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Revisão de Fundamentos de Economia ● Etimologia: a palavra economia vem do grego oikos(casa) e nomos(norma, lei), desta forma se tem oikonomia que significa “administração de uma unidade habitacional(casa)” ou “administração da coisa pública/ou de um estado”. ● Teoria da Demanda: refere-se às necessidades dos consumidores em adquirir bens e serviços dentro do que sua renda o permite, ou seja, ela busca explicar o comportamento do consumidor ao escolher um bem ou serviço. ● Teoria da Oferta: dirigida aos “ofertantes”, ou seja, aos produtores, esta busca analisar os principais pontos relacionados à demanda do mercado estudando o comportamento das empresas. Em outras palavras, a teoria da oferta estuda a resposta do produtor aos incentivos do mercado (demanda), onde estes estão ligados à quantidade demandada, custos, incentivos governamentais, disponibilidade de fatores de produção etc. ● Renda: é um fluxo monetário (dinheiro) resultante dos fatores de produção e destinados a um processo produtivo, ou seja, a renda é aquilo que se é pago pelo que está aplicado na produção. Esta se divide em salário, aluguel/terras, lucro e juros. ● Fatores de Produção ou Recursos Produtivos: são classificados em terra ou recursos naturais, mão de obra ou trabalho, capital e tecnologia. 1. Terra ou recursos naturais: é composta por todos os bens econômicos que são utilizados no processo de produção e estes sempre são obtidos diretamente da natureza. Ex.: solos, minerais, águas, fauna, flora, sol, vento etc. 2. Mão de obra ou trabalho: etapa onde está incluso todo esforço e atividade humana para a produção de um bem ou serviço. Ex.: serviços técnicos do advogado, do médico, do economista, do engenheiro, ou a mão de obra do eletricista, do encanador etc. 3. Capital: é composto por um conjunto de máquinas, edifícios, equipamentos e instalações da qual a mão de obra/trabalho faz uso para a produção de um bem ou serviço. 3.1 Observação: tal conjunto também é chamado de estoque de capital da economia, onde quanto mais bens de capital se tem em uma empresa, mais produtiva ela será, ou seja, mais bens e serviços ela poderá produzir. 4. Tecnologia: engloba três categorias: a invenção, a inovação e a operação. A invenção é a capacidade de pesquisa e desenvolvimento. A inovação é a capacidade de aplicar a tecnologia no processo produtivo. Já a operação se refere à capacidade para operar as atividades de produção. ● Escassez: está ligada ao recursos naturais ao qual estão disponíveis para os processos produtivos, onde podemos afirmar que todos os recursos naturais são escassos já que todos são limitados, desta forma entendemos que o uso dos recursos deve ser feito eficazmente para que não ocorra o exímio total do recurso. Vale ressaltar que a escassez está conectada às necessidades humanas de bens e serviços que são ilimitadas. ● Excedente: é o total de satisfação proporcionado por um produto (tangível e/ou intangível) em relação ao seu custo produtivo. Pode ocorrer excedente do produtor e excedente de consumidor, onde tudo se resume a um excesso, algo que sobra ou vai além do esperado, rompendo o equilíbrio de demanda e oferta. 1. Excedente do consumidor: é o ganho monetário (financeiro) obtido na aquisição de um produto por um preço menor do que concordariam em pagar; 2. Excedente do produtor: é o lucro obtido por ele na venda no mercado pelo maior preço em relação ao mínimo que concordariam em vender. ● Tipos de bens: podem ser classificados em alguns tipos, sendo o primeiro tipo o de caráter que divide-se em dois tipos. 1. Os bens livres: são inapropriáveis e cuja quantidade é ilimitada; 2. Os bens econômicos: caracterizados pela utilidade, pela escassez e por serem apropriáveis. Os bens econômicos são o objeto de estudo da economia e também são classificados segundo sua natureza em dois tipos: 2.1 Os bens de capital: são aqueles que não se destinam a satisfazer diretamente as necessidades humanas e são representados pelos equipamentos destinados à produção. Ex.: máquinas, prédios e material de transporte. 2.2 Os bens de consumo: são os que se destinam a satisfazer diretamente as necessidades humanas e podem ser duráveis, de uso prolongado (carros, geladeira, sapato, etc), e não duráveis, que acabam, com o passar do tempo (bebidas, pacotes de viagens, etc). Existe ainda a classificação segundo a função. Esses podem ser bens intermediários, pois sofrem transformação antes de se converterem em bens de consumo, e bens finais, caracterizados por já terem passado por um processo de transformação e estarem prontos para o consumo. ● Equilíbrio de mercado: é uma situação de mercado em que o preço e a quantidade do bem desejada pela procura e pela oferta se igualam. O termo “equilíbrio” é utilizado porque numa situação como a descrita não existem quaisquer incentivos para aumentar ou descer o preço desde que todas as restantes determinantes da oferta e todas as restantes determinantes da procura se mantenham constantes (ceteris paribus). ● Setores da economia ou atividades de produção: é dentro dela que está inserido todos os fatores de produção e todas as técnicas de produção. Tais setores se dividem em primário, secundário e terciário. 1. Setor primário: é formado pela agricultura (lavouras, horticultura, floricultura), pecuária (criação e abate de gado, de suínos e aves, pesca e caça), extração vegetal (produção florestal, silvicultura e reflorestamento); 2. Setor secundário: é formado pela indústria extrativa mineral (metálicos e não metálicos), indústria de transformação (produtos alimentícios, minerais não metálicos, metalurgia, mobiliário, fiação e tecelagem, vestuário), indústria da construção (obras públicas, construções privadas); 3. Setor terciário: é formado por comércio (atacadista e varejista), transportes (rodoviários, hidroviários, ferroviários e aeroviários), comunicações (telecomunicações, correios e telégrafos, radiofusão e Tv), intermediação financeira (bancos, seguradoras, distribuidoras e corretoras de valores e bolsas de valores), imobiliárias (comércio imobiliário, administração e locação), hospedagem e alimentação (hotéis, restaurantes, bares e lanchonetes), reparação e manutenção (máquinas, veículos e equipamentos), serviços pessoais (cabeleireiros e barbeiros), outros serviços (assistência à saúde, educação, cultura, lazer, culto religioso) e governo (federal, estaduais e municipais). ● Protecionismo: é uma doutrina, uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos e a concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau. Exemplos: Criação de altas tarifas e normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros, reduzindo a lucratividade dos mesmos; Subsídios à indústria nacional, incentivando o desenvolvimento econômico interno; Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa. 1. Vantagens do protecionismo: é vantajoso, em tese, pelo fato de proteger a economia nacional da concorrência externa, garantir a criação de empregos e incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias; 2. Desvantagens do protecionismo: estas políticas podem, em alguns casos, fazer com que o país perca espaço no mercado externo; provocar o atraso tecnológico e a acomodação por parte das empresas nacionais, já que essas medidas tendem a protegê-las; além de aumentar os preços internos. Vale ressaltar também que a diminuição do comércio, consequência natural do protecionismo,enfraquece políticas de combate à fome e ao desenvolvimento dos países pobres. ● Agentes econômicos: é um indivíduo, conjunto de indivíduos, instituição ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. Tradicionalmente são considerados como agentes económicos às famílias, às empresas, estado, exterior. ● Curva de possibilidade de produção: expressa a capacidade máxima de produção de um bem ou serviço considerando todos os fatores de produção e a questão de escassez. ● Custo de oportunidade: é o termo usado para indicar uma renúncia, o custo de uma escolha, ela expõe o quanto se abre mão de uma coisa em prol do aumento na produção de outra. ● Sazonalidade: é uma situação ou um fenômeno que costuma ocorrer na mesma época do ano, sempre com características similares. Por isso, é possível prevê-la, uma vez que a sua natureza está relacionada com a estação. Em outras palavras são épocas, tempos, momentos diferenciados e datas específicas. Ex.: Páscoa, Natal, Dia das Mães, verão, primavera etc. ● Fluxo circular: as famílias oferecem/disponibilizam os 4 fatores de produção as empresas e estas remuneram as famílias (mercado de fatores); na outra ponta as empresas oferecem os bens, serviços e produtos às famílias e elas remuneram as empresas (mercado de bens). ● Fluxo real ou produto: é a totalidade dos bens e serviços finais produzidos no âmbito do sistema econômico pelas unidades produtoras. Constitui a “oferta” da economia. ● Fluxo nominal (monetário ou renda): é a totalidade da remuneração dos fatores de produção empregados pelas unidades produtoras, ou o pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo. ● Cadeia produtiva: é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua colocação no mercado. Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. ● IDH: significa Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida importante concebida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população. Anualmente é elaborado o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base em três critérios (Saúde, Educação e Renda) que são medidos da seguinte forma: 1. Uma vida longa e saudável (Saúde): expectativa de vida ao nascer (natalidade), expectativa de morte (mortalidade). 2. O acesso ao conhecimento (Educação): média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças). 3. Um padrão de vida decente (Renda): medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) com base na Paridade de Poder de Compra (PPC) por habitante. A lista dos primeiros 10 países no Ranking do IDH Global em 2014, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015: 1º - Noruega - 0,944 2º - Austrália - 0,935 3º - Suíça - 0,930 4º - Dinamarca - 0,923 5º - Países Baixos - 0,922 6º - Alemanha - 0,916 6º - Irlanda - 0,916 8º - Estados Unidos - 0,915 9º - Canadá - 0,913 10º - Nova Zelândia - 0,913 75° - Brasil - 0,775 ● Taxa selic: é também conhecida como taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente (fevereiro de 2018) é a menor taxa de juros da economia brasileira (junto com a TLP - Taxa de Longo Prazo) e serve de referência para a economia brasileira. Ela é usada nos empréstimos feitos entre os bancos e também nas aplicações feitas por estas instituições bancárias em títulos públicos federais. A Selic é definida a cada 45 dias pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) e serve para definir o piso dos juros no país. É a partir da Selic que os bancos definem a remuneração de algumas aplicações financeiras feitas pelos clientes. A Selic também é usada como referência de juros para empréstimos e financiamentos. Vale ressaltar que a Taxa Selic não é a utilizada para empréstimos e financiamentos na ponta final (pessoas físicas e empresas). ● COPOM: também conhecido como Comitê de Política Monetária do Banco Central, tem como função definir as diretrizes da política monetária e a taxa básica de juros do Brasil, serve de parâmetro para todas as operações financeiras do país. Sua importância dentro do Sistema Financeiro Nacional se faz de muita valia para um investidor focado no longo prazo. Seus objetivos primordiais dizem respeito às seguintes funções: 1. Estabelecer diretrizes de política monetária; 2. Definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés; 3. Analisar o relatório de inflação e, por consequência, cumprir as metas para esse processo inflacionário. ● Commodities: é uma palavra em inglês, e o plural de commodity que significa mercadoria. Esta palavra é usada para descrever produtos de baixo valor agregado. são artigos de comércio, bens que não sofrem processos de alteração (ou que são pouco diferenciados), como frutas, legumes, cereais e alguns metais. Como seguem um determinado padrão, o preço das commodities é negociado na Bolsa de Valores Internacionais, e depende de algumas circunstâncias do mercado, como a oferta e demanda. Muitas vezes a palavra commodities pode ser sinônimo de "matéria-prima", porque são produtos usados na criação de outros bens. O Brasil é um grande produtor de algumas commodities como café, laranjas, petróleo, alumínio, minério de ferro, etc. As commodities podem ser dividas em quatro categorias: 1. Commodities minerais: petróleo, ouro, minério de ferro, etc. 2. Commoditie s financeiras: real, euro, dólar, etc. 3. Commoditie s ambientais: água, madeira, energia, etc. 4. Commodities agrícolas: soja, trigo, café, algodão, borracha, etc. ● Dumping: é uma palavra inglesa que deriva do termo "dump " que, entre outros, tem o significado de despejar ou esvaziar . A palavra é utilizada em termos comerciais (especialmente no Comércio Internacional), para designar a prática de colocar no mercado produtos abaixo do custo com o intuito de eliminar a concorrência e aumentar as quotas de mercado. O dumping é frequentemente constatado em operações de empresas que pretendem conquistar novos mercados internacionais. Para isso, vendem os seus produtos no mercado externo a um preço extremamente baixo, muitas vezes, inferior ao custo de produção. É um expediente utilizado de forma temporária sabendo que, posteriormente, irá ser praticado um preço mais alto que possa compensar a perda inicial. O dumping é uma prática desleal e proibida em termos comerciais. As regras antidumping são medidas adotadas com o objetivo de evitar que os produtores nacionais possam ser prejudicados. Uma medida antidumping é, por exemplo, a aplicação de uma alíquota específica para importação. 1. Dumping social: é uma tática das empresas de deslocar-se de um local para outro onde os salários e/ou os direitos dos trabalhadores são mais precários, a fim de aumentar seus lucros; 2. Dumping ambiental: ocorre quando os preços descem muito porque empresas têm fábricas em países onde a lei não exige que sejam tomadas medidas para a defesa do meio ambiente. Assim, os preços ficam mais baixos, mas o ambiente sai altamente prejudicado, porque tecnologia para a proteção do ambiente muitas vezes significa um grande investimento para as empresas. ● OMC: é responsável pela fiscalização do comércio entre os países e dos atos protecionistas que os mesmos adotam. Seu papel é promover a liberalizaçãodo comércio internacional. ● Custo Brasil: termo usado para expor a diferença dos custos de produção entre o Brasil e outros países. Isto torna os produtos nacionais menos competitivos nos mercados externo e interno e é causado por diversos fatores como a infraestrutura precária, os impostos, as altas taxas de juros e o câmbio apreciado. Diminuir esta diferença é fundamental para aumentar a competitividade e incentivar a atividade industrial no país. O custo Brasil nada mais é do que os valores que uma empresa terá que pagar para distribuir seus produtos no mercado brasileiro, seja na abertura de uma empresa nacional ou a chegada de uma empresa internacional, qualquer novo empreendimento deve estar ciente dos custos altos que terão que arcar para entrar e permanecer no mercado. ● Questões econômicas fundamentais: são as questões que norteiam as decisões econômicas de uma entidade, são elas: 1. O que produzir? 2. Para quem produzir? *3. Onde produzir?* 4. Quanto produzir? 5. Como produzir? Ou seja, as questões econômicas são responsáveis por ajudar no processo de planejamento da entidade, fazendo com que elas tenham bases para obter sucesso durante seu processo produtivo. A economia de modo geral tem como seu objetivo primário alocar (direcionar, fazer bom uso, ser eficaz) recursos produtivos escassos para satisfazer as necessidades humanas (ilimitadas), e tal objetivo remete a seis conceitos fundamentais: recursos limitados, necessidades ilimitadas, escassez, escolhas, produção e distribuição. ● Lastro: é um conceito utilizado para determinar o valor real das moedas, é a garantia implícita (oculta, subentendida) de um ativo (valores, bens, direitos, assemelhados que formam um patrimônio). Pode ser equivalente as riquezas de um país, onde representará sua moeda. Um país só poderá imprimir mais moeda (dinheiro), se houver um lastro, ou seja, a produção de riquezas, equivalente ao dinheiro impresso. Caso o governo produza uma certa quantidade de moeda sem uma garantia de que terá o retorno, a moeda acaba perdendo o valor e a impressão de dinheiro acaba não tendo efeito nenhum, com o surgimento de um cenário de hiperinflação. Bolhas de crédito são geradas na impressão de dinheiro sem lastro, causando graves distorções no mercado e nos preços. ● Liquidez: é a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas em seu valor. Esse conceito se refere à agilidade com que um investidor consegue se desfazer de um investimento para voltar a ter dinheiro na mão sem que, para isso, precise ter prejuízo. Ao fazer um investimento, um investidor troca uma quantia de dinheiro por um ativo. Esse ativo pode ser um título público, uma caderneta de poupança, ações de empresas ou um imóvel, por exemplo. Se esse investidor tiver algum imprevisto e precisar do dinheiro de volta, ele precisará se desfazer do bem ou do direito que adquiriu. No entanto, alguns desses investimentos têm uma maior liquidez do que outros, ou seja, é mais fácil e rápido de os transformar em dinheiro do que outros. Um exemplo de investimento de alta liquidez é a caderneta de poupança. Caso o investidor precise resgatar o que tem depositado na poupança, conseguirá fazer isso de forma imediata. Já um imóvel é um investimento de liquidez baixa, pois pode ficar meses à venda sem que apareça um interessado em comprar. Para vender seu imóvel rapidamente, o investidor precisaria colocar um preço mais baixo do que o mercado. É por isso que se diz que a liquidez engloba em seu significado tanto a dimensão da agilidade da conversão em dinheiro como a da perda de valor. O risco de liquidez é a possibilidade de não conseguir negociar um ativo sem que seu preço seja afetado. ● Homo economicus: é um conceito derivado de estudos científicos de Taylor, que significa homem econômico, onde ele esplica que o trabalhador é influenciado exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver. Assim, as recompensas salariais e os prêmios de produção (e o salário baseado na produção) influenciam os esforços individuais do trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz para obter um ganho maior. Essa visão estreita da natureza humana - o homem econômico - não se limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro. Pior ainda: via no operário da época (século XIX), um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão. ● Alocar: Designar valores orçamentários para um propósito determinado ou para uma instituição: alocar verbas para a saúde. ● Desenvolvimento econômico: é um conceito que por sua amplitude aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se restringe ao crescimento da produção em uma região, mas trata principalmente de aspectos qualitativos relacionados ao crescimento, se caracteriza como um fenômeno de longo prazo. Está atrelado às mudanças qualitativas nas condições de vida da sociedade, na qualidade e eficiência das instituições e também das estruturas produtivas do país. Visa ainda, como principal elemento, a melhoria no nível de bem-estar. Pensar em desenvolvimento econômico é pensar em modernidade, em mão de obra qualificada e valorizada, em inovações tecnológicas produzidas por empresas domésticas, em eficiência da estrutura produtiva e também governamental. O desenvolvimento econômico implica em mudanças no quadro político, institucional, econômico e social. Ou seja, exige-se mudanças estruturais. Acima de tudo, tais mudanças devem ter como principal objetivo a melhoria do nível de bem-estar da sociedade e, principalmente, a redução da pobreza. Vale ressaltar que o desenvolvimento econômico depende do crescimento econômico. ● Crescimento econômico: refere-se ao crescimento quantitativo do produto agregado. Ou seja, é um indicador de quanto variou, em termos quantitativos, o PIB (Produto Interno Bruto) e o PNB (Produto Nacional Bruto) em determinado período de tempo. Existem várias teorias de crescimento económico: a corrente Clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus), a corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor), a corrente Neoclássica (Solow), crescimento endógeno (Lucas e Romer), entre outras mais recentes. 1. Corrente Clássica: do século XVIII e XIX defendia um limite máximo ao crescimento, imposto pelos limites da terra arável. Thomas Malthus defendia que o crescimento das nações se assemelhava às tribos: cresciam em população até um ponto onde se tornava insustentável (por não haver comida, espaço, roupa para todos), onde a guerra, doença ou emigração diminuiam a população, começando novamente o aumento da população. David Ricardo defendia que a terra arável apresentava rendimentos marginais decrescentes, devido ao desgaste dos nutrientes, e esse factor limitava o crescimento das nações até um ponto de "steady state" que significa “custo estável” ou “situação fixa”. 2. Corrente Keynesiana: baseia-se na ideia que há uma relação direta entre o nível de investimentos (em capital físico, ou formação bruta de capital fixo), poupança de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Este modelo assume que os principais decisores da taxa de crescimento dos países são os investidores. Aqui os investidores decidem o seu nível de investimento conforme as suas expectativas (animal spirits- significa estado de ânimo, a expressão é usada para descrever as emoções que influenciamo comportamento e a confiança dos investidores e consumidores. By Keynes) e essas expectativas vão ditar os níveis de investimento do longo prazo. Não há equilíbrio neste modelo. 3. Corrente Neoclássica: Modelo de Solow cria uma relação entre o PIB per capita, também denominado como Produto, ou Y nas fórmulas, e o capital físico. Existem duas versões principais deste modelo: sem progresso técnico e com progresso técnico. Nesta corrente o crescimento é explicado por uma variável exógena (que provém do exterior, que se produz no exterior {do organismo, do sistema}, ou que é devido a causas externas), e assume sempre que há um limite máximo ao crescimento, denominado de "steady-state", onde o crescimento real do PIB é igual ao crescimento da população (o que implica que o PIB per capita se mantenha constante {PIB = Per capita}). ● Subsídios: é a ajuda ou auxílio econômico extraordinário que é concedido por algum órgão oficial. Por exemplo, um subsídio por invalidez, um subsídio por desemprego, entre os mais recorrentes. Enquanto isso, o subsídio em questão pode observar diferentes objetivos ou missões, ou seja, um subsídio pode ter como objetivo estimular o consumo e produção de determinado bem ou serviço, ou simplesmente tratar da ajuda econômica por um período de tempo até que consiga superar um momento crítico, um claro exemplo deste tipo de subsídio é o desemprego; um indivíduo que é despedido ou que fica por alguma outra razão sem emprego, receberá o subsídio por um determinado número de meses, no entanto, se antes deste período conseguir emprego deverá avisar e o subsídio cai por completo. ● Adam Smith (1723-1790): economista e filósofo escocês, era chamado de “pai do liberalismo” e considerado o “pai da economia”, seu livro “riqueza das nações” em 1776, marca o início da escola clássica. É considerado o que mais contribuiu para a moderna percepção da economia de livre mercado. Era defensor do livre mercado (mercado sem interferência do governo), onde as forças invisíveis fazem com que os comerciantes e as indústrias briguem por descobertas de novas tecnologias para aprimorar seus serviços, isto faz com que os preços das mercadorias declinem e ocorra a geração de novos empregos. É conhecido por sua teoria laissez-faire (deixai fluir livremente), onde tal teoria influenciou o começo da industrialização na Europa. ● David Ricardo (1772-1823): economista inglês nascido em Londres, criador da teoria da lei de ferro dos salários, trabalhou com o pai desde os 14 anos, demonstrando grande aptidão para o comércio. Deixou importantes contribuições para o pensamento econômico mundial e, tornou-se conhecido por suas teorias, entre elas destacam-se: “a teoria das vantagens comparativas”, que constituem a base essencial da teoria do comércio internacional, onde demonstrou que duas nações podem beneficiar-se mutuamente do comércio livre, mesmo que uma delas seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. Também denunciou os excessos das finanças e da grande emissão de notas por parte do governo britânico, levando a uma depreciação da moeda. Seu prestígio como economista fez com que suas teorias sobre o livre comércio fossem recebidas com respeito, embora não fosse totalmente aceita pelos comuns. ● Thomas Malthus (1766-1834): economista, sociólogo e clérigo anglicano inglês, cujo pensamento social e econômico girava em torno de sua teoria sobre o crescimento da população, que segundo ele, enquanto os meios de subsistência crescem em progressão aritmética, a população cresce em progressão geométrica, havendo necessidade de um controle da natalidade. Ou seja, para ele em algum momento acabaria morrendo de fome. ● John Stuart Mill (1806-1873): revisou algumas das premissas da tradição clássica, agindo como um sintetizador de todo o pensamento. Mill preocupa-se com o estado estacionário e com os lucros decrescentes, pois leva os empresários a buscarem alternativas de negócios mais arriscados, na esperança de alcançar lucros superiores. A solução apresentada pelo autor seria a participação do Estado. Mill pode ser considerado como um dos precursores das políticas de estabilização keynesianas. ● Teoria Keynesiana (1883-1946): A principal obra de John Maynard Keynes (1883-1946) “A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, de 1936 mudou a maneira de olhar a economia e o papel do governo na sociedade e permanece até hoje como uma das principais referências na formação de economistas.
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