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29/05/2018 1 Vírus VírusVírus vocabulário latino que significa – veneno São os únicos seres acelulares São muito simples e pequeno São parasitas intracelulares obrigatórios Somente se reproduzem pela invasão e possessão da célula Seres altamente específicos Podem infectar bactérias, fungos, protozoários, plantas, invertebrados e vertebrados A especificidade viral é determinada principalmente pelo fato de o vírus poder se fixar na célula – sítios receptores específicos da célula Os vírus são seres vivos ou não? Vírus A vida é definida como um conjunto complexo de processos resultantes da ação de proteínas codificadas pelos ácidos nucléicos, onde estes estão em atividade o tempo todo. Como os vírus são inertes fora de células, NÃO SÃO CONSIDERADOS SERES VIVOS! Mas quando estão parasitando o material genético torna-se ativo. 29/05/2018 2 Vírus Características: • Contém um único tipo de ácido nucléico – DNA ou RNA • Contém um invólucro protéico (as vezes lipídios, proteínas e carboidratos) que envolve o ácido nucléico • Só multiplicam-se no interior de células hospedeiras, utilizando a maquinaria da célula para a síntese de novos vírus • Induzem a síntese de estruturas especializadas na transferência do ácido nucléico viral para outras células. • Possuem poucas ou nenhuma enzima própria A maioria das drogas antivirais interferem na multiplicação viral, também pode interferir com a fisiologia celular, sendo por isso demasiadamente tóxica para uso clínico Vírus Infecção no hospedeiro: • a capacidade de entrada do vírus no hospedeiro é determinado pela exigência viral quanto a ligação a célula: • Disponibilidade de fatores celulares . • a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com receptores específicos presentes na superfície celular. 29/05/2018 3 Estrutura viral: • Vírion: – Uma partícula viral adulta – completa e infecciosa. • Ácido nucléico: – Podem possuir tanto o DNA quanto o RNA, mas nunca ambos (Salvo descobertas recentes) – Pode ser fita simples ou dupla – Existe vírus de DNA de fita dupla, DNA de fita simples, RNA de fita dupla e RNA de fita simples. – Dependendo do vírus o ácido nucleico pode ser linear ou circular. – Alguns vírus (gripe) o ácido nucleico é segmentado. – Pode ter até 250.000 nucleotídeos Vírus Vírus Estrutura viral: • Capsídeo: – Envoltório protéico que protege o ácido nucléico – Constitui a maior parte da massa viral – Cada capsídeo é composto por subunidades protéicas chamada de capsômero. Em alguns vírus o capsídeo é coberto por um envelope formado por lipídios, proteínas e carboidratos Dependendo do vírus os envelopes podem ainda apresentar espículas (complexo carboidrato proteína) 29/05/2018 4 Vírus Morfologia viral: Vírus helicoidais Vírus poliédricos Capsídeo Simetria – Microscopia Eletrônica Icosaédrica Helicoidal Complexa Vírus 29/05/2018 5 Vírus Morfologia viral: Vírus envelopados Vírus complexos Taxonomia: • Em 1966 – Comitê Internacional de taxonomia viral, agrupou os vírus da seguinte maneira: a) Família com base no tipo de acido nucléico. b) Estratégia de replicação c) Morfologia • O sufixo virus é usado para gêneros • O sufixo viridae para famílias • O sufixo ales para as ordens • Ex.: Família Herpesviridae, gênero Simplexvirus (herpes tipo 2) Vírus 29/05/2018 6 Vírus Classificação de vírus humanos Característica Família Gêneros importantes Aspectos clínicos DNA de fita simples não envelopado Parvoviridae Parvovírus humano B19 Anemia em pacientes imunodeprimidos DNA de fita dupla não envelopado Adenoviridae Mastadenovirus infecções respiratórias e alguns causam tumores em animais Papovaviridae Papillomavirus induzem tumores, causam verrugas em humanos (papiloma). DNA de fita dupla envelopado Poxviridae Orthopoxvirus (vaccinia) causam varíola humana e bovina. Mollusscipoxvirus lesões de pele semelhante a varíola Herpesviridae Simplexvirus (HHV-1 e2) herpes labial Variocellovirus herpes zoster e varicela (catapora) Lymphocryptovirus várias doenças como tipos de herpes, mononucleose e câncer.Cytomegalovirus Roseolovirus Hepadnaviridae Hepadnavirus Hepatite B e tumores hepáticos Vírus 29/05/2018 7 Vírus Classificação de vírus humanos Característica Família Gêneros importantes Aspectos clínicos RNA de fita simples não envelopado Picornaviridae Enterovirus infecçõe entericas e resfriados Rhinovirus Resfriados comum Virus da Hepatite A Causam hepatite A Caliciviridae Virus da Hepatite E um tipo de hepatiteNorovirus causam gastroenterites RNA de fita simples envelopado Togaviridae Alphavirus causam encefalitesRubivirus causam Rubéola Flaviridae Flavivirus Febre amarela, dengue e encefalitesPestivirus Virus da Hepatite C Causam hepatite C Coronaviridae Coronavirus Resfriados comum e síndrome respiratória aguda severa. RNA de fita simples negativa, fita única Rhabdoviridae Vesiculovirus Estomatite vesicular Lyssavirus Causador da raiva ou hidrofobia Filoviridae Filovirus Causador da doença Ebola e Marburg Paramixoviridae Paramyxovirus Causam parainfluensa, caxumba. Morbillivirus Causam sarampo Deltaviridae Hepadnavirus causam Hepatite D. Classificação de vírus humanos Característica Família Gêneros importantes Aspectos clínicos RNA de fita simples negativa, segmentado Orthomyxoviridae Influenza A, B e C Causam gripe Bunyaviridae Bunyavirus Causam encefatite da Califórnia Hantavirus Causam febre hemorrágica e síndrome pulmonar Arenaviridae Arenavirus causam coriomeningite linfocitária, febre hemorrágica venezuelana. Produz DNA Retroviridae Oncovirus causam leucemias e tumores em animais Lentivirus virus causador do HIV -Aids RNA de fita dupla não envelopado Reoviridae Reovirus Infecções respiratórias brandas e gastroenteritesRotavirus Vírus 29/05/2018 8 Vírus • O ácido nucléico de um viríon contem somente uma pequena quantidade dos genes necessários para a síntese de novos vírus. • Genes que codificam os componentes estruturais (capsídeo) e algumas enzimas para utilizadas na multiplicação viral – essas enzimas são sintetizadas e funcionam apenas quando o vírus está dentro da célula. • As enzimas necessárias para a síntese de proteínas, ribossomos, tRNA e produção de energia são fornecidos pela célula hospedeira. Replicação dos vírus 29/05/2018 9 Replicação dos vírus O DNA ou RNA viral desencadeia uma profunda desorganização celular, passando a dominar seu metabolismo. O DNA ou RNA viral desencadeia uma profunda desorganização celular, passando a dominar seu metabolismo. • Absorção: um sítio de absorção no vírus se liga a um receptor da parede celular da bactéria, fazendo assim a fixação dos vírus às células. • Penetração: os bacteriófagos injetam o seu DNA dentro da bactéria, para isso a calda do vírus libera a enzima lisozima que destrói uma porção da parede celular. • Biossíntese: formação de novas moléculas de ácidos nucléicos, proteínas do capsídeo e outros componentes. • Maturação: organização dos novos componentes virais. • Liberação: saída dos novos vírus que geralmente (nem sempre) mata a célula Multiplicação de Bacteriófagos CICLO LÍTICOCICLO LÍTICO 29/05/2018 10 CICLO LÍTICOCICLO LÍTICO 5 Etapas 1. Absorção 2. Penetração 3. Biossíntese 4. Maturação 5. Liberação • Alguns bacteriófagos não causam a lise e morte da célula. • Esses tipos de fagos lisogênicos, também são chamados de fagos temperados. • Na lisogenia o fago permanece latente (inativo) • Ex.: bacteriófago lambda Multiplicação de Bacteriófagos CICLO LISOGÊNICOCICLOLISOGÊNICO 29/05/2018 11 1. Após a penetração o DNA viral (linear) forma um círculo. 2. Esse círculo pode de multiplicar e ser transcrito, 3. Levando a produção de novos fagos e a lise da célula (ciclo lítico) 4. Ou o circulo pode se recombinar com o DNA bacteriano e se tornar parte dele. O DNA inserido é chamado de profago, onde a maioria dos genes é reprimido por proteínas repressoras codificadas pelo próprio profago, impedindo a transcrição dos genes. Sempre que o DNA da célula for replicado o profago também será. Multiplicação de Bacteriófagos CICLO LISOGÊNICOCICLO LISOGÊNICO CICLO LISOGÊNICOCICLO LISOGÊNICO Multiplicação de Bacteriófagos 29/05/2018 12 CICLO LISOGÊNICOCICLO LISOGÊNICO Multiplicação de Bacteriófagos • A multiplicação dos vírus animais segue o mesmo padrão lítico dos bacteriófagos, mas com algumas diferenças: Multiplicação de vírus animais Comparação entre a multiplicação de bacteriófagos e vírus animais Estágio Bacteriófagos Vírus animais Absorção as fibras da cauda ancoram nas proteínas da parede celular Os sítios de absorção são proteínas de membrana Penetração O DNA viral é injetado dentro da célula O capsídeo penetra por endocitose ou fusão Desnudamento Não ocorre Remoção enzimática das proteínas do capsídeo Biossíntese no citoplasma celular No núcleo (vírus de DNA) ou citoplasma (vírus de RNA) Infecção crônica Lisogenia Latência: infecções virais lentas; câncer liberação Lise da célula hospedeira os vírus envelopados brotam; os não envelopados rompem a membrana da célula 29/05/2018 13 Multiplicação de vírus animais Entrada e desnudamento Multiplicação de vírus animais 29/05/2018 14 Multiplicação de vírus animais Montagem / maturação VÍRUS HIVVÍRUS HIV Multiplicação de vírus animais 29/05/2018 15 Síntese da segunda fita de DNA viral Receptores de membrana Vírus livre Proteínas do envoltório viral Membrana lipoprotéica viral Degradação do RNA viral Proteínas virais Membrana plasmática RNA viral Ciclo de um Retrovírus - HIV Transcriptase reversa Vírus saindo e sendo envelopados Multiplicação de vírus animais Retrovírus - HIV o Vírus Envelopado. o Possui duas fitas idênticas de RNA. o Possui a enzimaTranscriptase reversa. o O HIV é um retrovírus pois possui a capacidade de produzir DNA a partir de RNA. Envelope Lipoprotéico Capsídeo 2 moléculas de RNA Enzimas Transcriptase Reversa Atenção: Para ser considerado retrovírus, não basta possuir RNA é necessário a presença da enzima transcriptase reversa. Atenção: Para ser considerado retrovírus, não basta possuir RNA é necessário a presença da enzima transcriptase reversa. Multiplicação de vírus animais 29/05/2018 16 • Permanecem dormentes nas células hospedeiras por anos, sem atividade e sem sintomas ou sinais • Muitos não se incorporam ao cromossomo Latência de vírus de animais Exemplos de vírus latente: • Herpes labial • Leucemia • Herpes zoster Prions • Partículas infecciosas proteicas • Distúrbios nervosos degenerativos • Atualmente existe 9 doenças animais causadas por príons: – Ex.: Vaca louca (doença neurológica, levando ao desenvolvimento de vacúolos no cérebro do animal. 29/05/2018 17 Drogas antivirais Drogas antivirais Modo de ação Indicação de uso Análogos de nucleosídeos e nucleotídeos Aciclovir, ganciclovir, ribavirina, lamivudina Inibição da síntese de DNA e RNA Para combate de herpes virus Cidofovir Inibição da síntese de DNA e RNA Infecções por citomegalovirus e varíola Adefovir dipivoxil (Hepsera) Inibidor competitivo de transcriptase reversa do HBV Uso no caso de resistencia a lamivudina. Absorção e desnudamento Zanamivir, oseltamivir Inibição da neuraminidase do virus influenza Tratamento de influenza Amantadina, zimantadina Inibição do desnudamento Tratamento de influenza Interferons Interferon-α Inibição da infecção de novas células pelo vírus Hepatite viral Drogas antivirais Drogas antivirais Modo de ação Indicação de uso Inibidores Nucleosídeos da transcriptase reversa Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. Virus HIV Inibidores de integrase Raltegravir bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células Virus HIV
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