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Profª Drª Adriana Aparecida Delloiagono de Paula Instrumentos de avaliação e intervenção familiar Utilizados para desenvolver ações em saúde sob perspectiva da família. Meio eficiente de conhecer as famílias no seu modo de viver e experienciar o processo saúde-doença. Modelo Calgary de avaliação e intervenção familiar – MCAIF MCAIF – Categorias Estrutural Desenvolvimento Funcional a)estrutural: interna: genograma. externa: ecomapa. contexto: VISITA DOMICILIAR E ENTREVISTA. Visita Domiciliar A Visita Domiciliar é um dos instrumentos estratégicos que potencializa as condições de conhecimento do cotidiano dos sujeitos, no seu ambiente de convivência familiar e comunitária. As visitas domiciliares “têm como objetivo conhecer as condições (residência, bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do cotidiano das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam a entrevistas. Visita Domiciliar A visita domiciliar é uma “forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo, à família ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos diversos recursos sociais locais, visando a maior equidade da assistência em saúde”. A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que acontecem no domicílio da família. A visita domiciliar “é vital para a educação em saúde”. Visita Domiciliar É uma ferramenta que deve ser considerada no contexto de educação em saúde por contribuir para a mudança de padrões de comportamento e promover a qualidade de vida através da prevenção de doenças e promoção da saúde. Garante atendimento holístico por parte dos profissionais, sendo importante a compreensão dos aspectos psico-afetivo-sociais e biológicos da clientela assistida. Visita Domiciliar Permite avaliar, desde as condições ambientais e físicas em que vivem o indivíduo e sua família, até assistir os membros do grupo familiar, acompanhar o seu trabalho, levantar dados sobre condições de habitação e saneamento, além de aplicar medidas de controle nas doenças transmissíveis ou parasitárias. Visita Domiciliar Conhecer o ambiente familiar e as microáreas de moradia dos usuários do centro de saúde, ampliando o nível de informações e conhecimentos relativos ao autocuidado, ao uso dos recursos sociais, à ação política em saúde ou, ainda, como atitude complementar às ações de vigilância em saúde. Prestação de cuidados de enfermagem no domicílio, quando conveniente. Orientação e educação para prestação de cuidados no domicílio. Supervisão dos cuidados delegados à família. Orientações à família, quando o serviço de saúde não for o mais indicado. Coleta de informações sobre as condições sócio sanitárias da família, por meio de entrevistas e observação. Tipo de Visita Domiciliar VISITA CHAMADA é um atendimento realizado na casa do indivíduo ou família, por este ou esta possuir algum tipo de limitação, por exemplo, doença aguda ou agudização de um problema crônico ou por outro tipo de limitação (sequelados de AVE, amputação, cirurgias recentes). Tipo de Visita Domiciliar VISITAS PERIÓDICAS: são feitas para indivíduos ou famílias que necessitam de acompanhamento periódico. Por exemplo, pacientes crônicos, acamados, idosos, doentes mentais, egressos de internações hospitalares, pode haver até coleta de exames. Marcado com periodicidade semanal, quinzenal ou mensal. Tipo de Visita Domiciliar INTERNAÇÕES DOMICILIARES: são indivíduos ou famílias que escolheram realizar o tratamento em casa, geralmente são necessárias para pacientes terminais de câncer, quando grande parte dos cuidados pode ser realizado pelos familiares. A equipe apoia e maneja a situação para promover a qualidade de vida neste momento. BUSCA ATIVA: é a busca de indivíduos ou famílias faltosas (tratamentos, vacinas, gestantes), a vigilância em saúde também é considerada uma busca ativa. Tipo de Visita Domiciliar PREVENTIVAS: a puérperas, RN, pessoas com doenças contagiosas, coleta de sorologias, abordagem familiar, genograma, controle ambiental, etc. CADASTRAMENTO DE FAMÍLIAS: preenchimento de ficha A, confirmação de endereço, etc. Como Priorizar a Visita Domiciliar Escala de Risco Familiar de COELHO Como Priorizar a Visita Domiciliar A partir da pontuação das sentinelas estabelece-se, de acordo com o Escore Total, a classificação de risco, que varia de R1 = risco menor a R3 = risco máximo. Escore 5 ou 6 = (R1) Escore 7 ou 8 = (R2) Maior que 9 = (R3) Visita Domiciliar Responsável pela realização: um profissional da equipe local de saúde lotado na UBS: médico, dentista, enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, psicólogo, assistente social, técnico ou auxiliar de enfermagem; agente comunitário de saúde (ACS), sob supervisão da equipe local de saúde. Ações da Visita Domiciliar PROMOÇÃO DA SAÚDE E DE AÇÕES PREVENTIVAS: Visita à puérpera; Busca de recém-nascido; Busca ativa de doenças infectocontagiosas ou marcador; Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento. Outras situações devem ser discutidas com a equipe. AÇÕES TERAPÊUTICAS: Paciente portador de doença crônica que apresente dependência física; Pacientes idosos com dificuldade de locomoção ou morando sozinhos; Pacientes com problema de saúde que dificulte sua locomoção até a UBS. Outras situações devem ser discutidas com a equipe. Vantagens da Visita Domiciliar Proporcionar aos profissionais o conhecimento sobre o indivíduo(contexto de vida, meio ambiente, condições de habitação, relações afetivo-sociais da família),para possibilitar a assistência integral à saúde. Facilitar a adaptação do planejamento da assistência de enfermagem de acordo com os recursos que a família dispõe. Melhor relacionamento do grupo familiar com o profissional de saúde por ser sigiloso e menos formal. Maior liberdade para expor os mais variados problemas, tendo-se um tempo maior do que nas dependências do serviço de saúde. Limitações da Visita Domiciliar Método dispendioso, pois demanda custo de pessoal e de locomoção. Ocorre um gasto de tempo maior, tanto na locomoção como na realização da visita. Contratempos advindos da impossibilidade de marcar a visita: não ter ninguém em casa, o endereço não existir, a pessoa não residir mais naquele endereço. Os afazeres domésticos das donas de casa podem impedir ou dificultar a realização da visita domiciliar. Entrevista A entrevista no exercício da profissão é um processo social de interação entre o enfermeiro e o paciente frente a uma situação que envolve um problema de saúde Determinar a existência de necessidades alteradas Não é conversar com o paciente Entrevista O objetivo principal é o de ajudar o entrevistado. Ele está no centro; ele é o focalizado; ele é o mais importante. A entrevista é um diálogo entre duas pessoas, um dialogo que é sério e tem um propósito. O objetivo é auxiliar o entrevistado, que pode vir até nós livremente, procurando ajuda COLETA DE DADOS DADOS SUBJETIVOS DADOS OBJETIVOS DADOS HISTÓRICOS DADOS ATUAIS Melhora das relações interpessoais: Confiança Respeito Autenticidade Empatia É conquistada Ações que transmitam sentimentos de carinho, de se importar: Fornecer um cobertor quando frio; Dar alimento quando o paciente estiver com fome; Ser honesta (Ex: Não sei a resposta a sua pergunta, mas vou descobrir); Considerar, sempre que possível, as preferências e solicitações do cliente. Atitude não crítica Ações que transmitem respeito: Chamar o paciente pelo nome (e título, se preferir); Tentar compreender o comportamento do cliente, independentemente de quão inaceitável possa ser. Se osenhor continuar bebendo vai morrer de infarto Atender ao telefone durante conversa com paciente Capacidade do enfermeiro ser franco, honesto e real; Há congruência entre o que é sentido e expresso; O enfermeiro responde ao cliente com franqueza e honestidade; Não é difícil perceber artificialidade nas pessoas! Qualquer problema o senhor pode me chamar. Significa tendência para sentir o que se sentiria caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas, vivenciadas por outra pessoa. ENTREVISTA – ARMADILHAS Fornecer falsa tranquilização Dar conselhos não solicitados Uso de jargão profissional ou linguagem científica Uso de perguntas tendenciosas (Vc não fuma, fuma?) Falar mais do que ouve Interrupção Julgar comportamento Mudar de assunto subitamente Programa Melhor em Casa Foi instituído em 2011; O objetivo do Melhor em Casa é levar atendimento médico às casas de pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, evitando internações hospitalares desnecessárias e as filas dos serviços de urgência e emergência. As equipes de cuidadores são formadas, prioritariamente, por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. Outros profissionais como fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, odontólogo, psicólogo, assistente social e farmacêutico podem também compor as equipes de apoio. O ambiente domiciliar e as relações familiares aí instituídas, que diferem da relação estabelecida entre equipe de saúde e paciente, tendem a humanizar o cuidado, (re) colocando o usuário no lugar mais de sujeito do processo e menos de objeto de intervenção.
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