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1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – 4º/5º SEMESTRE CAMPUS PAULISTA DISCIPLINA: TEORIA MICROECONÔMICA EM CONCORRÊNCIA IMPERFEITA PROF.: EUCLIDES PEDROZO 2ª. AVALIAÇÃO – NP2 – 2017/01 (GABARITO) NOME:__________________________________________________________ RA: _______________ LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO ANTES DE COMEÇAR A PROVA: 1. ESSA PROVA TOTALIZARÁ 8,0 (OITO) PONTOS NO RESULTADO FINAL. 2. ESTA PROVA É DE REALIZAÇÃO INDIVIDUAL E É COMPOSTA POR 10 (DEZ) QUESTÕES OBJETIVAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA E 01 (UMA) QUESTÃO DISSERTATIVA 3. NÃO É PERMITIDA A CONSULTA A QUALQUER MATERIAL (LIVRO, CADERNO OU COLEGAS), QUE DEVERÁ SER GUARDADO ABAIXO DA CARTEIRA ESCOLAR. 4. É PERMITIDO O USO DE CALCULADORAS, MAS NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE PALMTOPS, LAPTOPS E CELULARES. 5. TODOS OS CELULARES DEVERÃO ESTAR DESLIGADOS. PARA CADA TOQUE DE CELULAR QUE O PROFESSOR OUVIR SERÁ DESCONTADO 1 PONTO DA NOTA FINAL. 6. AS RESPOSTAS DAS 10 (DEZ) QUESTÕES OBJETIVAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA PRECISAM SER TRANSCRITAS NO ESPAÇO ABAIXO DENOMINADO DE GABARITO. 7. É PERMITIDA A REALIZAÇÃO DA PROVA À LÁPIS. MAS, O GABARITO DEVE SER PREENCHIDO À CANETA COM "X" LEGÍVEL. 8. A PERMANÊNCIA EM CLASSE SERÁ: NO MÍNIMO DE 50 (CINQUENTA) MINUTOS E NO MÁXIMO DE 90 (NOVENTA) MINUTOS. GABARITO QUESTÃO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 ALTERNATIVA CORRETA A A A A A A A A A A B B B B B B B B B B C C C C C C C C C C D D D D D D D D D D E E E E E E E E E E ESPAÇO RESERVADO AO PROFESSOR, POR FAVOR, NÃO ESCREVA NOTA DA PROVA NP2: __________ 2 I. PROVA OBJETIVA (5 pontos) Aponte a alternativa correta dos testes 1 a 10. 1. Um mercado é um monopólio natural se para qualquer nível relevante de produção da indústria, o custo total de uma única empresa for inferior ao custo total combinado de duas ou mais empresas, caso ambas dividissem a produção entre elas. Neste caso, a condição necessária para um monopólio natural é a de que existam economias de escala significativas. O gráfico abaixo apresenta a curva de custo médio de longo prazo de uma empresa, com o intervalo de produção dividido em três segmentos (I, II e III). Em qual(ais) segmento(s) a produção apresenta características de um monopólio natural? (A) I. (B) II e III. (C) I e III. (D) II. (E) I e II. Resposta: (A) Comentários: A condição necessária para um monopólio natural é que o custo total médio deve diminuir com o aumento da produção. Ou seja, os mercados de monopólio natural devem envolver economias de escala e, consequentemente, custos decrescentes. Logo, apenas o trecho da curva de custos descendente (I) representa o segmento de atuação do monopólio natural. 3 2. Considere os fatores econômicos listados abaixo. I – Elasticidade-preço da demanda de mercado. II – Barreiras à entrada e à saída de firmas. III – Modo de interação entre as empresas da indústria como, por exemplo, através de aquisições hostis. Com base nas afirmações acima, podemos dizer inequivocamente que: (A) Apenas o fator I afeta o poder de monopólio da firma. (B) Os fatores I e III são condições suficientes para a existência de um índice de Lerner superior a 0,5. (C) Apenas o fator II afeta o poder de monopólio da firma. (D) Os fatores II e III são condições necessárias para garantir que o monopólio seja classificado como forte. (E) O grau de monopólio da firma pode ser afetado por todos os fatores listados acima de modo independente. Resposta: (E) Comentários: O poder ou grau de monopólio da firma pode ser afetado por um dos três fatores a seguir: (i) pela elasticidade-preço da demanda, uma vez que o monopolista só atua no ramo elástico da curva de demanda; (ii) por barreiras à entrada tanto estruturais (vantagens de custo e/ou marketing) quanto estratégicas (estabelecidas para deter a entrada de novas empresas); (iii) interação entre as firmas da indústria, como por exemplo, através de fusões e/ou aquisições. 3. Com respeito ao monopólio, considere as afirmativas abaixo: I – Existe um incentivo para o monopolista realizar discriminação de preços. II – Caso o monopolista puder cobrar preços diferentes em mercados distintos, ele cobrará um preço mais baixo no mercado com demanda menos elástica. III – O nível de produção que maximiza o lucro de um monopólio é inferior ao nível de produção que maximiza a soma dos excedentes do consumidor e do produtor. IV – O caso extremo de discriminação de preços permite que o produtor capture todo o excedente. Estão CORRETAS somente as afirmativas: (A) I, II e IV. (B) II e IV. (C) II, III e IV. (D) I, III e IV. 4 (E) II e III. Resposta: (D) Comentários: A única alternativa falsa é a II, uma vez que o monopolista que consegue cobrar preços diferentes em mercados distintos, ele cobrará o preço mais baixo da última unidade fazendo P = RMg. 4. O gráfico abaixo apresenta a curva de custo marginal de um monopólio, bem como as curvas de demanda e de receita marginal do mercado para seu produto. Ao comparar esse gráfico com o equilíbrio socialmente ótimo, ocorre que, devido ao monopólio: (A) A perda da sociedade, como um todo, é equivalente à área B. (B) A sociedade, como um todo, perde um montante representado pela soma das áreas A, B, C e D. (C) O produtor se apropria de um montante do excedente do consumidor representado pela soma das áreas A e B. (D) O produtor perde um excedente representado pela área C, mas ganha um montante representado pela área A. (E) Os consumidores perdem um montante representado pela área A. Resposta: (D) Comentários: No gráfico, a área A equivale a perda de excedente do consumidor ou ganho de excedente do produtor; área B é a perda de excedente do consumidor devido à ineficiência do monopólio; área C é a perda de excedente do produtor devido à ineficiência do monopólio; área D é o excedente do produtor antes do monopólio. 5 5. Suponha que a função de custo total médio para um monopolista seja CMe = 100/Q + 4Q. Caso a demanda pela produção deste monopolista pudesse ser representada por P = 50 – Q, a quantidade ofertada que maximizaria o lucro do monopolista será de: (A) 8,33 unidades. (B) 5 unidades. (C) 5,56 unidades. (D) 10 unidades. (E) 0,75 unidade. Resposta: (B) Comentários: RMg = 50 – 2Q e CMg = 8Q (obs.: CT = 100 + 4Q2). Aplicando RMg = CMg, temos que 50 – 2Q = 8Q ou 50 = 10Q ou Q = 5. 6. Suponha que a função de custo total para um monopolista seja CT = 100 + 4Q 2 . A receita média (demanda) obtida pela venda dos produtos deste monopolista é representada pela função RMe = D = 120 – 2Q. Com base nestas informações o índice que mede o grau de monopólio desta firma (Índice de Lerner) será igual a: (A) 4/1. (B) 3/4. (C) 1/5. (D) 5/2. (E) 6/5. Resposta: (C) Comentários: A empresa maximiza seu lucro estabelecendo RMg = CMg ou 120 – 4Q = 8Q ou Q = 10. A esse nível de produção, P = 120 – 2(10) = 100 e CMg = 8(10) = 80. O Índice de Lerner será igual a (100 – 80)/100 = 0,20 (ou 1/5). 7. No caso de mercados em que não prevalece a concorrência perfeita é correto afirmar que: (A) A fixação de um preço mínimo para um insumo pode induzir uma empresa perfeitamente competitiva a diminuir a contratação do mesmo. (B) Não há produção eficiente de um bem caso seu mercado não seja perfeitamente competitivo. (C) É possível induzir um monopolista a aumentar sua produção por meio da fixação de um preço máximo (preço teto) para seu produto. (D) Não podemexistir empresas monopolistas que aufiram lucro econômico nulo quando são reguladas pelo Estado. (E) O monopólio natural é o monopólio exclusivo para a atividade de exploração de um recurso natural. 6 Resposta: (C) 8. Em relação à competição imperfeita em determinados mercados, pode-se afirma que: I. No modelo de duopólio em que as empresas concorrem via de preços na produção de um bem homogêneo, as firmas comportam-se como no modelo de concorrência perfeita e, portanto, auferem lucro puro zero no longo prazo. II. Em um equilíbrio de Cournot, dada a quantidade produzida por uma das firmas, a outra escolhe a quantidade que maximiza seu lucro. III. Em um equilíbrio de Bertrand, dado o preço de venda de uma das firmas, a outra escolhe o preço que maximiza seu lucro. IV. Quanto maior o número de firmas no modelo de Cournot, mais próximo do custo marginal será o preço de equilíbrio. V. A quantidade total produzida de um bem homogêneo em um equilíbrio competitivo oligopolista via preços difere da quantidade que seria produzida em competição perfeita. Pode-se dizer quanto às afirmações acima que: (A) Todas são verdadeiras. (B) Todas são verdadeiras, com exceção da afirmação III. (C) Apenas I, III e V são verdadeiras. (D) Apenas II e IV são verdadeiras. (E) Todas são verdadeiras, com exceção da afirmação V. Resposta: (E) Comentários: Em equilíbrio de Bertrand com bens homogêneos, o resultado simultâneo é o mesmo de concorrência perfeita, ou seja, P = Cmg. 9. Considere uma indústria com 35 firmas, todas com a mesma função de custo dada por: ( ) em que qi é a produção da firma i (i = 1,35). Defina ∑ . A demanda de mercado é dada por: ( ) Supondo que as firmas se comportam como no modelo de Cournot e dado que elas são idênticas, cada firma produzirá a mesma quantidade de equilíbrio q*. Nesse caso, o valor de q* deverá ser igual a: (A) 110. (B) 25. (C) 13. (D) 5. 7 (E) 1. Resposta: (D) Comentários: Dados: N = 35 a = 362 b = 2 c = 2 Para determinar a quantidade de cada firma basta aplicar a formula geral: 10. Uma empresa vende seu produto a preços diferenciados para dois grupos de consumidores. Supondo-se que essa empresa seja maximizadora de lucro, pode-se inferir que: (A) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o maior preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o menor preço por esse produto. (B) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o menor preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o maior preço por esse produto. (C) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o maior preço pelo produto são em menor número do que os consumidores que pagam o menor preço pelo produto. (D) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o menor preço pelo produto são em menor número do que os consumidores que pagam o maior preço pelo produto. (E) A diferenciação de preços e a maximização de lucros não são compatíveis. Resposta: (B) Comentários: Trata-se da aplicação de discriminação de preços de terceiro grau. Esse ação pelo monopolista só ocorre quando ele conhece perfeitamente a elasticidade-preço da demanda dos vários segmentos demográficos de seu público consumidor. 8 II. PROVA DISCURSIVA TREM-BALA S.A: São Paulo – Rio de Janeiro Trem-bala ligará o Rio a São Paulo até 2015 “O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê, para agosto deste ano, o lançamento do edital de licitação internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio- São Paulo. A viagem será feita a até 360 km/h, ligando os 403 quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no Centro da Capital, em uma hora e 25 minutos.” Diário de S.Paulo, SP jun. 2007. Suponha que a Trem-Bala S.A. opere o trajeto Rio-São Paulo cobrando passagens de baixo custo para uma classe única de passageiros. A demanda de cada viagem nessa rota é expressa pela equação P = 540 – Q. O custo operacional de cada viagem é de $32.000 (custo fixo) mais $140 por passageiro (custo variável). Suponha também que a operadora seja monopolista do trem-bala para este trajeto. a. (1,0 ponto) Que preço deve ser cobrado pela operadora do trem-bala a fim de maximizar seus lucros? Quantos assentos serão ocupados em cada viagem? Qual será o lucro da operadora em cada viagem? Calcule e demonstre os resultados. Resposta: P = $340; Q = 200; lucro = $8.000. 9 b. (1,0 ponto) Suponha que devido aos riscos de apagão no setor elétrico, os custos fixos da operação aumentem para $45.000. Como ficará a situação da Trem-Bala S.A.? Ela terá lucro ou prejuízo? Calcule e demonstre o resultado. Resposta: Prejuízo de $5.000. c. (1,0 ponto) Mudando sua estratégia de oferecer passagens baratas, a Trem-Bala S.A. passou a oferecer assentos de classe “executiva” (para os que compravam passagem no balcão), cuja demanda é dada pela função Qexe = 360 – 0,4Pexe. Além disso, a Trem-Bala S.A. passou a oferecer tickets de categoria “turística” (para os que compravam pacotes com antecedência), cuja função-demanda é Qtur = 180 – 0,6Ptur. Os custos operacionais das novas classes “executiva” e “turística” por passageiro continuam idênticos ao do item (b). Qual é o preço que a Trem-Bala S.A. deveria cobrar dos passageiros da classe “turística”? E dos da classe “executiva”? Quantos passageiros de cada categoria se encontram presentes em cada viagem? A Trem-Bala S.A. acertou na nova estratégia em termos de lucratividade? Calcule e demonstre os resultados Resposta: Pexe = $520; ,Qexe = 152; Ptur = $220 ,Qtur = 48; Lucro = $16.600.