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CCJ0135 Direito Constitucional Avançado PA 09

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Semana Aula: 9
A operacionalização dos princípios jurídicos
Tema
A operacionalização dos princípios jurídicos
Objetivos
- Descrever o modo de aplicação das regras e dos princípios
- Destacar a utilização do princípio da proporcionalidade na ponderação entre princípios
- Analisar os problemas de sistemas baseados exclusivamente em regras ou princípios
Estrutura de Conteúdo
1. As regras jurídicas
1.1 Modo de aplicação (tudo ou nada)
1.2 Resolução de antinomias (hierarquia, especialidade, cronologia)
2. Os princípios jurídicos
2.1 Modo de aplicação (dimensão de peso)
2.2 Resolução de conflitos (ponderação harmonizante e excludente)
3. Problemas de sistemas jurídicos baseados exclusivamente em regras (justiça) ou em princípios (segurança jurídica)
4. A CF/88 como um sistema aberto de regras e princípios 
Procedimentos de Ensino
O discente deverá compreender que um dos pontos centrais do neoconstitucionalismo é o reconhecimento dos sistemas jurídicos constitucionais como sendo formados, simultaneamente, por regras e princípios. O reconhecimento do valor normativos dos princípios jurídicos, contraposto ao valor supletivo dos princípios gerais do direito na nossa tradição juspositivista, implica a necessidade de desenvolvimento de uma técnica específica de aplicação, baseada na ideia de ponderação de valores e mediada pelo princípio da proporcionalidade em suas três subdimensões (adequação, necessidade e proporcionalidade stricto sensu). Finalmente, a CF/88 deve ser mostrada como uma norma recheada de regras e de princípios, cabendo aos operadores saber lidar com as especificidades das diversas normas constitucionais.
Recursos
Quadro e pincel;
Retroprojetor;
Data show;
Leitura de textos;
Constituição Federal;
Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
Questão objetiva:
Acerca do pós-positivismo jurídico, analise as seguintes assertivas: 
I - A dogmática jurídica pós-positivista supera o legalismo estrito;
II - A elaboração da escola pós-positivista busca seu fundamento na ideia de que o direito é um sistema aberto de regras e princípios; 
III – No âmbito do pós-positivismo jurídico, a solução dos problemas constitucionais contemporâneos é encontrada no próprio texto da Carta Magna mediante aplicação do dogma da subsunção; 
IV - Dentre outras, a dogmática pós-positivista caracteriza-se pela noção de sistema fechado de regras garantidoras da certeza jurídica máxima;
V- O pensamento axiológico-indutivo do direito é predominante na escola pós-positivista. 
 
Somente é CORRETO o que se afirma em: 
a. I e III;
b. I, II e IV;
c. III e V;
d. I, II e V.
e. II, III e V
 
Questão discursiva
Maria, jovem estudante de Direito, aproveitando a onda de calor que marcou o último verão carioca, resolveu praticar topless na praia da Barra da Tijuca. Enquanto tomava seu banho de sol, foi fotografada inúmeras vezes por um repórter de um importante jornal de circulação nacional. No dia seguinte ao evento, uma das fotos foi estampada na primeira página do jornal e era acompanhada por uma legenda que informava o fato de os termômetros terem registrado 40º (quarenta graus centígrados) no último final de semana. Maria já procurou a direção do órgão de imprensa, mas este informou que exerceu seu direito à informação, constitucionalmente garantido, e que não houve ofensa a nenhum direito de Maria. Esta última procura então alguma orientação jurídica. Na qualidade de advogado, como você a orientaria?
Avaliação
Questão objetiva: D
 
Questão discursiva:
Maria deve argumentar a seu favor que o órgão de imprensa violou o seu direito à privacidade e à imagem, previsto constitucionalmente no art. 5º, X, bem como no art. 20 do Código Civil de 2002, na parte referente aos Direitos da Personalidade. Deve-se observar, entretanto, que os direitos fundamentais, em geral, são escritos como princípios e, como tais, não conferem ao seu titular uma posição jurídica definitiva, estando sujeitos à ponderação e eventual superação em nome de algum outro direito igualmente fundamental. Neste caso, o direito à imagem de Maria encontra-se em colisão com o direito fundamental do jornal à livre divulgação da informação (arts. 5º, XIV e 220, CRFB/88). Dadas as peculiaridades encontradas em caso semelhante, o STJ já entendeu não haver direito à indenização, dada a voluntariedade da exposição do corpo da mulher (REsp 595600).

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