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UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 148 CAPÍTULO IX EXTRUSÃO 01) DEFINIÇÃO: É um processo no qual um bloco metálico é colocado dentro de uma recipiente e reduzido na sua seção transversal através da aplicação de elevadas forças de compressão, forçando-o a escoar através de um orifício ou matriz. Figura 9.1 – Esquema mostrando o processo de extrusão. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 149 Devido às grandes forças necessárias para promover a conformação, a maioria dos metais é extrudada a quente, condições onde a resistência à deformação do metal é menor, porém para muitos metais, de caráter mais dúctil, é possível a extrusão a frio, que se torna uma tecnologia tanto comercialmente como tecnologicamente importante devido à redução do custo e as características apresentadas pelos produtos; 02) APLICAÇÃO: O processo de extrusão apresenta a grande vantagem de possibilitar a obtenção de barras, perfis e até tubos com seções transversais com diversos formatos, desde os mais simples, como os circulares, quadrados e sextavados até os mais complexos. Os processos de extrusão modernos permitem obter peças com a precisão dimensional e tolerâncias próxima às obtidas por trefilação a frio. Figura 9.2 – Tipos de perfis possíveis de ser obtido pelo processo de extrusão a quente: a)barras, b)perfis maciços, c)perfis ocos, e d)tubos. 03) TIPOS DE PROCESSOS: Os processos de extrusão podem ser dos seguintes tipos: 3.1) EXTRUSÃO DIRETA = neste caso o tarugo de metal é colocado no container e é pressionado através de uma matriz através de um êmbolo. O estampo é posicionado no extremo UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 150 do êmbolo em contato com o tarugo. Neste caso o atrito entre o tarugo e o container é muito elevado, exigindo alta carga para extrusão. 3.3) EXTRUSÃO INDIRETA = neste caso o próprio êmbolo, vazado, conduz a matriz, enquanto o outro extremo do container é fechado por uma placa. Figura 10.3 – Processo de extrusão direta. Figura 9.3 – Processo de extrusão indireta. 04) LINHAS E FORÇAS DE ESCOAMENTO: No processo de extrusão indireta existe uma nítida vantagem em relação a extrusão direta, pois neste processo não existe o movimento relativo tarugo-container e menores as forças de atrito envolvida . Isto apresenta as seguintes vantagens: Melhor o fluxo de escoamento de metal dentro do container. Menores as forças de extrusão necessária para deformar o material. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 151 Figura 9.4 – Linhas de escoamento interno do material no processo de extrusão. Figura 9.5 – Pressão de extrusão durante o percurso do pistão dentro do container UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 152 05) EQUIPAMENTOS DE EXTRUSÃO: Os equipamentos de extrusão são compostos por: Prensa de extrusão; Ferramentas de extrusão; Equipamento para aquecimento dos tarugos; Serra para cortar o material a quente para cortar o rejeito da ponta; Mesa de saída para acompanhar o material extrudado; Desempenadeira para corrigir pequenos empenos no produto final. A extrusão pode ser feita com um bloco de carbono entre o tarugo e o estampo para permitir a completa extrusão do tarugo, sem sobras ou refugo. As prensas de extrusão em função da direção de movimentação da haste do êmbolo são classificadas em: 5.1) VERTICAIS: Apresentam capacidades entre 300 a 2000 t; Permitem um fácil alinhamento entre o êmbolo e as ferramentas; Apresentam uma alta taxa de produção; Utiliza um menor espaço para instalação; Requerem uma altura livre grande; Necessário solo vazado para grandes comprimentos de extrusão; Produzem um resfriamento uniforme do tarugo, o que resulta numa deformação simetricamente mais uniforme; 5.2) HORIZONTAIS: Variação de resfriamento entre a superfície superior e inferior do tarugo; Necessidade de aquecimento do container. Figura 9.6 – Esquema de uma máquina de extrusão. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 153 06) FERRAMENTA DE EXTRUSÃO: 6.1) PARTES DA FERRAMENTA DE EXTRUSÃO: A ferramenta de extrusão é composta pelas seguintes partes: FIEIRA OU MATRIZ = feita de aço ferramenta, ligado, temperado e revenido, com grande resistência ao desgaste e mecânica, bem como resistência a quente (elevadas temperaturas) quando a extrusão for feita a quente; PORTA-FIEIRA = dá o suporte à fieira; ENCAIXE DA PORTA-FIEIRA = sustenta toda a ferramenta e permite uma remoção ou troca rápida PLACA DE APOIO = resiste toda a força compressiva exercida sobre a fieira CAMISA OU BUCHA = fornece uma proteção contra a parede interna do recipiente; RECIPIENTE OU CONTAINER = deve resistir toda pressão exercida sobre o material. Figura 9.7 – Detalhe do conjunto de uma ferramenta de extrusão 6.2) TIPOS DE FERRAMENTAS DE EXTRUSÃO: Existem dois tipos comuns de matrizes de extrusão: MATRIZES DE FACES PLANAS = usadas quando o metal na entrada da matriz forma uma zona neutra e escoa internamente para formar o seu próprio ângulo da matriz MATRIZES COM ANGULOS DE ENTRADA = usadas para a extrusão com o uso de uma boa lubrificação. Neste caso o ângulo da matriz diminui, aumentando a homogeneidade da deformação e diminuindo a pressão de extrusão. Apesar disto, a partir de um certo ponto, o atrito nas superfícies da matriz se torna muito grande. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 154 Figura 9.8 – Detalhes construtivos da matriz, com diferentes ângulos de entrada. 07) EXTRUSÃO A FRIO: A extrusão a frio está relacionada com a conformação de perfis de pequenos componentes de máquinas, como corpos de velas de ignição, eixos, alfinetes e cilindros vazados. Componentes simétricos são particularmente adequados. A precisão dimensional, alta produção e o acabamento são pontos fortes do processo. Associado ao elevado encruamento devido a deformação a frio é possível obter-se os seguintes benefícios: Fornecer peças com maior resistência mecânica, dureza, resistência ao desgaste e rigidez; Usar materiais mais baratos com baixo teor de elementos de liga; A extrusão a frio é largamente empregada na fabricação de componentes da indústria automobilística. 08) EXTRUSÃO A QUENTE: A maioria dos metais são extrudados a quente devido a vantagem da diminuição da tensão de escoamento e da resistência à deformação que ocorre com o aumento da temperatura. Por outro lado o trabalho a quente introduz problemas associados a: Oxidação dos tarugos; Oxidação das ferramentas de extrusão; Amolecimento da matriz e das ferramentas de extrusão; Necessidade de utilização de aços especiais resistentes a elevadas temperaturas; A temperatura máxima de trabalho para a extrusão a quente é quando ocorre a fragilidade a quente, ou seja, próxima do ponto de fusão para os metais puros. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 155 09) VARIÁVEIS DO PROCESSO DE EXTRUSÃO: As principais variáveis que influenciam a força necessária para a extrusão são:9.1) O TIPO DE EXTRUSÃO: Deve ser considerado se é uma extrusão direta ou inversa, conforme já abordado no item 3. 9.2) A RAZAO DE EXTRUSÃO: É a razão entre a área inicial da seção transversal do tarugo (Ao) e da seção transversal do perfil após a extrusão (Af): R = Ao / Af As razões de extrusão atingem valores de 40:1 para a extrusão a quente de tarugos de aço e podem chegar a 400:1 para o alumínio; A pressão de extrusão (P) está diretamente relacionada com a razão de extrusão, de acordo com a relação abaixo, onde K é a constante de extrusão, que é um fator que engloba a tensão de escoamento do material, o atrito e a deformação heterogênea: P = K Ao Ln Ao/Af 9.3) A TEMPERATURA DE TRABALHO: Na extrusão do aço os tarugos são aquecidos na faixa de 1100 a 1200 oC; As ferramentas são preaquecidas em temperaturas ao redor de 350 oC; A combinação de altas tensões e temperaturas elevadas provoca um desgaste intenso no sistema de lubrificação; 9.4) A VELOCIDADE DE DEFORMAÇÃO: Em processos realizados a elevadas temperaturas é necessário elevada velocidade de extrusão. Quanto maior a velocidade de avanço do êmbolo maior a transferência de calor para do tarugo para as ferramentas; Podem ser usadas velocidades da ordem de 2500 a 4000 cm/min, sendo necessário para tanto um sistema acumulador hidráulico na prensa; Em metais propensos a fragilidade a quente, como o alumínio e o cobre, a velocidade do êmbolo deve ficar restrita a poucos metros por minuto; O aumento da velocidade produz um aumento da pressão de extrusão; Em extrusão com baixas velocidades ocorre um resfriamento considerável do tarugo. Isto pode provocar o aumento da força de extrusão, devido ao aumento da tensão de escoamento do material; UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 156 9.5) AS CONDIÇÕES DE ATRITO NA MATRIZ E NAS PAREDES DO CONTAINER: 10) EXTRUSÃO DE TUBOS: 10.1) EXTRUSÃO DIRETA: Na extrusão direta de tubos utiliza-se uma prensa de dupla ação com mandril, a partir das seguintes etapas: Fixação do tarugo dentro do container com auxílio do êmbolo, com o mandril retraído; Avanço do mandril até próximo da entrada da matriz de extrusão (mandrilhamento); Avanço do êmbolo, extrudando o tarugo sobre o mandril e a ferramenta, produzindo o tubo. O espaçamento entre o mandril e as paredes internas da matriz determina a espessura do tubo extrudado; Figura 9.9 – Fabricação de tubos pelo processo de extrusão direta, mostrando na seqüência as operações de mandrilhamento e extrusão; 10.2) EXTRUSÃO INDIRETA: Neste processo o material é mandrilhado e extrudado numa só operação na prensa de extrusão Figura 9.10 – Fabricação de tubos pelo processo de extrusão inversa. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 157 10.3) MATRIZ VAZADA: Um outro método de extrusão de tubos é usado para ligas de alumínio e magnésio, que consiste no uso de uma matriz especial com êmbolo convencional. Neste caso o metal é forçado a escoar através de orifícios separados em torno de uma ligação central que suporta o mandril. Os orifícios se unem na parte posterior da matriz e o metal é soldado numa câmara em torno do mandril, deixando a matriz na forma de tubo. Figura 9.11 – Extrusão de tubos por processo especial. 11) EXTRUSÃO HIDROSTÁTICA: Na extrusão hidrostática o tarugo ou o lingote é forçado através da matriz por intermédio de um fluído com elevada pressão hidrostática. As principais vantagens deste processo são: Eliminação da elevadas forças de atrito por arraste entre o lingote e as paredes do container; Obtenção de lubrificação hidrostática na peça; UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 158 Figura 9.12 – Processo de extrusão hidrostática. As desvantagens deste processo são: Limitação inerente ao trabalho a quente por utilizar um fluído pressurizado; Limite prático de pressão do fluído devido a própria resistência do container e o requisito de não solidificar o fluído a altas pressões; Limitação da razão de extrusão em 20:1 (para aços doces) e 200:1 (para metais moles); 12) RECALQUE: A operação de recalque pode ser classificada como uma forma de extrusão, pois estão envolvidos princípios semelhantes. No recalque o punção se move em direção à matriz e forma a parte que sobressai daquela. Algumas peças se formam no punção, outras na matriz, outras ainda no punção e na matriz. Figura 9.13 – Esquema mostrando a operação de recalque em cabeças de parafusos. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 159 13) EXTRUSÃO DE PEÇAS A FRIO: 13.1) DEFINIÇÃO DO PROCESSO: É um processo de conformação a frio, no qual o bloco metálico é posto em uma “matriz” e, por meio de um “estampo ou punção”, é sujeito a elevados esforços de compressão, fazendo com que o material escoe através da cavidade interna, assumindo a sua forma. Figura 9.14 – Esquema processo de extrusão a frio de peças. Figura 9.15 – Seqüência de operação do processo de extrusão de peças. ESTAMPO MATRIZ EXTRATOR PEÇA FORÇA UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 160 13.2) TIPOS DE PROCESSOS: De acordo com o sentido de movimento do estampo e o fluxo do material, os processos de extrusão a frio podem ser classificados em: a) EXTRUSÃO DIRETA: Neste caso o material escoa na mesma direção de deslocamento do estampo; Figura 9.16 – Exemplos de extrusão direta. b) EXTRUSÃO INVERSA: Na extrusão inversa o material escoa na direção inversa ao deslocamento do estampo; Figura 9.17 – Exemplo de extrusão inversa. c) EXTRUSÃO COMBINADA: Neste caso o material escoa em ambas as direções; Figura 9.18 – Exemplo de extrusão combinada. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 161 d) EXTRUSÃO TRANSVERSAL: Neste caso o material escoa na direção transversal ao deslocamento do estampo; Figura 9.19 - Exemplo de extrusão transversal. Em alguns casos, para atingir a forma desejada, as peças são conformadas a frio em etapas sucessivas, intercaladas por recozimentos para promover a recristalização da estrutura encruada. Em outros casos isto não é necessário, pois a peça é conformada em uma só etapa ou fornecida no estado encruado. Podem existir dois tipos básicos de operações de extrusão a frio: CONFORMAÇÃO = para atingir a forma desejada; CALIBRAÇÃO = para atingir a precisão dimensional e o acabamento desejado; 13.3) TIPOS DE PEÇAS: Os tipos de peças que podem ser confeccionadas a partir deste processo são: Peças maciças ou ocas; Com e sem simetria axial; Com cabeças; Com hastes externas escalonadas; Com perfis internos escalonados; Com furo passante ou não; Pré-roscadas (roscas não podem ser extrudadas a frio); Com perfis dentados; UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 162 Figura 9.20 – Conjunto de corpos maciços com simetria axial. Figura 9.21 – Conjunto de corpos ocos, com simetria axial. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICAANDRÉ OLAH NETO 163 Podem ser fabricas peças como: Buchas de mancal; Tuchos; Condensadores; Engrenagens; Cartuchos; Cápsulas; Cones de arrasto, etc. Os tamanhos de peças que podem ser obtidas por estes processos são: Desde peças muito pequenas = 1 a 20 g; Peças de maior tamanho = até 35 Kg; O diferencial (vantagens) deste processo é que é possível obter peças com: Elevada precisão dimensional, depois de calibradas (até +- 0,05 mm); Excelente acabamento superficial; Por este processo podem ser conformados os seguintes tipos de materiais: Ligas leves de chumbo e estanho; Ligas de zinco; Ligas de alumínio; Ligas de cobre (cobre puro e latão); Ligas de aço; Como material inicial utilizam-se blocos maciços ou já previamente furados, bem como peças já pré-formadas por forjamento em matriz ou por embutimento. Figura 9.22 - Exemplos de peças conformadas pelo processo de extrusão a frio. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 164 13.4) FERRAMENTA DE CONFORMAÇÃO: As ferramentas para extrusão devem ter os seguintes requisitos: RESISTÊNCIA MECÂNICA = deve resistir a tração provocada pelos esforços axiais e radiais; TENACIDADE = deve resistir aos impactos recebidos durante a conformação; DUREZA = deve resistir ao desgaste provocado pelo atrito entre a ferramenta e o material conformado; A superfície interna da ferramenta deve ser retificada para reduzir os atritos envolvidos. Podem ser utilizados os seguintes materiais para a confecção da ferramenta: ESTAMPOS = aço Cr-Ni com 0,4/0,6 % C, 0,6/2,0 % Cr, 1,4/5,0 % Ni, 0,7 % Mo, 0,4 % V e 1,0 % W (dureza 60 A 63 Hrc); MATRIZES = 0,8/1,2 % C, 1 % Cr, 0,1/0,3 % V (dureza 58/60Hrc); Figura 9.23 - Ferramenta de extrusão inversa a frio. UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 165 Figura 9.24 - Ferramenta típica de conformação a frio. 13.5) LUBRIFICAÇÃO: Os objetivos da lubrificação são: Evitar o contacto entre o material e a ferramenta; Reduzir o atrito; Reduzir o desgaste da ferramenta; Reduzir os esforços envolvidos na conformação; Os lubrificantes convencionais não servem para essas pressões por serem facilmente expulsos à pressões elevadas. Neste caso são utilizados óleos e graxas especiais, aos quais se misturam aditivos resistentes às altas pressões (cloretos, sulfetos, fosfetos, nitretos orgânicos, etc). Também podem ser utilizados lubrificantes sólidos (bissulfeto de molibdênio) que reduzem sensivelmente o atrito; 13.6) LIMITAÇÕES: As limitações do processo de extrusão são: FORÇAS ENVOLVIDAS = as força exigidas para conformação são muito elevadas, sendo necessário a utilização de grandes prensas ou máquinas especiais; MATERIAIS = limitação de material a ser conformado, em função da conformabilidade exigida em função de ser realizado a frio; FERRAMENTAS = são muito complexas e caras; SERIAÇÃO = só é viável e adequado para grandes seriações (> 10.000 peças) em função do custo da ferramenta; RECOZIMENTO = necessário recristalização intermediária, provocando aumento de custos; FORMAS = o processo é adequado para a produção de peças geometricamente mais simples (axiais); UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 166 Figura 9.25 - Prensa utilizada na conformação a frio. 14) QUESTIONÁRIO: Como é feita a extrusão a quente de materiais metálicos? Para que casos se justifica a utilização do processo de extrusão? Porque na maioria dos materiais a extrusão é feita a quente? Quais as vantagens da extrusão indireta sobre a direta? Qual o efeito da lubrificação sobre o processo de extrusão? Quais os tipos e principais características dos equipamentos de extrusão? Quais as principais variáveis do processo de extrusão? Onde é utilizado o processo de extrusão a frio? Quais as vantagens e limitações do processo de extrusão a frio? Quais os tipos de processos de extrusão a frio? UDESC - CCT – DEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO – CONFORMAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ OLAH NETO 167
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