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Saúde Coletiva – Programas de Saúde AULA 1 – POLITÍCA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA – PNAISC Pirâmide etária da população total e faixas etárias em pobreza extrema: a maior concentração de extrema pobreza no brasil ocorre entre crianças e adolescentes. Objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) • O Brasil é signatário dos ODS, que reafirmaram os compromissos com a sobrevivência das crianças a ser alcançada até 2030. • Os ODS, se baseiam nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e agregaram a garantia que todas as meninas e meninos tenham um desenvolvimento infantil de qualidade, cuidados e acesso à educação pré-escolar até 2030. A construção da politica nacional de atenção integral à saúde da criança – (PNAISC) Instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) através da Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, a PNAISC tem por objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. População alvo da PNAISC • Gestantes • Parto e recém-nascido • Crianças – 2 a 6 meses • Crianças – 6 a 24 meses • Crianças – 2 a 5 anos • Escolares PNAISC considera: • Criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 (nove) anos, ou seja, de 0 (zero) a 120 (cento e vinte) meses; e • Primeira infância: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, ou seja, de 0 (zero) a 72 (setenta e dois) meses. • Para fins de atendimento em serviços de pediatria no SUS, a PNAISC contemplará crianças e adolescentes até a idade de 15 (quinze) anos. Estruturação da PNAISC: PRINCIPIOS: 1. Direito a vida 2. Prioridade absoluta da criança 3. Acesso universal a saúde 4. Integralidade do cuidado 5. Equidade em saúde 6. Ambiente facilitador à vida 7. Humanização da atenção 8. Gestão participativa e controle DIRETRIZES 1. Gestão interfederativa 2. Organização das ações e serviços em Redes de Atenção à Saúde 3. Promoção da saúde 4. Fomento à autonomia do cuidado e da 5. correspondência da família 6. Qualificação da força de trabalho do SUS 7. Planejamento e desenvolvimento de ações 8. Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento 9. Monitoramento e avaliação 10. Intersetorialidade Eixos estratégicos PNAISC • Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao RN • Aleitamento materno e alimentação complementar saudável • Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral • Atenção integral a criança com agravos relevantes na infância e com doenças crônicas • Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz • Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações especificas e de vulnerabilidade • Vigilância e prevenção do óbito infantil e materno Redes de atenção a saúde • Rede cegonha • Rede de atenção às urgências • Rede psicossocial • Rede de cuidado à pessoa com deficiência • Rede de atenção às doenças e condições crônicas Atenção Básica à saúde • Pnab, PNI, Pnan, PNSB, PSE etc. Saúde da criança na atenção básica Oferta das ações programáticas tradicionais, como: • Acompanhamento do pré-natal • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança • Acompanhamento de outros grupos de maior risco/vulnerabilidade. Grupos de maior risco/vulnerabilidade devem ser identificados para acompanhamento mais próximo e singularizado, em atendimentos individuais/em grupo e domiciliar. Crianças com agravos sociais, nutricionais (obesidade/desnutrição), psicossociais (crianças com dificuldades escolares, famílias com dificuldades relacionais afetando a criança), crianças em situação de violência, agravos clínicos (asma e outros problemas crônicos) e agravos de importância epidemiológica local. O que torna a atenção básica ordenadora do cuidado à criança? A atenção básica atua: • Com foco na família, em seu contexto social; • Em um território delimitado que permite conhecer as características da população adscrita, assim como equipamentos sociais e de saúde que possam ser complementares; • Como ordenadora dos cuidados dentro das Redes de Atenção à Saúde (RAS), ou seja, o usuário pode estar em qualquer outro serviço ou ponto da rede, mas sempre estará em contato com a Atenção Básica, que o apoia e organiza sua circulação pela RAS. A Atenção Básica traz para a Atenção à Criança: • Conhecimento da realidade epidemiológica da população de crianças da área de cobertura, para planejar intervenções coletivas em seus determinantes de saúde • Coordenação do cuidado, tanto internamente (entre equipe) quando em rede • Planejamento, programação e implementação de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação de saúde da criança, desde a gestação. Pontos chave para o desenvolvimento da Atenção à Saúde da Criança na Atenção Básica: • Integralidade no olhar à criança; • Atuação em equipe multiprofissional; • Oportunizar os momentos de cuidado; Visão integral dos demais pontos de atenção que podem ser acessados, visando garantir continuidade do cuidado; • Bom fluxo de comunicação com a rede. Eixo 1: Atenção Humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém- nascido: Consiste na a ampliação do acesso, da cobertura, qualidade e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal; acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas desenvolvidas nas maternidades, conformando-se uma rede articulada de atenção. Eixo 2: Aleitamento materno e alimentação complementar saudável Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, iniciando na gestação, considerando-se as vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade, bem como a importância de estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis. Objetivo: aumentar a prevalência do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e do aleitamento materno por 2 anos de vida ou mais. Eixo 3: Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral Consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da criança, em especial do “Desenvolvimento da Primeira Infância”, pela atenção básica à saúde, conforme as orientações da caderneta de saúde da criança, incluindo as ações de apoio às famílias para o fortalecimento de vínculo familiares. • Disponibilização da caderneta de saúde da criança com atualização periódica do seu conteúdo • Qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da primeira infância pela atenção básica • Comitê de especialistas e de mobilização social para o desenvolvimento integral da primeira infância no âmbito do SUS • Apoio à implementação do Plano Nacional pela Primeira Infância Eixo 4: Atenção integral à criança com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e a qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e ações de prevenção de doenças crônicas e de cuidados dos casos diagnosticados, com fomento da atenção e internação domiciliar sempre que possível • Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) • Construção de diretrizes de atenção e linhas de cuidado • Fomento da atenção e internação domiciliar Eixo 5: atenção integral à criança em situação de violência, prevenção de acidentes e promoção da cultura de pazConsiste em articular ações e estratégias da rede de saúde para: • Prevenção de violências; • Acidentes e promoção da cultura de paz; • Serviços especializados; • Processos formativos para a qualificação da atenção à criança em situação de violência de natureza sexual, física e psicológica, negligência e/ou abandono. Visando à implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à Saúde e na rede de proteção social no território. Eixo 6: atenção à saúde da criança com deficiência ou em situação especifica e de vulnerabilidade Consiste na articulação de um conjunto de estratégias intra e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de situação de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, reconhecendo as especificidades deste público para uma atenção resolutiva. • Articulação e intensificação de ações para inclusão de crianças com deficiências, indígenas, negras, quilombolas, do campo, das águas e da floresta, e crianças em situação de rua, entre outras nas redes temáticas • Apoio a implementação do protocolo nacional para atenção integral de crianças em situação de risco e desastres • Apoio à implementação das diretrizes para atenção integral à saúde de crianças em situação de trabalho infantil Eixo 7: vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. Consiste na contribuição para o monitoramento e investigação da mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliação de medidas necessárias para a prevenção de óbitos evitáveis. • Identificação dos óbitos infantis, fetais e mulheres em idade fértil; • Investigação domiciliar, ambulatorial, hospitalar, serviços de verificação • de óbito e institutos de medicina legal dos óbitos infantis, fetais e maternos; • Discussão dos casos, análise da evitabilidade, identificação e recomendações de medidas necessárias para a prevenção de novas ocorrências. Cuidado compartilhado da Atenção Básica com outros pontos de atenção Os serviços de atenção à criança no ambiente hospitalar e ambulatorial especializado, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas portas de entrada das redes: • Atenção Básica; • Atenção à Urgência e Emergência; • Atenção Psicossocial; e • Redes especiais de acesso aberto Outra necessidade é a integração com a Atenção Hospitalar para a vigilância da saúde da criança que necessitou de internação, em qualquer momento da vida, para continuidade de assistência e o cuidado após a alta, prevenindo-se internações evitáveis (Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária – ICSAP). Saúde da Criança na Atenção Básica: ações específicas Programa nacional de imunização – PNI • As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro. • Os registros, na Caderneta de Saúde da Criança, das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação recebidas pela criança, devem ser sempre observados pelos profissionais da Atenção Básica e mesmo de outros serviços de saúde que venham a ter contato com ela, com o objetivo de que esteja sempre com a vacinação atualizada (BRASIL, 2014). Programa saúde na escola – PSE São inúmeras as possibilidades de atuação: desenvolvimento de atividades lúdicas de promoção da saúde, identificação precoce e oportuna de problemas de saúde, desenvolvimento e aprendizagem, na construção de estratégias que evitem a medicalização das dificuldades escolares, qualificação dos profissionais, familiares e responsáveis, ampliando a capacidade de produzir diálogo e vínculos entre as partes envolvidas. Atenção à Saúde Bucal • A Política Nacional de Saúde Bucal, intitulada Brasil Sorridente, pauta-se nos princípios e nas diretrizes do SUS. Na Atenção Integral à Saúde da Criança essa política se insere de forma transversal, integral e intersetorial nas linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança, com o objetivo de promover a qualidade de vida desse público, por meio das ações de promoção, prevenção, cuidado, qualificação e vigilância em saúde (BRASIL, 2004). • O acesso à saúde bucal deve ter início no pré- natal e será incorporado no acompanhamento do crescimento e no desenvolvimento da criança. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA ATENÇÃO BÁSICA • Avaliação do Crescimento e Desenvolvimento; • Avaliação da Imunização; • Avaliação e orientação sobre Alimentação: Aleitamento materno e Alimentação Complementar; • Orientações para a família sobre a Prevenção de Acidentes. Programa de Crescimento e Desenvolvimento Infantil (CD) Principais ações: • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; • Realização da Triagem neonatal (Teste do pezinho, Teste do olhinho, Teste da orelhinha, Coraçãozinho...) • Estímulo e apoio ao aleitamento materno e orientação para alimentação saudável; • Diagnóstico e tratamento das doenças prevalentes na infância; • Registros na CADERNETA DA CRIANÇA. Consulta de enfermagem do Programa CD • ANAMNESE (histórico de saúde, triagem neonatal, vacinação, queixa atual, sintomas, tipo de aleitamento e alimentação, hábitos, avaliar convivência familiar e social, sinais de negligência e outras violências); • EXAME FÍSICO (avaliar crescimento e desenvolvimento psicomotor, exame cefalocaudal, registrar no cartão); • CONDUTA (estimular aleitamento materno, ações para estimular desenvolvimento, avaliar situações de risco e perigo, solicitar exames complementares se necessário, realizar prescrições de enfermagem,). Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre: • Alimentação da criança; • Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos); • Vacinas; • Desenvolvimento; • Prevenção de acidentes; • Identificação de problemas ou riscos para a saúde; • Outros cuidados para uma boa saúde. Noções importantes • Crescimento: tamanho + peso = quantitativamente • Desenvolvimento: habilidades + competências + do simples para o complexo = qualitativamente Crescimento: Aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do aumento em altura (crescimento linear) Um dos melhores INDICADORES DE SAÚDE DA CRIANÇA • O planejamento familiar; • Assistência adequada no pré-natal, ao parto e puerpério; • Medidas de promoção, proteção e recuperação da saúde nos primeiros anos de vida. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO Como avaliar o crescimento? • Exame antropométrico que consiste na verificação do peso, estatura e perímetro • Peso e estatura: São os dois indicadores mais importantes na avaliação do crescimento. • O peso é um excelente indicador das condições de saúde e nutrição da criança • Dois primeiros anos – elevada. • Após os dois primeiros anos - declínio gradativo e pronunciado até os cinco anos de idade. • A partir do quinto ano, a velocidade de crescimento é praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da adolescência - em torno dos 11 anos de idade nas meninas e dos 13 anos nos meninos. • A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do corpo não crescem com a mesma velocidade. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE MEDIÇÃO ANTROPOMÉTRICA Comprimento/altura: comprimento (crianças de 0 a 23 meses - deitada) • Instrumentos de medição: a medição do comprimento da criança de 0 a 23 meses é feita deitada sobre uma mesa antropométrica ou com o auxílio de uma régua antropométrica sobre uma superfície plana. PESO • 4-5 meses: dobra de peso • 1 ano: triplicade peso 2 anos: quadruplica • Durante segundo ano: 2,5kg • Pré-escolar: 2kg/ano Escolar: 3,5kg/ano PERÍMETRO CEFÁLICO • Indica crescimento do cérebro (até 36 meses); • Avaliado mensalmente até o segundo ano de vida; • Aumento: primeiros 6 meses: aprox.1,5 cm/mês. Segundo semestre: 0,5 cm/mês. O PC aumenta 10 cm no primeiro ano de vida e mais 10 cm nos 20 anos seguintes (80 a 85% do crescimento do PC se faz até 4 a 5 anos e 35% até os 6 anos). Crescimento do PC de 0 a 3 anos 1º trimestre: crescimento de 2 cm/mês; 2º trimestre: crescimento de 1 cm/mês; 2º semestre: crescimento de 0,5 cm/mês. ESTATURA • Mais estável e regular • Os aumentos no comprimento ocorrem em estirões repentinos Ganho estatural médio de 0 a 4 anos • 0 a 3m: 3cm/mês • 3 a 6m: 2cm/mês • 6m a 1a:1-1,5cm/mês • 1 a 2a: 1cm/mês • 2 a 4a:0,75cm/mês Estimativa de estatura • Ao nascer: aprox. 50cm • 1a: aprox. 75cm • 2a: aprox. 82 cm • 3a: aprox. 91cm • 4a: aprox. 1m PESO Importante indicador das condições de saúde e da nutrição da criança • Parâmetro de fácil obtenção e sensível • Nascimento: 3000 a 3500g • Perda fisiológica: 10% do peso do nascimento (até 5° dia) • Recuperação até o 10° dia de vida PESO DO NASCIMENTO + AUMENTOS MENSAIS Ganho ponderal médio mensal: 1° trimestre: 25 a 30 gr/dia = 700gr/mês 2° trimestre: 20gr /dia = 500gr/mês 3° trimestre: 15gr/dia = 400gr/mês 4° trimestre: 10gr/dia = 350gr/mes Estimativa do PC: 12m:aprox. 47 cm; 18m: aprox. 48 cm; 2a: aprox. 49 cm 13a: aprox. 50 cm; na idade adulta: aprox. 57 cm BREGMÁTICA Ao nascimento: 4-6cm (maior diâmetro) • Fechamento: 12-18 meses • Avaliar: Tensão e abaulamento LAMBDÓIDE Pequena fontanela Posterior Ao nascimento: 1-3cm • Fechamento: 6 - 8 Semanas de vida DESENVOLVIMENTO Refere-se às mudanças qualitativas, tais como aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem à criança realizar coisas novas, progressivamente mais complexas, com uma habilidade cada vez maior. O crescimento termina em determinada idade, quando esta alcança a sua maturidade biológica ≠ O desenvolvimento é um processo que acompanha o homem através de toda a sua existência FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO Há fatores que interferem desenvolvimento infantil e que iniciam mesmo antes do nascimento e continuam durante toda a vida dos indivíduos. 1. Aspectos biológicos e psicológicos da própria criança • Tendências hereditárias (ex.: propensão a determinada doença); • Constituição física, sexo (menino ou • menina); • Tipo de personalidade (ex.: introvertida/extrovertida). 2. Família • Nível socioeconômico • Religião e cultura • Casamento/divorsio • Forma de comunicação entre pais e filhos 3. Escola: • Professores • Colegas • Proposta pedagógica e metodologia de ensino • Avaliação da aprendizagem e do comportamento DESENVOLVIMENTO COGNITIVO O desenvolvimento cognitivo é um processo interno, mas pode ser observado e "medido “através das ações e da verbalização da criança. Envolve: O processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidades: • Compreensão dos fatos que ocorrem à sua volta; • Percepção de si mesmo e do ambiente; • Percepção de semelhanças e diferenças; • Memória; • Execução de ordens; • Compreensão de conceitos de cor e de forma; • Compreensão de tamanhos; • Compreensão de espaço; • Aquisição de conceitos e o estabelecimento de relações entre fatos e conceitos; • Compreensão de tempo e a relação dos conceitos entre si. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR É a capacidade de realizar movimentos por determinação da própria vontade: • Habilidades: posição ereta/caminhar, coordenação/manipulação de objetos • Exemplos: sentar-se, apanhar e largar, empilhar, ficar de pé, caminhar, etc. É produto de: amadurecimento do SNC (cefalocaudal e próximo-distal) • Estímulo • Aprendizagem LINGUAGEM Não é simples trabalho de imitação: é aprendizagem complexa; É produto de: • atividade intelectual • estimulação social Permite expressar ideias, sensações e emoções: COMUNICAÇÃO • requer comportamento relacionados a: o audição o compreensão o expressão SUPLEMENTAÇÃO VITAMINA A • Crianças 6m a < 1 ano: 100.000UI (cápsula amarela) • Criança 1ano a <5 anos:200.000UI (cápsula vermelha) Obs: Agendar retorno para nova dose a cada 6 meses. Não administrar em crianças que fazem uso de polivitamínicos que contenham Vit. A. Registrar procedimento no cartão da criança e planilha própria. SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO: A partir dos 6m de idade: 5ml solução xarope diariamente antes do almoço (manter até 24 meses). Saúde Coletiva – Programas de Saúde AULA 2 – POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PNAISM) Visam diminuir as desigualdades sociais, econômicas e culturais, essas desigualdades colaboram para os processos de adoecer e morrer das populações e de cada pessoa em particular. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) foi elaborada em 2004, a partir de diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da mulher no Brasil e do reconhecimento da importância de se contar com diretrizes que orientassem as políticas de Saúde da Mulher. Objetivos gerais da PNAISM • Promover melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, garantindo e fazendo valer seus direitos. • Propor medidas e ações que reduzam a morbidade e mortalidade femininas por causas preveníveis e evitáveis. • Visa diminuir as desigualdades, principalmente, a desigualdade de gênero. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO Trata-se do conjunto de ações que auxiliam mulheres e homens a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. • O direito ao Planejamento Reprodutivo está garantido na Constituição Brasileira e na Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996. É RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO: • Informar sobre o desenvolvimento corporal, em relação à sexualidade e reprodução; • Orientar sobre gravidez e as consequências de uma gravidez não-desejada; • Explicar a anatomia e fisiologia da sexualidade humana e sua função reprodutiva; • Discorrer sobre métodos contraceptivos; • Explanar os riscos de infecções sexualmente transmissíveis como HIV/AIDS, hepatites B e C, sífilis e herpes genital. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Do que se trata? São métodos ou substâncias que evitam a gravidez e/ou DST’s. Têm como meta impedir que o espermatozoide encontre o ovócito ou que o embrião se implante no útero. É obrigatoriedade do Estado fornecer meios adequados de prevenção e controle de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Podem ser divididos em: • Métodos de barreira • Métodos comportamentais • Métodos hormonais • Métodos cirúrgicos CÂNCER DE COLO DE ÚTERO É responsável pela morte de milhares de mulheres em todo o mundo, devendo ser devidamente prevenido e controlado. É comprovado que 99% das mulheres que têm câncer do colo uterino, foram antes infectadas pelo vírus HPV. No Brasil, cerca de 7.000 mulheres morrem anualmente por esse tipo de tumor. O útero da mulher é composto por colo, corpo e fundo. Inicialmente, o tumor limita-se à região do colo. Sua evolução ocorre vagarosamente e é curável na quase totalidade dos casos. Se não for tratado em tempo hábil, pode estender-se para todo o útero e outros órgãos PROGRESSÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO • Displasia: alteração anormal que afeta as células da superfície da cérvix, produzindo lesões. • Estágio 0- Carcinoma in situ: o câncer está superficial no colo do útero,não atingindo camadas mais profundas de tecidos. • Estágio 1: O tumor atinge tecidos mais profundos, mas se limita ao útero. • Estágio 2: O tumor invade áreas vizinhas ao colo uterino como a vagina, mas ainda está dentro da área pélvica • Estágio 3: O tumor se espalha para a parte inferior da vagina ou da parede pélvica. O tumor pode estar bloqueando os ureteres. • Estágio 4: O tumor atinge a bexiga ou o reto, ou até mesmo locais distantes, como pulmões (metástase). FATORES DE RISCO • Baixa condição socioeconômica; • Hábitos de vida (má higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais); • Atividade sexual antes dos 18 anos; • Gravidez antes dos 18 anos; • Vício de fumar; • Infecção por Vírus Papilomavírus Humano (HPV) e o Herpes vírus Tipo II (HSV); • Mulher tem muitos parceiros (ou tem relações com um homem que teve muitas parceiras). SINTOMATOLOGIA Na fase inicial da doença, não há sintomas característicos, sendo apenas o exame de Papanicolau capaz de indicar a sua presença. Em seguida, vale destacar: • Pequeno sangramento vaginal ou entre menstruações • Menstruações mais longas e volumosas que o normal • Dor durante relações sexuais • Secreção vaginal espessa, que pode apresentar cheiro • Dor pélvica TRATAMENTO E PREVENÇÃO Através do exame de colposcopia com biópsia detecta-se a área atingida e o tratamento ocorre conforme evolução da doença. Vai desde uma cauterização até a retirada de parte do útero ou o órgão por completo. Às vezes é necessário tratamento quimio e/ou radioterápico. VACINA CONTRA O HPV Papiloma Vírus Humano – HPV Vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto. • 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV. • A vacina possui eficácia de 98,8 por cento contra o câncer de colo de útero. • População alvo: o Meninas de 9 a 11 anos de idade. • Confere proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18. • Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco anos. É uma prevenção do câncer do colo do útero. A vacina não substitui a realização do exame preventivo (Papanicolau) ou uso de preservativos. CONSULTA GINECOLÓGICA • Anamnese • Exame físico geral • Exame pélvico • Papanicolau CÂNCER DE MAMA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO ASSISTÊNCIA AO CÂNCER DE MAMA Importância da área: o objetivo principal da enfermagem é o cuidado da mulher assistia no tratamento do câncer de mama • Esclarecimento sobre a doença e suas opções de tratamento; • Cuidado pós-cirúrgico, promoção do autocuidado, apoio, alívio da dor • Tratamento das complicações • Incentivo e coragem que a assistida necessita para enfrentar o câncer e suas possíveis consequências Além disto, a enfermagem busca cuidar da mulher como um todo, fazendo um levantamento de sua idade, orientando e prevenindo possíveis patologias A equipe de enfermagem tem participação fundamental no processo educativo para a saúde O desconhecimento por parte das mulheres como paciente favorece a prática da técnica de prevenção disponível. O processo educacional deve ser dirigido tanto a população geral, quanto aos profissionais de saúde, visando ao diagnóstico precoce e prevenção PRÉ-NATAL Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, o qual regulamenta a Lei nº 7.498, e da resolução COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz: “o pré natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira” CONSULTA DE PRÉ-NATAL • Captação da gestante para o acompanhamento pré-natal; • Abertura e preenchimento do prontuário; • Solicitação de exames; • Preenchimento do SisPreNatal; • Preenchimento do cartão da gestante; • Calendário de vacinas e orientações; • Estimulação a atividades educativas INÍCIO DO PRÉ-NATAL Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal. A partir desse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento de pré-natal: sequência de consultas, visitas domiciliares e grupos educativos. Deverão ser fornecidos: • O cartão e a caderneta da gestante • O calendário de vacinas e suas orientações • As orientações sobre a participação de atividades educativas GRAVIDEZ A gestação normalmente tem duração aproximada de 280 dias ou 9 meses ou 40 semanas, podendo variar de 38 a 42 semanas gestacionais, período em que ocorre todo o desenvolvimento embrionário e fetal. Sinais e sintomas: • Amenorreia; • Náuseas com ou sem vômitos; • Polaciúria; • Alterações mamárias. Sinais de probabilidade: • Aumento uterino; • Mudança da coloração da região vulvar; • Colo amolecido; • Testes de gravidez. Sinais de certeza: • Batimento cardíaco fetal (BCF); • Contornos; • Visualização do embrião pela ultrassonografia. CALENDÁRIO DE CONSULTAS O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6, com acompanhamento intercalado entre Médico e Enfermeiro. As consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: • Até 28 semanas – mensalmente • Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente • Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente ROTEIRO DAS CONSULTAS Para a realização das consultas de pré-natal devem ser realizados: I. Anamnese com todos os componentes da história clínica da gestante II. Exame físico geral e especifico III. Prescrição de medicamentos (ácido fólico e sulfato ferroso) IV. Solicitação dos exames complementares V. Condutas gerais 1° CONSULTA – ANAMNESE Na primeira consulta, deve-se pesquisar os aspectos socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos, além da situação da gravidez atual. • As anotações deverão ser realizadas tanto no prontuário da unidade quanto no Cartão e na Caderneta da Gestante. 1° CONSULTA: EXAME FÍSICO GERAL • Peso • Altura • IMC • Sinais vitais • Inspeção de pele e mucosas • Palpação da tireoide, região cervical, supraclavicular e axilar • Inspeção e palpação das mamas • Ausculta cardiopulmonar • Avaliação abdominal • Pesquisa de edema (membros inferiores, face, região sacra, tronco) • Avaliação da genitália 1° CONSULTA: SOLICITAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES • Hemograma completo • Tipagem sanguínea e fator Rh • Coombs indireto (se gestante Rh negativa) • Glicemia jejum • Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR • Teste rápido anti-HIV • Anti-HIV • Sorologia para hepatite B (HbsAg) • Urocultura + urina tipo 1 • Ultrassonografia obstétrica (confirmação de IG e outras indicações) • Toxoplasmose IgM e IgG • Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) • Colpocitologia oncótica (se necessário) • Exame de secreção vaginal (se necessário) • Eletroforese de hemoglobina (se houver indicação clínica) CONSULTAS SUBSEQUENTES: ANAMNESE Anamnese sucinta: deve-se enfatizar a pesquisa das queixas mais comuns na gestação e dos sinais de intercorrências clínicas e obstétricas. Suplementação: • Ácido fólico – vitamina B9 (5mg – 1cp/dia) • Sulfato ferroso – 40mg 1cp/dia (depende) CLIMATÉRIO Climatério: Definido pela OMS como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher Menopausa: é um marco dessa fase, correspondendo ao ultimo ciclo menstrual (48 aos 50 anos) INTRODUÇÃO • O climatério, uma nova fase • As alteraçõesfisiológicas acarretadas pelo climatério • O climatério e suas consequências sobre a sexualidade da mulher • o cuidar em enfermagem: no climatério, na sexualidade e o conhecimento do enfermeiro sobre sexualidade das mulheres no climatério. Uma questão de promoção à saúde. • sintomas vasomotores: o fogachos o palpitações • nervosismo • irritabilidade • insônia • depressão • diminuição da libido • problemas cardiovasculares • distúrbios genitais o vaginite atrófica o secura vaginal o infecções o vaginais • enfraquecimento e queda do cabelo • afinamento da pele, ressecamento • aumento do risco de osteoporose, com maior propensão a fraturas • atrofia das glândulas mamárias • distúrbios urinários o ardor ao urinar o urgência urinária ACOMPANHAMENTO PÓS-MENOPAUSA EXAMES DE ROTINA • exame físico • exame laboratoriais o glicemia de jejum o colesterol total e fração o triglicerídeos o TSH (a cada 3-5 anos) • Exames complementares o Colpocitologia oncótica (endocervical) o Mamografia anual o Ultrassom endovaginal o Pesquisa sangue oculto nas fezes EXAMES COMPLEMENTARES INDIVIDUALIZADOS • Exames laboratoriais o Hemograma o Urina Rotina o Provas de função renal o Provas de função hepática o Frações de colesterol o Curva de tolerância a glicose • Teste de esforço • Raio-x tórax • Densitometria óssea SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO • Características da fase do climatério • Medo • Vergonha/tabu • Imagem e imaginário • Qualidade de vida prejudicada • Tema pouco conhecido VIOLÊNCIA CONTRA MULHER Refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como privada. Dessa forma, a violência contra as mulheres é uma manifestação da relação de poder historicamente desigual entre homens e mulheres. “...causa enorme sofrimento; deixa marcas nas famílias, afetando as várias gerações e empobrece as comunidades. Impede que as mulheres realizem as suas potencialidades, limita o crescimento econômico e compromete o desenvolvimento”. (Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU) Dados • No Brasil, quase 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano, sendo 175 mil por mês, 5,8 mil por dia, 4 por minuto e uma a cada 15 segundos. • Em 70% dos casos, o agressor é uma pessoa com quem ela mantém ou manteve algum vínculo afetivo. PROBLEMA PESSOAL? Muitos profissionais acreditam que a violência doméstica é um problema pessoal e privado e, por isso, eles não têm o direito de intrometer-se nesse tipo de assunto, já que é um problema social ou legal, mas não um problema de Saúde Pública. Pensam, também, que as mulheres gostam de apanhar, senão não ficariam com o agressor. As percepções descritas acima são todas equivocadas, o que contribui para a perpetuação da violência contra a mulher, uma vez que o profissional perde a oportunidade de realizar uma intervenção qualificada. VIOLÊNCIA COMO PROBLEMA DE SAÚE PÚBLICA É preciso deixar claro para a comunidade que esta é uma demanda também da Unidade de Saúde; Como fazer isto: • Não fechar os olhos; • Instrumentalizar-se; • Utilizar recursos: vídeos, cartazes, folders, mural, campanhas, enquetes, trabalhar em grupos já existentes, montar novos grupos; • Saber que as demandas vão extrapolar a área da saúde; • Conhecer as REAIS atribuições da Rede. CONDUTA Profissional atua no sentido de: • Escutar calmamente a história e suas expectativas em relação à assistência • Verificar a presença de alguém que possa coibir o relato • Evitar julgamentos • Buscar entender o problema, a origem do sofrimento e as dificuldades que tem para sair da dinâmica abusiva • Não ter postura investigativa/policialesca • Não fazer questionamentos pra satisfazer sua curiosidade, ou seja, direcionar as perguntas para fatos relevantes que elucidarão o caso e auxiliarão na tomada de decisão o Condita da equipe o De encaminhamentos à rede intersetorial o Da usuária • Evitar prescrições de comportamento baseado em “achismo”, conceitos particulares, para tanto, manter amparo em protocolos clínicos, legislação vigente, normativa • Empatia x resiliência • Mapear conjuntamente a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar, como seu trabalho, amigos, família e recursos materiais ACOLHIMENTO • Oferecer atendimento humanizado. • Tratar a mulher como gostaria de ser tratado • Tratar a usuária com respeito e atenção • Disponibilizar tempo para uma conversa tranqüila. • Manter sigilo das informações. • Proporcionar privacidade. • Colocar-se no lugar da pessoa. • Notificar o caso. • Evitar a revitimização. • Afastar culpas • Validar sofrimento. POSSÍVEIS INDICADORES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER • Transtornos crônicos, vagos e repetitivos. • Entrada tardia no pré-natal. • Companheiro muito controlador; reage quando separado da mulher. • Infecção urinária de repetição (sem causa secundária) • Dor pélvica crônica • Síndrome do intestino irritável • Transtorno na sexualidade • Complicações em gestações anteriores, abortos de repetição • Depressão • Ansiedade • Dor crônica em qualquer parte do corpo ou mesmo sem localização precisa • Dor que não tem nome ou lugar • História de tentativa de suicídio • Lesões físicas que não se explicam de forma adequada • Fibromialgia PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Profissional atua no sentido de: • mapear potenciais riscos que a mulher pode correr e avaliar junto com a mulher os riscos, tentativas anteriores e formas de prevenção; • partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar que a violência é uma situação de alta ocorrência, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos entre o homem e a mulher; • discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual. NOTIFICAÇÃO DOS CASOS A Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Nesta, a violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de Saúde. Saúde Coletiva – Programas de Saúde AULA 3 – PROGRAMA DE SAÚDE DO IDOSO Segundo os dados do IBGE a população idosa chega cerca de 28 milhões de pessoas. • 13% da população é idosa • Esperança de vida ao nascer – 75,5 anos • Esperança de vida ao nascer aumenta 30 anos desde 1940 a 2019 Estimativas do IBGE apontam que em 2030 o número de idosos será maior que o número de pessoas de 0 a 14 anos. Os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões (17,6% da população). Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que de 1950 a 2025 a quantidade de idosos no país aumentará quinze vezes, já a população total, cinco. Dado: transição demográfica e epidemiológica • O perfil epidemiológico da população idosa brasileira é caracterizado pela tripla carga de doenças, com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições crônicas. • A maioria dos idosos apresenta doenças e disfunções orgânicas, mas esse quadro não significa necessariamente limitação de suas atividades, restrição da participação social ou do desempenho do seu papel social. Dados – limitação funcional • Idosos do Brasil o 70 % independentes para autocuidadoo 23% com alguma limitação funcional o 7% dependentes ENVELHECER NO BRASIL – PARTICULARIDADES • Heterogeneidade dos processos de envelhecimento marcada por fatores socioeconômicos, acesso serviços públicos, hábitos de vida, aspectos culturais (Ex: pessoas em pleno vigor físico e mental e outras mais vulneráveis) • Doenças e Agravos CrôQualidade de vida relacionada a capacidade funcional importância do desenvolvimento de ações para manutenção da autonomia e independência. • nicos como principais causas de morbimortalidade, incapacidade e perda de qualidade de vida, gerando situação de dependência e necessidade de cuidados contínuos • Novos portes e arranjos familiares demandam uma política intersetorial de cuidados • Necessidade de intervenções multidimensionais e Intra/intersetoriais Construção e fortalecimento de alternativas assistenciais (diferentes modalidades), parcerias intra e intersetoriais, serviços de base territorial, etc Considerar as especificidades da Pessoa Idosa na organização/qualificação da atenção implica em: Um novo paradigma das práticas de saúde, tendo como foco o “cuidado”, com ampliação do olhar para além do modelo biomédico. Reconhecer as peculiaridades da pessoa idosa quanto à apresentação, instalação e desfechos dos agravos em saúde, traduzidas pela maior vulnerabilidade a eventos adversos, necessitando de intervenções multidimensionais e multisetoriais. nesse novo paradigma é fundamental identificar condicionantes e determinantes do processo saúde/doença, em particular no que tange à capacidade funcional A perda da funcionalidade contribui significativamente para o comprometimento da qualidade de vida da pessoa, de seus familiares e cuidadores. Tanto que representa o condicionante mais importante de desfechos desfavoráveis na pessoa idosa, como hospitalização, institucionalização e morte, com grande impacto social e econômico. Dados – limitação funcional PNS 2013 • % de idosos com alguma limitação funcional o 30,1% o 6,8 ABVD • Estimativa de idosos brasileiros que precisam de ajuda para realizar atividades de vida diária o 6,5 milhões o 360 mil não recebem cuidados • Familiares não remunerados são a principal fonte de ajuda para idosos que necessitam de apoio para realizar atividades de vida diária. • ABVD: atividade básica de vida diária. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚE DA PESSOA IDOSA – PT. N° 2528/2006 Finalidade: promover, manter e recuperar a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do sistema único de saúde “Não se fica velho aos 60 anos. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a experiência de vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias. O preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto a esse fenômeno colaboram para a dificuldade de se pensar políticas específicas para esse grupo. Ainda há os que pensam que se investe na infância e se gasta na velhice. Deve ser um compromisso de todo gestor em saúde compreender que, ainda que os custos de hospitalizações e cuidados prolongados sejam elevados na parcela idosa, também aí está se investindo na velhice”. “Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades. Importante acrescentar que muitos idosos brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da falta de recursos e da falta de cuidados específicos de promoção e de prevenção em saúde. Entre esses estão os idosos que vivem abaixo da linha de pobreza, analfabetos, os sequelados de acidentes de trabalho, os amputados por arteriopatias, os hemiplégicos, os idosos com síndromes demenciais, e para eles também é preciso achar respostas e ter ações específicas”. Diretrizes: • Promoção do envelhecimento ativo e saudável; • Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; • Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; • Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; • Estímulo à participação e fortalecimento do controle social; • Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; • Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; • Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e • Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA – EM CONSONÂNCIA COM OMS Envelhecimento saudável: • A organização mundial da saúde define envelhecimento saudável como processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem- estar em idade avançada. • Assim, a OMS define capacidade funcional no Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde (2015) como atributos relacionados à saúde que permitem que as pessoas sejam e façam o que lhes é importante. Ela é composta pela capacidade intrínseca (capacidade física e mental) da pessoa, as características do entorno que afetam esta capacidade e as interações entre a pessoa e este entorno. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA – MODELO DE ATENÇÃO Modelo de Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa Organização do cuidado: • Integrado às Redes de Atenção à Saúde; • Ordenado pela Atenção Básica; • Articulado com áreas e programas estratégicos do SUS; • Intersetorial. Potencializar e Articular ações já desenvolvidas, propondo estratégias para fortalecer a qualificação do cuidado e a ampliação do acesso da pessoa idosa aos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde. A atenção deve ser centrada nas necessidades do indivíduo, considerando sua integração na família e na comunidade, em substituição à atenção prescritiva centrada na doença. Para isso, as especificidades e singularidades da população idosa com suas novas demandas de cuidado devem ser priorizadas na organização e oferta dos serviços. PARTICULARIDADES DO CUIDADO À PESSOA IDOSA: • Novos arranjos familiares, famílias menores – necessidade de Política Intersetorial de Cuidados - cuidadores, rede social no território, atenção domiciliar e oferta de serviços dia. • Capacidade funcional orienta o cuidado • Necessidade de Intervenções multidimensionais e intersetoriais • DCNT como principais causas de morbimortalidade e incapacidade – aumento da demanda pelo uso de serviços de saúde. • Maior vulnerabilidade • Heterogeneidade dos processos de envelhecimento - Fatores socioeconômicos, acesso a serviços públicos, hábitos de vida aspectos culturais • Qualidade de vida relacionada à capacidade funcional – Ações de manutenção da autonomia e independência Pessoa idosa • Acolhimento • Atendimento • Avaliação multidimensional • identificação das Necessidades de Saúde da Pessoa Idosa o Idoso independente e autônomo o Idoso com limitação funcional grave (dependentes) o Idoso com alguma limitação funcional Projeto Terapêutico Singular A avaliação multidimensional de saúde da pessoa idosa deve contemplar as dimensões social, clínica, mental e funcional, e contribuir na identificação do conjunto das necessidades do idoso, possibilitando a otimização da alocação de recursos e estratégias de cuidado. Ao mesmo tempo, deve ampliar a compreensão do processo de envelhecimento permitindo a identificação e classificação de riscos e finalmente a elaboração de Projeto Terapêutico Singular. É necessário também incluir em todas as etapas de organizaçãodo cuidado a garantia do acesso, o acolhimento e cuidado humanizado da população idosa nos serviços de saúde do SUS, ou seja, não só exercitar a escuta, mas propiciar que está se traduza em responsabilização e resolutividade, o que leva ao acionamento de redes internas, externas e multidisciplinares O cuidado deve ser orientado a partir da funcionalidade da pessoa idosa, considerando o risco de fragilidade existente e seu grau de dependência (capacidade de execução), buscando a autonomia (capacidade de decisão) possível, do sujeito em questão. QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO Para planejar ações voltadas para a população idosa é necessário saber quantos idosos vivem no território de abrangência e conhecer suas diferentes necessidades. Uma forma de planejar o cuidado a partir dessas necessidades é identificar as pessoas idosas de acordo com sua capacidade funcional e com os cuidados de que necessitam. Estas informações podem ser identificadas durante as visitas domiciliares e ou no acompanhamento de rotina das equipes. A 3ª Edição da Caderneta da Saúde da Pessoa Idosa, Foi estruturada para ser um instrumento estratégico de acompanhamento longitudinal das condições de saúde da população idosa nos serviços de saúde INFORMAÇÕES REVELANTES Viva SINAN (2013) 11.785 notificações de violência contra pessoas idosas • Violência física 57.8% • Psicológica 26% • Embora número expressivo acreditamos não refletir a realidade (necessidade de investir na capacitação para a identificação e qualificação do cuidado, de proteção, ampliar acesso aos serviços • Óbitos por lesão autoprovocada (2012) o Taxa por 100 mil habitantes Brasil :5.32 o 0+ a Taxa é de 7.99, sendo Homens 14,38 e Mulheres 2.87 QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO – PESSOAS IDOSAS RESIDENTES DE ILPIS Idosos do Brasil – 28 milhões – 13% população total • 1% vive em instituições o Independentes 31,8 a 38,1% o Semi-dependentes: 25 a 34% o Dependentes: 30 a 40% QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO: INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO SISAP - Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Objetivo geral: Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. ATENÇÃO DOMICILIAR – PT N° 825, DE 26 DE ABRIL DE 2016 Redefine a Atenção Domiciliar no Âmbito do SUS e representa um marco na estruturação da atenção domiciliar em todo Brasil, apresentando as diretrizes desta modalidade de cuidado, a forma como deve se organizar e também estabelece o incentivo federal para apoiar os gestores no aperfeiçoamento e /ou implementação da atenção domiciliar nas suas localidades. ATENÇÃO DOMICILIAR – PROGRAMA MELHOR EM CASA Indicado para pessoas que apresentam dificuldades temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma unidade de saúde. Proporciona o atendimento em casa com equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social. Cerca de 70% dos atendimentos do Melhor em Casa é de idosos, o que corresponde a cerca de 86.800 pessoas. PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - PNI Referência mundial – vacinas de Gripe e Pneumonia. Desde 1999, o Ministério da Saúde do Brasil investe na mobilização da população idosa para a vacinação. Oferece 5 tipos de vacinas para a população idosa: Hepatite B, Febre Amarela, Influenza (campanha anual), pneumocócica 23 e dT (difteria e tétano). Em 2016, foram aplicadas mais de 20 milhões de doses da vacina da influenza em pessoas idosas. Cobertura de 97% CONSULTA DE ENFERMAGEM – PRIMEIRA CONSULTA ENTREVISTA • IDENTIFICAÇÃO: Sexo, idade, estado civil (tempo), ocupação atual (tempo); profissão; escolaridade; o conhecimento sobre sua saúde e os fatores de risco relacionados a agravos à saúde; • HISTÓRIA ATUAL E PREGRESSA: queixa principal, doenças, tratamentos, cirurgias, internações, vícios, quedas, sintomatologia; • IMUNIZAÇÃO; • USO DE MEDICAMENTOS: prescritos, autoadministrado, conhecimentos, dificuldades (econômica, deglutição, visual, memória, manipulação, outras) • PERFIL FISIOLÓGICO: Aspectos cardiovasculares e metabólicos; Nível pressórico, colesterol, triglicérides, glicemia de jejum; • PERFIL NUTRICIONAL: Alimentação: composição, número de refeições, quem prepara a comida, conservação; deglutição, mastigação; • ASPECTOS SENSORIAIS: o Acuidade auditiva, Acuidade visual, Paladar, olfato, tato; • PERFIL PSICOLÓGICO: o Dependências: álcool, drogas, tabaco; o Cognição/memória; o Sono e repouso o Investigar sinais de violência psicológica no nível do convívio familiar; • PERFIL FAMILIAR: o Riscos familiares: obesidade, hipertensão, infarto, artrose, diabetes, câncer; o Situação familiar: composição, necessidade/disponibilidade de cuidado. • PERFIL SÓCIO-CULTURAL: o Lazer, atividades laborais, ocupação do tempo livre (frequência, tipo, satisfação), Espiritualidade: crenças, atividades, frequência; Ansiedade, estresse, depressão. • AUTOCUIDADO: o Atividades de vida diária Hábitos de higiene corporal e bucal (frequência, dificuldades); Vestuários (adequação/temperatura ambiente, elásticos, autonomia) • PERFIL DE AMBIENTE: o Tipo de moradia, utilização de tapetes, corrimão, banheira, iluminação, animais domésticos, condições de higiene e segurança. • SEXUALIDADE: o Parceiro, dificuldades/queixas, sexo seguro, etc; • HÁBITO INTESTINAL E URINÁRIO: o Frequência, queixas, perdas urinárias e/ou dificuldade de urinar e aspecto das eliminações. Saúde Coletiva – Programas de Saúde AULA 4 – HIPERDIA Programas de hipertensão e diabetes DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) • Ameaçam a saúde e são incapacitantes; • Ocasionam sofrimentos e custos materiais diretos aos pacientes e seus familiares; • Desafio para a Atenção Básica em Saúde (ABS) dada às doenças crônicas: o ↑ prevalência; o Multifatoriais; o Determinantes biológicos e socioculturais; o Deve envolver o protagonismo dos indivíduos, suas famílias e comunidade. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são DCNT de grande magnitude: • Fatores de risco para o agravamento das doenças cardiovasculares; • Principais causas de morbimortalidade. Repercutem negativamente na qualidade de vida e tendem a aumentar nos próximos anos: • Envelhecimento da população; • Crescente urbanização; • Estilo de vida pouco saudável adotado pela população brasileira. HIPERTENSÃO ARTERIAL E A DIABETES MELLITUS Apresentam elevado custo médico-social, principalmente por sua participação em complicações como: • Doença cérebro vascular; • Doença arterial coronária; • Insuficiência renal crônica; • Doença vascular de extremidades. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS A prevalência no Brasil: • 22 a 44 % para adultos; • ≥ 50 % de 60 a 69 anos; • 75% em maiores de 70 anos. Fisiopatologia da doença: definições de ações de saúde voltadas para a prevenção ou promoção de saúde. Interação entre fatores genéticos e ambientais determina o desenvolvimento da doença. Escassez de ações de saúde voltadas para o controle da HAS e a falta de adesão ao tratamento: aparecimento de complicações em órgãos. As ações de promoção e prevenção da saúde: • Controle do excesso de peso; • Consumo excessivo de sal; • Uso inadequado de álcool. A Atenção Básica: • Ações de controle individual e coletivo; • Acompanhamento integral e longitudinal dos pacientes comfatores de risco para HAS. o Mudança do estilo de vida, por meio de orientações médicas; o Restrição sódica e dieta; o Moderação do consumo etílico; o Interrupção do tabagismo; o Exercícios regulares DIABETES MELLITUS o Doença caracterizada pelo comprometimento do metabolismo da glicose, resulta em hiperglicemia crônica e divide-se em Diabetes Tipo 1 e 2. o Mundo: 347 milhões de diabéticos; o 80% dos óbitos: países de média e baixa renda. O DM exige um acompanhamento regular e sistêmico por uma equipe multiprofissional que ofereça os recursos necessários para que a pessoa possa manejar a patologia e manter o autocuidado necessário para evitar o agravo da doença. HIPERDIA • Monitoramento dos pacientes captados com HAS e DM; • Gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados; • O Sistema está integrado ao Cartão Nacional do SUS, garantindo a identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde, através do número do CNS – Cartão Nacional de Saúde. • O Sistema Informatizado de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Sis-HIPERDIA); • Implantado no ano de 2001 pelo MS; • O Plano de Reorganização da Atenção aos portadores de HAS e DM, com ênfase na Atenção Primária a Saúde. O Plano de Reorganização da Atenção aos portadores de HAS e DM: • Confirmação dos casos suspeitos; • Elaboração de protocolos clínicos; • Treinamento de profissionais de saúde; • Distribuição gratuita de medicamentos anti- hipertensivos, hipoglicemiantes orais e insulina NPH; • Cadastro e acompanhamento. PRINCIPAIS DESAFIOS • Reduzir complicações e mortes relacionadas à hipertensão e ao diabetes; • Reduzir a prevalência da doença hipertensiva e do diabetes; • Aumentar o grau de conhecimento da população sobre a importância da hipertensão arterial e do diabetes; • Garantir acesso aos portadores desses agravos aos serviços básicos de saúde, com resolutividade; • Incentivar políticas e programas comunitários; • Detecção precoce; • Políticas Públicas nos âmbitos municipal, estadual e federal. AÇÕES COMUNS DA EQUIPE MULTIDISCIPLICAR • Atendimento compartilhado do usuário, com elaboração do plano de cuidado único e do plano de autocuidado apoiado; • Planejamento conjunto das ações de acordo com a realidade da população; • Promoção à saúde (ações educativas com ênfase em mudanças do estilo de vida, correção dos fatores de risco e produção de material educativo); • Treinamento de profissionais; • Encaminhamento a outros profissionais, quando indicado; • Ações assistenciais individuais e em grupo. LINHA DE CUIDADO A finalidade é fortalecer e qualificar a atenção à pessoa com essa doença por meio da integralidade e da longitudinalidade do cuidado, em todos os pontos de atenção CONSULTA DE ENFERMAGEM • Medida da pressão arterial e glicemia; • Investigação sobre fatores de risco e hábitos de vida; • Estratificação do risco individual; • Orientação sobre a doença, o uso de medicamentos e os seus efeitos adversos; • Avaliação de sintomas e orientações sobre hábitos de vida pessoais e familiares; • Solicitação de exames, definidos previamente pelos protocolos de rastreamento e acompanhamento de hipertensão e diabetes; • Acompanhamento do tratamento dos pacientes com a pressão arterial e glicemia sob controle; • Encaminhamento ao médico pelo menos anualmente e com maior frequência nos casos em que a pressão ou a gicemia não estiver devidamente controlada ou na presença de outras intercorrências; • Administração do serviço (controle de retornos, busca de faltosos e controle de consultas agendadas); • Delegação das atividades do técnico/auxiliar de enfermagem CONSULTA DE ENFERMAGEM – DM1 • Ênfase nos aspectos emocionais, educação alimentar, contagem de carboidratos, se indicada, manutenção da rotina de atividades (especialmente na criança); • Administração correta da insulina, lipodistrofia, controles diários de glicemia (até 4 vezes ao dia); • Adesão do paciente e da família ao projeto terapêutico; • Contato com a escola para facilitação da continuidade do tratamento durante o período escolar. CONSULTA DE ENFERMAGEM – DM2 • Ênfase na questão nutricional, • Uso correto da medicação, • Aspectos nutricionais e emocionais, exame dos pés; • Controles diários da glicemia e da PA; • Autocuidado; • Adesão do paciente ao projeto terapêutico. EXAMES LABORATORIAIS E RADIOLÓGICOS – DM • glicemia, • teste de sobrecarga com glicose, • hemoglobina glicada, • urina (sedimentoscopia, determinação de proteinúria e cetonúria, pesquisa de dismorfismo eritrocitário), • lipídeos sanguíneos, creatinina, clearance de creatinina, eletrólitos, hemograma, cultivo bacteriano • ECG • Para os casos de Diabetes tipo 1: dosagem de glicemia e hemoglobina glicada (com o resultado destes exames, o paciente é encaminhado para a atenção especializada) CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Presença ou não de lesões em órgãos-alvo: • Baixo: sem acometimento de órgãos-alvo • Alto: com acometimento de órgãos-alvo Lesões de órgãos-alvo são irreversíveis, entendemos que deva ser despendido um grande esforço no sentido de prevenir estas complicações. Isso exige acompanhamento contínuo, controle metabólico rigoroso e a participação ativa do paciente no seu tratamento (autocuidado). QUEIMANDO NEURÔNIOS 1. De acordo com as diretrizes atuais, a pressão arterial é considerada limítrofe, ou seja, como pré-hipertensão, quando, ao ser medida casualmente num atendimento, mostra-se na faixa de: a) 120-129 X 80-85 mmHg. b) 125-129 X 80-83 mmHg. c) 130-139 X 85-89 mmHg. d) 140-145 X 85-89 mmHg. e) 140-159 X 90-99 mmHg. 2. Dentre os fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica, segundo as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, são considerados: a) Obesidade, sedentarismo, doença vascular encefálica e diabetes melito. b) Ingestão de bebidas alcoólicas, ingestão de fibras, diabetes melito e obesidade. c) Consumo de sal, asma, gordura saturada e doença renal. d) Doença arterial coronária, fatores psicossociais, ansiedade e tabagismo. e) Etnia, tabagismo, excesso de peso, sedentarismo e etilismo. 3. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população com mais de 40 anos. Com relação aos conhecimentos a respeito da hipertensão e cuidados específicos, assinale a opção CORRETA. a) A hipertensão primária ou essencial é a mais frequente, causada pelo estresse, idade, obesidade, fumo, álcool, café, sedentarismo, entre outros fatores. b) A hipertensão está relacionada à insuficiência cardíaca e ao infarto agudo do miocárdio, mas não ao transplante renal. c) A hipertensão é uma doença crônica pouco prevalente, para a qual existe tratamento, entretanto a maioria dos pacientes não são tratados. d) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou doença vascular hipertensiva é uma condição de anormalidade em que ocorre aumento persistente da pressão sistólica e diastólica. e) Outro tipo de pressão arterial, a chamada secundária, de causa desconhecida, é de menor incidência entre a população. 4. Sobre a atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus no Brasil, é incorreto afirmar que: a) A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são doenças que apresentam vários aspectos em comum, são doenças curáveis e requerem acompanhamento eficaz e permanente. b) O diabetes gestacional pode ocorrer durante as últimas fases da gravidez, geralmente desaparece com o nascimento do bebê. c) O diabetes quando não controlado pode afetar órgãos-alvo e causar danos irreversíveis.d) Tanto o diabetes mellitus quanto a hipertensão arterial se correlacionam com a dieta e merecem uma atenção especial. A pressão alta pede atenção para a ingestão de sódio e o diabetes com as doses de açúcar na dieta. 5. Um dos programas do SUS é o chamado “Hiperdia” que se destina ao cadastramento e acompanhamento de portadores de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus atendidos na rede ambulatorial do SUS. A respeito do Hiperdia, é correto afirmar que: I. permite gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados; (correto) II. um dos objetivos do programa é a prevenção, diagnóstico e terapêutica mais precoce possível das complicações; (correto) III. uma das funcionalidades do programa é a disponibilização de informações de acesso público com a identificação do portador; (errado) IV. um dos benefícios desse programa é permitir conhecer o perfil epidemiológico da Hipertensão Arterial e do diabetes mellitus na população. Marque as afirmativas corretas: (correto) a. II e IV. b. I, II e IV. c. I e II. d. III e IV. e. II, III e IV. ATIVIDADE AVALIATIVA – 1,O PT Arvore diagnóstica • grupo de 5 alunos • entrega: prazo máximo 30/03 Hipertensão e diabetes é possível realizar o diagnóstico precoce e a prevenção de complicações. Saúde Coletiva – Programas de Saúde AULA 5 – PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL Breve Histórico de saúde mental: Até a chegada da família real ao país a circulação de "loucos" pelas ruas não era um problema Psiquiatria no Brasil: O tratamento era centrado no isolamento dos doentes mentais ou indivíduos suspeitos e dependentes químicos em instituições fechadas. Em 1916 O Código Civil brasileiro prescrevia a interdição civil e a conseguinte curatela aos "loucos" de todo o gênero. Até recentemente a Saúde Mental brasileira estava ligada a legislação de 1934 que legalizava a cassação dos direitos civis dos doentes mentais, submetendo-os a curatela do Estado. Em 1960 • Havia aproximadamente 100 mil leitos psiquiátricos no Brasil muitos em macro- hospitais psiquiátricos, arcaicos, em precárias condições físicas, deficiências técnicas, sanitárias e administrativas. • Os doentes mentais viviam em condições subumanas, a higiene precária, o sussurro de palavras arrastadas e a expressão facial de desespero, demonstravam que os doentes mentais estavam abandonados. Em 1970 Houve uma orientação do Ministério da Saúde no sentido da criação de ambulatórios de saúde mental, da desospitalização dos doentes mentais e do atendimento hospitalar por equipes multidisciplinares, porém modificações mais eficientes só se tornaram possíveis no Brasil a partir de 1980 com o movimento da Reforma Psiquiátrica. CONSTITUIÇÃO DE 1988 Surgiram espaços de elaboração de leis voltadas para o atendimento das questões sociais, propiciando um ambiente adequado para que a sociedade civil, trabalhadores de Saúde Mental E A articulação Nacional de luta Antimanicomial se organizasse pela reforma do sistema psiquiátrico, buscando um novo estado de direito para o doente mental. LEI 10.216/2001, DE 06 DE ABRIL DE 2001 A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em Saúde Mental. Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra. Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I. ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II. ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III. ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV. ter garantia de sigilo nas informações prestadas; camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce V. ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI. ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII. receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII. ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX. ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. Art. 3º É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. • §1º O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio. • § 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. • § 3º É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2° e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2°. Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário. Art. 6º A internação psiquiátricasomente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I. internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; II. internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e III. internação compulsória: aquela determinada pela Justiça. Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento. Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente. Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento. • § 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. • § 2º O término da internação involuntária dar- se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento. Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. Art. 10º Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência. camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce Art. 11º Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde. Art. 12º O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei. REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL • As diretrizes e estratégias de atuação na área de assistência à saúde mental no Brasil envolvem o Governo Federal, Estados e Municípios; • Os principais atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o usuário recebe atendimento próximo da família com assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme o quadro de saúde de cada paciente; • Nesses locais também há possibilidade de acolhimento noturno e/ou cuidado contínuo em situações de maior complexidade. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) • São pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS); • Unidades que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe multiprofissional que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. São substitutivos ao modelo asilar, ou seja, aqueles em que os pacientes deveriam morar (manicômios). Modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) o CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes; o CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes; o CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes; o CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes; o CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes; o CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. ATENÇÃO: Se o município não possuir nenhum CAPS, o atendimento de saúde mental é feito pela Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, por meio das Unidades Básicas de Saúde ou Postos de Saúde. Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto socorro São serviços para o atendimento de urgências e emergências rápidas, responsáveis, cada um em seu âmbito de atuação, pela classificação de risco e tratamento das pessoas com transtorno mental e/ou necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em situações de urgência e emergência, ou seja, em momentos de crise intensa. camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce camil Realce Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) São moradias ou casas destinadas a cuidar de pacientes com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência e que não possuam suporte social e laços familiares. Além disso, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) também podem acolher pacientes com transtornos mentais que estejam em situação de vulnerabilidade pessoal e social, como, por exemplo, moradores de rua. Unidades de Acolhimento (UA) o Oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24h/dia, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório. o O tempo de permanência nessas unidades é de até seis meses. As Unidades de Acolhimento são divididas em: o Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito) anos, de ambos os sexos; e o Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI): destinada às crianças e aos adolescentes, entre 10
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