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Revisão de Fundamentos de Economia

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Revisão de Fundamentos de Economia 
 
● Etimologia:​ a palavra economia vem do grego oikos(casa) e nomos(norma, 
lei), desta forma se tem oikonomia que significa “administração de uma 
unidade habitacional(casa)” ou “administração da coisa pública/ou de um 
estado”. 
 
● Teoria da Demanda:​ refere-se às necessidades dos consumidores em 
adquirir bens e serviços dentro do que sua renda o permite, ou seja, ela 
busca explicar o comportamento do consumidor ao escolher um bem ou 
serviço. 
 
● Teoria da Oferta:​ dirigida aos “ofertantes”, ou seja, aos produtores, esta 
busca analisar os principais pontos relacionados à demanda do mercado 
estudando o comportamento das empresas. Em outras palavras, a teoria da 
oferta estuda a resposta do produtor aos incentivos do mercado (demanda), 
onde estes estão ligados à quantidade demandada, custos, incentivos 
governamentais, disponibilidade de fatores de produção etc. 
 
● Renda:​ é um fluxo monetário (dinheiro) resultante dos fatores de produção e 
destinados a um processo produtivo, ou seja, a renda é aquilo que se é pago 
pelo que está aplicado na produção. Esta se divide em salário, aluguel/terras, 
lucro e juros. 
 
● Fatores de Produção ou Recursos Produtivos:​ são classificados em terra 
ou recursos naturais, mão de obra ou trabalho, capital e tecnologia. 
1. Terra ou recursos naturais: é composta por todos os bens econômicos que 
são utilizados no processo de produção e estes sempre são obtidos 
diretamente da natureza. Ex.: solos, minerais, águas, fauna, flora, sol, vento 
etc. 
2. Mão de obra ou trabalho: etapa onde está incluso todo esforço e atividade 
humana para a produção de um bem ou serviço. Ex.: serviços técnicos do 
advogado, do médico, do economista, do engenheiro, ou a mão de obra do 
eletricista, do encanador etc. 
3. Capital: é composto por um conjunto de máquinas, edifícios, equipamentos e 
instalações da qual a mão de obra/trabalho faz uso para a produção de um 
bem ou serviço. 
3.1 Observação: tal conjunto também é chamado de estoque de capital da 
economia, onde quanto mais bens de capital se tem em uma empresa, mais 
produtiva ela será, ou seja, mais bens e serviços ela poderá produzir. 
4. Tecnologia: ​engloba três categorias: a invenção, a inovação e a operação. A 
invenção é a capacidade de pesquisa e desenvolvimento. A inovação é a 
capacidade de aplicar a tecnologia no processo produtivo. Já a operação se 
refere à capacidade para operar as atividades de produção. 
 
● Escassez: ​está ligada ao recursos naturais ao qual estão disponíveis para os 
processos produtivos, onde podemos afirmar que todos os recursos naturais 
são escassos já que todos são limitados, desta forma entendemos que o uso 
dos recursos deve ser feito eficazmente para que não ocorra o exímio total do 
recurso. Vale ressaltar que a escassez está conectada às necessidades 
humanas de bens e serviços que são ilimitadas. 
 
● Excedente:​ ​é o total de satisfação proporcionado por um produto (tangível 
e/ou intangível) em relação ao seu custo produtivo. Pode ocorrer excedente 
do produtor e excedente de consumidor, onde tudo se resume a um excesso, 
algo que sobra ou vai além do esperado, rompendo o equilíbrio de demanda 
e oferta. 
1. Excedente do consumidor: é o ganho monetário (financeiro) obtido na 
aquisição de um produto por um preço menor do que concordariam em 
pagar; 
2. Excedente do produtor: é o lucro obtido por ele na venda no mercado pelo 
maior preço em relação ao mínimo que concordariam em vender. 
 
● Tipos de bens:​ podem ser classificados em alguns tipos, sendo o primeiro 
tipo o de caráter que divide-se em dois tipos. 
1. Os bens livres: são inapropriáveis e cuja quantidade é ilimitada; 
2. Os bens econômicos: caracterizados pela utilidade, pela escassez e por 
serem apropriáveis. Os bens econômicos são o objeto de estudo da 
economia e também são classificados segundo sua natureza em dois tipos: 
 2.1 Os bens de capital: são aqueles que não se destinam a satisfazer 
diretamente as necessidades humanas e são representados pelos 
equipamentos destinados à produção. Ex.: máquinas, prédios e material de 
transporte. 
 2.2 Os bens de consumo: são os que se destinam a satisfazer diretamente 
as necessidades humanas e podem ser duráveis, de uso prolongado (carros, 
geladeira, sapato, etc), e não duráveis, que acabam, com o passar do tempo 
(bebidas, pacotes de viagens, etc). 
Existe ainda a classificação segundo a função. Esses podem ser bens 
intermediários, pois sofrem transformação antes de se converterem em bens 
de consumo, e bens finais, caracterizados por já terem passado por um 
processo de transformação e estarem prontos para o consumo. 
 
● Equilíbrio de mercado: ​é uma situação de mercado em que o preço e a 
quantidade do bem desejada pela procura e pela oferta se igualam. O termo 
“equilíbrio” é utilizado porque numa situação como a descrita não existem 
quaisquer incentivos para aumentar ou descer o preço desde que todas as 
restantes determinantes da oferta e todas as restantes determinantes da 
procura se mantenham constantes (ceteris paribus). 
 
● Setores da economia ou atividades de produção: ​é dentro dela que está 
inserido todos os fatores de produção e todas as técnicas de produção. Tais 
setores se dividem em primário, secundário e terciário. 
1. Setor primário: é formado pela agricultura (lavouras, horticultura, 
floricultura), pecuária (criação e abate de gado, de suínos e aves, pesca e 
caça), extração vegetal (produção florestal, silvicultura e reflorestamento); 
2. Setor secundário: é formado pela indústria extrativa mineral (metálicos e 
não metálicos), indústria de transformação (produtos alimentícios, minerais 
não metálicos, metalurgia, mobiliário, fiação e tecelagem, vestuário), indústria 
da construção (obras públicas, construções privadas); 
3. Setor terciário: é formado por comércio (atacadista e varejista), transportes 
(rodoviários, hidroviários, ferroviários e aeroviários), comunicações 
(telecomunicações, correios e telégrafos, radiofusão e Tv), intermediação 
financeira (bancos, seguradoras, distribuidoras e corretoras de valores e 
bolsas de valores), imobiliárias (comércio imobiliário, administração e 
locação), hospedagem e alimentação (hotéis, restaurantes, bares e 
lanchonetes), reparação e manutenção (máquinas, veículos e equipamentos), 
serviços pessoais (cabeleireiros e barbeiros), outros serviços (assistência à 
saúde, educação, cultura, lazer, culto religioso) e governo (federal, estaduais 
e municipais). 
 
● Protecionismo:​ ​é uma doutrina, uma teoria que prega um conjunto de 
medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas 
internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos e a 
concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os 
países, em maior ou menor grau. 
Exemplos: Criação de altas tarifas e normas técnicas de qualidade para 
produtos estrangeiros, reduzindo a lucratividade dos mesmos; Subsídios à 
indústria nacional, incentivando o desenvolvimento econômico interno; 
Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços 
estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o 
acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa. 
1. Vantagens do protecionismo: é vantajoso, em tese, pelo fato de proteger a 
economia nacional da concorrência externa, garantir a criação de empregos e 
incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias; 
2. Desvantagens do protecionismo: estas políticas podem, em alguns casos, 
fazer com que o país perca espaço no mercado externo; provocar o atraso 
tecnológico e a acomodação por parte das empresas nacionais, já que essas 
medidas tendem a protegê-las; além de aumentar os preços internos. 
Vale ressaltar também que a diminuição do comércio, consequência natural 
do protecionismo,enfraquece políticas de combate à fome e ao 
desenvolvimento dos países pobres. 
 
● Agentes econômicos:​ ​é um indivíduo, conjunto de indivíduos, instituição ou 
conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas 
racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. Tradicionalmente 
são considerados como agentes económicos às famílias, às empresas, 
estado, exterior. 
 
● Curva de possibilidade de produção:​ expressa a capacidade máxima de 
produção de um bem ou serviço considerando todos os fatores de produção 
e a questão de escassez. 
 
● Custo de oportunidade:​ é o termo usado para indicar uma renúncia, o custo 
de uma escolha, ela expõe o quanto se abre mão de uma coisa em prol do 
aumento na produção de outra. 
 
● Sazonalidade:​ ​é uma situação ou um fenômeno que costuma ocorrer na 
mesma época do ano, sempre com características similares. Por isso, é 
possível prevê-la, uma vez que a sua natureza está relacionada com a 
estação. Em outras palavras são épocas, tempos, momentos diferenciados e 
datas específicas. Ex.: Páscoa, Natal, Dia das Mães, verão, primavera etc. 
 
● Fluxo circular:​ as famílias oferecem/disponibilizam os 4 fatores de produção 
as empresas e estas remuneram as famílias (mercado de fatores); na outra 
ponta as empresas oferecem os bens, serviços e produtos às famílias e elas 
remuneram as empresas (mercado de bens). 
 
● Fluxo real ou produto:​ ​é a totalidade dos bens e serviços finais produzidos 
no âmbito do sistema econômico pelas unidades produtoras. Constitui a 
“oferta” da economia. 
 
● Fluxo nominal (monetário ou renda):​ ​é a totalidade da remuneração dos 
fatores de produção empregados pelas unidades produtoras, ou o pagamento 
que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo. 
 
● Cadeia produtiva:​ ​é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das 
quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a 
constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua colocação no 
mercado. Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações (ou de estágios 
técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas 
unidades interligadas, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a 
distribuição do produto. 
 
● IDH:​ ​significa ​Índice de Desenvolvimento Humano​, uma medida importante 
concebida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para ​avaliar a 
qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população​. 
Anualmente é elaborado o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 
pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com 
base em três critérios (Saúde, Educação e Renda) que são medidos da 
seguinte forma: 
1. Uma vida longa e saudável (​Saúde​): expectativa de vida ao nascer 
(natalidade), expectativa de morte (mortalidade). 
2. O acesso ao conhecimento (​Educação​): média de anos de estudo 
(adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças). 
3. Um padrão de vida decente (​Renda​): medido pela Renda Nacional Bruta 
(RNB) com base na Paridade de Poder de Compra (PPC) por habitante. 
A ​lista dos primeiros 10 países no Ranking do IDH Global em 2014, de 
acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015: 
1º - Noruega - 0,944 
2º - Austrália - 0,935 
3º - Suíça - 0,930 
4º - Dinamarca - 0,923 
5º - Países Baixos - 0,922 
6º - Alemanha - 0,916 
6º - Irlanda - 0,916 
8º - Estados Unidos - 0,915 
9º - Canadá - 0,913 
10º - Nova Zelândia - 0,913 
75° - Brasil - 0,775 
 
● Taxa selic: ​é também conhecida como taxa básica de juros da economia 
brasileira. Atualmente (fevereiro de 2018) é a menor taxa de juros da 
economia brasileira (junto com a TLP - Taxa de Longo Prazo) e serve de 
referência para a economia brasileira. Ela é usada nos empréstimos feitos 
entre os bancos e também nas aplicações feitas por estas instituições 
bancárias em títulos públicos federais. A Selic é definida a cada 45 dias pelo 
COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) e serve 
para definir o piso dos juros no país. É a partir da Selic que os bancos 
definem a remuneração de algumas aplicações financeiras feitas pelos 
clientes. A Selic também é usada como referência de juros para empréstimos 
e financiamentos. Vale ressaltar que a Taxa Selic não é a utilizada para 
empréstimos e financiamentos na ponta final (pessoas físicas e empresas). 
 
● COPOM:​ também conhecido como Comitê de Política Monetária do Banco 
Central, tem como função definir as diretrizes da política monetária e a taxa 
básica de juros do Brasil,​ serve de parâmetro para todas as operações 
financeiras do país.​ ​Sua importância dentro do Sistema Financeiro Nacional 
se faz de muita valia para um investidor focado no longo prazo. Seus 
objetivos primordiais dizem respeito às seguintes funções: 
1. Estabelecer diretrizes de política monetária; 
2. Definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés; 
3. Analisar o relatório de inflação e, por consequência, cumprir as metas para 
esse processo inflacionário. 
 
● Commodities:​ ​é uma palavra em inglês, e o plural de commodity que 
significa ​mercadoria​. Esta palavra é usada para descrever produtos de baixo 
valor agregado. são artigos de comércio, bens que não sofrem processos de 
alteração (ou que são pouco diferenciados), como frutas, legumes, cereais e 
alguns metais. Como seguem um determinado padrão, o preço das 
commodities é negociado na Bolsa de Valores Internacionais, e depende de 
algumas circunstâncias do mercado, como a oferta e demanda. Muitas vezes 
a palavra ​commodities​ pode ser sinônimo de "matéria-prima", porque são 
produtos usados na criação de outros bens. O Brasil é um grande produtor de 
algumas ​commodities​ como café, laranjas, petróleo, alumínio, minério de 
ferro, etc. As ​commodities​ podem ser dividas em quatro categorias: 
1. ​Commodities​ minerais: petróleo, ouro, minério de ferro, etc. 
2. ​Commoditie​ s financeiras: real, euro, dólar, etc. 
3. ​Commoditie​ s ambientais: água, madeira, energia, etc. 
4. ​Commodities​ agrícolas: soja, trigo, café, algodão, borracha, etc. 
 
● Dumping:​ é uma palavra inglesa que deriva do termo "​dump​ " que, entre 
outros, tem o significado de ​despejar ou esvaziar ​. A palavra é utilizada em 
termos comerciais ​(especialmente no Comércio Internacional), para designar 
a prática de colocar no mercado produtos abaixo do custo com o intuito de 
eliminar a concorrência​ e ​aumentar as quotas de mercado​. 
O ​dumping​ é frequentemente constatado em operações de empresas que 
pretendem conquistar novos mercados internacionais. Para isso, vendem os 
seus produtos no mercado externo a um preço extremamente baixo, muitas 
vezes, inferior ao custo de produção. É um expediente utilizado de forma 
temporária sabendo que, posteriormente, irá ser praticado um preço mais alto 
que possa compensar a perda inicial. 
O ​dumping​ é uma prática desleal e proibida em termos comerciais. As regras 
antidumping​ são medidas adotadas com o objetivo de evitar que os 
produtores nacionais possam ser prejudicados. Uma medida ​antidumping ​ é, 
por exemplo, a aplicação de uma alíquota específica para importação. 
1. Dumping social: é uma tática das empresas de deslocar-se de um local 
para outro onde os salários e/ou os direitos dos trabalhadores são mais 
precários, a fim de aumentar seus lucros; 
2. Dumping ambiental: ​ocorre quando os preços descem muito porque 
empresas têm fábricas em países onde a lei não exige que sejam tomadas 
medidas para a defesa do meio ambiente. Assim, os preços ficam mais 
baixos, mas o ambiente sai altamente prejudicado, porque tecnologia para a 
proteção do ambiente muitas vezes significa um grande investimento para as 
empresas. 
 
● OMC: ​é ​responsável pela fiscalização do comércio entre os países e dos atos 
protecionistas que os mesmos adotam. Seu papel é promover a liberalizaçãodo comércio internacional. 
 
● Custo Brasil: ​termo usado para expor a ​diferença dos custos de produção 
entre o Brasil e outros países. Isto torna os produtos nacionais menos 
competitivos nos mercados externo e interno e é causado por diversos 
fatores como a infraestrutura precária, os impostos, as altas taxas de juros e 
o câmbio apreciado. Diminuir esta diferença é fundamental para aumentar a 
competitividade e incentivar a atividade industrial no país. O custo Brasil nada 
mais é do que os valores que uma empresa terá que pagar para distribuir 
seus produtos no mercado brasileiro, seja na abertura de uma empresa 
nacional ou a chegada de uma empresa internacional, qualquer novo 
empreendimento deve estar ciente dos custos altos que terão que arcar para 
entrar e permanecer no mercado. 
 
● Questões econômicas fundamentais:​ são as questões que norteiam as 
decisões econômicas de uma entidade, são elas: 
1. O que produzir? 
2. Para quem produzir? 
*3. Onde produzir?* 
4. Quanto produzir? 
5. Como produzir? 
Ou seja, as questões econômicas são responsáveis por ajudar no processo 
de planejamento da entidade, fazendo com que elas tenham bases para 
obter sucesso durante seu processo produtivo. A economia de modo geral 
tem como seu objetivo primário alocar (direcionar, fazer bom uso, ser eficaz) 
recursos produtivos escassos para satisfazer as necessidades humanas 
(ilimitadas), e tal objetivo ​remete a seis conceitos fundamentais: recursos 
limitados, necessidades ilimitadas, escassez, escolhas, produção e 
distribuição. 
 
● Lastro:​ é um conceito ​utilizado para determinar o valor real das moedas, é a 
garantia implícita (oculta, subentendida) de um ativo (valores, bens, direitos, 
assemelhados que formam um patrimônio). Pode ser equivalente as riquezas 
de um país, onde representará sua moeda. Um país só poderá imprimir mais 
moeda (dinheiro), se houver um lastro, ou seja, a produção de riquezas, 
equivalente ao dinheiro impresso. Caso o governo produza uma certa 
quantidade de moeda sem uma garantia de que terá o retorno, a moeda 
acaba perdendo o valor e a impressão de dinheiro acaba não tendo efeito 
nenhum, com o surgimento de um cenário de hiperinflação. Bolhas de crédito 
são geradas na impressão de dinheiro sem lastro, causando graves 
distorções no mercado e nos preços. 
 
● Liquidez:​ é a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem 
perdas significativas em seu valor. Esse conceito se refere à agilidade com 
que um investidor consegue se desfazer de um investimento para voltar a ter 
dinheiro na mão sem que, para isso, precise ter prejuízo. 
Ao fazer um investimento, um investidor troca uma quantia de dinheiro por 
um ativo. Esse ativo pode ser um título público, uma caderneta de poupança, 
ações de empresas ou um imóvel, por exemplo. 
Se esse investidor tiver algum imprevisto e precisar do dinheiro de volta, ele 
precisará se desfazer do bem ou do direito que adquiriu. No entanto, alguns 
desses investimentos têm uma maior liquidez do que outros, ou seja, é mais 
fácil e rápido de os transformar em dinheiro do que outros. 
Um exemplo de investimento de alta liquidez é a caderneta de poupança. 
Caso o investidor precise resgatar o que tem depositado na poupança, 
conseguirá fazer isso de forma imediata. Já um imóvel é um investimento de 
liquidez baixa, pois pode ficar meses à venda sem que apareça um 
interessado em comprar. Para vender seu imóvel rapidamente, o investidor 
precisaria colocar um preço mais baixo do que o mercado. ​É por isso que se 
diz que a liquidez engloba em seu significado tanto a dimensão da 
agilidade da conversão em dinheiro como a da perda de valor.​ O risco de 
liquidez é a possibilidade de não conseguir negociar um ativo sem que seu 
preço seja afetado. 
 
● Homo economicus​: é um conceito derivado de estudos científicos de Taylor, 
que significa homem econômico, onde ele esplica que o trabalhador é 
influenciado exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e 
materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta 
dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho 
proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela 
necessidade de dinheiro para viver. Assim, as recompensas salariais e os 
prêmios de produção (e o salário baseado na produção) influenciam os 
esforços individuais do trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva o 
máximo de produção de que é fisicamente capaz para obter um ganho maior. 
Essa visão estreita da natureza humana - o homem econômico - não se 
limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro. Pior ainda: via no 
operário da época (século XIX), um indivíduo limitado e mesquinho, 
preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e que 
deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão. 
 
● Alocar:​ ​Designar valores orçamentários para um propósito determinado ou 
para uma instituição: alocar verbas para a saúde. 
 
● Desenvolvimento econômico:​ é um conceito que por sua amplitude 
aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se 
restringe ao crescimento da produção em uma região, mas trata 
principalmente de aspectos qualitativos relacionados ao crescimento, se 
caracteriza como um fenômeno de longo prazo. Está atrelado às mudanças 
qualitativas nas condições de vida da sociedade, na qualidade e eficiência 
das instituições e também das estruturas produtivas do país. Visa ainda, 
como principal elemento, a melhoria no nível de bem-estar. Pensar em 
desenvolvimento econômico é pensar em modernidade, em mão de obra 
qualificada e valorizada, em inovações tecnológicas produzidas por empresas 
domésticas, em eficiência da estrutura produtiva e também governamental. 
O desenvolvimento econômico implica em mudanças no quadro político, 
institucional, econômico e social. Ou seja, exige-se mudanças estruturais. 
Acima de tudo, tais mudanças devem ter como principal objetivo a melhoria 
do nível de bem-estar da sociedade e, principalmente, a redução da pobreza. 
Vale ressaltar que o desenvolvimento econômico depende do crescimento 
econômico. 
 
● Crescimento econômico:​ refere-se ao crescimento quantitativo do produto 
agregado. Ou seja, é um indicador de quanto variou, em termos quantitativos, 
o PIB (Produto Interno Bruto) e o PNB (Produto Nacional Bruto) em 
determinado período de tempo. Existem várias teorias de crescimento 
económico: a corrente Clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas 
Malthus), a corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor), a corrente 
Neoclássica (Solow), crescimento endógeno (Lucas e Romer), entre outras 
mais recentes. 
1. Corrente Clássica: do século XVIII e XIX defendia um limite máximo ao 
crescimento, imposto pelos limites da terra arável. Thomas Malthus defendia 
que o crescimento das nações se assemelhava às tribos: cresciam em 
população até um ponto onde se tornava insustentável (por não haver 
comida, espaço, roupa para todos), onde a guerra, doença ou emigração 
diminuiam a população, começando novamente o aumento da população. 
David Ricardo defendia que a terra arável apresentava rendimentos 
marginais decrescentes, devido ao desgaste dos nutrientes, e esse factor 
limitava o crescimento das nações até um ponto de "steady state" que 
significa “custo estável” ou “situação fixa”. 
2. Corrente Keynesiana: baseia-se na ideia que há uma relação direta entre o 
nível de investimentos (em capital físico, ou formação bruta de capital fixo), 
poupança de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Este modelo 
assume que os principais decisores da taxa de crescimento dos países são 
os investidores. Aqui os investidores decidem o seu nível de investimento 
conforme as suas expectativas (animal spirits- significa estado de ânimo, a 
expressão é usada para descrever as emoções que influenciamo 
comportamento e a confiança dos investidores e consumidores. By Keynes) e 
essas expectativas vão ditar os níveis de investimento do longo prazo. Não 
há equilíbrio neste modelo. 
3. Corrente Neoclássica: Modelo de Solow cria uma relação entre o PIB per 
capita, também denominado como Produto, ou Y nas fórmulas, e o capital 
físico. Existem duas versões principais deste modelo: ​sem progresso 
técnico ​ e ​com progresso técnico​. Nesta corrente o crescimento é explicado 
por uma variável exógena (que provém do exterior, que se produz no exterior 
{do organismo, do sistema}, ou que é devido a causas externas), e assume 
sempre que há um limite máximo ao crescimento, denominado de 
"steady-state", onde o crescimento real do PIB é igual ao crescimento da 
população (o que implica que o PIB per capita se mantenha constante {PIB = 
Per capita}). 
 
● Subsídios:​ é a ajuda ou auxílio econômico extraordinário que é concedido 
por algum órgão oficial. Por exemplo, um subsídio por invalidez, um subsídio 
por desemprego, entre os mais recorrentes. 
Enquanto isso, o subsídio em questão pode observar diferentes objetivos ou 
missões, ou seja, um subsídio pode ter como objetivo estimular o consumo e 
produção de determinado bem ou serviço, ou simplesmente tratar da ajuda 
econômica por um período de tempo até que consiga superar um momento 
crítico, um claro exemplo deste tipo de subsídio é o desemprego; um 
indivíduo que é despedido ou que fica por alguma outra razão sem emprego, 
receberá o subsídio por um determinado número de meses, no entanto, se 
antes deste período conseguir emprego deverá avisar e o subsídio cai por 
completo. 
 
● Adam Smith (1723-1790):​ economista e filósofo escocês, era chamado de 
“pai do liberalismo” e considerado o “pai da economia”, seu livro “riqueza das 
nações” em 1776, marca o início da escola clássica. É considerado o que 
mais contribuiu para a moderna percepção da economia de livre mercado. 
Era defensor do livre mercado (mercado sem interferência do governo), onde 
as forças invisíveis fazem com que os comerciantes e as indústrias briguem 
por descobertas de novas tecnologias para aprimorar seus serviços, isto faz 
com que os preços das mercadorias declinem e ocorra a geração de novos 
empregos. 
É conhecido por sua teoria ​laissez-faire ​ (deixai fluir livremente), onde tal 
teoria influenciou o começo da industrialização na Europa. 
 
● David Ricardo (1772-1823): ​economista inglês nascido em Londres, criador 
da teoria da lei de ferro dos salários, trabalhou com o pai desde os 14 anos, 
demonstrando grande aptidão para o comércio. Deixou importantes 
contribuições para o pensamento econômico mundial e, tornou-se conhecido 
por suas teorias, entre elas destacam-se: “a teoria das vantagens 
comparativas”, que constituem a base essencial da teoria do comércio 
internacional, onde demonstrou que duas nações podem beneficiar-se 
mutuamente do comércio livre, mesmo que uma delas seja menos eficiente 
na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. 
Também denunciou os excessos das finanças e da grande emissão de notas 
por parte do governo britânico, levando a uma depreciação da moeda. Seu 
prestígio como economista fez com que suas teorias sobre o livre comércio 
fossem recebidas com respeito, embora não fosse totalmente aceita pelos 
comuns. 
 
● Thomas Malthus (1766-1834):​ economista, sociólogo e clérigo anglicano 
inglês, cujo pensamento social e econômico girava em torno de sua teoria 
sobre o crescimento da população, que segundo ele, enquanto os meios de 
subsistência crescem em progressão aritmética, a população cresce em 
progressão geométrica, havendo necessidade de um controle da natalidade. 
Ou seja, para ele em algum momento acabaria morrendo de fome. 
 
● John Stuart Mill (1806-1873):​ revisou algumas das premissas da tradição 
clássica, agindo como um sintetizador de todo o pensamento. Mill 
preocupa-se com o estado estacionário e com os lucros decrescentes, pois 
leva os empresários a buscarem alternativas de negócios mais arriscados, na 
esperança de alcançar lucros superiores. A solução apresentada pelo autor 
seria a participação do Estado. Mill pode ser considerado como um dos 
precursores das políticas de estabilização keynesianas. 
 
● Teoria Keynesiana (1883-1946):​ A principal obra de John Maynard Keynes 
(1883-1946) “A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, de 1936 
mudou a maneira de olhar a economia e o papel do governo na sociedade e 
permanece até hoje como uma das principais referências na formação de 
economistas.

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