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* O SOLO - Conceitos “Porção superior da crosta terrestre, influenciada pelo clima e pelos organismos vivos”; “Corpo natural, organizado, fruto da ação combinada dos fatores de formação (Material de Origem, Clima, Organismos Vivos, Relevo, Tempo...) que sustenta a vida nos ecossistemas terrestres”; “Sistema aberto, dinâmico, com feições tridimensionais, que forma um manto contínuo na paisagem”; “Sistema trifásico, composto pelas fases sólida, líquida e gasosa, que sustenta a vida animal e vegetal na terra”; “Meio natural onde o homem cultiva plantas” SiBCS: “Coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza, onde ocorrem. Ocasionalmente, podem ter sido modificados por atividades humanas. * REFERENCIAIS DE OBSERVAÇÃO DE SOLOS Perfil Pedon Polipedon Horizontes genéticos Camadas * Perfil de Solo Secção vertical do solo, observada em duas dimensões, que se estende da superfície até o contato com a rocha. É composto do conjunto de horizontes ou camadas que compõem o solo A Cg * * Polipedon (“mancha” uniforme de um mesmo solo,com repetição de pedons semelhantes) * INTEMPERISMO No livro de agricultura, escrito por ABU ZACARIA IAHIA no ano de 1145, Sevilla, Espanha, este autor, citando outros, afirma: “A pedra se torna matéria lodosa no decorrer de um século, pela ação do sol e das chuvas; o sol tem a virtude de secar e desintegrar as partes (como o faz o fogo), e a chuva que vem depois, desata as já enfraquecidas partes...” Intemperismo, portanto, é o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que causam a desintegração e decomposição dos minerais constituintes das rochas, formando um SAPRÓLITO ou um SOLO. As ROCHAS, portanto, constituem o substrato inicial, sobre os quais um solo poderá ser formado, seja diretamente sobre a rocha, sobre um saprólito desta, ou sobre um sedimentos transportados e depositados a partir delas. * ROCHAS DA LITOSFERA Quanto a origem: - MAGMÁTICAS - METAMÓRFICAS - SEDIMENTARES * ROCHAS SEDIMENTARES * ROCHAS MAGMÁTICAS * ROCHAS METAMÓRFICAS * CARACTERIZAÇÃO DO GLOBO TERRESTRE * A espessura da litosfera (SIAL + SIMA) – continentes - 35 a 70 km - substrato dos oceanos SIMA (~ basalto) Abaixo da litosfera: camadas mais espessas (manto e núcleo) - constituintes mantidos a pressões e temperaturas muito elevadas, predominando elementos mais pesados. - temperatura e densidade aumentam da crosta em direção ao núcleo (NiFe) Astenosfera (zona superior-50 a 250 km), região muito quente, rochas se encontram próximo ao estado de fusão. - Constitui fonte dos magmas primários (rochas fundidas móveis) - Magmas penetram na crosta: intrusões ou fendas, ou derramam-se sobre a superfície através dos fenômenos de vulcanismo. Rochas de origem magmática e metamórfica constituem cerca de 95% do volume total da crosta, porém ocupam apenas 25% da sua superfície, enquanto que as sedimentares ocupam em volume apenas 5%, porém cobrem aproximadamente 75% da superfície da Terra. * Geologia de SC Grande parte das rochas pertence a “Bacia do Paraná” * Há 500 Milhões de anos , todos os continentes estiveram unidos, formando o PANGEA, dividido em Gondwana e Laurásia. * Rompimento do Pangea , com separação da Laurásia e Gondwana há ± 200 Mi anos, e separação do Gondwana, há ± 135-150 Mi anos * Vista da Cadeia Meso-Oceânica do Atlântico, Gooegle Earth. * Aproximadamente há 180 Milhões de anos, rompimento PANGEA, separação da Laurásia e Gondwana, cessando em torno de 65 Milhões de anos: configuração atual dos continentes: * Detalhe das idades das rochas do fundo oceânico entre América do Norte e Sul da Europa, mostrando expansão do fundo oceânico e afastamento dos continentes : linha vermelha indica cadeia submarina meso oceânica, local da fratura original . * QUADRO 01. Composição média estimada dos elementos da parte superior da Litosfera . ELEMENTO ABUNDÂNCIA ppm % O 465000 45,60 Si 273000 27,30 Al 83600 8,36 Fe 62200 6,22 Ca 46600 4,66 Mg 27640 2,76 Na 22700 2,27 K 18400 1,84 99,01% Ti 6330 0,63 H 1520 0,15 P 1120 0,11 Mn 1060 0,10 100 % F, Ba, Sr, S, C, Zr, V, Cl, Cr 100 - 550 ELEMENTO ABUNDÂNCIA ppm % Ni, Rh, Zn, Nd, La, Y, Co, Cu Sc, Nb, N, Ga, Li, Pb 10 – 100 Pr, B, Th, Sm, Gd, Hf, Br, U, Mo, Sn, Be, As, Ho 1 – 10 Hg, An 0,1 FONTE: Fortescue, 1980. Os elementos assinalados em negrito são considerados essenciais as plantas * Composição da crosta varia, no entanto, em função dos tipos de rochas que ocorrem. * Origem: consolidação (solidificação) do magma (~lava) INTRUSIVAS - magma consolida no interior da crosta EXTRUSIVAS - magma consolida sôbre a superfície da crosta HIPABISSAL - magma consolida próximo à superfície (fendas) INTRUSIVAS Magma no interior da crosta, confinado ---> resfriamento lento ---> formação de cristais grandes ---> textura fanerítica (macrocristais) Exemplos: Granito (ácida), Gabro (básica), Sienito e Diorito (intermediária) EXTRUSIVAS Magma sobre a superfície ---> resfriamento rápido ---> formação de cristais pequenos ---> textura afanítica (microocristalina) Exemplos: Basalto (básica), Riolito (ácida), riodacito (intermediária) HIPABISSAIS Magma consolida próximo à superfície: diques e sills textura porfirítica Exemplos: diabásio (básica), sienito pórfiro, diorito pórfiro MAGMÁTICAS * Quando os magmas consolidam (solidificam), minerais vão se formando seguindo uma “ordem” de acordo com a variação da temperatura: * COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA DAS ROCHAS MAGMÁTICAS . São chamados de Minerais essenciais aqueles que ocorrem em maior proporção nas rochas. Minerais acessórios aqueles que ocorrem em pequena quantidade. Os principais minerais essenciais das rochas são os feldspatos, quartzo, piroxênios, anfibólios, olivinas e as micas. A proporção em que ocorrem nas rochas, permite, auxiliado por um conjunto de outras características, classificá-las. Os termos leucocrático, melanocrático e mesocrático são utilizados para designar a proporção entre os diversos grupos de minerais presentes na rocha. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS ROCHAS MAGMÁTICAS Diz-se que uma rocha é ÁCIDA quando os teores de SiO2 são superiores a 65%, INTERMEDIÁRIA quando entre 52 e 65%, BÁSICA quando entre 45 e 52% e ULTRABÁSICA quando os teores são inferiores a 45%. Estes termos nada tem a ver com a concentração de íons H. Porém são de uso clássico em Petrologia (ciência que estuda as rochas). * Basaltos Composição: Plagioclásios CaNa (anortita e labradorita) Piroxênios (augita, diopsídio, hiperstênio) * Riolitos Riolito é uma rocha magmática extrusiva ou vulcânica, correspondente extrusiva do granito A sua composição mineral inclui geralmente quartzo, feldspatos alcalinos e plagioclásios. os minerais acessórios mais comuns são a biotita e o piroxênio. Sua cor é cinza, cinza avermelhada ou rosada. * Granitos Rocha magmátiva intrusiva, composta de quartzo, feldspatos, micas e anfibólios * Gabro Rocha magmática intrusiva básica, composta de plagioclásios e piroxênios * Sienitos Rocha magmática intrusiva intermediária, similar ao granito, mas predominando os feldspatos alcalinos sobre o quartzo. * QUADRO 2. Principais tipos de rochas magmáticas ÁCIDAS INTERMED. BÁSICAS ULTRABÁSICA SiO2 > 65% SiO2 52-65% SiO2 45-52% SiO2 < 45% MINERAL ESSENCIAL Ortoclásio, Quartzo, Plagioclásio Sódico, Mica. LEUCOCRÁTICA Ortoclásio, Plagioclásio Sódico, Biotita, Anfibólio ou Piroxênio MESOCRÁTICA Plagioclásio cálcico, Piroxênio MELANOCRÁTICA Olivina, Piroxênio MELANOCRÁTICA INTRUSIVA GRANITO, PEGMATITO SIENITO-LEUCO DIORITO-MESO GABRO PERIDOTITO HIPABISSAL GRANITO, PÓRFIRO SIENITO, PÓRFIRO-LEUCO, DIORITO, PÓRFIRO-MESO DIABÁSIO EXTRUSIVA RIOLITO FONOLITO-MESO, ANDESITO BASALTO * METAMÓRFICAS Metamorfismo de rochas pré-existentes Agentes: pressão e temperaturas elevadas - litostática - dissolução seletiva de minerais - unidirecional - disposição preferencial dos minerais Características: Rochas originais alteram constituição e morfologia * Exemplos: 1 - Argilominerais transformam-se em micas Argilito (sedimentar)---> Filito,Micaxisto (metamórfica) (Neogênese de minerais, adição de K e hidratação por temperatura elevada) Argilito >>> Filito Micaxisto * 2 - Transformação de granito em gnaisse (Alguns minerais do granito transformam-se em biotita, que concentra-se em faixas de xistosidade, exemplo da biotita-gnaisse) * Gnaisses e migmatitos - metamorfismo de granitos, sienitos, etc., com minerais em faixas no 1 e em bandas no 2. Gnaisse -Rocha metamórfica quartzo-feldspática, granulação média a grossa; estrutura variável desde maciça, granitóide, com foliação milimétrica a centimétrica, com alternância de faixas claras e escuras. Migmatito – Distribuição mais heterogênea dos minerais, em “bandas” ou “línguas” . Xistos - Rocha metamórfica caracterizada pela xistosidade. Os xistos podem provir de vários tipos de rochas, de basaltos a pelitos e também de rochas intrusivas que sofram forte hidratação junto com metamorfismo . O xisto micáceo deriva, frequentemente, de pelitos representando um grau mais elevado de metamorfismo do que a ardósia e o filito. Os xistos máficos (xistos verdes), derivados de basaltos, já mostram paragêneses como clorita, actinolita, albita Ex. biotita xisto; muscovita xisto, hornblenda xisto, etc. * Mármore – rocha metamórfica originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão. Por este motivo as maiores jazidas de mármore são encontradas em regiões de rocha matriz calcária e atividade vulcânica. Quartzito - rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo (mais de 75%). Origina-se geralmente do metamorfismo de arenitos quartzozos. Ardósias – Rocha metamórfica de grau muito baixo caracterizada pela granulação muito fina, brilho, cristalinidade baixa, clivagem ardosiana. A origem geralmente é pelítica, ou psamítica e a paragênese congrega quartzo, clorita, pirofilita, micas etc. Com o aumento de metamorfismo regional transforma-se em filito e xisto. * Gnaisse * Migmatito * Micaxisto * Ardósias * Mármores * Originadas por processos de sedimentação Sedimentos químicos orgânicos clásticos (fragmentos) Clásticas Fragmentos de rochas pré-existentes, unidos por um cimento ---> diferentes tamanhos Psefitos: Conglomerados (> 2mm) Psamitos: Arenitos e Arcósios (0,05 – 2mm) Pelitos: Argilito (grãos < 0,002 mm)- Siltito (0,05 – 0,002mm) folhelhos (sílticos ou argilosos) Origem: Erosão ---> transporte ---> deposição ---> ---> consolidação vento, água Características comuns: Rochas estratificadas em camadas: plano-paralela, cruzada Químicas e Orgânicas Calcários (Aragonita), Apatita, Evaporitos Carvão SEDIMENTARES * Rochas sedimentares Principal característica: deposição em camadas * Arenitos Predomina a fração AREIA (grãos entre 2 e 0,05 mm), com dominância do QUARTZO * Siltito * Argilitos * Conglomerados * Mapa geológico simplificado do Estado de Santa Catarina. Fonte: GAPLAN, 1986 * COMPOSIÇÃO MINERAL DO SOLO MINERAIS PRIMÁRIOS MINERAIS SECUNDÁRIOS MINERAIS DO SOLO * MINERAIS PRIMÁRIOS DO SOLO Origem Herdados da rocha mãe ou sedimento Ocorrem no solo sem terem sido alterados quimicamente Tem a mesma composição química que tinham nas rochas Localização Frações mais grosseiras (areia e silte, raramente na argila) Sua presença no solo pode Indicar: Reserva mineral Grau de evolução do solo (estágio de intemperização) Principais representantes Grupo dos silicatos e aluminossilicatos(quartzo, micas, feldspatos, anfibólios, piroxênios, etc.) Jaime * Porque minerais primários no solo podem indicar reserva mineral? Minerais primários tem diferentes resistências ao intemperismo! Quartzo é o mais resistente; micas brancas (muscovita) e feldspatos potássicos e sódicos também são muito resistentes! Olivinas (fonte de Mg e Fe), Feldspatos cálcicos (anortita), Piroxênios (fontes de Ca e Mg), anfibólios (fonte de Ca) e micas pretas (biotita) são pouco resistentes! Portanto, presença de minerais POUCO RESISTENTES ao intemperismo ainda presentes no solo, indicam que o solo ainda possui RESERVA mineral → PODEM LIBERAR NUTRIENTES às plantas * Porque minerais primários no solo podem indicar grau de intemperismo? Se houver presença significativa de minerais primários POUCO RESISTENTES, isto indica que os solos sofreram pouco intemperismo; Ausência de minerais POUCO RESISTENTES no solo PODE indicar: Menor grau de intemperismo do solo OU Que o solo é derivado de uma rocha ou sedimento que possuia originalmente poucos minerais primários facilmente intemperizáveis (caso de solos derivados de arenitos essencialmente quartzosos) * De todos os minerais do solo os SILICATOS formam o grupo mais importante, visto que constituem cerca de 80% das rochas ígneas e metamórficas. UNIDADE ESTRUTURAL BÁSICA DOS SILICATOS DOS SILICATOS Representação espacial do TETRAEDRO DE SILÍCIO Minerais primários se distinguem pelo MODO DE ARRANJO DOS TETRAEDROS e pela DISPOSIÇÃO INTERNA DOS ÍONS no espaço interno A maioria dos minerais do solo são SILICATOS * Minerais primários de importância agrícola Grupo das olivinas (Nesossilicatos) Forsterita: Mg2SiO4 Rochas básicas e ultrabásicas Facilmente intemperizáveis Fayalita: Fe2SiO4 Fontes de MAGNÉSIO e FERRO Intemperismo -- min. argila e/ou óxidos Grupo do Berilo (Ciclossilicatos – cadeias fechadas) Berilo: Be3 Al2(Si6O18) - pedras semi/preciosas Turmalina: (Na, Ca)(Li, Mg, Al)( Al, Fe, Mn)6 (BO3)3 (Si6O18)(OH)4 Mineral acessório de rochas magmáticas e metamórficas Maior importância agrícola: fonte de BORO * Turmalina * Olivina * Grupo do Epidoto (Sorosilicatos) Epídoto - Silicato de Ca, Al e Fe - altamente resistente ao intemperismo mineral índice- Hemimorfita - Silicato de Zinco - muito resistente ao intemperismo Grupo dos Piroxênios e Anfibólios (Inosisilicatos) Piroxênios: Augita: (Ca, Na)(Mg, Fe, Al) (Si, Al)2 O6 Rochas básicas Enstatita: MgSiO3 Cor escura Hiperstenio: (Mg, Fe) SiO3 Facilmente intemperizáveis Diopsídio: Ca Mg Si2 O6 Fontes de CÁLCIO, MAGNÉSIO e FERRO Anfibólios Hornblenda: (Ca, Na)2-3 (Mg,Fe, Al) Si6 (Si, Al)2 O22 (OH)2 Tremolita: Ca2 Mg5 Si8 O22 (OH)2 Rochas magmáticas e metamórficas Intempersimo de anfibólios e piroxênios - Mineral de argila e óxidos * Augita * Hornblenda * Grupo das Micas (Filossilicatos) Muscovita: K Al2 (Al Si3 O10) (OH)2 – mica branca Biotita: K (Mg, Fe)3 (Al Si3 O10) (OH)2 – mica preta Flogopita: K Mg3 (Al Si3 O10) (OH)2 mica marrom - Rochas magmáticas intrusivas (granito), metamórficas (gnaisse e xistos) e sedimentares. - Importantes fontes de POTÁSSIO Micas são de intemperização difícil, Biotita e Flogopita são mais fáceis. * Estrutura da mica é mais complexa: Lâmina Tetraedros de Si Lâmina Octaedros de Al Lâmina Tetraedros de Si K entrecamadas * Micas * Grupo do Quartzo e dos Feldspatos (Tectossilicatos) * Quartzo Quartzo Altamente resistentes decomposição Tridimita Todos Si O2 Formam “esqueleto”do solo Cristobalita Em solos domina quartzo Feldspatos Feldspatos alcalinos (K e/ou Na na estrutura) Ortoclásio K Al Si3 O8 Fonte de POTÁSSIO Microclina Sanidina Albita Na Al Si3 O8 - Minerais relativamente resistentes (menor que quartzo) - Rochas magmáticas intrusivas ácidas e intermediárias (granito, sienitos) e extrusivas ácidas e intermediárias (riolito, fonolito, etc) - Intemperismo químico produz minerais argila/óxidos * Quartzo * Ortoclásio - Feldspato K * Feldspatos calco-sódicos (Ca e Na, além de Mg na estrutura) (Plagioclásios) Série de minerais, com conteúdo variável de Ca e Na , indo da Anortita (+ 90% de Ca) até a Albita (+90% de Na) Anortita Ca Al2 Si2 O8 Bitonita Labradorita Andesina Oligoclásio Albita Na Al Si3 O8 Três primeiros são comuns em rochas básicas e ultrabásicas (Basalto, Diabásio, Gabro, Peridotito, etc.), sendo fonte importantísima de CÁLCIO para as plantas Intemperismo produz argilominerais e óxidos * Plagioclásio cálcico (Anortita ou Labradorita) * Plagioclásio sódico (albita) * Grupo dos Feldspatóides (Tectossilicatos) Leucita - Nefelina - fontes de K e Na Grupo das Zeólitas Clinoptilolita, Heulandita, Escolecita “peneiras moleculares” “adsorventes químicos” Comuns em “vesículas” de basalto e riodacitos – São Joaquim, Urupema, Bom Jardim * Leucita * Zeólitas Escolecita Clinoptilolita * OUTROS MINERAIS APATITA- mineral acessório fonte de fósforo. Minerais de granulação fina em rochas ígneas e metamórficas. No Brasil, encontram-se jazidas de apatitas (ou fosfato natural) em Monteiro ( PB), Ipirá (BA), Jacupiranga (SP), Araxá e Patos (MG) e Anitápolis (SC). A forma mais comum é a FLUORAPATITA, cuja fórmula é : Ca10 F2 (PO4)8 PIRITA ( FeS2) – fontes de ferro e enxofre CARBONATOS (Ca, Mg CO3) calcita (CaCO3) Cimento de rochas sedim. dolomita (MgCO3) Calcários em geral GESSO (CaSO4) – Fontes de Ca e S * Apatitas * Pirita * Calcita e Gesso (Gipsita) * ROCHAS COMO FONTES DE NUTRIENTES PARA AS PLANTAS Meios Naturais – rochas como material formador dos solos (material de origem); - matéria prima para fabricação corretivos da acidez e adubos solúveis; Ex: Calcários, apatitas, etc. * Rochagem - prática de utilização de rochas e,ou minerais, moídos para incrementar “reserva mineral” de solos empobrecidos. Rochas ou misturas de rochas, aplicadas puras, em associação com estercos, incubadas com estercos, associadas com microorganismos solubilizadores Vantagens: Custo baixo (quando disponíveis próximo) Pode-se aplicar grandes quantidades, sem risco; Solubilização lenta (menor lixiviação –perdas) Baixo risco de toxidez, por excesso, etc. Reserva de longo prazo (aumento fertilidade) Culturas perenes Basaltos: plagioclásios, piroxênios Ca, Mg micronutrientes (Zn, Cu, Mn, Fe, P...) Granitos: Quartzo, feldspatos, Micas fontes de K (Ca, Mg…) Apatitas: (rocha fosfatada) fonte de P Micas (Micaxistos, p. ex.) fonte de K * MINERAIS SECUNDÁRIOS DO SOLO São aqueles minerais que não existiam na rocha ou no sedimento que originou o solo, mas que foram formados por destruição dos minerais primários, ou por alteração destes, originando novos minerais, com constituição química e estrutural diferentes. Ex: Minerais de argila ou argilominerais Óxidos e hidróxidos de Fe, Al, Mn e outros Materiais amorfos (não cristalinos) * Propriedades e características dos minerais de argila Diferença entre “argila” e mineral de argila (argilomineral) Argila: fração com diâmetro inferior a 2µ (0,002 mm) mistura de argilominerais+óxidos+amorfos+húmus Mineral de Argila: mineral da fração argila, filossilicato (silicato formado de lâminas e camadas), hábito cristalino. Propriedades dos minerais de argila Cargas de superfície (principalmente negativas) Comportamento coloidal Dimensões microscópicas Plasticidade e pegajosidade, etc. MINERAIS DE ARGILA OU ARGILOMINERAIS * Unidades estruturais básicas dos minerais de argila Os minerais de argila apresentam forma cristalina definida, com um arranjo regular e sistemático dos átomos dispostos em estruturas laminares compostas por tetraedros de silício e octaedros de alumínio, os quais unidos entre si formam camadas. Tetraedro de silício Si (centro): 0,78 Å O (vértices): 2,64 Å Octaedro de alumínio Al (centro): 1,14 Å O (vértices): 2,64 Å * * * Na lâmina dioctraedral , como cada Oxigênio reparte sua carga com o íon de 2 octaedros, e são 6 O para cada octaedro, então 6/2 = 3 cargas + Logo, o íon central deve ser trivalente = Al Exemplos de mineral de argila deste tipo: pirofilita, muscovita, illita, vermiculita dioctaedral, etc. * Na lâmina troctraedral , como cada Oxigênio reparte sua carga com o íon de 3 octaedros, e são 6 O para cada octaedro, então 6/3 = 2 cargas + Logo, o íon central deve ser divalente = Mg ou Fe Exemplos de minerais deste tipo: talco, biotita, vermiculitas trioctaedrais * A - BILAMINARES OU MINERAIS DE ARGILA DO TIPO 1:1 Compostos por uma lâmina de tetraedros de silício e uma de octaedros de alumínio Seqüência das lâminas nos argilominerais 1:1 Exemplos: Caulinita, haloisita. * B - TRILAMINARES OU MINERAIS DE ARGILA DO TIPO 2:1 Compostos por duas lâminas de tetraedros de silício e uma de octaedros de alumínio Seqüência das lâminas nos argilominerais 2:1 Exemplos: Ilita, Vermiculita e Montmorilonita * C - TETRALAMINARES OU MINERAIS DO TIPO 2:1:1 OU (2:2?) Compostos por duas lâminas de tetraedros de silício e uma de octaedros de alumínio, e uma de octaedros de magnésio. Exemplo: clorita. D - MATERIAL AMORFO Há uma disposição totalmente irregular dos tetraedros e octaedros, de tal forma que o mineral não apresenta um arranjo sistemático dos seus átomos, sendo por isso “amorfos” ao raio X. Exemplos:Alofanas, Imogolita, etc. * Cristal de caulinita, visto ao microscópio eletrônico (ME). Cada cristal destes é composto de várias camadas, que por sua vez são constituídas de lâminas * * SUBSTITUIÇÃO ISOMÓRFICA Principal processo responsável pela formação das cargas negativas permanentes nos minerais de argila A substituição isomórfica consiste na substituição de íons no interior das lâminas de tetraedros e octaedros, sem alterar a forma do mineral. Os íons substituintes devem possuir tamanhos semelhantes, porém podem apresentar valências diferentes. - o átomo central de silício (0,78Å) nos tetraedros, pode ser substituído, geralmente de forma parcial, pelo alumínio; - o átomo central de alumínio ( 1,14Å) nos octaedros, pode ser substituído, parcial ou totalmente, por átomos de: Mg++ ( 1,56Å) Fe++ (1, 16Å) Fe+++ ( 1,34Å ) Mn++ (1, 82Å ) Exemplos: * Esquema de formação das cargas negativas permanentes nas lâminas tetraedrais do cristal de argilomineral, pela substituição do Si+4 pelo Al+3 * Talco e Pirofilita Argilominerais 2:1 “padrões”, com pouca ou nenhuma Substituição Isomórfica Talco: Lâminas Tetraedrais só contém Si Lâmina Octaedral só contém Mg (Trioctaedral) (espaçamento d fixo = 9,4 Å) Pirofilita: Lâminas tetraedrais só contém Si Lâmina Octaedral só contém Al (Dioctaedral) (espaçamento d fixo = 9,2 Å) Argilominerais Inertes, sem carga negativa (CTC nula) * MINERAIS DE ARGILA BILAMINARES OU DO TIPO 1:1 1- CAULINITA Fórmula : Si4 Al4 O10 (OH)8 É o principal mineral de argila encontrado na maioria dos solos brasileiros, particularmente nos mais intemperizados, como os Latossolos e Argissolos (antigos Podzólicos). Pode ser herdada do material de origem, formada por alteração de minerais primários, como os feldspatos e plagioclásios, ou formada por dissolução de outros minerais de argila. CTC baixa (3-10 meq/100g) Pouca ou nenhuma substituição isomórfica * * Difratograma de raios X, evidenciando os principais “picos” dos argilominerais. Caulinita é indicada pelos picos de 7,162 e 3,578 Å Quartzo à 3,346; Mica em 9,966 e 5,005, etc… * Cristais de caulinita, vistos ao ME * 2- HALOISITA Fórmula : Si4 Al4 O10 (OH)8 . 4H2O Hidratada: Halosita 10Å Desidratada: Halosita 7Å CTC em torno de 20 meq/ 100g Pouco comum em solos brasileiros * Cristais de haloisita tubular, vistos ao ME * MINERAIS DE ARGILA TRILAMINARES OU DO TIPO 2:1 NÃO EXPANSIVOS MICA E ILITA Fórmula : X0, 75 ( Si3,5 Al0,5) ( Al1,55 Fe0,2 Mg0,25 ) O10 (OH)2 H2O Mica: CTC nula (K ocupa todo o espaço entrecamadas) Illita: CTC: em torno de 40 meq/100g (tem 25% a menos K que Mica) Não são expansíveis ( K inibe expansão) Illita: Comum em solos derivados de Micas * Esquema de alteração das micas pela hidratação, perda gradativa de K, formando Illita e perda total de K e incorporação de Mg, formando Vermiculita -K -----------------------SYMBOL 62 \f "Symbol" MICA + H2O <------------------------ ILITA + K * Difratograma de raios X da fração argila de um solo Pico a 7,195 e 3,586 indica caulinita (Dominante no solo) Pico a 9,966 e 4,989 indica Illita * EXPANSIVOS 1- VERMICULITA CTC é alta, da ordem de 100 a 120 meq/100g Alta substituição isomórfica de Si por Al na lâmina tetraedral (ASE) também é elevada, da ordem de 600 a 800 m2/g Ocorrem principalmente nos solos mais jovens, nas regiões de clima semi-árido ou temperado Formam-se pela alteração de micas, pela incorporação de Mg nas entrecamadas * Macrocristais de vermiculita, natural à esquerda e expandida à direita. Usos Industriais e agrícolas Vermiculitas de solo são microscópicas * EXPANSIVOS 2 - MONTMORILONITA CTC varia de 40 a 100 meq/100g Substituição de Al3+ por Mg2+ nas lâminas octaedrais Característico dos solos mais jovens, pouco evoluídos, tais como o Chernossolos e Vertissolos Intemperismo de plagioclásios, piroxênios, anfibólios - Neogênese * Fotografias, ao microscópio electrônico de transmissão, de suspensões de Montmorilonita mono-catiônica * Difratogramas de raios X de amostras da fração argila com predomínio de montmorilonita. Picos em torno de 1,6 nm (16Å) indicam o mineral * Difratogramas da fração argila de um Chernossolo de Descanso, SC. No gráfico inferior, o pico a 15,81 indica a montmorilonita, saturada com Mg. No grafico superior, o pico a 17,44 indica a expansao das camadas deste argilomineral após sofrer impregnação com etileno glicol. O gráfico do meio, com pico a 9,96 indica amostra saturada com potássio e aquecida a 550C. Observa-se também que o pico da caulinita, em torno de 7,2Å é assimétrico para a esquerda, indicando interestratificados caulinita-montmorilonita * C- MINERAIS DE ARGILA DO TIPO 2:1: 1 OU 2:2 1- CLORITA Espaçamento c é fixo e de 14Å, não sendo um mineral expansível CTC muito baixa ou nula (Subst. Isomórfica que gera carga negativa nos tetraedros é compensada pela substituição isomórfica que gera cargas positivas nos octaedros) Cloritas são geralmente herdadas da rocha mãe. * Macrocristais de clorita Microcristais de clorita * ARGILOMINERAIS 2:1 COM POLÍMEROS DE Al ENTRECAMADAS Diferentemente das cloritas, onde os octaedros de magnésio formam uma lâmina contínua, nestes argilominerais os polímeros formam como que "ilhas" nas entrecamadas (representados pelas moedas) Vermiculitas com Al entrecamadas Esmectitas com polímeros entrecamadas Baixa CTC e baixa expansividade em relação aos minerais puros Comuns nos solos do Sul do Brasil, junto com caulinita Polímeros de Hidroxi-Al (“moedas”) bloqueiam expanasividade e CTC em relação aos argilominerais puros * Polímeros de hydrox-Al aleatoriamente distribuídos sobre a superfície exposta de uma entrecamada da montmorilonita de Wyoming (courtesy of J.B. Harsh and H.E. Doner, see Harsh & Doner, 1985). * Exemplos de polímeros de hidroxi-Al, com 6, 8 e 12 cargas positivas por molécula de polímero Consequências: 1 – Polímeros “bloqueiam” cargas negativas do argilomineral, reduzindo sua CTC 2 – Moléculas grandes dos polímeros, bloqueiam expansão completa do argilomineral 3 – Podem adsorver ânions (fosfatos, p. ex.) 4 – Aumentam poder de tamponamento de acidez 5 – Podem “fixar” mais K nos espaços internos, entre os polímeros... * Difratogramas da fração argila de um Latossolo Vermelho de Canoinhas – SC, evidenciando no gráfico inferior o pico de Vermiculita com hidroxi-Al entrecamadas (14,00Å) e no pico superior (11,29Å) a contração máxima da entrecamada após aquecimento a 550ºC, evidenciando que a presença física dos polímeros impedem a contração completa até 10Å. * E - MINERAIS INTERESTRATIFICADOS Muitos argilominerais que se formam no solo representam produtos parciais de um processo de síntese e por isso podem apresentar características que são comuns a dois ou mais minerais de argila. Estes minerais são denominados de INTERESTRATIFICADOS e representam, pois MESCLAS de vários minerais de argila, tais como: Mica-Vermiculita, Vermiculita-esmectita, caulinita-esmectita, etc. São muito comuns nos solos, mas sua identificação é difícil. Propriedades são “média” das características de cada argilomineral nos cristais. * Esquema de representação de um interestratificado mica-vermiculita, onde as camadas 2:1 com K entrecamadas correspondem à mica e as camadas 2:1 com Mg hidratado correspondem à vermiculita. Em interestratificados regulares, picos são geralmente na posição “média” entre as dos dois minerais Ex: Mica (10Å) – Vermiculita (14Å) Pico médio a 12Å ��� SHAPE \* MERGEFORMAT � VERMICULITA ILLITA ILLITA Mg 6 H20 Mg 6 H20 Mg 6 H20 Mg 6 H20 Mg 6 H20 Mg 6 H20 K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K �K K K K K * Esquema de representação de um interestratificado caulinita-montmorilonita, onde as camadas 1:1 correspondem à caulinita e as camadas 2:1 com Na e Ca hidratado correspondem à montmorilonita. Em interestratificados regulares, picos são geralmente na posição “média” entre as dos dois minerais Ex: Caulinita(7Å)-esmectita(10Å –colapsada): Pico a 8,5Å 1:1 1:1 1:1 1:1 1:1 1:1 2:1 � MONTMORILONITA CAULINITA CAULINITA Na H20 Ca H20 Na H20 Ca H20 Na H20 Ca H20 Na H20 Ca H20 * Bt BC C A Difratogramas de horizontes de um Argissolo de Botuverá, derivado de Muscovita-Xisto, onde se observa uma transformação dos picos da mica, do horizonte C, para a formação de vermiculita, nos horizontes superiores * Principais picos de minerais de argila em função do tratamento aplicado na difratometria de raios X: * Materiais Amorfos Alofanas e Imogolitas Derivados de cinzas vucânicas Material submicroscópico, composto de: Si + Al + H2O Alta atividade específica (ASE > 1000 m2/g) Alta capacidade de Adsorção de Ânions (fosfatos...) Alta porosidade interna Solos dos Andes, Japão, Filipinas... (Andosols, Andisols) * * * * * * * ÓXIDOS DE FERRO O ferro ocorre nas rochas na forma reduzida (Fe2+), presente em minerais primários como biotita, piroxênios, anfibólios e as olivinas. O intemperismo destes minerais libera o ferro inicialmente na forma de precipitados amorfos, com alto grau de hidratação (géis de ferro hidratados). Estes com o passar do tempo podem oxidar-se, perdendo paulatinamente água de hidratação, até adquirirem forma cristalina definida. intemp. - H2O + O2 Fe++ na rocha -------> Géis de Fe++ -------> Fe+++ cristalino hidratados (hematita, p. ex.) Propriedades: São ANFÓTEROS (Podem ter carga + ou – de superfície) Na faixa normal de pH da maioria dos nossos solos (ácidos), os óxidos de ferro apresentam cargas POSITIVAS de superfície sítios de adsorção de ÂNIONS (Fósforo) * a) HEMATITA: Fe2O3 Representa a forma oxidada e desidratada do ferro Os cristais de hematita, vistos ao microscópio eletrônico, apresentam forma hexagonal, porém são de dimensões muito menores do que os dos minerais de argila Fatores favoráveis a formação da hematita em solos: pH alto Ambientes com boa drenagem Pouca matéria orgânica (Favorecem rápida oxidação, desidratação e cristalização dos géis de ferro) A hematita imprime coloração tipicamente avermelhada aos solos * b) GOETITA: FeOOH Representa a forma oxidada e hidratada do ferro A goethita pura ocorre na forma de cristais aciculares (agulhas) ou sarrafos. As goethitas de solo tem formato aproximadamente isodimensional. É o óxido de ferro mais comum na maioria dos nossos solos. Condições que favorecem formação: - Material de origem com poucas bases e pH baixo Rochas com baixo teor de ferro Drenagem lenta Alto teor de Matéria Orgânica A goethita imprime coloração brunada ou amarelada aos solos * e) FERRIDRITA Forma oxidada de ferro de baixa cristalinidade Ocorre ao redor das raízes de plantas de banhados ou mesmo do arroz, quando irrigado por inundação, e também nas “manilhas” e nos canais de drenagem, formando uma “nata ferruginosa” Ocorre também nas drenagens ácidas de minas de carvão TEM ALTA CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DE METAIS * d) MAGNETITA (Fe304) e MAGHEMITA ( Fe203) São formas magnéticas dos óxidos de ferro. Magnetita é de origem litogênica (provém da rocha) e ocorre em cristais grandes na fração areia e silte Maghemita é neogênica (mineral secundário), é microscópica e ocorre misturada na fração argila Em solos com altos teores são atraídos por imã comum. * * ÓXIDOS DE ALUMÍNIO Principais óxidos e hidróxidos de Al em solos: Gibbsita (mais comum) Boehmita Ocorrência: Solos altamente intemperizados (principalmente Latossolos), onde pode ser dominante na fração argila >>> solos de mineralogia oxídica. Fatores que favorecem formação: Ambientes fortemente lixiviantes (climas úmidos e quentes), onde a maior parte das bases e Si são removidos >>> ALITIZAÇÂO. Características físico químicas dos solos: Valores de pH mais altos (>5,0); delta pH positivo (pHKCl>pHH2O); CTA mais alta, muito baixa CTC, baixo Al trocável (Al menos fitotóxico); solos ácidos com menor necessidade de calcário (baixo poder tampão); Boas propriedades físicas; microagregados estáveis; estrutura mais “pó-de-café” (microgrânulos) * * Estrutura da Gibbsita Diagrama simplificado da estrutura da gibbsita. Empilhamento de lâminas é de 0,48nm (4,8Å) pico característico da gibbsita ao DRX. * * Cristais de gibbsita sintética, vistos ao ME, evidenciando a estrutura em placas hexagonais * * Origem do Al em solos Al → decomposição do aluminossilicatos pelo intemperismo químico: Aluminossilicato → → intemperismo → Al (K Al Si3 O8 – feldspato) K +Si + Al “Caminhos” (destinos) do Al no solo: Parte permanece como MONÔMEROS - (Al hexahidratado - Al3+); (inclui Al “trocável”, Al da solução e Al complexado na MO) Pode polimerizar-se, formando lâminas dioctaedrais, as quais combinadas com Si em lâminas tetraedrais formam ARGILOMINERAIS; Monômeros de Al podem formar POLÍMEROS (hidroxi-Al) AMORFOS; (podem associar-se com MO e minerais de Argila, ficar retidos em entrecamadas dos argilominerais, ou formarem fases discretas) Em ambientes muito lixiviantes, com pouco Si, podem formar ÓXIDOS de Al, pela lenta organização e amadurecimento de polímeros amorfos * * O que são monômeros de Al? Com o aumento do pH o alumínio pode hidroxilar-se, diminuindo suas cargas positivas, conforme as reações: São as formas do Al como átomo ionizado (íon), podendo estar na forma trivalente, bivalente ou monovalente! Considerados formas TROCÁVEIS de Al Al(H2O)63+ + OH- -------> Al(OH)(H2O)52+ + H+ Al bivalente <------- Al(OH)(H2O)52+ + OH- -------> Al(OH)2(H2O)4+ + H+ Al monovalente <------- Al(OH)2(H2O)4+ + OH- -------> Al(OH)3(H2O)o + H+ Al neutralizado (hidróxido) <------- Pouco solúvel -precipita- * * O que são Polímeros Amorfos de Al? São estruturas pouco organizadas com vários átomos de Al unidos (polimerizados): Observa-se que possuem carga residual POSITIVA, diferentemente dos polímeros cristalinos (Gibbsita, por exemplo), que possuem carga NULA. Por isso Gibbsita tem 3OH para cada Al [Al(OH)3) – é um HIDRÓXIDO! Já os Polímeros Amorfos tem MENOS do que 3 OH para cada Al, e por isso são denominados POLÍMEROS HIDROXI-Al * POLÍMEROS DE ALUMÍNIO, CRISTALINOS Gibbsita e Bhoemita Solos do Sul do Brasil tem pouco! Redução paulatina da carga positiva por átomo de alumínio, até se chegar a uma situação de neutralidade, após um longo período de "amadurecimento" do óxido, formando Gibbsita. * Formas de Al em solos ácidos brasileiros Sul do Brasil: Muito Al trocável (monômeros) + polímeros amorfos; pouca/nenhuma Gibbsita. Causas: 1 -Solos menos intemperizados, com mais Si em solução → Si combina-se com Al formando argilominerais 1:1 ou 2:1 2 – Maior quantidade de 2:1 → polímeros hidroxi-Al preenchem entrecamadas (efeito anti-gibbsítico) 3 –Solos com mais Matéria Orgânica: +Al complexado (efeito anti-gibbsítico) Consequências: 1 – Ambiente mais ácido, pHs mais baixos 2 – Maior quantidade de Al trocável e polímeros amorfos é mantida no sistema; 3 – Maior poder tampão e maior necessidade de calcário dos solos * Solos do Brasil Central Mais Gibbsita, pouco Al trocável, poucos polímeros amorfos, quase nada de 2:1HE Causas: 1- Maior grau de intemperismo; maior lixiviação de sílica; 2- Menos MO nos solos (pouco Al complexado) 3 - Pouco ou nenhum 2:1 (fonte para entrada de polímeros hidroxi-Al). Consequências: 1 – Menor quantidade de Al trocável (maior parte Al consumido para formar gibbsita); 2 – Menor poder tampão; menor necessidade de calcário 3 – Solos mais oxídicos, com menos minerais de argila. * 1 – Latossolo Bruno df ,Vacaria, RS 2 – Latossolo Vermelho df ,Campos Novos, SC 3 – Latossolo Vermelho df, Pinhalzinho, SC 4 – Latossolo Vermelho df, Londrina, PR 5 – Latossolo Vermelho df, Ribeirão Preto, SP 6 – Latossolo Vermelho, af, Uberlândia, MG Obs. A -No LVaf, de Uberlândia, a mineralogia da fração argila é composta dominantemente por óxidos de ferro e de Al – oxídico. B – Todos são desenvolvidos de basalto e tem aproximadamente o mesmo conteúdo de argila * *
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