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APS 9º

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
Atividades Práticas Supervisionadas – APS
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
BRASÍLIA
2018
Atividades Práticas Supervisionadas – APS
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
.
BRASÍLIA
2018
SÚMARIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................4
OBJETIVO...............................................................................................5
DESENVOLVIMENTO.............................................................................5
CONCLUSAO..........................................................................................19
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................20
INTRODUÇÃO
Fundação é o elemento estrutural quetem por finalidade transmitir as cargas de uma edificação para umacamada resistentedosolo. Existem vários tipos de fundações e aescol ha do tipo mais adequado é função das cargas da edificação e da profundidade da camada resistente do solo. Com base na combinação destas duas análises optarem-sepelo tipo que tiver o menor custo e o menor prazo de execução.
Não existe um princípio matemático único para ajudar a escolher a melhor fundação, vários elementos devem ser analisados: a topografia do terreno, dados geológico-geotécnicos, dados sobre construções vizinhas e dados da estrutura a construir (tipo e uso da nova obra, cargas nas fundações).
Dentre os critérios básicos de segurança e economia, questões como a influência sazonal climática e pluviométrica, os problemas de erosão, problemas de escavação, problemas de rebaixamento do nível de água, resistência e compressibilidade do solo, melhoramento ou substituição do terreno, disponibilidade de equipamento são pontos elementares no planejamento a ser elaborado pelo engenheiro.
Os Blocos de fundação são elementos de apoio construídos de concreto simples e caracterizados por uma altura relativamente grande, necessária para que trabalhem à compressão. Normalmente, assumem a forma de um bloco escalonado ou pedestal. Os blocos em tronco cone, ainda que não reconhecidos como tais são muito usados, constituindo-se a céu abertos curtos.
Para se obter o tipo de solo a qual se deseja executar uma fundação, é desuma importância a análise de solo através do ensaio SPT (Standard PenetrationTest), e diante disto, fazer uma análise de qual será o tipo de fundação a serutilizada.
OBJETIVO
O trabalho tem por objetivo geral de estudar e analisar um processo de execução de uma fundação, onde tem por objetivo fazer uma visita em uma obra que tenha fundação rasa e profunda, buscando o máximo de informação.
DESENVOLVIMENTO
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
De acordo com a NBR 6122 (ABNT, 2010), as fundações profundas sãoaquelas em que a o assentamento da base da fundação está a uma profundidadesuperior ao dobro da sua menor dimensão em planta, ou de no mínimo 3 metros.Sua carga é transmitida ao terreno por sua superfície lateral, também denominadade fuste (resistência lateral), pela sua base (resistência de ponta), ou por umacombinação destas. Enquadram-se nesta definição:
• Estacas: elemento de fundação profunda executado com o auxílio deferramentas ou equipamentos sem que haja descida de operário em qualquer fasede execução, que pode ser através da cravação a percussão, prensagem, vibração,por escavação, ou por injeção, ou ainda, de forma mista, envolvendo mais de umdesses processos.
• Tubulões: elemento cilíndrico de fundação profunda que, em pelo menos na sua fase final, ocorre descida de algum operário, podendo ser executado a céuaberto ou a ar comprimido, e ter ou não, a base alargada.
• Caixões: elemento de fundação concretado na superfície do terreno einstalado por escavação interna, possui forma prismática.
Foi feito uma visita na obra de alargamento do viaduto do trecho da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) que passa por cima do córrego de samambaia próximo ao viaduto Israel pinheiro, o alargamento será no meio do viaduto e terá 1.236 metros quadrados.
Essa obra é uma das que estão inseridas no projeto do corredor Eixo Oeste, que liga Ceilândia ao Plano Piloto, passando por Taguatinga. Além disso, serão construídas faixas exclusivas nas principais vias de ligação do Sol Nascente com o Plano Piloto, como a Hélio Prates, a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) e a Via Setor Policial Militar (ESPM), para acesso ao Terminal da Asa Sul.
O projeto total para o Eixo Oeste é de 38,7 quilômetros de extensão. O corredor beneficiará diretamente a população de Águas Claras, de Ceilândia, do Guará, do Plano Piloto, de Samambaia, de Taguatinga e de Vicente Pires. Também serão beneficiadas, indiretamente, a região de Brazlândia e a cidade de Águas Lindas (GO).
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS
Relevo: é formado por chapadas que apresentam topografia plana com suaves ondulações e alto índice de acidez.
Solo: as principais classes de solo que ocorrem na Região Administrativa de Taguatinga são:
Latossolos - solos altamente intemperizado, resultantes da remoção de sílica e de bases trocáveis do perfil. 
 As formas de relevo predominantes nos Latossolos são conhecidas regionalmente como chapadas, que apresentam topografia plana a suave-ondulada.Morfologicamente são solos minerais e com alta permeabilidade de água.
 O manejo inadequado dos Latossolos pode causar graves danos ao meio ambiente. O desmatamento indiscriminado pode levar a formação de sulcos e voçorocas de difícil controle.
Cambissolos - solos que apresentam um horizonte subsuperficial submetido a alteração química e física em grau não avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor e estrutura. Geralmente, apresentam minerais primários facilmente intemperizáveis. 
Geralmente estão associados a relevos mais movimentados (ondulados e forte-ondulados). Podem ser desde rasos a profundos, com profundidade em torno de 1,00m. São indicados no campo pela presença de mica na massa do solo e pela sensação de sedosidade na textura, devido ao silte.
Morfologicamente são solos de coloração bruna-amarelada no horizonte superficial e vermelho-amarelada no subsuperficial. Em alguns perfis, observa-se a presença de cascalhos e materiais concrecionários.
Os principais tipos de Cambissolos que ocorrem na Região Administrativa de Taguatinga são:
Hidromórficos - Plintossolos - solos minerais hidromórficos, com séria restrição à percolação de água, encontrados em situações de alagamentos temporários e, portanto, escoamento lento. Ocorrem em relevo plano e suave-ondulado, em áreas deprimidas e nos terços inferiores da encosta, onde há importante movimentação lateral de água.
Solos Gleis Indiscriminados - solos hidromórficos, que ocupam geralmente as partes deprecionais da paisagem, sujeito a inundações. São mal ou muito mal drenados, apresentando espessa camada escura de matéria orgânica mal decomposta sobre uma camada acinzentada (gleizada), resultante de ambiente oxi-redução. Morfologicamente são solos pouco desenvolvidos.
USO ATUAL DO SOLO - Está definido um uso urbano consolidado; cerrado sentido restrito, campo limpo úmido; campo sujo úmido; agricultura; reflorestamento e áreas degradadas (cascalheiras, aterro e áreas de empréstimo).
 A vegetação predominante é o cerrado, formado por duas camadas: gramíneas e arbustos.
HIDROGRAFIA - Taguatinga é drenada pelo Córrego Cortado, no sentido norte-sul e pelo Córrego Taguatinga no sentido sul-norte. A junção dos dois forma o Ribeirão Taguatinga, que deságua no Rio Descoberto, nos limites do Distrito Federal com o Estado de Goiás.
Uma das importâncias dos rios locais é a de permitir a existência do Cinturão Verde, fonte abastecedora de legumes e verduras nos mercados do Distrito Federal. Há também o Ribeirão das Pedras que deságua no Rio Descoberto e abastece a cidade de água potável.
Obra de ampliação de estrutura pré-existentesobre recuo lateral, com execução de fundações do tipo estacas escavada, executada a partir de escavação mecânica do solo com uma perfuratriz e moldado in situ, executada por empresa especializada.Foi utilizada a perfuratriz hidráulica com encamisamento. A escolha deste tipo de estacas deu-se também em função de sua proximidade com as divisas do terreno, uma vez que produz pouco impacto sobre as edificações vizinhas. 
Ao verificar-se a presença de água nas escavações, a profundidade projetada de 16 m precisou ser reduzida para 13 m. O calculista recomendou que a redução fosse acompanhada de aumento dos diâmetros das estacas, para não haver alteração da resistência. O concreto utilizado (20 MPa*) foi de resistência superior às necessidades meramente estruturais (15 MPa), por razões de segurança. Em função de o solo neste local apresentar pequeno índice de suporte, o cálculo das estacas profundas considera somente a transmissão de carga por atrito lateral.Como mostra a figura1 e 2 abaixo.
Figura 1: Perfuratriz Figura 2: execução da perfuração
O procedimento inicia com a perfuração do solo, através de trados helicoidais seqüenciais, até a cota desejada, de forma que o solo seja removido entre as lâminas. Os diâmetros disponíveis dos trados variam de 30 cm a 120 cm, e a perfuração pode chegar até a profundidade de 25 m, como mostra a figura 3.
Figura 3: estacas
Depois de atingida a cota prevista em projeto, é lançada uma nata de cimento na superfície lateral do furo, para evitar desagregação da parede. Sendo o espaço de trabalho muito pequeno, não foi utilizada uma retro-escavadeira para a remoção simultânea do material escavado. Pronto a escavação e recobertas as paredes, é lançado o concreto, através da mangueira do caminhão-betoneira. Esse lançamento é feito de uma vez só, sem interrupções, como mostra a figura 4 e 5.
Figura 4: estaca Figura 5: lançamento concreto
Para garantir que o concreto apresente o desempenho esperado e possua os níveis de resistência e elasticidade adequada é preciso realizar a retirada de amostras de corpo de prova para testes.São regidos pela ABNT NBR 5738:2015 os procedimentos para moldagem e cura de corpos de prova, retirada de moldes e também para colocação e transporte dos corpos de provas são todos descritos, procedimento que foi executado como mostra a figura 6.
 Figura 6: Corpo de prova
Em função da presença de muito solo ao redor da estaca, se isolou o furo durante a concretagem com o auxílio de painéis de madeira, para que o solo não se misturasse ao concreto. Finalizando, posiciona-se a armadura de ligação, que é simplesmente introduzida no concreto fresco. A função desta armadura, como diz o nome, é servir de ligação entre a estaca e as vigas baldrame que serão posicionadas sobre ela.
Durante a fase de observação da execução das etapas foi tirado à foto com os integrantes do grupo presente na obra (Saulo, Lucas e André, os outros dois integrantes faltaram) como mostra a figura 7 abaixo.
FUNDAÇÔES RASAS OU DIRETAS
A variedade de sistemas de fundações, equipamentos e, principalmenteprocessos executivos é enorme, restando o desafio de identificar a maneira maisadequada de acordo com as peculiaridades da obra e do terreno. Segundo Hachich et al. (1998), os elementos necessários para o desenvolvimento de um projeto defundação são:
• Dados geológicos/geotécnicos: investigação do subsolo entre outros dadosgeológicos e geotécnicos.
• Topografia da área: levantamento topográfico, dados sobre erosões,taludes e encostas no terreno.
• Dados da estrutura a construir: sistema estrutural, cargas e o tipo deutilização que terá a nova obra.
• Dados sobre construções vizinhas: número de pavimentos e carga médiapor pavimento, tipo de estrutura e fundações, existência de subsolo e possíveisconsequências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra.
As fundações superficiais, que também são conhecidas como fundaçõesrasas ou diretas, são aquelas em que a carga é transmitida diretamente ao solo,predominantemente através de tensões distribuídas sob a base do elementoestrutural de fundação. A NBR 6122 (ABNT, 2010) afirma ainda que a profundidadede assentamento de uma fundação superficial deve ser inferior a duas vezes menor dimensão, em planta, do elemento estrutural, em relação ao terrenoadjacente. Enquadram-se nesta definição:
• Sapata isolada: elemento de concreto armado dimensionado de tal formaque as tensões de tração geradas sejam resistidas pelo uso do aço e não peloconcreto. Sua base apresenta-se em planta, geralmente, de forma quadrada,retangular ou trapezoidal.
• Sapata associada: é uma sapata comum a vários pilares cujos centros degravidade não estejam situados no mesmo alinhamento.
• Sapata corrida: corresponde a uma sapata, sujeita à ação de uma cargadistribuída linearmente.
• Bloco: fundação superficial de concreto simples, dimensionado de maneiraque o concreto resista às tensões de tração.
• Radier: tipo de fundação superficial que abrange todos os carregamentosdistribuídos ou pilares da obra.
Deverão ser tomados os cuidados, principalmente para o caso de reaterros de fundações submetidas a esforços de tração, horizontais e momentos (sobretudo se o projeto prever amobilização de empuxos laterais resistentes) e, também, para locais sujeitos a fluxod’água (para se evitar erosões, etc.).
Os serviços para execução de fundações diretas deverão ser feitos o mais breve possível, evitando-se que a cava permaneça aberta mesmo após a execução do lastro de concreto,de modo que sejam evitados estufamentos do solo, infiltrações e, consequentemente,perda de sua qualidade inicial.
O que caracteriza principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato da distribuição de carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual que ocorre no pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de suportá-la. Outra característica da fundação direta é a necessidade da abertura da cava de fundação para a construção do elemento de fundação no fundo da cava. A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. A fundação profunda, normalmente, dispensa a abertura da cava de fundação.
Aplicando-se um fator de segurança global à capacidade de carga obtida por qualquer um dos métodos citados anteriormente. Neste caso, o valor deste fator de segurançadepende da precisão da metodologia empregada para o cálculo da capacidade de carga,sendo normalmente, definida pelo seu autor em função das incertezas envolvidas(estimativas dos carregamentos, propriedades dos solos, etc);
A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. A fundação profunda, normalmente, dispensa a abertura da cava de fundação.
 A definição de que fundação direta é aquela em que a carga é transmitida ao terreno predominantemente pelas tensões distribuídas sob a base do elemento estrutural de fundação não inclui o caso de tubulão, em que ao longo do fuste também pode ocorrer transferência de carga para o solo, em decorrência do atrito lateral ou adesão que se desenvolve entre o solo e o fuste do tubulão. Se a resistência lateral é desconsiderada, mesmo que por hipótese de cálculo, então uma fundação por tubulões também pode ser considerada como fundação direta.
A distinção entre fundações rasas e profundas é feita segundo o critério (arbitrário) de que uma fundação profunda é aquela cujo mecanismo de ruptura de base não surgisse na superfície do terreno. Como os mecanismos de ruptura de base atingem, acima dela, tipicamente duas vezes sua menor dimensão,a norma NBR 6122 determinou que fundações profundas são aquelas cujas bases estão implantadas a uma profundidade superior a duas vezes sua menor dimensão e a pelo menos 3 m de profundidade.
Nos casos referidos até agora foi considerado sempre que as fundações superficiais estavam submetidas à ação de uma carga centrada, ou seja, que o centro de carga do elementoestrutural coincidia com o centro de carga da fundação. A ação de cargas centradas sobre asfundações superficiais faz com que ocorra uma distribuição uniforme de tensões na basedestas fundações.
Várias são as situações em que as fundações superficiais estão sujeitas, além das cargas verticais atuantes, à ação de momentos, ou em alguns casos, à ação de cargas verticais excêntricas. Nestes casos a distribuiçãode pressões transmitidas pelo elemento de fundação ao solo não é uniforme. 
	A visita técnica de fundação rasa ou direta foi feita na Samambaia Norte, Quadra 121 conjunto 11 lote 23, com uma área de 6 metros de largura por 13,10 metros de comprimento, onde será feito apenas uma laje. Na sequência mostra uma fundação rasa da obra, como mostra a figura 8 um radier.
Figura 8: Radier
Vale salientar que a sapata quando suporta apenas um pilar diz-se que ela é uma sapata isolada. Caso o pilar seja de divisa (fronteira com o terreno vizinho), a sapata é chamada de divisa. Quando a sapata suporta dois ou mais pilares, cujoscentros, em planta, estejam alinhados, é denominada viga de fundação.
Quando a sapata é comum a vários pilares, cujos centros, em planta, não estejam alinhados, é denominada sapata associada ou radier parcial.
De acordo com o mesmo livro, para se obter um projeto econômico, deve ser feito o maior número possível de sapatas isoladas. Só no caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares resultem na sobreposição das sapatas isoladas, deve-se lançar mão de uma sapata associada ou de uma viga de fundação.
Em regra, o condicionamento econômico da sapata associada está diretamente ligado à obtenção de uma viga de rigidez econômica. Para tanto, deve-se buscar que os momentos negativos desta viga sejam aproximadamente iguais ao momento positivo, em módulo.
Nos casos de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, pode-se adotar uma viga de equilíbrio ou viga-alavanca ligada a outro pilar, criando-se uma estrutura capaz de absorvero momento resultante da excentricidade decorrente do fato de o pilar ficar excêntrico com a sapata.
Quando as estacas fazem parte de grupos, devem-se considerar os efeitos dessa execução sobre o solo, a saber, seu levantamento e deslocamento lateral, e suas consequências sobre as estacas já executadas.
Alguns tipos de solos, particularmente os aterros e as areias fofas, são compactados pela cravação das estacas e a sequência de execução dessas estacas, em um grupo, deve evitar a formação de um bloco desolo compactado capaz de impedir a execução das demais estacas.
Já nos solos expansivos, que são aqueles que, por sua composição mineralógica, aumentam de volume quando há um aumento do teor de umidade, não se pode deixar de levar em conta o fato de que,quando a pressão de expansão ultrapassa a pressão atuante, podem ocorrer deslocamentos para cima.
Outro tipo de solo importante é o solo de elevada porosidade, não saturados, sujeitos a colapso por encharcamento, solos colapsáveis.
Uma condição importante é a consideração de umaescala relativa de custos da utilização de fundações profundas. Assim, podemos, de um modo genérico, afirmar que: a estaca pré-moldada é uma das soluções mais econômicas; a estaca tipo hélice já foi considerada de custo elevado, porém, devido a sua alta produtividade e ao aumento da demanda, houve umaprogressiva redução de custos ao longo dos anos; a estaca Franki é considerada mais custosa que asestacas anteriores (pré-moldada e hélice), porém de custo inferior a estaca raiz; a estaca do tipo raizapresenta alto custo; o tubulão é uma solução viável quando utilizado acima do nível d’água e compequenas profundidades.
Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribuídos (por exemplo: tanques, depósitos, silos, etc.). Como mostra a figura 9 abaixo.
 Figura 9: Estaca
O tipo mais usado na construção civil é a sapata isolada. É a mais simples e superficial, dimensionada para aguentar o peso de somente uma coluna ou pilar. É encontrada em forma circular, quadrada, retangular e outros.
Para construções contínuas, como muros e paredes, é empregada a sapata corrida. Também se trata de uma fundação rasa e a escavação dispensa máquinas, podendo ser feita apenas com as mãos. Em geral é realizada com concreto ciclópico (composto por pedras de mão).
Quando o solo é menos estável, exigindo maior profundidade, ou quando vários pilares não se alinham quando visualizados em planta, é utilizada a sapata associada, também conhecida como radier. Isso ocorre quando duas sapatas acabam ficando muito próximas por falta de espaço. Ou também por opção dos engenheiros.
A associada é uma única sapata que recebe a carga de dois ou mais pilares próximos. Elas possuem dois sistemas: o constituído por laje de concreto (sistema flexível) e o de laje e vigas de concreto (sistema rígido).
Não esqueça de instalar os tubos de esgoto e os ralos antes de concretar o radier.
Os alicerces são parte fundamental numa construção: a base que distribuirá a carga da casa pelo terreno e possibilitará sua construção segura. Mesmo assim pouco se sabe ou se repara a respeito dele, visto que, após o término de uma obra, ele fica “invisível”; sem ele, porém, é impossível erguer com segurança uma construção. Basicamente, um alicerce é feito com cordões de concreto e ferro, que servirão como base para as paredes e colunas da obra, no nível do solo; porém, é preciso ter em mente que o alicerce não é algo simples de se fazer. Envolve cálculos e estudo e muito planejamento.
O tipo de solo do local Caracterizada pela presença de quartzitos cinza e branco, bem selecionados, silicificados com estratos cruzados variados. Apresenta intercalações de metarritmitos próximo à base,quartzitos de granulação fina a média, localmente grossa a microconglomerática em leitoscentimétricos e, esporadicamente, com intercalações lenticulares de metarritmito que atingem até5m de espessura.
Os aspectos geotécnicos de maior relevância ao empreendimento referem-se as características dos solos da cobertura Dentrito-Laterítica, os latossolos, principalmente asrelacionadas com a granulometria, porosidade e grau de saturação, além da declividadetopográfica, parâmetros que influem na suscebilidade do terreno à erosão.
 Os solos latossólicos ocorrem praticamente ao longo de todas as áreas planas, ou seja, onde encontra-se a cidade de Samambaia e parte da Ceilândia ao Norte. Apresentam corvermelho escuro e amarelo e granulometria argilo arenosa. Geotecnicamente pertencem aosgrupos LA’/LG’ da classificação MCT de solos tropicais. São solos porosos, com permeabilidadealta (> 10-4 cm/s), apresentando lençol freático a profundidades superiores a 3m, na épocachuvosa. Infere-se que esses solos argilosos porosos atinjam espessura máxima de 3 a 4m.
Outro aspecto importante a ser levado em conta pelo projetista das fundações é a interface entre os projetos de superestrutura e de fundações/infraestrutura. É comum que essa interface seja o nível dotopo das cintas, no caso de edifícios, e o topo de blocos de coroamento de estacas/tubulões ou desapatas, no caso de pontes. 
Ao receber as ações que decorrem da estrutura, o projetista das fundaçõesdeve verificar se são fornecidas como valores característicos ou como valores de projeto (valoresmajorados por fatores parciais de cargas, chamados de fatores de ponderação na Engenharia Estrutural)e ainda que combinações foram utilizadas para o dimensionamento dos elementos na interface entre osdois projetos (tipicamente os pilares), comomostra figura 10 abaixo.
Figura 10: estaca
Nos problemas de fundações, há sempre incertezas, seja nos métodos de cálculo, seja nos valores dos parâmetros do solo que são introduzidos nesses cálculos, seja nas cargas a suportar. Consequentemente há a necessidade de introdução de coeficientes de segurança (também chamados fatores de segurança que levem em conta essas incertezas.
Conceitualmente, a fixação desses coeficientes de segurança para os problemas geotécnicos é bem mais difícil que no cálculo estrutural, no qual entram materiais fabricados, relativamente homogêneos e, por isso, com propriedades mecânicas que podem ser bem determinadas. O solo que participa do comportamento de uma fundação é, na maioria das vezes, heterogêneo, e seu conhecimento é restrito ao revelado pelas investigações realizadas em alguns pontos do terreno e que não impedem a ocorrênciade surpresas, seja durante a execução das fundações, seja depois da construção concluída.
Para isso, a nova versão da norma NBR 6122 (ABNT, 2010) conceitua região representativa do terreno como aquela que apresente pequena variabilidade nassuas características geotécnicas, ou seja, que apresente perfis com as mesmascamadas de solo (que tenham influência significativa sobre o comportamento dasestacas) e pequenas variações nas respectivas espessuras e resistências.
CONCLUSÃO
Com esse levantamento de dados e a visita em uma obra chegamos a uma conclusão de que um projeto de fundações deve apresentar uma escolha criteriosa do tipo mais adequado para cada obra ainda na fase de concepção, onde dadosarquitetônicos, levantamento topográfico planialtimétrico da região, bem comolocação de cargas e pilares na fundação, tem grande importância. É fundamentalque se conheça bem o solo onde será executada a obra, através da realização desondagens, porque a capacidade de carga de cada estaca é definida pelaresistência de atrito lateral do solo-fuste da estaca e resistência de ponta da estaca,ambas a resistências estão diretamente dependentes das propriedades do solo.
BIBLIOGRAFIA
Fabrício, Márcio M., Fundações. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/apostila-fundacoes-pdf-a43030.html> Acesso em: Abril de 2010.
Velloso, Dirceu A. Fundações: critérios de projeto, inestigação de subsolo, fundações superficiais. Nova edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCINCAS. NBR 6122: projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010.
OLIVEIRA FILHO, Ubirajara Marque de, Fundaçoes Profundas 2.ed. Porto Alegre: D.C. Luzzattoo 1985.
SCHNAID, Fernando. Ensaios de Campo e suas Aplicações à Engenharia de Fundações. 1ªed. São Paulo: Oficina de Textos Editora, 2000. 189p. il. Inclui bibliografias.
SPOHR, Valdi Henrique. Notas de Aula da disciplina de Fundações. Curso de graduaçãoem Engenharia Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.Ijuí, 2012.

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