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economia política aulas 1-10


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AULA 1 INTRODUÇÃO, OBJETO E CONCEITOS BÁSICOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Poder familiarizar-se com alguns conceitos básicos da Ciência Econômica.
2. Perceber que o estudo da economia baseia-se na escassez.
3. Ter acesso aos conceitos de algumas das principais variáveis econômicas.
O objetivo das aulas que vamos acessar é o de familiarizar o estudante com conceitos básicos  da Ciência Econômica. 
Temas do nosso cotidiano serão abordados de maneira superficial, mas com conteúdo suficiente para que possam ser entendidos e discutidos quando deparados por você, caro aluno. 
Assim, noções de variáveis econômicas como fatores de produção, produto, emprego, renda, inflação,  procura, oferta, equilíbrio de mercado, escassez, excedente, taxa de juros, moeda, exportações, importações, taxa de câmbio, e tantas outras mais que interferem no dia a dia, serão abordadas nas próximas aulas e serão objeto de nossos questionamentos.
Objeto:  É comum, em nossa existência, sermos afetados pelas condições econômicas da sociedade em que vivemos: As roupas que vestimos, a comida que comemos, a escola que frequentamos, o salário que recebemos, os problemas do desemprego e da inflação são todos fatores ligados diretamente às questões econômicas.
Adicionalmente, o homem moderno é bombardeado por uma série de questões  para as quais nem sempre ele encontra resposta:
Por que existem umas poucas economias  ditas desenvolvidas  enquanto em um elevado número de países  as condições de vida ainda são bastante precárias?
Por que algumas poucas pessoas são ricas, enquanto muitas enfrentam o problema de não ter moradia e alimentação adequada?
Por que algumas pessoas recebem altos salários, enquanto outras ganham apenas o suficiente para a sua sobrevivência?
Por que existe tanto desemprego? Por que em muitos países os preços sobem persistentemente, apesar das promessas do governo de que a inflação vai baixar?
Por que tantos países têm uma dívida externa tão elevada e parecem incapazes de pagá-la?
O estudo da economia objetiva a compreensão de todos esses problemas, fornecendo respostas a essas e a diversas outras questões. 
A Ciência Econômica pode nos proporcionar  um melhor entendimento de como funciona nossa economia e o que pode ser feito para prevenir, corrigir ou pelo menos aliviar problemas como a pobreza, o desemprego e a inflação.
Em geral, os principiantes querem uma definição de Economia. Existem diversas, como, por exemplo a seguinte:
“A Economia é o estudo da maneira pela qual a sociedade utiliza recursos produtivos escassos para produzir bens e serviços a fim de satisfazer as necessidades humanas.”
Essa definição pode ser ilustrada pelo fluxograma abaixo:
Fatores de Produção - escassos  - versáteis
PROCESSOS PRODUTIVOS –EFICIENTES
PRODUTOS-BENS-SERVIÇOS
NECESSIDADES HUMANAS –ILIMITDAS-DIVERSIFICADAS
Para que você já possa ir se familiarizando com o raciocínio econômico, observe a seguir uma abordagem preliminar de cada uma das etapas.
Fatores de produção:
Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos como terra, mão de obra, máquinas, equipamentos, conhecimentos técnicos, etc. Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente  ser satisfeitas.
A escassez desses recursos, então, torna-se o problema fundamental de cada sociedade. Como resultado, a sociedade, através do instrumental fornecido pela Ciência Econômica (princípios, teorias, modelos) procura usar recursos escassos (fatores de produção) tão eficientemente quanto possível, a fim de produzir o máximo de bens e serviços que deseja. O campo de atuação da Economia seria, então, o estudo e a administração da escassez dos fatores de produção. 
Conclui-se, portanto, que se não houvesse escassez dos recursos, não haveria necessidade de se estudar Economia e que a escassez dos fatores de produção e a necessidade de utilizá-los da melhor maneira possível implica que no processo produtivo toda decisão econômica será, sempre, uma “escolha decorrente de um juízo de valor”.
Processos produtivos:
O conceito de processo produtivo explica como os fatores de produção são combinados,  em quantidade e qualidade,  na elaboração dos produtos. 
Não é difícil perceber que cada bem ou serviço produzido possui seu próprio processo produtivo. Tanto nos casos mais elementares de produção, como nos mais sofisticados, o processo produtivo existe e é bem definido. 
Teoricamente, supõe-se que os indivíduos deverão escolher, sempre,  as técnicas mais eficientes para serem empregadas.
Produtos:
A resultante do processo produtivo é o produto que pode ser um bem ou um serviço.
Para que fique melhor entendida a diferença entre um e outro, vamos usar os conceitos de tangível e intangível. Entende-se por tangível tudo aquilo que tem forma ou que seja palpável. No nosso caso, os bens,  como um livro ou uma geladeira, enquadram-se perfeitamente nesse conceito. Por intangível, entende-se o oposto, ou seja, o que não possui forma e tampouco pode ser apalpado. Os serviços, como o atendimento médico ou os ensinamentos de uma professora, são alguns exemplos dessa alternativa.
TANGÍVEL – PALPÁVEL 
INTANGÍVEL-SERVIÇOS
ECESSIDADES HUMANAS
Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender às necessidades humanas.  Hoje, pelos novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse conceito para as necessidades do planeta (sustentabilidade).
Um ponto importante a registrar é o fato de que as necessidades humanas são ilimitadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário) são atendidas, o indivíduo passa a ter outras necessidades como educação, lazer, melhoria do seu padrão de vida (melhor casa, melhores roupas, automóvel, etc.).  Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a estima dos amigos, o reconhecimento e aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por diante.
Focando apenas em nós, seres humanos, as necessidades humanas representam os desejos de consumo da sociedade. Observa-se que são ilimitadas  e  diversificadas.
Conceitos básicos da Ciência Econômica:
É fato que toda ciência possui sua própria terminologia e a Ciência Econômica não é diferente. Por esse motivo, para que você já possa aproximar-se, facilitando a sua leitura dos textos, apresentamos a seguir alguns dos conceitos mais freqüentes encontrados na literatura econômica. Acreditamos que o esquecimento de alguns não invalida a tentativa de ajuda. Clique no computador e veja quais são eles:
Fatores de produção: são os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. Sua principal característica é a escassez.
Custo de oportunidade de um fator de produção: é sua melhor utilização no processo produtivo.
Bens livres:  são aqueles que existem em relativa abundância e, por isso, não caracterizam um problema econômico (a água do mar, o ar, etc.).
Bens econômicos: são os bens que existem com uma relativa escassez, não suficientes para todos. Como tal, têm um valor (preço) de mercado.
Processo produtivo:  é o processo de produção utilizado naquele produto que a sociedade deseja obter.
oduto:  é o que se obtém do processo produtivo. Subdivide-se em bens e serviços.
Bens: é  a parte física ou tangível (palpável) do produto gerado na economia (pão, móveis, livros, roupas, etc).
Serviços: parte intangível (não palpável) do produto total da economia (educação, saúde, turismo, etc.). 
Bens e serviços de consumo: são os que resultam do processo produtivo destinado ao consumo (alimentos, lazer, etc.).
Bens e serviços de capital ou de produção: destinam-se à produção de outros bens e serviços (máquinas, construções, equipamentos, etc.).
Bens e serviços intermediários: são aquelesque, após produzidos, retornam ao processo produtivo para produzir outros bens e serviços.
Curva de possibilidades de produção: é uma figura gráfica, representada por uma curva,  que mostra as diversas combinações de produção  de uma economia quando todos os seus fatores de produção estão sendo utilizados, ou seja, quando não há desemprego dos fatores de produção. Serão, portanto, alternativas de produção máxima.
Agentes econômicos:  são definidos como sendo as famílias, as empresas e o governo.
Sistema econômico: é o modelo escolhido para administrar a economia (capitalismo, socialismo, etc.).
Demanda ou procura de um produto: representa as quantidades que se deseja comprar de um determinado produto, por unidade de tempo, aos vários níveis de preços possíveis.
Oferta de um produto: representa as quantidades de um determinado produto que a empresa deseja produzir e vender, por unidade de tempo, aos vários níveis de preços possíveis.
Equilíbrio de mercado: uma situação de equilíbrio é aquela que uma vez alcançada, tende a ser mantida.
Função de produção de um produto: é a forma como os fatores de produção são combinados no processo produtivo.
Exportações: consiste numa parte do que é produzido por um país e vendido ao exterior.
Importações: são as compras que um país faz de outros países.
Taxa de câmbio: é o preço da moeda estrangeira (que se esteja considerando) em relação à moeda do país.
Balanço de pagamentos: registra todas as operações do país com o resto do mundo.
Balança comercial: é uma das contas do balanço de pagamentos que trata das transações internacionais de bens. Suas principais rubricas são: exportações e importações.
Balança de serviços: é outra conta do balanço de pagamentos que trata das transações dos serviç
Moeda: considera-se moeda tudo aquilo que, tendo aceitação, sirva de instrumento de troca entre bens e serviços.
Inflação: conceitualmente, inflação é uma alta sucessiva e consecutiva nos níveis de preços da economia.
Liquidez: e a capacidade de algo ser comercializado. Assim, quanto maior for a procura de  um bem ou serviço, maior sua liquidez.
Taxa de juros: é o preço do dinheiro.
Produto interno bruto:  é a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos em uma economia, durante um  certo período de tempo (normalmente, um ano).
Renda nacional: é a soma das remunerações dos fatores de produção sob a forma de salários, juros, lucros e aluguéis. Quanto mais elevada, maior a possibilidade de consumo na economia.
Crescimento econômico: ocorrerá quando o produto gerado pela economia, em um determinado período de tempo, crescer mais do que a população.
Desenvolvimento econômico: situação em que, além do crescimento econômico, ocorre uma melhor distribuição do produto pela sociedade.
AULA 2 AS QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA CIENCIA ECONOMICA, DIVISÃO DA ESTUDO DA ECONOMIA E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONOMICO
Ao final desta aula, você deverá se capaz de:
1. Perceber as três questões fundamentais da economia. São elas: O que produzir? Como e onde produzir? Como distribuir o que foi produzido?
2. Ter contato com as quatro abordagens do estudo da ciência econômica.
3. Constatar que, de um modo geral,  toda tomada de decisão no processo produtivo será fruto de uma escolha baseada em juízo de valor. 
Finalmente, você será apresentado de forma sucinta aos quatro enfoques de que se trata economia.
A partir desta aula, você será capaz de entender o que é a escassez dos fatores de produção que leva o estudo da economia a ter que responder  a três questões fundamentais: 
- o que produzir? 
- como e onde produzir? 
- para quem produzir?
Também irá concluir que, de um modo geral,  toda tomada de decisão no processo produtivo será fruto de uma escolha baseada em juízo de valor. Finalmente, você será apresentado de forma sucinta aos quatro enfoques de que se trata economia.
Você já sabe que, para atender ao máximo das necessidades humanas, a sociedade conta com os fatores de produção. Tais recursos são, no entanto, bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades  podem ser satisfeitas simultaneamente.
Isso é o mesmo que dizer que, sendo limitados ou escassos os recursos  disponíveis, qualquer
“sistema econômico” terá que ser  capaz de resolver as seguintes questões fundamentais:
O QUE PRODUZIR
Que desejos dos indivíduos serão
satisfeitos e em que quantidades?
COMO E ONDE PRODUZIR
Que técnicas serão adotadas e onde se dará a produção?
PARA QUEM PRODUZIR
Como distribuir a produção entre
os membros da sociedade?
Primeira questão fundamental: “o que deve ser produzido?”
Ao indagarmos o que uma economia deve produzir, deparamo-nos com duas possibilidades de resposta a essa pergunta:
OU O QUE SERÁ GERADO NO PROCESSO PRODUTIVO SERVIRÁ PARA A PRODUÇÃO DE OUTROS PRODUTOS (DEFINIDOS COMO BENS DE PRODUÇÃO OU BENS DE CAPITAL).
@A primeira delas pode ser subdividida
em bens ou serviços de consumo duráveis
(carro, geladeira, sapato etc.) e bens ou
serviços de consumo não duráveis, ou seja,
aqueles que se esgotam no ato do consumo
(bebidas, pacotes de viagem etc.).
OU O QUE SERÁ GERADO NO PROCESSO PRODUTIVO SERVIRÁ PARA O CONSUMO DA POPULAÇÃO (CLASSIFICADOS DE BENS DE CONSUMO).
@A segunda alternativa envolve as
diversas construções civis, as máquinas,
os equipamentos e a tecnologia que serão
utilizados na produção de outros bens
(de consumo ou de capital).  É esse tipo
de bem que determina a capacidade
produtiva de uma economia. Quanto maior
for o estoque de bens de capital que uma
sociedade conseguir acumular, maior será
seu potencial de produção.
A terceira possibilidade é representada pelos bens e serviços produzidos que retornam ao
processo de produção para produção de outros produtos. Uma chapa de aço utilizada na
produção de um veículo é um bom exemplo de bem intermediário.
A essa altura, você já percebeu que todo processo produtivo envolverá sempre “uma escolha resultante de um
juízo de valor”. Produzir bens de consumo em detrimento aos de capital, ou vice-versa, é um exemplo da
permanente escolha que ocorre na atividade econômica, da mesma forma que produzir bens ao invés de serviços,
ou vice-versa, também é. Normalmente, escolhas acertadas costumam gerar bons resultados futuros para
as sociedades.
Comentário:
É importante ter em mente que, por ser a economia uma ciência humana (não exata), nunca existirá unanimidade
sobre as escolhas feitas. Todavia, para que uma medida econômica possa dar resultado, é necessário que haja
perseverança na tomada de decisão.
EXEMPLO
Imagine, por exemplo, o caso de um prefeito numa pequena cidade do interior que, para atrair turistas,
prefira construir uma fonte luminosa na praça pública ao invés de reformar as salas de aula da escola local.
Para muitos, principalmente a oposição, seria um claro exemplo de má utilização dos recursos disponíveis
(mão de obra, material de construção, etc.), mas, para ele, poderia estar de acordo com seu juízo de valor
de obter recursos para o município através do turismo.
Veja e analise com atenção o diagrama sobre “o que produzir?”:
O QUE PRODUZIR 1---BENS A-DE CONSUMO ------1.DURÁVEIS
 ------2.NÃO DURÁVEIS
 B-INTERMEDIÁRIOS----RETORNAM AO PROCESSO PRODUTIVO
 C-DE CAPITAL-----1.CONSTRUÇÕES
 ---2.MÁQUINAS
 ---3.EQUIPAMENTOS
O QUE PRODUZIR 2---SERVIÇOS-----DO GOVERNO/DE TRANSPORTES/DE COMUNICAÇÃO/DE SAÚDE,EDUCAÇÃO,ETC./DE LAZER
Segunda questão fundamental: “como e ondeproduzir?”
A teoria econômica parte do pressuposto de que no processo produtivo serão utilizadas as técnicas de produção mais eficientes. Isso posto, e dadas as técnicas de produção disponíveis, três são os setores da economia onde o produto poderá ser gerado: setor primário, setor secundário e setor terciário.
Setor primário:
Conceitualmente, o setor primário é aquele onde ocorrem as lavouras, as atividades extrativas animal (criação de gado, por exemplo), e as atividades extrativas vegetal (exploração de madeiras, por exemplo). É por ele que as sociedades iniciam seus processos produtivos.  
Economias menos desenvolvidas costumam praticamente limitar suas produções a esse setor da atividade econômica.
Setor secundário:
O setor secundário abriga as atividades extrativas mineral  (petróleo, gás, ouro etc.), a indústria da construção (portos, barragens, estradas, prédios etc.) e aquela que vem a ser a responsável pela maioria dos objetos que observamos ao nosso redor: a indústria de transformação (vestuário, mobiliário, material de construção, transporte, literário, etc.).
Setor terciário:
Por fim, o setor terciário da economia é o responsável pela oferta de todos os serviços  e abriga, além do governo, as atividades de comércio, finanças, educação, saúde, lazer, transportes, comunicação dentre outros.
O diagrama abaixo ilustra as alternativas da segunda questão fundamental: “como e
onde produzir?”
COMO E ONDE PRODUZIR
SETOR PRIMÁRIO 
-LAVOURA
-ATIVIDADES EXTRATIVAS ANIMAL
-ATIVIDADES EXTRATIVAS VEGETAL
SETOR SECUNDÁRIO
-ATIVIDADES EXTRATIVAS MINERAL
-INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
-INDÚSTRIA TRANSFORMAÇÃO
SETOR TERCIÁRIO
-COMÉRCIO/-BANCOS/-TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES/-GOVERNO/-SAÚDE,EDUCAÇÃO,LAZER,ETC.
Comentário
Se você prestar atenção, observará que os dois
primeiros setores da economia são os responsáveis
pela produção dos bens (objetos que são palpáveis, 
tangíveis) e o terceiro setor, a produção dos serviços
(produtos que não são palpáveis -  intangíveis).
Terceira questão fundamental: “como distribuir bem o que foi produzido?”
Essa questão representa o grande desafio com que as sociedades se defrontam: distribuir de forma justa aquilo que
foi produzido. Isso porque a má distribuição dos bens e serviços gera a indesejável desigualdade social. Normalmente,
essa distribuição se dá levando em conta dois aspectos: o primeiro deles é a quantidade e qualidade dos fatores que o
indivíduo aplica no processo produtivo, e o segundo são os preços que se consegue obter por eles.
Para que você entenda melhor, considere, como exemplo, as
seguintes três possibilidades:
a) indivíduo, com baixa escolaridade, trabalha de balconista numa padaria;
b) indivíduo, com baixa escolaridade, trabalha de balconista  numa padaria e complementa e sua renda com o aluguel de um pequeno imóvel, herança de família. 
c) indivíduo, com alta escolaridade, trabalha como executivo num grande banco comercial.
Na primeira alternativa, o indivíduo irá receber apenas pelo
trabalho que exerce e sua renda será inferior ao da terceira
alternativa, uma vez que sua qualificação é inferior à do
executivo. Da mesma forma, sua remuneração será também
inferior à do indivíduo da segunda opção, uma vez que, apesar
da mesma qualificação profissional, o outro coloca no mercado
um imóvel para locação, auferindo, com isso, uma renda mensal
adicional. Você percebeu, portanto, que não apenas a quantidade
dos fatores é relevante, mas também a qualidade de que são dotados.
Quadro representativo sobre a questão “como distribuir o que foi produzido?”
Como distribuir o que foi
produzido?
Dependerá
-da quantidade e qualidade de fatores
que o indivíduo colocar no processo
produtivo;
-das remunerações (preços) que os
indivíduos conseguirem obter pelo uso
desses fatores de produção no processo
produtivo.
A Divisão do Estudo da Economia:
O estudo da economia normalmente é dividido em quatro segmentos: microeconomia, macroeconomia, economia
internacional e desenvolvimento econômico.
A Divisão do Estudo da Economia
-MICROECONOMIA
A microeconomia é a formação dos preços no mercado, considerando os consumidores
e os produtor
MACROECONOMIA
-A macroeconomia estuda os grandes agregados do país como Renda Nacional, Produto Interno Bruto, Poupança, etc.
ECONOMIA INTERNACIONAL
Como o nome indica, a economia internacional são as  relações econômicas com outros países, envolvendo exportações de bens, transações financeiras dentre outros.
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
-Por fim, o desenvolvimento econômico preocupa-se com a melhoria do bem-estar da população ao longo do tempo.
Evolução do Pensamento Econômico:
Propositalmente, nesta aula, por sua fácil
compreensão, o texto referente à evolução do
pensamento econômico estará disponível
exclusivamente no material didático que você
recebeu. Entretanto, é importante esclarecer que
seu conteúdo será discutido em nossas aulas e fará
parte do material pesquisado para elaboração de
questões de prova. Com essa decisão, conseguimos
liberar um espaço precioso em nossa tela para que
você possa se familiarizar com conceitos elementares de gráficos, cálculo de taxas de variações e leitura de tabelas de dados, tão úteis na compreensão dos conceitos econômicos.
AULA 3 UMA DIGRESSÃO SOBRE GRÁFICOS; TAXAS DE VARIAÇÃO E ELABORAÇÃO DE TABELAS
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
1. Aprender a construir e interpretar gráficos simples.
2. Calcular taxas de variações entre variáveis econômicas.
3. Conseguir ler e elaborar tabelas de dados.
O objetivo dessa aula é o de tentar aproximar o aluno de temas  que, de um modo geral, não costumam ser de fácil aprendizagem.  A ideia é tentar mostrar, de forma acessível, alguns conceitos elementares que possam ajudá-lo na leitura e compreensão de textos econômicos, como por exemplo, a elaboração e análise de gráficos, o cálculo percentual de variações ocorridas em uma determinada variável, a elaboração e leitura de tabelas, etc...
A justificativa para tal iniciativa é que no estudo da economia as incursões por essas questões serão costumeiras e, quanto mais apto estiver o aluno, mais fácil será o entendimento da teoria estudada.  Isso posto, comecemos pela construção e interpretação dos gráficos.
NO NOSSO COTIDIANO, EXISTEM SITUAÇÕES EM QUE UMA VARIÁVEL SE TORNARÁ CONHECIDA COM A DEFINIÇÃO DE APENAS UMA ÚNICA INFORMAÇÃO. NESSES CASOS, APÓS A DEFINIÇÃO, O PROBLEMA ESTARÁ RESOLVIDO.
Imagine, por exemplo, que após escolher um tecido, você peça ao vendedor 10 metros da fazenda desejada. O pedido estará completo? O vendedor vai compreender o que você deseja?
A resposta para ambas as perguntas é “sim”, pois não foi necessário mais do que uma única informação (10 m) para que a transação pudesse se realizar.
Da mesma forma, um termômetro que esteja marcando -2º na varanda de uma casa mostrará a temperatura externa através da verificação de um único valor.
Repare que esses e outros casos semelhantes podem ser representados facilmente através de um gráfico que utilize uma linha reta, da seguinte forma:
Para facilitar a representação, utiliza-se uma linha reta onde num ponto qualquer fixamos o valor 0 (zero), arbitrando-se que à direita (se a reta estiver na horizontal), ou acima (caso esteja na vertical), os valores serão considerados positivos e, à esquerda ou abaixo, negativos.
Claro está que se desejássemos representar a compra do tecido bastaria desenhar a parte positiva do gráfico.
Em primeiro lugar, é necessário definir se o que estamos medindo pode ou não assumir valores negativos. No exemplo acima, a metragem do tecido não pode, mas a temperatura acusada no termômetro pode.
Nos dois casos, independentemente do que se esteja aferindo, o relevante é que a resposta é dada por um único valor. 
Chamemos essa informaçãode “coordenada”.
AGORA, IMAGINE QUE VC VÁ A UMA LOJA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PARA COMPRAR UM NOVO PISO PARA SUA COZINHA. SE NÃO FOREM INFORMADOS O COMPRIMENTO E A LARGURA DA COZINHA, SERÁ IMPOSSÍVEL COMPRAR A METRAGEM QUADRADA CERTA. VC JÁ PERCEBEU, PORTANTO, QUE ESSES EXEMPLOS REPRESENTAM UMA SITUAÇÃO ONDE SE TORNAM NECESSÁRIAS DUAS INFORMAÇÕES, OU COORDENADAS, POIS O CONHECIMENTO DE APENAS UMA NÃO BASTA.
A PARTIR DESSA CONSTATAÇÃO, VAMOS MOSTRAR COMO AVANÇAR NA CONSTRUÇÃO DE UM GRÁFICO COM DUAS COORDENADAS (QUE É O QUE, NORMALMENTE, ENCONTRAMOS NOS LIVROS DE ECONOMIA).
IMAGINE QUE UTILIZEMOS UMA RETA PARA MARCAR A METRAGEM DO COMPRIMENTO E OUTRA PARA A LARGURA DA COZINHA. COMO AMBAS AS MEDIDAS NÃO PODEM SER NEGATIVAS (NAS PROXIMA S AULAS TEREMOS CONTATO COM PREÇOS E QUANTIDADES DE PRODUTOS QUE TAMBEM NÃO ADMITEM VALORES NEGATIVOS), ADOTAREMOS RETAS COMO NO CASO DO TECIDO. PARA SOFISTICAR UM POUCO MAIS A APRESENTAÇÃO, PASSEMOS A CHAMAR ESSAS RETAS DE EIXOS. ASSIM, TEMOS UM EIXO PARA QUE AS MEDDIDAS DO COMPRIMENTO SEJAM MARCADAS E OUTRO PARA AS DA LARGURA. PARA EXEMPLIFICAR, CONSIDERE QUE O COMPRIMENTO MEÇA 8 METROS E, A LARGURA, 3 METROS.
A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA É FEITA COLOCANDO UM EIXO NA POSIÇÃO VERTICAL E O OUTRO NA HORIZONTAL, DEFININDO O ENCONTRO DOS DOIS COMO SENDO A ORIGEM, OU SEJA, 0 METROS DE COMPRIMENTO E 0 METROS DE LARGURA. CONSIDERE O EIXO HORIZONTAL REPRESENTANDO AS MEDIDAS DE COMPRIMENTO E O VERTICAL AS DA LARGURA.
REPARE QUE AS MEDIDAS FORAM REPRESENTADAS NO GRÁFICO PELO PONTO A. ELE FOI DEFINIDO POR DUAS COORDENADAS, A PRIMEIRA REFERENTE À MEDIDA DO EIXO HORIZONTAL (COMPRIMENTO) E A SEGUNDA DO VERTICL (LARGURA).
Consideremos, agora, que desejássemos representar graficamente as metragens de três cozinhas diferentes com as respectivas medidas de comprimento e largura: cozinha “A” = 8 X 4; cozinha “B” = 5 X 5 e cozinha “C” = 3 X 7
Graficamente, essas medidas seriam representadas da seguinte maneira:
Aproveitando o gráfico ao lado, pode-se perceber, também, através das áreas (base X altura) de cada retângulo, as compras  de piso para cada cozinha:
Cozinha “A”: 8m X 4m = 32 m²
Cozinha “B”: 5m X 5m = 25 m²
Cozinha “C”: 7m X 3m = 21 m²
APROXIMANDO-NOS UM POUCO DA ECONOMIA, IMAGINEMOS QUE A TABELA ABAIXO REPRESENTE O NÍVEL DE PRODUÇÃO DE UMA FIRMA QUANDO ELA EMPREGA DIFERNTES QUANTIDADES DE MÃO-DE-OBRA. COMO REPRESENTÁ0LA GRAFICAMENTE? CLIQUE NA TABELA E VEJA
MÃO DE OBRA 10 – 15 – 25
NÍVEL DE PRODUÇÃO 200 – 240 – 300 
REPARE COMO É POSSIVEL VISUALIZR O COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO QUANDO A EMPRESA UTILIZA QUANTIDADES DIFERNTES DE MAO DE ORA.
A INTERPRETAÇÃO DO G´RAFICO É A DE QUE AS VARIAVEIS POSSUM UMA RELAÇÃO DIRETA ENTRE SI. OU SEJA, MAIOR QUANTIDADE DE MAO DE OBRA, MAIOR PRODUÇÃO
VEJA QUE A INVERSÃO DAS VARIAVEIS DE UM EIXO PARA OUTRO NÃO ALTEROU A DEMONSTRAÇÃO DA RELAÇÃO DIRETA ENTRE ELAS
AULA 4 FATORES DE PRODUÇÃO, CURVAS DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO E CUSTO DE OPORTUNIDADE
Ao final desta aula, você deverá se capaz de:
1. Conhecer com mais detalhes os fatores de produção e suas características.
2. Aprender como demonstrar graficamente a capacidade total de produção de uma economia através das curvas de possibilidades de produção.
3. Perceber que a escassez dos fatores de produção gera o conceito de custo de oportunidade.
Caro aluno, seja bem-vindo a essa aula onde serão detalhadas as características de cada fator de produção, serão apresentadas as curvas de possibilidades de produção como forma de representar a capacidade  máxima de produção de uma economia em determinado momento e o conceito de custo de oportunidade de um fator de produção.
Na primeira aula, abordamos o conceito de fatores de produção. Agora, chegou o momento de nos determos um pouco mais nessa questão.
Como vimos, consideram-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos de que a sociedade necessita. Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção.
Outra característica é a versatilidade: quer dizer que um mesmo fator de produção possui a capacidade de poder ser utilizado em vários processos produtivos. Isso fica demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo trator pode ser utilizado na lavoura, como também na construção de uma barragem.
Para seu conhecimento, cinco são os fatores de produção, assim descritos:
1-fator de produção terra
2-fator de produção trabalho
3-fator de produção capital
4-fator de produção capacidade tecnológica
5-fator de produção capacidade empresarial
Fator de produção terra
Constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos. Trata-se das reservas naturais (solo e subsolo), águas (oceanos, mares, rios, lagos), pluviosidade e clima, flora e fauna e até fatores extraterrestres (como, por exemplo, a fonte inesgotável da energia solar e a influência lunar sobre as marés).
Fator de produção trabalho  
A parcela da população apta a desenvolver uma atividade econômica é considerada de fator trabalho. Trata-se, portanto, da população total deduzindo-se as crianças e os idosos. A esse contingente de pessoas aptas dá-se o nome de população econômica (PE). Os que estão empregados representam a população economicamente ativa (PEA), e os desempregados a população economicamente inativa (PEI). A soma das duas resulta no fator trabalho  de uma economia.
Comentários:
1-  É comum lermos nos jornais sobre a taxa de desemprego no país. A partir de agora,você já sabe como calcular: basta dividir PEI por PE e multiplicar o resultado por 100.
Exemplo: se a PEI for igual a 100.000 e a PE for de 1.000.000, a taxa de desemprego será igual a 10% [(100.000 / 1.000.000) X 100]. Fácil, não?
2- O trabalho exercido na informalidade, pelas dificuldades de aferição, não é considerado nos dados oficiais.
Fator de produção capital
O fator de produção capital vem a ser o somatório de construções, máquinas e equipamentos. Isso significa dizer que são consideradas como fator de produção capital de uma economia as suas disponibilidades para a geração de novas riquezas tais como as disponibilidades de infraestrutura econômica (transportes, telecomunicações, energia, etc.),  de infraestrutura social (educação, saúde, saneamento, esportes, lazer, etc.), de construções e edificações (públicas, militares, fabris, comerciais e residenciais), de equipamentos de transporte (ferroviário, rodoviário, hidroviário, aeroviário), de máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas (de extração, de transformação, de construção e de serviços) e de agrocapitais (culturas permanentes, planteis, instalações, edificações, equipamentos, implementos e ferramentas)
Comentário:
A análise econômica não considera a moeda (dinheiro) como fator capital pois, por si só, ela nada produz. Veremos em aula posterior que as funções da moeda são as de intermediária de troca (quando pagamos por algo), reserva de valor (poupança) e medida de valor (permite darmos valor aos produtos através de seus preços).
Fator de produção capacidade tecnológica
- Entende-se por capacidade tecnológica o conjunto de conhecimentos e habilidades que uma sociedade detém.   
- Representa sua capacitação para a pesquisa científica, para desenvolver e implantar novos projetos e para operar projetos já implantados. 
- Vem a ser o elo de ligação entre os três fatores de produção anteriormente mencionados.
  
A velocidade com que novas descobertas científicas ocorrem no mundo globalizado de hoje faz com que a capacidade tecnológica seja o grande diferencial entre as diversas economias do planeta.
Comentários:
Sobre esse tema, vale a seguinte reflexão: nos tempos antigos, o homem sonhava em voar. Se considerarmos apenas a era cristã, verifica-se que foram necessários 1906 anos para que, precariamente, isso viesse a ocorrer.
Comentários:
A partirdaí, em apenas 63 anos, o homem pousou na lua. E, recentemente, enviou uma nave além do nosso sistema solar. Não 
é fantástico?
É claro que nada disso seria possível não fossem os incalculáveis investimentos em educação e pesquisas científicas ocorridos nos países mais desenvolvidos.
Fator de produção capacidade empresarial
Vem a ser a capacidade de organizar o fluxo de produção, ou seja, a capacidade de gestão. Em última análise, é a forma de administrar, da melhor maneira possível, a utilização dos quatro primeiros fatores de produção no processo produtivo.
Comentário:
Dada a competitividade do mundo moderno, por menor que seja a empresa, não se admite mais o desconhecimento da necessidade da capacidade de gestão como fator decisivo para sua sobrevivência.
Curvas de possibilidades de produção:
Como já dito, uma sociedade não pode ter o máximo de todos os bens ao mesmo tempo. Sendo os recursos escassos e estando todos eles utilizados (por hipótese),
sempre que a sociedade se decidir pela produção de um bem qualquer, outro bem terá que ser total ou parcialmente sacrificado.
Para um melhor entendimento da afirmativa anterior, suponha que um país qualquer disponha de uma determinada quantidade de recursos que lhe permita produzir alimentos e automóveis em quantidades variadas, conforme a Tabela 1, que você verá a seguir.
POSSIBILIDADES OU ALTTERNATIVAS DE PRODUÇÃO
A B C D E F 
AUTOLMOVEIS MILOES DE UNIDADES
1 2 3 4 5 
ALIMENTOS MILHOES DE TONELADAS
15 14 12 9 5 0
Observe que, se esse país empregar todos os seus recursos na produção de alimentos, sua produção de automóveis será zero; se resolver produzir também um pouco de automóveis, terá de sacrificar em parte a produção de alimentos.
O importante a se observar na tabela é que, em qualquer das combinações ou alternativas listadas, a sociedade estará utilizando, por hipótese, todos os seus recursos disponíveis (o chamado “pleno emprego dos fatores”). A alternativa A indica que todos os recursos estão alocados na produção de alimentos e, portanto, a produção de automóveis é zero.
O inverso ocorre na alternativa F. As demais alternativas mostram a alocação de partes dos recursos na produção de alimentos e de automóveis.
Para uma melhor visualização das possíveis escolhas existentes, podemos colocar os dados da Tabela 1 em um gráfico gerando a conhecida “curva de possibilidades de produção”. 
Portanto, a curva de possibilidades de produção é “um gráfico que mostra todas as combinações máximas possíveis de produção de dois produtos (bens e serviços) que podem ser obtidas quando a economia utiliza todos os seus recursos disponíveis de diferentes maneiras em um determinado período de tempo”. 
Desse modo, é muito importante que você perceba que o conceito de curva de possibilidades de produção está sempre diretamente ligado a um período de tempo. Isso é o mesmo que dizer que a cada época a economia terá uma curva diferente. 
Este gráfico é representado pela Figura 1 onde estão marcados alguns pontos da curva de possibilidades de produção. O ponto G, por exemplo, indica que a sociedade está produzindo 9 milhões de toneladas de alimentos e  2 milhões de automóveis. Constata-se que nesse ponto existe desemprego de alguns fatores de produção, pois a sociedade poderia aumentar sua produção de alimentos até 12 milhões de toneladas sem reduzir a produção de automóveis (ou, ainda, aumentar sua produção de automóveis até 3 milhões, sem reduzir a de alimentos). Os pontos I, J e K indicam alternativas de produção a pleno emprego, pois estão situados na curva de possibilidades de produção.
Do ponto de vista técnico, não importa se está produzindo mais automóveis ou mais alimentos, pois isto é uma decisão ou escolha da sociedade. já o ponto L – que indicaria uma produção de 4 milhões de carros e 9 milhões de toneladas de alimentos – é uma alternativa impossível de se atingir com os recursos disponíveis naquele momento. Pode ser que mais adiante, em outro período de tempo, com o aumento dos estoques de fatores de produção e o consequente crescimento do produto gerado pela economia (mostrado pela curva de possibilidades de produção em vermelho), a alternativa de produção representada no ponto L (4 milhões de automóveis e 9 milhões de toneladas de alimentos) seja viável. Note que apesar do gráfico mostrar duas curvas elas não ocorrem ao mesmo tempo. Ou será uma, ou outra. Isso porque representam épocas diferentes.
Custo de Oportunidade:
                          
Em termos sociais, o custo de oportunidade de um fator de produção que esteja alocado na produção de um produto “X” será a impossibilidade  de, por esse motivo, ser alocado na produção de um outro produto “Y”.
Mais uma vez nos deparamos com a questão da escassez. Não fosse ela, não haveria a questão do custo de oportunidade.
No exemplo da aula 2, o prefeito, ao construir uma fonte luminosa, incorreu no custo de oportunidade de poder utilizar aqueles recursos em outras obras (escola, por exemplo).
Sob a ótica da avaliação privada, os fatores de produção são valorizados de acordo com seus preços de mercado. Assim, seus custos de oportunidade  corresponderão às melhores remunerações que puderem obter.
É claro que o custo de oportunidade  de uma pessoa desempregada é mais baixo do que o de uma que esteja empregada.
AULA 5 OS CONCEITOS DE PROCURA, OFERTA E EQUILIBRIO DE MERCADO
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Ter contato com o comportamento do consumidor, através do conceito de demanda ou procura.
2. Conhecer o comportamento do produtor, através do conceito de oferta.
3. Compreender como se dará o equilíbrio entre procura e oferta de um determinado produto no mercado. 
Caro aluno, seja bem-vindo a esta aula. Nela você perceberá as forças da demanda e da oferta que atuam sobre determinados produtos.
É de suma importância observar o comportamento dos consumidores e produtores, e conseguir definir como se dará a situação de equilíbrio dos produtos no mercado.
As aulas anteriores mostraram que existem diferentes modos ou processos pelos quais a sociedade resolve o problema de: o que , como e onde e para quem produzir, tudo dependendo do sistema econômico vigente. Vimos que esses problemas são resolvidos, em sua maioria, pelo livre jogo das forças de mercado (procura e oferta), onde as decisões e escolhas econômicas são individualizadas  e feitas pelos consumidores (demandantes) e produtores (ofertantes). Agindo de acordo com seus próprios interesses, os indivíduos, afetando e sendo afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que maximizarão a satisfação coletiva.
Um exemplo simples de como funciona o mercado:
Suponha que numa determinada cidade exista uma feira livre onde semanalmente é vendida, entre outros produtos, uma certa quantidade “X” de laranjas e uma quantidade “Y” de  maçãs. Agora, vamos supor que, por uma razão qualquer, verifica-se uma mudança na preferência dos consumidores e, em consequência, a demanda (procura) por laranjas tenha aumentado. Como a renda ou poder aquisitivo dos consumidores não se alterou, essa preferência por mais laranjas só será satisfeita se ocorrer uma queda na demanda por maçã. 
Como a produção de maçãs e laranjas  permanece inicialmente a mesma de antes, o que acontecerá com os preços desses dois produtos?
Ora, o aumento da procura de laranjas provocará uma falta desse produto, enquanto a queda na demanda por maçã provocará um excesso de oferta desse produto. Em consequência, o preço da laranja se elevará, enquanto vendedores tratarão de reduzir o preço da maçã para acabar com o estoque. Assim, as forças de mercado farão com que ocorra um aumento na oferta de laranjas e uma redução na de maçãs. Obviamente, com o aumento da quantidade ofertada de laranjas, seus preços declinarão um pouco, enquanto os preços das maçãs (agora com quantidades reduzidas) deverão se elevar ligeiramente.
Vamos agora analisar mais concretamente ocomportamento dos consumidores e dos produtores, isto é, da demanda e da oferta. Comecemos pela demanda: 
Suponha que você vá a um restaurante para almoçar e o garçom lhe entrega o cardápio. O que influencia sua escolha? A primeira coisa que você olha é o preço dos diversos pratos. A escolha de um determinado prato, digamos peixe, irá depender não só de seu preço, mas também do preço de outras carnes, massas, etc., que servem como substitutos. 
Obviamente, quanto mais alto o preço do peixe  em relação aos demais pratos, mais propenso você estará a pedir filé ou massas. Mas se os preços forem mais ou menos iguais ou pouco diferentes, você fará a escolha de acordo com seu gosto. De qualquer modo, a escolha de pratos e de outros complementos dependerá do que você pode ou está disposto a gastar, isto é, de acordo com sua renda. E assim por diante. 
Vimos com um simples exemplo, que sua escolha foi influenciada por diversas variáveis que, de modo geral, serão as mesmas que o influenciarão em outras ocasiões ou outras escolhas.
Desta forma, podemos listar pelo menos quatro fatores principais que influenciam a quantidade de um bem qualquer demandada por um indivíduo:
- Preço do bem (Pb)
- Preço de outros bens substitutos (Ps)
- Gosto ou preferência do consumidor (G)
- Nível de renda do consumidor (R) 
Como é difícil pesquisar a influência ou o peso exato de cada uma dessas variáveis na demanda por um bem, os economistas costumam supor a variação do preço (subindo ou caindo) e ver seu efeito sobre a demanda  por um bem, enquanto as demais permanecem constantes (condição coeteris paribus).
A questão, então, seria: o que acontece com a quantidade procurada de um produto “X” se seu preço “Px” variar, enquanto a renda, o gosto e o preço de outros produtos substitutos não variam?
Normalmente, teremos uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, ele fica mais barato em relação ao de seus concorrentes e, em consequência, os consumidores estarão dispostos a adquirir maiores quantidades desse bem. Se o preço se elevar, a reação dos consumidores será oposta.
Vamos supor que uma pesquisa de mercado junto aos potenciais compradores de um produto qualquer (digamos sandálias de borracha) apontou os resultados constantes da Tabela 2, onde estão relacionados diferentes preços e as respectivas quantidades demandadas daquele produto.
A tabela mostra que, ao alto preço de R$200,00, apenas 1.000 pares seriam comprados por mês. Se o preço caísse para, digamos, R$120,00, os consumidores  adquiririam 2.500 pares, e assim por diante. Ou seja, à medida que o preço se reduz, maiores serão as quantidades demandadas, e vice-versa.
A partir dessa constatação, podemos enunciar a lei da demanda: “as quantidades demandadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto menor for o seu preço, e vice-versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
A Figura 2 apresenta as informações da Tabela 2 sob a forma de um gráfico. Os diversos níveis de preços são representados no eixo vertical e as quantidades  demandadas no horizontal.
Como se constata, a curva de demanda é negativamente inclinada (da esquerda para a direita) indicando que os consumidores  estarão dispostos e aptos a comprar mais de uma mercadoria a preços mais baixos. Isso significa uma relação inversa entre preços e quantidades procurados. 
Uma questão importante é: qual será o preço desse produto, já que temos vários preços e várias quantidades? 
Para responder a essa pergunta precisamos saber, antes, o outro lado do mercado – o lado dos produtores, ou seja, o lado da oferta.
A oferta pode ser definida como “as diferentes quantidades de um bem ou serviço que os produtores estão dispostos a vender, durante um período de tempo, a diferentes preços”. 
A exemplo da demanda, as quantidades ofertadas de um bem qualquer também dependem de outros fatores como: preços de outros bens, preços dos fatores de produção (custos de produção) e a renda dos consumidores. 
A exemplo da demanda, as quantidades ofertadas de um bem qualquer também dependem de outros fatores como: preços de outros bens, preços dos fatores de produção (custos de produção) e a renda dos consumidores. 
Também, a exemplo do que foi dito no caso da demanda, os economistas costumam considerar esses fatores inalterados e, então, analisam os efeitos das variações no preço sobre as quantidades ofertadas.
Intuitivamente, podemos admitir a hipótese de que quanto maior o preço de um bem, mais interessante se torna produzi-lo e, portanto, as quantidades ofertadas serão maiores e vice-versa.
A Tabela 3 mostra dados hipotéticos de vários níveis de preços e as diferentes quantidades  que os produtores estarão dispostos e aptos a oferecer  no mercado (no caso, também, sandálias de borracha).
A Tabela 3 mostra que, ao alto preço de R$200,00 por par, os produtores estarão dispostos a oferecer 5.000 pares no mercado, enquanto que ao baixo preço de R$80,00, por exemplo, eles oferecerão apenas 1.000 pares, e assim por diante. Ou seja, ao contrário dos consumidores, à medida que o preço se reduz, menores serão as quantidades que os produtores  estarão dispostos a vender no mercado.
A partir dessa observação, podemos enunciar a lei da oferta: “as quantidades ofertadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto maior for o seu preço, e vice-versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
A representação gráfica da escala de oferta nos fornece a curva de oferta, conforme mostra a Figura 3. 
Como se observa, a curva de oferta é positivamente inclinada, indicando que quanto mais alto os preços, maiores as quantidades ofertadas de um produto. Trata-se, portanto, de uma relação direta entre preços e quantidades ofertadas.
Conhecido o comportamento de ambos os lados – isto é, dos consumidores e dos produtores – diante de variações nos preços, já temos condições de verificar a que preço o produto será vendido no mercado.
Preço de equilíbrio: 
Define-se como preço de equilíbrio aquele no qual a quantidade de uma mercadoria, que os consumidores estão dispostos a comprar, é exatamente igual à quantidade que os produtores  estão dispostos a oferecer.
Usando os exemplos anteriores, suponhamos que o preço seja, inicialmente, fixado em R$200,00 o par. A esse preço, a demanda por sandálias de borracha será de apenas 1.000 pares por mês, enquanto a oferta será de 5.000 pares. Assim, haverá um excedente da quantidade ofertada sobre a quantidade procurada equivalente a 4.000 pares e, consequentemente, o preço começa a cair. Mas note-se que, à medida que o preço cai, a quantidade ofertada vai se reduzindo e a demandada vai se elevando, reduzindo gradativamente esse excedente.
Agora, suponhamos que o preço seja fixado em R$80,00 o par. A esse preço, os consumidores estão dispostos a comprar 4.000 pares, mas os produtores, desestimulados pelo preço baixo, só ofertarão 2.000 pares. Há, então, uma escassez da quantidade ofertada em relação à quantidade demandada igual a 2.000 pares e, por isso, o preço começa a se elevar. Neste caso, também, à medida que o preço se eleva, o excesso da quantidade procurada sobre a quantidade ofertada (escassez) será cada vez menor. 
Daí, concluímos que enquanto a quantidade ofertada for maior que  a quantidade procurada, haverá excedente e o preço deverá cair; ao passo que enquanto a quantidade procurada for maior que a quantidade ofertada, ocorrerá escassez e o preço deverá subir. Ao final desse processo de ajustamento, vemos que, ao preço de R$120,00 o par, as quantidades ofertadas e procuradas são iguais a 3.000 pares. Essa igualdade faz com que não haja pressão para que o preço caia ou suba, caracterizando, assim, uma situação de equilíbrio.
Na figura 4 ao lado, a situação de equilíbrio no mercado do produto fica definida pelo nível de preço R$120,00, cujas respectivas quantidades ofertadas e procuradas, são iguais a 2.500,00.
Deslocamento das curvas de demanda e oferta:
Ao enunciarmos asleis da demanda e da oferta, utilizamos a condição coeteris paribus que quer dizer “permanecendo constantes as demais variáveis”.
Trata-se de um artifício para se poder criar uma lei de comportamento do consumidor (lei da demanda) e do produtor (lei da oferta), supondo que apenas o preço varie e que as demais variáveis permaneçam constantes.
Assim, como vimos nos gráficos acima, quando o preço se altera, ocorre uma variação inversa na quantidade demandada e uma variação direta na quantidade ofertada. 
Se, entretanto, uma das variáveis consideradas constantes pela condição coeteris paribus  se alterar, as curvas como um todo também irão se alterar. Graficamente, isso pode ser visto na Figuras 5 a seguir, onde supomos uma mudança no gosto do consumidor que passa a comprar mais quantidades do produto a cada nível de preço considerado. 
No gráfico, percebe-se que, ao mesmo preço de 15, o consumidor, devido à mudança no seu gosto, passa a querer comprar mais quantidades (de 5 para 8) do produto. Assim, um aumento da demanda é representado por um deslocamento da curva para direita.  No caso, o ponto de equilíbrio deslocou-se de E1 para E2. Pelo mesmo raciocínio, um aumento na oferta é representado por um deslocamento da curva para a direita.
Obs.: A curva D2 substituiu a curva D1.
AULA 6 – O CONCEITO DE ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA E DA OFERTA E OS TIPOS DE MERCADO
Ao final desta aula, você deverá
ser capaz de:
1- Estudar, através do conceito de elasticidade preço, os diferentes efeitos que uma variação no preço do produto pode causar nas quantidades procuradas e ofertadas.
2- Conhecer os tipos de mercado em que as forças de oferta e demanda atuam. 
Caro aluno, seja bem-vindo a esta aula.
 
Nesta aula, você perceberá que uma questão que merece atenção é a classificação dos produtos  em relação às  variações nas quantidades procuradas e ofertadas que podem ocorrer em função de mudanças em seus preços. Isso será explicado através do conceito de elasticidade preço.
Conceito de Elasticidade Preço:
A abordagem do conceito de elasticidade serve para tentarmos entender e explicar a reação dos consumidores e produtores diante de variações que ocorram nos níveis de preço de um determinado produto.
Elasticidade preço da demanda:
Você já sabe  que, quando o preço de um bem aumenta, provoca uma redução em sua quantidade demandada, certo? Mas você é capaz de responder se essa redução é considerável ou não?
Para tratar desse tipo de questionamento, utiliza-se o conceito de elasticidade preço da demanda [Ep(d)], que  consiste na comparação entre a variação percentual ocorrida no preço do produto e a consequente variação percentual da quantidade demandada. Sua fórmula é muito simples:
A fórmula representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das  quantidade procuradas e dos preços,  e permite  as seguintes alternativas:
[Ep(d)] =variação % da quantidade demandada/variação  % ocorrida no preço do produto
- 1ª alternativa: 
Quando o numerador for maior do que o denominador (Ep(d) maior do que 1). Significa que a variação percentual das quantidades procuradas é mais significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de elástico. Fazem parte desse conjunto os bens supérfluos, cujo consumo costuma ser abolido, ou muito reduzido, quando os preços aumentam. A Figura 6, a seguir, ilustra essa alternativa.
Figura 6 - Demanda Elástica
(elasticidade preço da demanda > 1)
Neste gráfico, percebemos que, quando o preço é de R$20,00, as quantidades procuradas são de 40 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$20,00 para R$22,00) acarretará uma redução mais do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a 62,5% (variação de 25 sobre 40 unidades).
Assim, dividindo-se 62,5% por 10%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 6,25 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é elástico, ou seja, muito sensível às variações de preço.
2ª alternativa:
Quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(d) menor do que 1). Mostra que a variação percentual das quantidades procuradas é menos significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de inelástico. Fazem parte desse conjunto  de possibilidades os bens  de primeira necessidade, cujo consumo costuma ser pouco sensível às variações de preço. Produtos básicos da alimentação, do vestuário, etc., incluem-se nessa categoria.
A Figura 7, a seguir, demonstra esse conceito. 
 Neste gráfico, percebemos que, quando o preço é de R$20,00, as quantidades procuradas são de 45 unidades. A ocorrência de um aumento de 75% no preço (de R$20,00 para R$35,00) acarretará uma redução menos do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a 33% (variação de 15 sobre 45 unidades).
Assim, dividindo-se 33% por 75%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 0,44 (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é inelástico.
3ª alternativa:
Quando o numerador for igual a zero (Ep(d) igual a zero) Teoricamente pode-se considerar, ainda, um caso extremo de elasticidade da demanda onde não ocorra variação na quantidade procurada de um produto quando seu preço se modifica. Nesse caso, os bens seriam designados como totalmente inelásticos. Fariam parte desse caso extremo aqueles  bens de primeiríssima necessidade (remédios essenciais, por ex.). A Figura 8, a seguir, mostra esse caso.
Neste gráfico, percebe-se que qualquer que seja o nível de preço (R$20,00 ou R$40,00, por exemplo), as quantidades procuradas não se alteram e permanecem iguais a 30 unidades.
Ou seja, mesmo com a ocorrência de um aumento de 100% no preço (de R$20,00 para R$40,00), as quantidades não se reduzem (variação de 0%).
A elasticidade preço da oferta:
Como a demanda, a oferta também é sensível às variações ocorridas no preço. Assim, a sensibilidade da oferta do produto em relação ao preço pode ser medida por uma fórmula bem semelhante à da demanda. Observe
[Ep(o)] =Variação % da quantidade ofertada/variação  % ocorrida no preço do produto
A fórmula em questão representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das  quantidades ofertadas e dos preços  e, da mesma forma que na demanda, nos permite visualizar algumas alternativas a seguir.
1ª alternativa:
1ª alternativa:
No gráfico ao lado, notamos que quando o preço é de R$20,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$20,00 para R$22,00) provocará um aumento de 100% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 30 unidades). Assim, dividindo-se 100% por 10%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 10 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta elástica.
2ª alternativa:
No gráfico ao lado, notamos que, quando o preço é de R$10,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 150% no preço (de R$10,00 para R$25,00) provocará um aumento de 20% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 18 unidades). Assim, dividindo-se 25% por 150%, obtém-se um coeficiente de elasticidade de 0,16, aproximadamente  (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta inelástica.
Os tipos de mercado:
Agora, após termos considerado os aspectos da demanda e oferta de um determinado produto, é importante que você perceba as características de alguns tipos de mercados onde essas forças atuam. Entende-se que um mercado é constituído de compradores e vendedores. 
Neste sentido, nós podemos nos referir a um mercado como um todo - o mercado do Rio de Janeiro, o mercado brasileiro, etc. – ou como um mercado específico de um produto qualquer – o mercado de bicicletas, o mercado de trabalho etc.
Observamos, por outro lado, que as relações  entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes  dependendo do tamanho deste mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, atémesmo, do tipo de produto comercializado. Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados.
A análise simplista que faremos irá considerar três alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado consumidor de um determinado produto. A abordagem levará em consideração as características de cada um deles como número de unidades produtivas, tipo de produto, possibilidades de acesso à concorrência, etc. 
Conceitualmente, esses mercados são denominados de monopólio, oligopólio e concorrência perfeita. As características de cada um deles apresentaremos a seguir.
MONOPOLIO
O prefixo mono, como se sabe, significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso  limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço. Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinados pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos nesse tipo de mercado costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil. Um exemplo de empresa que se enquadra nesse tipo de mercado é a Light, distribuidora de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro.
OLIGOPOLIO
Se observarmos bem os fabricantes de inúmeros produtos que consumimos, veremos que fazem parte do mercado de oligopólio. Isso porque percebe-se que esses produtos possuem poucos produtores para atender a muitos consumidores. Como característica temos o fato dos produtos dos mercados oligopolistas serem bons substitutos e praticarem uma concorrência não só baseada no preço, como também em marketing, embalagens, etc. Muitos exemplos podem ser citados nesse caso. Escolhemos os fabricantes de bebidas e a indústria de eletrodomésticos.
COMENTARIO
Quando empresas oligopolistas se unem, através de um pacto formal, formam um Cartel. Nesse caso, agem em conjunto como se fosse uma única firma (monopólio). No Brasil, essa prática é proibida por lei.
Em termos de países, o cartel mais importante é a OPEP – Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo que, em reuniões periódicas, determinam as quantidades diárias que cada país deverá produzir e o preço que será praticado por todos.
Perceba que, ao definir as quantidades produzidas por cada país, a OPEP consegue adequar a oferta à demanda para que o preço desejado possa ser mantido pois, como vimos na aula passada, os excedentes forçam os preços para baixo e a escassez, pela força que exerce, empurra os preços para cima.
CONCORRENCIA PERFEITA
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa. A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado (preços e quantidades).
Assim, tanto consumidores como produtores  não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Além disso, são características desse tipo de mercado o pleno conhecimento do mesmo pelos consumidores e produtores, produtos homogêneos e total mobilidade, podendo os competidores entrar ou sair do mercado livremente.
O esquema abaixo resume as alternativas de mercado que abordamos nesse tópico.
Tipos de mercado
CONSUMIDORES
MONOPÓLIO
(um único agente de oferta para atender muitos consumidores)
OLIGOPÓLIO
(poucos agentes de oferta para atender muitos consumidores)
CONCORRÊNCIA PERFEITA
(muitos agentes de oferta para atender muitos consumidores)
AULA 7 – TEORIA DA PRODUÇÃO, FUNÇÃO DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADES MÉDIA E MARGINAL, CUSTOS DE PRODUÇÃO, EQUILÍBRIO DA FIRMA.
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Ter acesso à teoria da firma com a abordagem de conceitos como função de produção, produtividades média e marginal de um fator de produção e custos de produção.
2. Conhecer o critério para determinação do equilíbrio de uma empresa.
Caro aluno, você perceberá nesta aula como os fatores são combinados através da função de produção;
Aprenderá como medir a eficiência de cada fator de produção através do conceito de produtividade;
Saberá definir a condição para que determinada empresa esteja em equilíbrio.
A teoria da produção ou teoria da firma refere-se à análise das quantidades produzidas, dos custos de produção envolvidos e dos lucros obtidos pelas empresas.
Função de produção:
Observe-se que o nível de produção de uma firma está diretamente relacionado com a combinação e a quantidade de fatores utilizados no processo produtivo. Daí, deriva-se  o conceito de função de produção como sendo  “uma relação que mostra qual a quantidade de produto que pode ser obtida a partir de uma dada quantidade de fatores de produção”.
Mal comparando, é como se estivéssemos determinando as quantidades de tortas que um doceiro pode produzir dadas as quantidades de ingredientes e materiais que dispõe.
Assim, pela definição anterior, se y representar as quantidades produzidas do bem Y e “a”, “b” e “c” os fatores de produção, podemos representar a respectiva função de produção como:
y = f(a; b;c)
Dependendo da combinação das quantidades dos fatores de produção “a”; “b” e “c”  a firma irá obter uma determinada quantidade y do produto Y.
Imagine, por exemplo, que uma confecção atue na moda praia produzindo biquínis e sungas. O processo produtivo adotado por ela para a obtenção de seus produtos é definido como sendo a sua “função de produção”. 
É importante perceber que cada produto terá sua respectiva função de produção e que a produção de um mesmo produto por firmas diferentes pode ter distintas funções de produção.
Produtividade média de um fator de produção:
O conceito de produtividade média de um fator de produção está ligado à ideia de quanto, em média, cada unidade dele utilizada produz. Certamente você já percebeu que isso é o mesmo que dividir a quantidade produzida pela quantidade empregada do fator que se esteja analisando.
Ou seja, se  y = f(a; b),  [diz-se: se as quantidades produzidas y são função (dependem) dos fatores de produção “a” e “b”]. Então, pode-se concluir que:
PMe (a) = Y/a (produtividade média do fator “a”)
PMe (b) = y/b (produtividade média do fator “b”)
Na confecção mencionada acima, imagine que, possuindo 6 costureiras (fator mão de obra) e 4 máquinas (fator capital), a empresa produza 36.000 peças por mês. As respectivas produtividades médias dos fatores de produção ficam assim definidas:
PMe (mão de obra) =  dfasdf =  6.000 peças / mês
PMe (capital) = aaaaa =  9.000 peças / mês
Isso significa que, em média, cada costureira produz  6.000 peças por mês e, cada máquina, 4.000.
Produtividade marginal de um fator de produção:
PMg (a) =deltay/deltaa (produtividade marginal do fator “a”)
PMg (b) =delta y/deltab (produtividade média do fator “b”)
Obs: delta significa variação (para mais ou para menos)
Assim, se no exemplo anterior o número de costureiras aumentar para 8 e a quantidade produzida passar para  50.000 peças mês, pode-se dizer que a produtividade marginal das costureiras será de:
PMg 14000/2 (variação na produção)/ (variação nas costureiras)  =  7.000 peças / mês
Pelo mesmo raciocínio, caso o número de máquinas passasse de 4 para 8, a produtividade marginal das máquinas seria de 3.500 peças / mês (resultado da divisão de 14.000 por 4).
A Tabela 4 exemplifica o tema, fornecendo dados hipotéticos de produção, produtividade média e produtividade marginal da mão de obra em um processo produtivo qualquer.
TABELA 4 – Produto, Produtividade Média e Produtividade Marginal
Custos de produção:
É de se supor que uma firma procurará sempre maximizar seus resultados. Cabe, então, estudarmos o comportamento dos custos para os diversos níveis de produção. Inicialmente, cumpre observar que uma partedos recursos utilizados pela firma  varia de acordo com o volume  de produção (recursos variáveis) e outra parte não varia, independentemente do nível de produção (recursos fixos). Como fixos temos prédios, galpões, equipamentos, pessoal de direção e administrativo, etc., e como  recursos variáveis temos as matérias-primas , os operários, a energia, etc. Essas duas categorias de recursos acarretam, por sua vez, duas categorias de custos: os fixos e os variáveis.
Custos de produção
Custos Fixos (CF):
São aqueles em que a firma incorre independentemente do nível de produção. São exemplos de custos fixos a imobilização de prédios e equipamentos, os impostos prediais e territoriais, as despesas de gerência e administração, etc.
Custos Variáveis (CV):
Decorrem das despesas da firma com pagamento de matérias-primas, de mão de obra, energia, etc, que variam em função do volume de produção.
Custo Total (CT):
É a soma dos custos fixos mais os custos variáveis.
Custo Fixo Médio (CFM) = CF/Q:
É a resultante da divisão do custo fixo pelas respectivas quantidades produzidas.
É importante  observar que, pela sua fórmula, o custo fixo médio depende da quantidade produzida.
Custo Variável Médio (CVM) = CV/Q:
Obtido através da divisão do custo variável pelas quantidades produzidas.
Custo Total Médio (CTM) = CT/Q:
Resultante da divisão do custo total pelas respectivas quantidades produzidas.
Observe que o CTM também pode ser obtido através da soma do CFM com o CVM, ou seja: (CTM = CFM + CVM).
Custo Marginal (CMg):
É o custo em que incorre a empresa quando produz uma unidade a mais do produto; ou seja, seu valor é dado pelo acréscimo do custo total decorrente  do aumento de uma unidade  na produção.
Para sua melhor compreensão, a Tabela 5 apresenta os dados hipotéticos desses diversos conceitos de custos para vários níveis de produção de uma determinada firma.
A Tabela 5 mostra que, mesmo quando a firma nada produz, ela incorre nos custos fixos. Assim, a uma produção de 0 unidade, seu custo total será igual ao custo fixo, ou seja, 50 (primeira linha).
A partir do momento que há produção, ocorrem também os custos variáveis, que são aqueles que dependem da quantidade produzida. Neste caso, o custo total terá dois componentes: o custo fixo e o custo variável.
Outra observação relevante é que o custo fixo médio (coluna E) cai ininterruptamente à medida que aumenta o volume de produção. Isso é o mesmo que dizer que ele se dilui com a produção.
Conclui-se, daí, que quanto menor a produção maior será a importância relativa do custo fixo, e vice-versa.
Na tabela anterior, você observa que quando a produção é de 10 unidades, o produtor  terá que incluir 5 unidades monetárias ao preço do produto para cobrir o custo fixo de 50 unidades monetárias.
Quando, entretanto, passa para 50 unidades produzidas, bastará apropriar 1 unidade monetária ao preço para cobrir os custos fixos. Nesse caso, o preço do produto será menor e este, mais competitivo.
Finalmente, com relação ao custo marginal, você percebeu que os resultados foram obtidos da divisão de quanto variou o custo total pela variação da quantidade produzida. Isso fica explicitado ao compararmos a linha 3 com a linha 2. Observa-se que quando a quantidade produzida aumenta em 10 unidades, o custo total se eleva em 12 unidades monetárias. Logo, a divisão de 12 por 10 resulta em 1,2.
Comentário: os conceitos de curto prazo e longo prazo em economia.
O conceito econômico que distingue curto prazo de longo prazo não está afeito ao tempo e, sim, à capacidade da empresa em modificar a utilização de seus fatores de produção.
Assim, enquanto a firma estiver atuando em um período de tempo em que não seja capaz de, se quiser, alterar as quantidades de todos os fatores de produção, esse período será considerado de curto prazo. Da mesma forma, a partir do momento em que a empresa seja capaz de alterar todos os seus fatores de produção (mesmo que não o faça), será considerado longo prazo. Por essa razão, como no longo prazo não existem fatores fixos, a firma terá apenas custos variáveis.
Para que você fixe melhor esse conceito, imagine que uma empresa situada numa loja possa alterar todos os seus fatores de produção em até 2 meses, à exceção da loja, cujo contrato de locação prevê, ainda, um período de 10 meses para seu término. Nesse caso, para essa empresa, o curto prazo seria de 10 meses. A partir daí, longo prazo, onde todos os fatores poderiam se alterar. Caso o contrato seja renovado, o prazo que restar para seu término é o que será considerado como de curto prazo.
O equilíbrio da firma:
A questão conceitual de equilíbrio da firma reside na constatação de que o mesmo não ocorrerá com a produção máxima e, sim, com o maior lucro. 
Como, em termos simplistas, o lucro é a diferença entre receita total e custo total, conclui-se que o empresário, na busca do equilíbrio da sua empresa, deverá preocupar-se em produzir ao menor custo possível, uma vez que, pela concorrência, nem sempre poderá influir no preço de mercado do produto.
A expressão do lucro de uma empresa é mostrada a seguir.
LT = RT - CT
Onde:
LT = Lucro Total (que deve ser maximizado)
RT = Receita Total
CT = Custo Total
AULA 8 – OS SISTEMAS ECONOMICOS E O FLUXO CIRCULAR DA RENDA
Ao final da aula, você deverá ser capaz de:
1. Compreender o conceito de Sistema Econômico, seus elementos constitutivos, seus objetivos e principais tipos atuais.
2. Perceber, através do Fluxo Circular de Renda, como ocorrem os fluxos reais (produtos e fatores de produção) e os fluxos monetários entre os agentes econômicos (famílias, empresas e governo) de uma economia.
Olá! Seja bem-vindo(a) a esta aula que trará para você as abordagens dos sistemas econômicos e os fluxos reais e monetários que ocorrem nas relações entre os agentes econômicos.
CONCEITOS DE SISTEMAS ECONOMICOS
Em nossa primeira aula, ao abordarmos as questões fundamentais da economia, introduzimos o  conceito de sistema econômico.   
De uma maneira bem elementar, pode-se conceituar sistema econômico como sendo a forma como uma economia é administrada.
Repare que, assim como a nossa casa, a economia de um país também precisa ser administrada de acordo com um conjunto de normas. Concorda?
Portanto, um sistema econômico é a forma social, política e econômica pela qual está organizada a sociedade. É ele, em última análise, que determina os rumos da economia para que as três questões fundamentais (o que produzir, como e onde produzir e para quem produzir) possam ser atendidas a contento.
Elementos de um Sistema Econômico
Caso você esteja se indagando do que um sistema econômico é formado, ou seja, quais os componentes de um sistema econômico, irá perceber que a resposta é simples e que consiste num estoque de fatores de produção, ou seja, aquilo que a economia dispõe para ser utilizado no processo produtivo, nos agentes econômicos e num conjunto de instituições jurídicas, políticas e sociais, cujo objetivo é disciplinar as atividades da sociedade.
Passe o mouse sobre os números em destaque e conheça os agentes do sistema econômico!
1-estoque de fatores de produção (terra, trabalho, capital, capacidade tecnológica e capacidade empresarial)
2-agentes econômicos (famílias, empresa e governo)
3-conjunto de instituições (jurídicas, políticas e sociais).
O conjunto de elementos de um sistema econômico e seus subgrupos é mostrado  no diagrama a seguir. Observe:
Elementos
Constitutivos
de  um
Sistema
Econômico
1-Estoque de 
Fatores de Produção
-Terra
Trabalho
Capital
Capacidade Tecnológica
Capacidade Empresarial
2-Agentes Econômicos
Famílias
Empresas
Governo
3-Instituições
Jurídicas
Políticas
Sociais
Objetivos de um Sistema Econômico
Na época em que fomos tricampeões do mundo, no México, a população era de 90 milhões de brasileiros e, atualmente, somos um país com 180 milhões de habitantes.Ou seja, em apenas 40 anos um novo Brasil teve que ser produzido.
CRESCIMENTO ECONOMICO
Para que as necessidades de uma população cada vez maior possam ser atendidas
ESTABILIDADE ECONOMICA
Para que haja equilíbrio no desempenho da atividade econômica
EQUIDADE OU IGUALDADE ECONOMICA
Para que um maior número de pessoas se beneficie daquilo que foi produzido
Na época em que fomos tri-campeões do mundo, no México, a população era de 90 milhões de brasileiros e, atualmente, somos um país com 180 milhões de habitantes.   Ou seja, em apenas 40 anos um novo Brasil teve que ser produzido.
O produto de uma economia é expresso em valores pelo simples fato de que não se pode somar bananas com automóveis, mas, sim, a soma dos valores de suas respectivas produções. Desta forma, conclui-se que o produto de uma economia será a soma dos valores das produções de todos os produtos produzidos em um determinado período de tempo (normalmente um ano).
A estabilidade econômica  está vinculada aos níveis de emprego, no sentido de se tentar manter, pelo menos, aqueles já alcançados pela economia,  e  aos níveis de preços, uma vez que qualquer processo inflacionário é algo totalmente indesejado, pois  a queda constante do poder aquisitivo torna-se um “tipo de imposto” que incide principalmente no bolso das camadas mais pobres da população.
O terceiro e último objetivo é a equidade, obtida através de  uma distribuição mais justa da renda,
da redução dos bolsões de pobreza absoluta]
e  da inserção social gradativa  dos contingentes de excluídos.
Objetivos
de um
Sistema
Econômico
1-crescimento econômico
aumentar a produção a taxas superiores à da população
2-estabilidade econômica
aumentar ou, pelo menos, manter o nível de emprego
manter os níveis 
de  preços estáveis
3-equidade
melhor distribuição da renda
redução dos bolsões de pobreza
inserção social gradativa do contingente de excluídos
Tipos de Sistema Econômico
Na atualidade, existe uma polaridade entre o sistema econômico socialista e o sistema econômico capitalista.
No sistema socialista, pelo fato do Estado deter a maior parte dos fatores de produção, as decisões  são tomadas por um órgão central de planejamento que, em última análise, define em nome da sociedade as respostas a essas questões. 
Já no sistema capitalista ou de livre iniciativa, as escolhas serão feitas, em geral, através das forças de mercado, isto é, pelos consumidores e produtores, tendo como referência o mecanismo de preços.
Para fins de análise comparativa, se você considerar os fatores de produção e o processo produtivo, as diferenças entre esses dois sistemas ficam facilmente definidas, como mostra  o seguinte quadro comparativo. Para visualizá-lo, arraste a lupa até o quadro!
VARIAVEIS FATORE DE PRODUÇÃO SISTEMAS DE PRODUÇÃO
SIST SOCIALISTA PERTENCEM AO ESTADO ORGÃO CENTRAL DE PLANEJAMENTO Q DECIDE OQ PRODUZIR
SIST CAPITALISTA PERTENCEM AO SETOR PRIVADO LIVRE CONCORRENCIA
O Fluxo Circular da Renda
Uma descrição da atividade produtiva de uma economia deve considerar as relações que ocorrem entre os três agentes econômicos. Isso é mostrado, a seguir, pelo “Fluxo Circular da Renda”.  Observe que:
De um lado, há os indivíduos, também denominados famílias – que são os possuidores ou proprietários dos fatores de produção – e que demandam bens e serviços que satisfaçam suas necessidades.]
De outro lado, existem as empresas que demandam aqueles fatores de produção e fornecem bens e serviços aos consumidores (famílias) e, por fim, o governo que absorve fatores de produção das famílias e produtos das empresas, recolhe impostos e oferece serviços públicos à sociedade.
O processo de compra e venda de bens e serviços e de fatores de produção é melhor visualizado no fluxograma que preparamos para você. Ele tenta retratar o funcionamento rotineiro do sistema econômico através do chamado “fluxo circular da atividade econômica.”
Para visualizá-lo, clique no destaque ao lado!
SAIBA MAIS
Considerando os agentes econômicos dois a dois, no fluxograma anterior, percebe-se a ocorrência de dois tipos de fluxos: um real e outro monetário. O primeiro está associado ao fornecimento dos fatores de produção e dos produtos e o segundo aos respectivos pagamentos feitos pelas aquisições desses fatores e produtos.
Quando analisamos as relações entre as famílias e as empresas, constatamos que essas adquirem os fatores de produção daquelas e, com esses fatores de produção, geram produtos que serão fornecidos às famílias. A contrapartida a esses fluxos reais serão dois fluxos monetários referentes a seus respectivos pagamentos.
O mesmo raciocínio se aplica quando são consideradas as relações entre as empresas e o governo ou as famílias e o governo.
Nesses casos, pelos impostos pagos, as empresas e as famílias recebem em troca bens e serviços públicos, além de o governo absorver fatores de produção das famílias e produtos das empresas, pagando por eles.
AULA 9 – QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA MACROECONOMIA E OS INSTRUMENTTOS DE POLITICA ECONOMICA
Ao final da aula, você deverá ser capaz de:
1. Conhecer as questões fundamentais de curto e longo prazo de que trata a macroeconomia.
2. Perceber os instrumentos de política econômica de que dispõe o governo para conduzir a economia rumo às metas desejadas.
Chegou o momento de nos atermos às questões fundamentais de que se trata  a macroeconomia.
Essas questões, definidas para o curto prazo (conjunturais) e para o longo prazo (estruturais), indicam que seu conhecimento é de real importância para o estudante na medida em que define as prioridades elementares de qualquer política econômica.
Além disso, você terá contato com os instrumentos (ferramentas) de política econômica que o governo dispõe para conduzir a economia de acordo com os objetivos que deseja alcançar.
COMO VIMOS ANTERIORMENTE, UM SISTEMA ECONOMICO (MANEIRA COMO A ECONOMIA É ADMINISTRADA) SE DEPARA COM ALGUMAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS.
A CURTO PRAZO,ESSAS QUESTÕES DENOMINAM-SE CONJUNTURAIS E, A LONGO PRAZO, ESTRUTURAIS.
Questões a curto prazo (conjunturais):
Definem-se questões conjunturais ou de curto prazo de uma economia o emprego e a inflação.
questões conjunturais
(curto prazo)
-nível de emprego
-combate à inflação
A justificativa econômica para que a administração da economia se preocupe com essas duas variáveis tem por explicação o seguinte:
-A importância do emprego dos fatores de produção
-A relevância do controle de preços e combate à inflação
A importância do emprego dos fatores de produção
o emprego dos fatores de produção é de suma importância na economia, pois gera produto (resultado do processo produtivo) e renda (pela remuneração desses fatores) que, por sua vez, permite o consumo daquilo que foi produzido
Esse processo gera um fluxo virtuoso que deve ser perseguido por todos aqueles  que tem a responsabilidade de conduzir os destinos da economia de uma sociedade.
Não é difícil perceber, entretanto, que o oposto é totalmente maléfico e indesejável, no sentido de que a falta de emprego gera diminuição de renda e, consequentemente,  queda no poder de compra e redução do consumo. Com isso, as empresas irão diminuir suas metas de produção, e demissões deverão ocorrer, gerando menos renda, menos consumo e assim por diante.
Esse fluxo virtuoso representado pelas setas externas (ou seu inverso) pode ser observado no fluxograma a seguir:
EMPREGO---RENDA
RENDA ---EMPREGO
EMPREGO---PRODUTO
PRODUTO---EMPREGO
PRODUTO---CONSUMO
CONSUMO---PRODUTO
CONSUMO---RENDA
RENDA---CONSUMO
A observação desse fluxo permite a conclusão de que o foco no emprego é fundamental para se manter a economia no ritmo de atividade desejado.
A título de comentário, o Brasil, hoje, vem conseguindo obter as menores taxas de desemprego das últimas décadas.
A relevância do controle de preços e combate à inflação
Considera-se inflação a elevação constante nos níveis