do Estado o 
desenvolvimento da política de saúde mental, a 
assistência e a promoção de ações de saúde aos 
portadores de transtornos mentais, com a devida 
participação da sociedade e da família, a qual será 
prestada em estabelecimento de saúde mental, 
assim entendidas as instituições ou unidades que 
ofereçam assistência em saúde aos portadores de 
transtornos mentais. 
 
Art. 4º A internação, em qualquer de suas 
modalidades, só será indicada quando os recursos 
extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. 
• §1º O tratamento visará, como finalidade 
permanente, a reinserção social do paciente 
em seu meio. 
• § 2º O tratamento em regime de internação 
será estruturado de forma a oferecer 
assistência integral à pessoa portadora de 
transtornos mentais, incluindo serviços 
médicos, de assistência social, psicológicos, 
ocupacionais, de lazer, e outros. 
• § 3º É vedada a internação de pacientes 
portadores de transtornos mentais em 
instituições com características asilares, ou seja, 
aquelas desprovidas dos recursos 
mencionados no § 2° e que não assegurem aos 
pacientes os direitos enumerados no parágrafo 
único do art. 2°. 
 
Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou 
para o qual se caracterize situação de grave 
dependência institucional, decorrente de seu quadro 
clínico ou de ausência de suporte social, será objeto 
de política específica de alta planejada e reabilitação 
psicossocial assistida, sob responsabilidade da 
autoridade sanitária competente e supervisão de 
instância a ser definida pelo Poder Executivo, 
assegurada a continuidade do tratamento, quando 
necessário. 
 
Art. 6º A internação psiquiátricasomente será 
realizada mediante laudo médico circunstanciado 
que caracterize os seus motivos. 
Parágrafo único. São considerados os seguintes 
tipos de internação psiquiátrica: 
I. internação voluntária: aquela que se dá com 
o consentimento do usuário; 
II. internação involuntária: aquela que se dá 
sem o consentimento do usuário e a pedido 
de terceiro; e 
III. internação compulsória: aquela determinada 
pela Justiça. 
 
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua 
internação, ou que a consente, deve assinar, no 
momento da admissão, uma declaração de que 
optou por esse regime de tratamento. 
Parágrafo único. O término da internação voluntária 
dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por 
determinação do médico assistente. 
 
Art. 8º A internação voluntária ou involuntária 
somente será autorizada por médico devidamente 
registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM 
do Estado onde se localize o estabelecimento. 
• § 1º A internação psiquiátrica involuntária 
deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser 
comunicada ao Ministério Público Estadual pelo 
responsável técnico do estabelecimento no qual 
tenha ocorrido, devendo esse mesmo 
procedimento ser adotado quando da respectiva 
alta. 
• § 2º O término da internação involuntária dar-
se-á por solicitação escrita do familiar, ou 
responsável legal, ou quando estabelecido pelo 
especialista responsável pelo tratamento. 
 
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de 
acordo com a legislação vigente, pelo juiz 
competente, que levará em conta as condições de 
segurança do estabelecimento, quanto à 
salvaguarda do paciente, dos demais internados e 
funcionários. 
 
Art. 10º Evasão, transferência, acidente, 
intercorrência clínica grave e falecimento serão 
comunicados pela direção do estabelecimento de 
saúde mental aos familiares, ou ao representante 
legal do paciente, bem como à autoridade sanitária 
responsável, no prazo máximo de vinte e quatro 
horas da data da ocorrência. 
 
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
Art. 11º Pesquisas científicas para fins diagnósticos 
ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o 
consentimento expresso do paciente, ou de seu 
representante legal, e sem a devida comunicação 
aos conselhos profissionais competentes e ao 
Conselho Nacional de Saúde. 
 
Art. 12º O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito 
de sua atuação, criará comissão nacional para 
acompanhar a implementação desta Lei. 
 
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 
 
• As diretrizes e estratégias de atuação na área de 
assistência à saúde mental no Brasil envolvem o 
Governo Federal, Estados e Municípios; 
• Os principais atendimentos em saúde mental 
são realizados nos Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o 
usuário recebe atendimento próximo da família 
com assistência multiprofissional e cuidado 
terapêutico conforme o quadro de saúde de 
cada paciente; 
• Nesses locais também há possibilidade de 
acolhimento noturno e/ou cuidado contínuo em 
situações de maior complexidade. 
 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
• São pontos de atenção estratégicos da Rede de 
Atenção Psicossocial (RAPS); 
• Unidades que prestam serviços de saúde de 
caráter aberto e comunitário, constituído por 
equipe multiprofissional que atua sobre a ótica 
interdisciplinar e realiza prioritariamente 
atendimento às pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental, incluindo aquelas com 
necessidades decorrentes do uso de álcool e 
outras drogas, em sua área territorial, seja em 
situações de crise ou nos processos de 
reabilitação psicossocial. São substitutivos ao 
modelo asilar, ou seja, aqueles em que os 
pacientes deveriam morar (manicômios). 
 
Modalidades dos Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) 
o CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, 
para transtornos mentais graves e persistentes, 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 
mil habitantes; 
o CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, 
para transtornos mentais graves e persistentes, 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 
mil habitantes; 
o CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, 
para transtornos mentais graves e persistentes, 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 
mil habitantes; 
o CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas 
faixas etárias, especializado em transtornos pelo 
uso de álcool e outras drogas, atende cidades e 
ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes; 
o CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de 
acolhimento noturno e observação; todas faixas 
etárias; transtornos mentais graves e 
persistentes inclusive pelo uso de substâncias 
psicoativas, atende cidades e ou regiões com 
pelo menos 150 mil habitantes; 
o CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 
a 12 vagas de acolhimento noturno e 
observação; funcionamento 24h; todas faixas 
etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras 
drogas, atende cidades e ou regiões com pelo 
menos 150 mil habitantes. 
 
ATENÇÃO: Se o município não possuir nenhum 
CAPS, o atendimento de saúde mental é feito pela 
Atenção Básica, principal porta de entrada para o 
SUS, por meio das Unidades Básicas de Saúde ou 
Postos de Saúde. 
 
Urgência e emergência: SAMU 192, sala de 
estabilização, UPA 24h e pronto socorro 
São serviços para o atendimento de urgências e 
emergências rápidas, responsáveis, cada um em seu 
âmbito de atuação, pela classificação de risco e 
tratamento das pessoas com transtorno mental e/ou 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas em situações de urgência e 
emergência, ou seja, em momentos de crise intensa. 
 
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
camil
Realce
Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) 
São moradias ou casas destinadas a cuidar de 
pacientes com transtornos mentais, egressos de 
internações psiquiátricas de longa permanência e 
que não possuam suporte social e laços familiares. 
Além disso, os Serviços Residenciais Terapêuticos 
(SRTs) também podem acolher pacientes com 
transtornos mentais que estejam em situação de 
vulnerabilidade pessoal e social, como, por exemplo, 
moradores de rua. 
 
Unidades de Acolhimento (UA) 
o Oferece cuidados contínuos de saúde, com 
funcionamento 24h/dia, em ambiente 
residencial, para pessoas com necessidade 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, de ambos os sexos, que apresentem 
acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e 
demandem acompanhamento terapêutico e 
protetivo de caráter transitório. 
o O tempo de permanência nessas unidades é de 
até seis meses. 
 
 
As Unidades de Acolhimento são divididas em: 
o Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): 
destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito) 
anos, de ambos os sexos; e 
o Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil 
(UAI): destinada às crianças e aos adolescentes, 
entre 10

Outros materiais