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TRABALHO DE CONCCLUSÃO DE CURSO BOVINICULTURA LEITEIRA CONCLUIDO COMPLETO

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA
MOHAMAD ALI HAMZÉ
Curso: Técnico em Agropecuária
BOVINOCULTURA LEITEIRA
Cambará - PR
2018
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL AGRÍCOLA
MOHAMAD ALI HAMZÉ
Curso: Técnico em Agropecuária
ANDERSON HENRIQUE PEREZ MARTINEZ
BOVINOCULTURA LEITEIRA
Trabalho apresentado a disciplina de Estágio Supervisionado, como requisito parcial para a formação de Técnico em Agropecuária, sob orientação do professor Luciano Hypólito
Cambará - PR
2018
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me dado saúde e disposição para ter conseguido realizar este estágio nas Faculdades Integradas de Ourinhos. 
Em especial
A minha mãe, que sempre foi meu ponto de equilíbrio e sempre me incentivando a minha realização profissional
Maria Aparecida de Souza
E a meu pai
Donizeti Perez Martinez (in memoriam)
ofereço.
A persistência é irmã gêmea da excelência. Uma é
questão de qualidade; a outra, questão de tempo.
Marabel Morgan
AGRADECIMENTO
Agradeço a Professora Coordenadora do curso de Medicina Veterinária da FIO (Faculdades Integradas de Ourinhos), Claudia Yumi Matsubara Rodrigues Ferreira, por sem mesmo me conhecer me proporcionou grande oportunidade de aprendizagem. Ao Professor Luciano Hypólito pela indicação do local do estágio, e pelas orientações na realização do trabalho teórico.
Ao grande amigo que fiz nesse período de estágio Ricardo, por ter sido um grande instrutor e me ensinado muitas coisas que levarei para a vida. A estagiaria residente da FIO, Joyce R. Fioruci por auxiliar nas tarefas com grande calma e conhecimento dos assuntos fazendo assim ter mais facilidade com o aprendizado.
RESUMO
Este estágio foi realizado no mês de janeiro de 2018 na FIO (Faculdades Integradas de Ourinhos) localizada na cidade de Ourinhos/SP, com carga horaria de 80 horas executadas em 18 dias, referente ao curso de Técnico em Agropecuária.
No estágio resumidamente foi realizado sistemas de manejo de bezerras e manejo de vacas lactantes para a ordenha com formas de limpeza e higiene e inovações aplicadas na propriedade. Citando aspectos positivos e negativos sobre o assunto de bovinocultura leiteira.
ABSTRACT
This internship was held in January 2018 at FIO (Faculdades Integradas de Ourinhos) located in the city of Ourinhos / SP, with a workload of 80 hours executed in 18 days, related to the Agricultural Technician course.
In the brief stage, we have carried out systems of management of heifers and management of lactating cows for milking with forms of cleaning and hygiene and innovations applied in the property. Citing positive and negative aspects on the subject of dairy cattle.
SUMÁRIO
Sumário
1. INTRODUÇÃO	6
2. RAÇA BOVINA	7
2.1. Jersey	7
2.2. Características de Lactação	7
3. ALIMENTAÇÃO	8
3.1. Ração	8
3.2. Pastagem	8
4. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (IA)	8
4.1. Escolha do Sêmem Sexado	10
5. BRUCELOSE	11
5.1. Contaminação Gestantes	11
5.2. Contaminação por IA	11
5.3. Sinais Clínicos	11
5.4. Vacinação	12
6. BEZERRAS	12
6.1. Manejo com a Vaca antes do parto	12
6.2. Manejo no Parto	12
6.3. Manejo de criação de bezerras	13
6.3.1. Colostro	14
6.3.2. Desmame	14
6.3.3. Introdução de Sólidos na Alimentação	14
6.3.4. Diarreia	14
6.4. Bicheira	15
6.5. Amochamento	15
7. MANEJO DE NOVILHAS	17
7.1. De 4 a 10 messes	17
7.2. De 10 a 16 messes	17
7.3. De 16 a 24 messes	17
7.4. Gestação	18
8. VACAS EM LACTAÇÃO	18
8.1. Alimentação	18
8.2. Separação por produção	19
8.3. Pico de produção	19
9. MANEJO DE ORDENHA	19
9.1. Ordenhador	19
9.2. Sala de ordenha / Equipamentos	20
9.3. Pré Dipping	20
9.4. Teste da Caneca telada de fundo preto	20
9.5. Teste do CMT / Teste da Raquete	21
9.6. Diagnóstico de Mastite	23
9.7. Ordenha	23
9.8. Pós Dipping	25
9.9. Alimento pós ordenha	25
9.10. Limpeza e Desinfecção da sala de ordenha e dos Equipamentos	26
9.11. Refrigeração do Leite	26
10. MANEJO DE VACAS SECAS	27
10.1. Processo de secagem do úbere	27
10.2. Cuidados sanitários	28
11. REGISTRO DE PRODUÇÃO DA FIO	28
11.1. Produção	28
11.2. Destino final	28
12. CONCLUSÕES	29
13. REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS	30
1. INTRODUÇÃO
 O estágio foi realizado na Faculdade Integrada de Ourinhos (FIO), no município de Ourinhos/SP, durante o mês de janeiro de 2018 no período de 08 a 31 do mesmo, cuja carga horária foi de 80 horas. Sendo desenvolvidos atividades e estudos sobre manejo de produção de gado leiteiro e manejo de ordenha.
 No Brasil o leite é um dos carros fortes que puxa o país junto ao agronegócio, a comercialização do leite e seus derivados desempenha um papel relevante no suprimento de alimentos e geração de emprego e renda da nação.
 A grande maioria dos grandes produtores no país possui acesso a sistemas de produção com tecnologias avançadas e com isso alcançam elevadas produtividades. O grande problema encontrado pelos pequenos produtores é o difícil acesso a uma tecnologia de produção, pois em muitas propriedades de pequeno porte os produtores executam seus serviços no mesmo sistema dos antigos.
Como o local realizado é uma instituição de ensino superior, as técnicas sempre são testadas e estudas com novas ideias para o agronegócio. Como a introdução de uma raça que ganha destaque no mercado, a raça Jersey.
 2. RAÇA BOVINA
2.1. Jersey
A raça Jersey (Figura 1) é originaria de uma pequena ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre Inglaterra e a França (Figura 2). É denominada “Ilha de Jersey” e pertence ao Reino Unido da Grã-Bretanha. O gado Jersey segundo a Associação de Criadores de Gado Jersey de Minas Gerias é o gado que é criado puramente há mais tempo que qualquer outra raça, pois devido a um decreto de lei do ano de 1763, ficou proibida a entrada na ilha, de qualquer outro animal que pudesse transferir doença aos bovinos da ilha. Até mesmo animais que irão competir em exposições fora da ilha devem ser vendidos, pois não é permitida a entrada novamente, porém esse rigor implica notoriamente na pureza da raça
Sua formação devido ao solo, clima e alimentação dominante na Ilha, resultou em um animal de elevado índice de conversibilidade, transformando com eficiência os alimentos ingeridos em leite além de reunir importantes características de qualidades, entre elas a sua rusticidade e facilidade de adaptação. Tanto em países gelados até mesmo no tropico latino-americano seu desempenho não deixa a desejar.
Figura 1: Vaca Raça Jersey Figura 2: Localização Ilha de Jersey
 (Imagem retira do Google) (Imagem retirada do Google Maps)
2.2. Características de Lactação
Suas características na área de produção de leite são as mesmas do gado girolanda, mais tem grande vantagem de apresentar um período de lactação maior e um leite com mais gordura, o leite é um produto de excelente qualidade 5,09 kg de gordura a cada 100 litros e 3,98 kg de proteína por 100 litros, a raça consegue transformar de forma eficiente as rações e forragem em produção de leite, outra vantagem a se destacar é a não necessidade de bezerros no pé na hora da ordenha, característica encontrada mais em zebuínos.
3. ALIMENTAÇÃO 
A alimentação no manejo da FIO é feita com ração duas vezes ao dia, cedo durante a ordenha e logo após a ordenha da tarde. Depois do trato do período da tarde as vacas são soltas no pasto para comer pastagem a vontade 
3.1. Ração
A ração é a base de farelo de milho e de soja misturados ao sal mineral. A formulação utilizada na FIO é:
60% Milho
37% Soja
03% Sal mineral
3.2. Pastagem
Depois do processo de ordenha as vacas são levadas para um pasto de Brachiaria. A espesse de forrageira é utilizada pela sua alta performe na cobertura de áreas, sua rusticidade e seu poder nutritivode 4,19% e 3,88% de PB.
4. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (IA)
A FIO utiliza-se deste método, pois a partir de estudos ele se mostra muito mais eficiente do que em relação a monta com touros pois a certeza de prenhes das vacas é quase certa, além de ter um melhor controle genético e aumento da eficiência da produtividade dos rebanhos. De todas as biotécnicas que são aplicadas a reprodução do animal a IA é a mais eficiente e antiga.
Esta técnica possui vantagens e limitações, tais como:
Tabela 1: Vantagens e Limitações da IA (Info escola Zootécnica 2018)
	VANTAGENS
	LIMITAÇOES
	Controle da transmissão de doenças infectocontagiosas da esfera reprodutiva
	Falta de mão de obra especializada
	Incremento do melhoramento genético e da produção animal
	Utilização de técnica incorretamente 
	Aprimoramento de controle zootécnico
	
	Redução dos problemas de partos em novilhas, usando-se touros com facilidade de parto
	
	Racionalização do manejo reprodutivo
	
	Possibilidade do nascimento de crias após a morte do touro
	
Técnica consiste em introduzir o sêmem do touro com ajuda do ser humano, no útero do animal em cio. 
Para a realização são utilizados os seguintes matérias:
Botijão com nitrogênio líquido (Figura 1), Bainhas descartáveis, aplicador, termômetro e recipiente para descongelação do sêmem (Figura 2). 
Figura 1: Botijão com Nitrogênio
Figura 2: Bainhas, aplicador e descongelador.
 (Estagio FIO 01/2018)
4.1. Escolha do Sêmem Sexado
O procedimento de escolha do sêmen, o produtor dispõe de diversos catálogos de centrais de venda, obtendo diferentes provas de avaliação genética de seus produtores. Desta forma antes da escolha deve-se atentar a PTA. 
PTA é a habilidade prevista de transmissão de determinada característica, tais como: leite, gordura, proteína e temperamento.
Abaixo segue catalogo de sêmem da empresa ABS:
5. BRUCELOSE 
Considerada uma zoonose (transmitida do animal para o homem) é responsável por consideráveis perdas econômicas dentro do rebanho bovino. Ela é produzida por diversas espécies do gênero Brucella, sendo que a causadora da brucelose em bovinos é a Brucella abortus.
5.1. Contaminação Gestantes
 Se dá por cotado direto com fetos abortados, restos placentários e descarga uterina há a penetração da bactéria pela mucosa: nasofaringe, conjuntival ou genital. Após penetração, o agente cai na corrente sanguínea sendo transportada para diversos tecidos e órgãos do corpo animal. Caso o animal esteja gestante, está bactéria provavelmente infectará tecidos linfoides e glândula mamária. Quando o animal se torna gestante, a B. abortus migrar para o útero, provocando o aborto que ocorre na primeira gestação após a infecção, sendo muito menos frequente na segunda e rara na terceira.
5.2. Contaminação por IA
A transmissão pela inseminação artificial é grande, pois o sêmen contaminado é depositado diretamente no útero da vaca, não havendo a barreira (vagina).
5.3. Sinais Clínicos 
Os sinais clínicos clássicos observados nos animais infectados estão relacionados a problemas reprodutivos, como: aborto no terço final da gestação, natimortos, nascimentos de bezerros fracos e corrimentos vaginais. É comum haver retenção de placenta e infertilidade temporária ou permanente.
Mas para confirmação é feito diagnóstico bacteriológico ou sorológico. O método mais comum de diagnóstico para a brucelose são as provas de aglutinação de soro 
sanguíneo, podendo ser usadas para detectar anticorpos no leite, no soro e no plasma seminal.
5.4. Vacinação
É obrigatória a vacinação anual de todas as fêmeas daquelas espécies, entre 3 e 8 meses de idade, com amostra B19. Em propriedades certificadas recomenda-se que as bezerras sejam vacinadas até 6 meses de idade, de forma a minimizar a possibilidade de reações vacinais nos testes de diagnóstico
6. BEZERRAS
6.1. Manejo com a Vaca antes do parto
Vacas em final de gestação devem receber uma alimentação adequada para sua manutenção, produção e crescimento do feto.
Um dos fatores mais importante do parto é a higiene do local, dias antes do parto, colocar a vaca em um piquete limpo com abrigo para chuvas e sol, próximo ao local de moradia do tratador para monitoramento constante ao decorrer do dia. Verificando diariamente as condições de bebedouro e cocho, sempre manejar o animal com calma.
Lavar o posterior da vaca com água e sabão, lavar também o úbere com solução desinfetante para evitar introdução de sujeiras na boca da bezerra.
Manter a vaca isolada do restante do rebanho.
6.2. Manejo no Parto
O momento mais importante e fantástico para qualquer produtor é um parto realizado com sucesso, mais para isso acontecer é preciso seguir algumas práticas nesse momento.
No momento do parto, separe panos limpos e secos junto ao balde com água e desinfetante para a limpeza do neonato, a tesoura para a incisão umbilical com frasco de iodo 10% para sua cauterização das artérias umbilicais, veias ou úraco. 
Cordas limpas são necessárias em caso de dificuldade na retirada da bezerra na hora do parto. Caso passe Três horas do rompimento da bolsa e a bezerra não tiver nascido, com ajuda force o parto com no máximo três colaboradores.
Após nascimento remover restos de placenta e muco que estiverem nas vias orais e nasais, massagear na região das costelas para auxiliar a respiração (as vacas estimulam a respiração e circulação lambendo os bezerros que automaticamente libera a ocitocina hormônio de suma importância que libera a primeira alimentação do recém-nascido o colostro).
Com a tesoura é cortado o cordão umbilical a 4 dedos abaixo da barriga e mergulhe em tintura de iodo 10% três vezes ao dia durante 5 dias (até notar que está totalmente seco)
6.3. Manejo de criação de bezerras 
A alta demanda crescente na criação de animais em sistemas que priorizem o bem-estar do mesmo tem levado pesquisadores a estudar o tema com maior cuidado. Sendo responsabilidade de o criador garantir que o rebanho seja livre de situações de desconforto, dor e outras experiencias negativas. Conforto significa acesso a água e alimentos de qualidade, ambiente seco controlando de endoparasitas. O uso de abrigos individuais com a separação física dos bezerros promove a redução de doenças. A individualização aumenta o poder de cuidado do tratador, os abrigos devem possuir cama de alta forragem que possa esconder partes facilmente visualizadas, para que desta forma fiquem com um bom abrigo contra o frio.
6.3.1. Colostro
Secreção da glândula mamária que deverá ser ingerida nas primeiras 24 horas após o parto, entres os 24 e 72 horas após o parto a secreção produzida é denominada leite de transição e tem pouco significado na imunidade passiva. 
Por ser uma secreção rica em sólidos, proteínas, imunoglobulinas e alguns minerais e vitaminas ele se difere do leite. A bezerra ao receber o colostro recebe também outros constituintes como células e fatores antimicrobianos, que desempenham importantes funções à medida que favorecem a absorção ou potencializam a resposta a imunidades do neonato.
Importante que a bezerra receba o colostro em até 2 horas após seu parto e a mesma deve mamar do teto 10% do seu peso vivo ou 2 litros. Durante a produção de 5 dias o recém-nascido deve mamar 2 litros de manhã e à tarde, isso gerará uma defesa contra doenças como diarreia, pneumonia e umbigo inchado
6.3.2. Desmame
Deve ser cuidado para evitar distúrbios digestivos. Importante que a bezerra após o desmame permaneça no bezerreiro por 15 dias para se acostumar a sua nova condição de vida.
6.3.3. Introdução de Sólidos na Alimentação
Ao fornecer volumoso o objetivo é transformar a bezerra lactante num ruminante, com a capacidade de ingerir quantidades de ração.
Na no manejo da FIO as bezerras recebem ração balanceada a partir do 1º dia de vida, mesmo que as bezerras não cheguem a comer os sólidos, elas já vão se acostumando com a ração.
6.3.4. Diarreia 
Sendo a doençade mais importância a diarreia neonatal atua em bezerras com menos de 4 semanas de vida, sempre causando grande prejuízo econômico ao produtor.
Diversos tipos de agentes infecciosos, com bactérias (Ex: Salmonela, Clostridium, Rotavirus), sendo causado na maioria das vezes por desequilíbrio alimentar, ou seja, um dia o bezerro recebe uma quantidade acima de normal de leite e no outro volta a quantidade normal, ou na transição de leite para ração.
Causando grande perca de líquidos e eletrólitos corporais causando desidratação que dependendo do grau pode levar a perda de peso, podendo evoluir para um choque hipovolêmico e até mesmo a morte do recém-nascido por falência circulatória. Em geral os sinais se caracterizam pelo aparecimento de uma diarreia de cor esbranquiçada de cheiro desagradável, tristeza, perda de apetite, emagrecimento e morte repentina.
É fundamental identificar a causa da e sua incidência para realizar um tratamento especifico para agente em questão, bem como saber o controle das vacinas. O controle da diarreia, de forma econômica vai depender do estado geral do recém-nascido
6.4. Bicheira
Nos períodos chuvosos os tratamentos eventuais têm que ser constantes, pois o número de moscas aumenta, podem ser feitos com produtos à base piretróides. Esse tratamento também vai auxilia no controle do berne e bicheiras, mas deve-se também sempre que possível a limpeza com bombas de veneno os locais aonde o animal resida tais como, currais e cocheiras.
O controle da esterqueira, se possuir na propriedade é muito importante, pois é o local que atrai moscas. As esterqueiras devem ser mantidas secas e com vedação superior.
6.5. Amochamento
É feita a partir da necessidade no manejo pois veta o crescimento dos chifres, ajudando no manejo ao entrar na sala de ordenha e evitando ferimentos em outros animais ao disputar alimentos.
Feita em até dois messes do nascimento, é cortado os pelos em volta do botão do chifre, depois com canivete esterilizado é arrancado o tampão do botão do chifre. (Figura 1 e 2) Depois aplicar o ferro quente sobre o botão para cauterizar o local. (Figura 3 e 4). 
 Figura 1 e 2: Retirada tampa do botão do chifre (Estagio FIO 2018) 
Figura 3 e 4: Aquecimento e Aplicando o Ferro no local chifre
 (Estagio FIO 01/2018)
Após cauterização aplica-se o Aerocid (prata) que além de mata bicheira evita aproximação de moscas e insetos. (Figura 5 & 6)
Figura 5 e 6: Local queimado com aplicação / Aerocid Prata Spray 200ml
 (Estagio FIO 01/2018)
7. MANEJO DE NOVILHAS
7.1. De 4 a 10 messes
Grupo já adaptado ao consumo de volumosos tais como fenos, silagem ou pré-secados.
É muito importante acompanhar o ganho de peso diário das novilhas. O ganho de peso diário neste período não deve ultrapassar 750g por dia.
O animal deve receber pastagem e sal mineral à-vontade tanto no verão ou inverno, usando a ração como complemento com 16% de PB (Proteína Bruta) sempre monitorando seu peso.
7.2. De 10 a 16 messes 
Novilhas que já estão próximas da primeira cobertura. Começa a preocupação com o cio, para garantir um parto antes dos 30 messes de idade. 
Período ideal para inseminação, entre 12 e 18 horas no primeiro sinal de cio. Uns dos sinais de cio nas novilhas é a monta em outras do rebanho e a vulva fica inchada corrimento gosmento. 
7.3. De 16 a 24 messes 
Novilhas prenhas que receberão atenção dobrada, analisando seu desenvolvimento corporal. Alimentação sempre deve ser equilibrada para manter a novilha em desenvolvimento, nutrir o feto e produzir um colostro de qualidade. Devem parir entre 24 e 26 messes de idade.
7.4. Gestação
283 dias é o tempo percorrido até o parto, que pode variar de até 15 dias para mais ou menos.
A oferta na ração deve ser alterada para fornecer mais energia e alterar para 16% de PB (Proteína Bruta). Esse processo é importante, pois as novilhas nesse período sofrem com o estresse elevado, pois ocorrem mudanças hormonais para o parto, fazendo assim que se alimentem muito pouco e perdem peso 
8. VACAS EM LACTAÇÃO
Para o sucesso da lactação é fundamental no período de 60 dias a manutenção da saúde do animal. A perda de peso por estresse e uso de energia para o início do pico de produção gerando balanço negativo de proteínas. Há casos de animais que perdem até 90 kg de peso.
Aproximadamente em 8 semanas após o parto ocorre o pico de produção. No início de lactação, o objetivo do programa é o de estimular a ingestão de comida para aumentar a produção de leite e melhorar a saúde e peso corporal do animal.
8.1. Alimentação
O objetivo do produtor é aumentar o escore corporal e preparar a vaca para o fornecimento de leite sempre prejudicar seu escorre corporal e ficando preparada para o próximo parto.
Fornecendo água de boa qualidade à vontade, fornecer volumosos de boa qualidade que aumentam sua gordura do leite. Manter boas pastagens e ração com 17% a 19% de proteína bruta ajudando na produção de leite.
Evitar mudanças de qualidade e quantidade de alimentos que causam distúrbios digestivos crônicos com queda de produção e problemas reprodutivos e casos de laminites.
8.2. Separação por produção
Ajudando o produtor na conversão alimentar o agrupamento de lotes por produção permite ao produtor economizar ração e distribuir melhor os alimentos sempre nas mesmas horas pôs ordenha.
As vacas em lactação gostam de viver de forma rotineira, por isso manter sempre um patrão de manejo.
8.3. Pico de produção
O produtor deve fornecer 60% da dieta em volumosos de pré-secado ou silagem e 40% de grãos para manutenção da lactação.
Na FIO são fornecidos 1kg de ração para cada 2,5kg de leite produzido se a produção for acima de 15kg.
9. MANEJO DE ORDENHA
Na FIO o manejo diário de extração de leite é feito de forma mecânica. A ordenha é realizada duas vezes ao dia sempre no mesmo horário com intervalo de 12 horas.
O Intervalo entre ordenha deve sempre ser respeitado para melhor aproveitamento da produção de leite.
9.1. Ordenhador
O ordenhador é um cooperador que sempre deve estar preparado e qualificado para a realização de sua tarefa. Sempre tendo muita atenção com os cuidados higiênicos para evitar infecções e doenças nos animais.
Unhas cortadas, luvas bonés botas e macacão são itens indispensáveis na ordenha.
A rotina de condução dos animais deve ser a mais calma possível, sem gritos e sem pancadas. Estudam mostram que a produção de leite e maior em animais que não sofrem estresse no caminho até a sala de ordenha.
9.2. Sala de ordenha / Equipamentos
A sala de ordenha deve ser de fácil acesso e limpeza. Utensílios sempre corretamente higienizados e acondicionados. 
Os equipamentos devem estar em bom funcionamento e dentro de normas recomentadas pelo Ministério da Saúde, devem estar higienizados para a ordenha. 
9.3. Pré Dipping
 O Pré-Dipping é um processo de higienização dos tetos, antes do processo de lactação. O objetivo é a redução ao máximo de bactérias dos tetos antes da ordenha.
Um produto composto por água e cloro (Figura 1), a cobertura deve ser aplicada em todo teto e secar com papel tolha descartável (um papel para cada teto).
 
 Figura 1: Cloro utilizado no pré dipping
 (Estagio FIO 01/2018)
9.4. Teste da Caneca telada de fundo preto
Este é feito com uma caneca telada de fundo preto (Figura 1 e 2) e o teste serve para diagnosticar se há algum problema no das vacas que estão em lactação.
É realizado com os três primeiros jatos de leite de casa teto, observando se haverá alguma alteração no leite, como grumos ou pus a presença de sangue ou coagulação são casos avançados.
Se acontecer de ser identificado algum caso de problema no leite de alguma vaca, a mesma deve ser retirada da sala e ser colocada em uma cocheira separada dos animais saudáveis. Procedimento realizado em todos os animais em lactação.Figura 1 e 2: Caneca telada de fundo preto, utilizado no teste
 (Estagio FIO 01/2018)
9.5. Teste do CMT / Teste da Raquete 
Forma mais eficaz para identificação de mastite é através do teste CMT (Califórnia Mastite Teste), pois o mesmo consegue detectar a mastite logo no começo, ou seja, no seu estado subclinico.
Logo após o teste da caneca de fundo preto, onde se utiliza os três primeiros jatos de casa teto, faz-se o CMT onde se coloca o leite de cada teto em uma cavidade da raquete. Evitando mistura de leite de um teto ao outro.
Para realização do teste é necessária uma raquete (Figura 1) contendo quatro cavidades e o reagente CMT conforme (Figura 2)
Figura 1: Raquete Figura 2: Reagente CMT 
 (Curso pelo SENAR, em manejo de ordenha)
Após coleta do leite dos quatro tetos, tomba-se a raquete até o nível da linha baixa, onde estará marcado nas quatro cavidades, mistura-se o leite ao reagente, homogeneíza-se e faz-se a leitura após 10 segundos.
De acordo com a quantidade de células somáticas do leite, forma-se gel, de espessura variada. Se a CCS (quantidade de células somáticas) é baixa, não forma gel, o resultado é negativo, porém quando se forma um gel viscoso, o resultado é dado em escores que variam de traços, conforme tabela abaixo:
Tabela 1: Padrão para diagnostico CMT-FATEC (SENAR 2018)
	A solução não apresenta preocupações.
	(-) negativo 
	Não há sinal de preocupações
	Apresenta preocupações, mas o leite ainda não se apresenta de forma coagulada
	(+ -) 
Duvidoso
	Duvidoso, repita o teste
	Apresenta coagulação e ligeiramente viscoso
	(+)
Positivo
	Mastite
	Apresenta partículas coaguladas e liquido bem viscoso
	(++) positivo
	Mastite
	Apresenta-se completamente coagulado e gelatinoso
	(+++) positivo
	Mastite
9.6. Diagnóstico de Mastite 
Processo inflamatório gerado no úbere e glândulas mamarias das vacas, de caráter contagioso e de fácil transmissão cuja prevalência está relacionada a fatores ambientais e o manejo do rebanho. 
Seus sintomas são inteiramente visíveis, inflamações no úbere e tetas, principalmente alterações visíveis no leite (pus, grumos ou aspecto aquoso). 
Sua prevenção se dá pincipalmente em criar rotinas de higienes nos períodos pôs e pré ordenha dos animais. Além da higiene existem produtos que podem ajudar no tratamento, o Mastijet Fort, um antibiótico de aplicação intramamaria.
A aplicação deve ser feita logo após o esgotamento total do quarto mamário afetado, introduzindo pelo orifício do teto correspondente. O animal afetado recebe medicamento uma vez por dia, durante três dias. Seu leite é descartado para que não haja contaminação do leite.
9.7. Ordenha
As vacas leiteiras são animais que estabelecem rotinas, sendo evidente a definição de horários para alimentação, descanso e ordenha. Por exemplo, elas se sentem mais confortáveis quando a oferta de alimentos é realizada pela mesma pessoa e nos mesmos horários.
Na FIO o tipo de ordenha é a ordenha mecanizada, que possibilita a extração do leite mais rápido do que a ordenha manual e, quando é realizado todos os projetos de manejo com eficiência seu risco de contaminação no produto final é baixíssimo. A sala de ordenha da Faculdade é no estilo tandem (fila indiana) (Figura 1 e 2) as vacas ficam dispostas uma à frente da outra, em posição paralela ao fosso. É o único modelo que permite a ordenha com bezerro no pé.
Figura 1 e 2: Sala de ordenha em estilo tandem 
 (FIO 2018)
A formação da ordem de ordenha está geralmente definida com base no diagnóstico de mastite, realizando a ordenha na seguinte sequência:
1. Vacas primíparas (de primeira cria) sem caso de mastite.
2. Vacas pluriparas que nunca tiveram mastite
3. Vacas que já tiveram mastite, mas que foram curadas
4. Vacas com mastite subclínica 
5. Vacas com mastite clinica 
Esse esquema deve ser aplicado com a finalidade de evitar a transmissão da mastite contagiosa no momento da ordenha. Importante respeitar a individualidade dos animais na hora de esquematizar a linha de ordenha, pois pode haver animas que não são companheiros.
O monitoramento da ordenha é importante para o que pode acontecer durante a ordenha, observar a pulsação e pressão de vácuo, evitar deslizamento das teteiras evitando entrada de ar do ambiente que assim pode causar mastite ambiental.
Após retirada e acabar completamente o leite do úbere importante fechar a válvula de vácuo e tirar as teteiras imediatamente, sempre com delicadeza.
9.8. Pós Dipping 
A aplicação do pós-dipping logo após o final da ordenha é superimportante no controle de doenças no úbere. 
A imersão dos tetos em solução desinfetante glicerinada, sendo geralmente utilizada solução de iodo (Figura 1) e hipoclorito (Figura 2). Esse procedimento tem como finalidade a proteção dos tetos contra microrganismo causadores de mastite.
Figura 1: Iodo 10% Utilizado no pós dipping
Figura 2: Hipoclorito de sódio Utilizado no pós dipping 
 (Estagio FIO 01/2018)
9.9. Alimento pós ordenha
Oferecer Alimentos para as vacas após sua saída da sala de ordenha é importante, pois força a vaca a ficar de pé e não se deitar pelo menos cerca de 30 minutos pós ordenha, dando assim tempo do esfíncter se fechar, evitando assim perigo de contaminação dos tetos.
 Figura: Local de estadia das vacas pós ordenha.
 (Estagio FIO 01/2018)
9.10. Limpeza e Desinfecção da sala de ordenha e dos Equipamentos
Algumas vacas podem defecar durante a ordenha, as fezes devem ser removidas da sala com muito cuidado para não ocorrer risco de contaminação. Utilizando rodo ou uma pá (puxar ou empurrar) as fezes para a área de drenagem da sala, utilizando sempre agua para limpeza.
Imediatamente após a ordenha, deve-se realizar a limpeza das instalações e dos equipamentos.
A lavagem e desinfetarão de utensílios utilizados na ordenha deverão ser lavados com água corrente quente e detergente.
Na FIO a lavagem é automática, feita com 50 litros de água morna com enxague, após isso e usada novamente 50 litros de água dessa vez quente 70 a 80ºC) e junto a 150ml de detergente clorado.
O ácido é usado a 120ml para lavagem do tanque a cada vez que o esvazia, ou seja, cada vez que o caminhão o retira, cerca de 48 horas.
 
9.11. Refrigeração do Leite
Para inibir a multiplicação das bactérias e evitar que o leite deteriore, ele deve ser refrigerado em um tanque de alumínio (Figura 1), no tempo máximo de 3 horas após o termino da ordenha.
Nos critérios de 4ºC em tanques de refrigeração por expansão direta, que é o caso da FIO.
O tempo de conservação do leite na propriedade até o transporte a indústria é de 48 horas.
 
Figura 1: Tanque de refrigeração do leite da ordenha
(Estagio FIO 01/2018)
10. MANEJO DE VACAS SECAS
Só porque não estão mais produzindo leite, significa que elas podem ficar abandonadas nos pastos após sua secagem. Muito pelo contrário, elas devem receber atenção especial para preparar sua lactação futura e produzir uma bezerra saudável.
10.1. Processo de secagem do úbere 
60 dias antes do parto o produtor deve secar a vaca com regras a seguir. Uma semana antes da realização do processo deve-se retirar a ração do animal. E retomar apenas com pastagem e feno.
Aplicar Medicamentos contra mastite de longa ação depois da última ordenha, deixar o animal em um piquete na semana da secagem. Sempre repassando no piquete para verificar se o animal apresentou algum estágio de inflamação no úbere.
10.2. Cuidados sanitários
Esses cuidados são de extrema importância para detectar doenças mais serias. Fazer testes de brucelose e tuberculose anualmente, junto a de febre aftosa consultando sempre o calendário de vacinação. 
11. REGISTRO DE PRODUÇÃO DA FIO
11.1. Produção
Na FIO, a produção diária de leite é de 120 litros, com 11 vacas emlactação.
Produção:
- Diária: R$ 124,00
- Mensal: R$ 3.720,00
- Anual: R$ 45.260,00
11.2. Destino final
A empresa de laticínios que faz a coleta do leite é a empresa Líder que industrializa vários tipos de produtos no ramo alimentício. O preço do leite varia entre R$1,02 a R$1,04 
12. CONCLUSÕES 
Esse estágio na FIO (Faculdades Integradas de Ourinhos) me proporcionou entender o sistema de produção de leite no Brasil e entender das importâncias de um manejo correto. 
Que se não for seguido um correto manejo desde a escolha do sêmem do reprodutor a higienização do local das vacas em lactação.
Que todos os detalhes são necessários para ter no final um leite de boa procedência e de boa qualidade para o mercado.
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13. REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS 
AGRO LINK “Capim Braquiária “Disponível em:
https://www.agrolink.com.br/capim-braquiaria_103.html Acesso em: 18 de mai. As 20h15 min.
ABS “Sêmem Sexado” Disponível em:
https://www.abspecplan.com.br/?pages=semensexado Acesso em: 11 de mai. As 22h e 40 min.
BALDE BRANCO “Mercado do leite” Disponível em: http://www.baldebranco.com.br/ Acesso em: 12 de mai. As 21 e 50 min.
Conteúdo de apostilas de Curso de Manejo de ordenha pelo SENAR/PR. Curso realizado no Colégio Agrícola de Cambara. 
EMBRAPA “Manejo de ordenha”. Disponível em:
http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/47312-ordenha-manual-e-mec%C3%A2nica Acesso em: 02 de mai. As 19h
INFO ESCOLA. “Pecuária gado Jersey “Disponível em: https://www.infoescola.com/pecuaria/gado-jersey/ Acesso em: 05 de mai. As 21h 
INFO ESCOLA “ Brucelose” Disponível em: https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/brucelose-bovina/ Acesso em: 19 de mai. As 12h 02 min.
MINISTERIO DA AGRICULTURA “Boas práticas e bem estar animal” Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/boas-praticas-e-bem-estar-animal/arquivos-publicacoes-bem-estar-animal/ordenha.pdf Acesso em: 05 de mai. As 20h e 25 min.
 MILK POINTE “Colostro” Disponível em: www.milkpointe.com.br/colostro-para-bezerros Acesso em: 10 de mai. As 16h 
REVISTA AGROPECUARIA “Escolha do Sêmem” Disponível em: http://www.revistaagropecuaria.com.br/2012/07/13/escolha-de-semen-quais-os-criterios-essenciais/ Acesso em: 17 de mai. As 18h e 10 min.

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