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TRABALHO DE IMUNO ( ALERGIAS ALIMENTARES)

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A apresentação clínica da alergia alimentar pode abranger vários sintomas, ou seja, pode ser muito variável, podendo apresentar sintomas mais brandos, como a urticária, e até levar à quadros mais severos, como o choque anafilático. Podem estar presentes nas alergias por alimentos sintomas como : sintomas cutâneos (eritema, prurido, urticária, angioedema), oculares (prurido, eritema conjuntival, edema periorbital), respiratórios (congestão nasal, prurido, rinorreia, edema da laringe, tosse, aperto torácico, dispneia, utilização de músculos acessórios), gastrointestinais (edema dos lábios, língua e palato, náuseas, dor abdominal em cólica, refluxo, vómito, diarreia, recusa alimentar e perda de peso), cardiovasculares (taquicardia, hipotensão, vertigem, tontura, perda de consciência), entre outros. Tais sintomatologias podem ser desencadeadas por inalação, ingestão ou contato de determinado tipo de alérgeno com o tecido epitelial.
 	Alergia alimentar é muitas vezes confundida com intolerância alimentar, contudo são distintas nas causas e sintomas. Na AA há uma resposta imunológica anormal imediata num determinado indivíduo susceptível, no caso da hipersensibilidade alimentar não alérgica (ou intolerância alimentar) o sistema imunológico não está envolvido (Sampson, 2004). Em outras palavras, na alergia alimentar, o alimento é reconhecido pelo corpo como um invasor, por isso, a resposta imunológica do corpo é acionada imediantamente. Já a intolerância alimentar está relacionada à capacidade de digerir o alimento, devido a falta ou ausência de enzimas digestivas.
De acordo com (Cianferoni e Spergel, 2009;Cocco et al., 2007): 
Por seu lado, AA é uma resposta imunológica adversa a um determinado alimento num determinado indivíduo, sendo uma reacção reprodutível, ou seja, acontece sempre que o indivíduo ingere o alimento em questão, e não depende da quantidade ingerida. Tendo em conta os mecanismos imunológicos envolvidos as alergias alimentares podem ser classificadas como: AA mediada por IgE, quando são mediadas por anticorpos pertencentes à imunoglobulina E; AA mediada por células, quando o componente celular do sistema imunitário é o responsável pela alergia alimentar e envolve O Impacto das Alergias Alimentares no dia-a-dia 20 principalmente o tracto gastrointestinal; e por fim, AA mista, isto é, mediada por células e por Imunoglobulinas (IgE).
Normalmente, a resposta imunológica mais comum é aquele mediada por IgE’s. E para que seja reconhecida, é essencial a relização de uma anamnese bastante detalhada. É importante que o médico tente identificar o possível alimento responsável pela reação alérgica. Também é de suma importância, identificar a quantidade e o número de vezes que esse alimento foi ingerido pelo paciente. A quantidade, geralmente, não está relacionada com a intensidade da alergia, pois existem pessoas que são mais alérgicas que as outras, logo, uma pequena quantidade de alimento ingerida pode desencadear uma grande reação alérgica. 
Além disso, para realizar um diagnóstico preciso podem ser realizados diversos testes para diagnóstico. Entre eles, estão os testes cutâneos, IgE sérico específico, teste de contacto atópico e testes de provocação oral. Os testes cutâneos consistem em utilizar extratos padronizados de certos alérgenos, injetá-los no braço ou anti-braço do invivíduo e esperar aproximandemente 15 minutos para a observação de uma possível reação. O exame de IgE sérico específico auxilia somente na identificação de alergias alimentares mediadas por IgE ou mistas, e é realizado através de um teste que permite medir a quantidade de IgE específica no sangue. Já o teste de provocação oral, consiste na reintrodução do possível alimento que causa alergia ao paciente. Todos os testes citados acima, exigem o acompanhemento de um médico especializado.
Para o tratamento dessas alergias, em sua maioria, recomenda-se a suspensão total desses alimentos na dieta do paciente. Porém, tal suspensão nem sempre é facil, pois pode ser um alimento comum e que constitui a formação de vários outros alimentos, como é o caso do leite, ovos, farinha de trigo e etc. 
Além disso, o tratamento farmacológico é uma alternativa auxiliar para os indivíduos com alergia alimentar. Atuam como auxiliares na desativação das potencialidades alergizantes dos alimentos como para tratamento dos sintomas associados. Nestes casos, os medicamentos são necessários para o controle destas manifestações até que o tratamento definitivo possa expressar resultados significativos. Segundo Ferreira e Seidman, 2007: 
O tratamento farmacológico passa pelo uso de anti-histamínicos e corticosteróides sistémicos, em pacientes cujos sintomas são de maior gravidade é necessário tratamento adicional, a adrenalina (epinefrina) é a substancia mais utilizada em efeitos adversos causados por AA e anafilaxia.
Como a alergia alimentar tem tido um crescimento significativo nos últimos tempos, muitos estudos foram direcionados para alcançar o tratamento mais significativo dentro desse contexto. Hoje, a imunoterapia com alérgenos têm ganhado espaço e tornou-se uma importante intervenção médica capaz de alterar de forma potencial o curso natural da doença. Quando citamos imunoterapia com alérgenos, estamos referindo à vacinas para alergias. Seu objetivo principal é diminuir a sensibilidade de indivíduos que se tornaram alérgicos a determinadas substâncias, ou seja, capacita o indivíduo a tolerar os alérgenos que são sensíveis ao seu organismo. Além de diminuir e aliviar os sintomas da alergia, a imunoterapia tem um efeito a longo prazo,após o término do tratamento, de evitar o avanço de doenças alérgicas.
A imunoterapia está relacionada diretamente com o organismo de cada paciente. Isso quer dizer que, cada vacina é feita de acordo com as necessidades de cada indivíduo, uma mesma vacina não pode ser administrada para vários animais, mesmo que todos tenham o mesmo tipo de alergia.
Para fabricação da vacina, é preciso realizar os testes que já foram citados acima, como testes cutâneos, IgE sérico específico, teste de contacto atópico e testes de provocação oral. Após a realização desses testes, a vacina é formulada. Após ser injetada a vacina anti-alérgica age no organismo do paciente “adormecendo” as células responsáveis pelas reações alérgicas, que desta forma produzem menos ou nenhuma histamina ( responsável pela resposta inflamatória), após a exposição às substâncias a que se é alérgico e os sintomas diminuem substancialmente. Este processo é conhecido como dessensibilização.
O tratamento baseia-se na aplicação do alérgeno na qual o indivíduo é sensível em doses crescentes. O período de aplicação é muito variável, durando em torno de 1 a 5 anos. Mas, infelizmente existem pontos negativos. Apesar do progresso da imunoterapia, muitos pacientes enfrentam reações adversas após a utilização dessas vacinas, isto é, por vezes, esse medicamento pode desenvolver uma alergia maior no indivíduo. Acontece que, muitas vezes, alguns pacientes devem abandonar o tratamento devido ao aprecimento dessas reações adversas. Por esse motivo, deve ser um procedimento limitado a profissionais com experiência e administrado em ambientes adequados. Existem exceções em que o Médico Veterinário possa instruir o proprietário a executar a aplicação, isso no caso de animais domésticos.
Essas reações adversas são questões que impedem o progresso do tratamento de pacientes. Para que se possa reverter esse quadro, pesquisas têm sido realizadas. No artigo escolhido pelo grupo, foi realizada uma pesquisa comparando a eficácia da imunoterapia oral com a sublingual com relação à alergia ao leite de vaca. A sublingual mostrou ser mais benéfica devido ao fato de poder ser administrado pela vai sublingual uma menor quantidade do alérgeno ( cerca de 100-400 vezes) para induzir mecanismo de tolerância. Além disso, relatos mostram que menos reações adversas foram observadas, ou seja, 1 a 10 pacientes para IT sublingual, comparado a 14 de 20 para IT oral.
Em pesquisas
realizadas através da contribuição animal, foram utilizados ratos. Essa alergia em ratos foi induzida artificialmente através do uso de adjuvantes pró-Th2 (hidróxido alumínio, toxina da cólera, enterotoxina B de Staphylococcus, etc.). Como estudos pré-clínicos, o modelo de rato de alergia ao leite de vaca foi usado para estudar o efeito da via oral (intragástrica e sublingual) de proteína de vaca mediada por IgE do leite de forma preventiva (antes da sensibilização alérgica), e como dessensibilizante tratamento (pós sensibilização alérgica). Ambos os tratamentos mostraram uma diminuição na resposta alérgica, através da supressão dos sinais clínicos, como diminuição dos níveis séricos de IgE específica e supressão da secreção de citocinas Th2 (IL-5 e IL-13) de células estimuladas com proteína de vaca mediada por IgE do leite.
Embora em ambos os tratamentos resultados semelhantes tenham sido obtidos em relação ao controle da resposta alérgica e à indução de Treg, a TI sublingual foi eficaz com 100 vezes menores quantidades de proteína de vaca mediada por IgE do leite em comparação com o tratamento intragástrico. “A importância destes estudos é que eles demonstram que os produtores Treg de IL-10 e / ou TGF-β residentes na mucosa duodenal são responsáveis ​​por reverter o estado de alergia.”A partir dessas observações podemos afirmar que o uso de frações peptídicas em vez do alérgeno nativo reduziu a possibilidade de reações adversas durante o tratamento. 
https://viacarreira.com/como-fazer-introducao-do-tcc-153951/
http://www.asbai.org.br/imagebank/2016-09-26-STATEMENT-ALERGIA-ALIMENTAR.pdf
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4179/3/T_15717.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/81841/2/37590.pdf
http://www.eaaci.org/attachments/European%20Declaration%20on%20Immunotherapy%20-%20portuguese.pdf
http://www.girassolinstituto.org.br/downloads/aulas/17.pdf
https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/02/alergia-intolerancia-e-intoxicacao-alimentar-bqual-e-diferencab.html
http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=298
https://bichinhoamigo.com.br/imunoterapia-em-caes-o-que-e-como-funciona-beneficios-e-precos/
https://fofuxo.com.br/saude/saiba-mais-sobre-a-imunoterapia-para-caes.html
https://alergiaaleite.com.br/duvidas/como-funciona-o-teste-de-provocacao-sera-realmente-necessario/

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